Buscar

Os Pós Socráticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Os Pós-Socráticos
Os pós-socráticos surgiram após a morte do filósofo Sócrates. No período que compreende o final da Era Clássica e o começo da Era Cristã, várias formas de pensamento surgem e em grande parte inspiradas pelas ideias de Sócrates. Nesse momento, a filosofia não está à procura da essência das coisas como os pré-socráticos, mas sim em busca de uma explicação racional do mundo em sua volta, como o filósofo Platão, discípulo de Sócrates, criador da Academia e imortalizador do conhecimento socrático juntamente com Xenofonte. Também chamado de Período Helenístico é uma época de intensa troca cultural entre gregos e Macedônios.
Palavras-chave: Sócrates. Período Helenístico. Platão. Pós-Socráticos.
Contexto Histórico
Os pós-socráticos são considerados os filósofos que surgiram após a morte de Sócrates. Nesse período da história a Grécia começa entrar em decadência. O império Macedônio tinha um grande plano de expansão territorial e liderados por Alexandre, O grande, conseguem dominar os gregos. Conquistar a Grécia significava possuir uma das mais altas tecnologias militares da época, o que para os Macedônios seria algo importante para dar continuidade ao seu plano de expansão.
Período Pós-Socrático ou Helenístico
Nesse momento da história algumas formas de pensamento, também chamadas de correntes filosóficas, ganham destaque: Cinismo, Ceticismo, Epicurismo e Estoicismo, todas em busca do conhecimento, do equilíbrio, do saber verdadeiro.
1.Cinismo: Criado por Antístenes, discípulo de Sócrates. Fez do Cinismo um estilo de vida. Os cínicos defendiam que os bens materiais e os padrões de comportamento nos afastavam da felicidade verdadeira. Com Diógenes de Sinope, o Cinismo foi levado a patamares extremos, ou seja, uma vida altamente natural. Para os cínicos a felicidade está em cada um de nós e buscá-la é algo que acontecerá após a abdicação da vida material.
2.Ceticismo: Também chamado de “pirronismo”, o ceticismo foi criado pelo filósofo Pirro de Élis. Os céticos defendiam que é impossível se obter uma verdade absoluta e para algo ser considerado como verdade deveria ser validado, fundamentado. Cada pessoa possui uma forma de pensar, não conseguimos ter um pensamento totalmente igual, por isso o conhecimento pode possuir várias conclusões e chegar a uma verdade absoluta não é possível.
3.Epicurismo: Criado por Epicuro de Samos, o epicurismo pregava a busca pela felicidade através dos prazeres de forma prudente. Através desse método, Epicuro defendia que o equilíbrio do corpo e da mente seria alcançado através dos prazeres naturais, não naturais, necessários e não necessários. Os prazeres naturais podem ser definidos sendo aquilo que seu corpo precisa fazer para continuar funcionando de forma saudável como por exemplo o hábito de comer. Os prazeres não naturais são aqueles que definimos ser importantes para a nossa felicidade mas continuamos sobrevivendo sem eles como uma grande amizade. Os prazeres necessários são aqueles que você precisa para continuar sobrevivendo, como o hábito de beber água, e por fim os não necessários associados aqui aos bens materiais como bolsas, sapatos e carros.
4.Estoicismo: Criado por Zenão de Cício, o Estoicismo se inspira muito no conhecimento socrático, visto que para os estoicos a felicidade era conseguida através do conhecimento verdadeiro e o desprezo ao uso das emoções e dos prazeres. Para os estoicos, os sentimentos, as emoções nos tornam seres que não pensam racionalmente, já que eles podem nos desvirtuar da razão. O Estoicismo vai contrapor o Epicurismo, enquanto estoicos pregam a felicidade um fruto da razão, epicuristas defendem a felicidade como consequência dos sentimentos. 
Platão: O grande discípulo de Sócrates imortaliza os conhecimentos do seu mestre.
O pensador Aristocnes (428-347a.C), mais conhecido como Platão é um dos maiores filósofos de todos os tempos. Nasceu em Atenas e pertencia a uma das mais poderosas famílias da polis. Participou como combatente da Guerra do Peloponeso e se interessou por filosofia após ver a democracia ateniense ser substituída pela oligarquia chamada Governo dos Trinta Tiranos. Foi um grande discípulo de Sócrates e responsável por escrever grande parte dos pensamentos do seu mestre.
Platão fundou uma Academia para se discutir filosofia após viajar pelo Egito e Itália. Na Academia Ateniense surge Aristóteles, um dos maiores talentos do local. Devido ao seu destaque, participou ativamente da educação do filho de Felipe II, o herdeiro do império Macedônio Alexandre, O Grande. Mesmo sendo um grande destaque, Aristóteles não concordava com os pensamentos de Platão, principalmente com relação ao dualismo platônico que defendia a existência de dois mundos: O mundo sensível, descrito sendo aquele que é dominado pelo nossos sentidos, as nossas opiniões são fundamentadas em bases que para Platão nos desvirtuam do conhecimento verdadeiro e racional. Já o mundo inteligível é o mundo da sabedoria, é nesse mundo que podemos encontrar uma verdade confiável segundo Platão. O conhecimento, para Platão, já nasce conosco e com o tempo vamos recordando esse saber.
Em uma das suas maiores obras, o livro A República mostra através do Mito da Caverna como o ser humano se liberta do mundo sensível (local de opiniões sem fundamento, os sentidos dominam nossa forma de pensar) e passa a enxergar o mundo das ideias (o mundo com verdades fundamentadas, o conhecimento verdadeiro). Platão ao criar o mito demonstra como é o processo de libertação da mente humana do mundo sensível, mas também aborda como isso não é bem visto pela sociedade, representado pelos prisioneiros que decidem ficar dentro da caverna e matam o companheiro que volta para levá-los para fora do local. Algo que se destaca nas obras de Platão é o uso de narrativas de Sócrates com seus discípulos para apresentar suas teorias.
Xenofonte: Grande discípulo de Sócrates.
Xenofonte nasceu em Atenas aproximadamente em 430a.C. Era general do exército grego e responsável por escrever diversas obras, entre elas Anábase que descreve o começo da oligarquia instaurada em Atenas, o Governo dos Trinta Tiranos. Em uma de suas maiores experiências com Sócrates, pediu um conselho ao mestre sobre como proceder na guerra, Socrates por sua vez aconselhou a ir se consultar no Oráculo de Delfos. Outra obra que merece destaque é “Banquete”, em sua narrativa de tom cômico conta a história de um banquete servido por Cálias a Autólico e um dos convidados está Sócrates.

Outros materiais