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TRABALHO DE POLITICAS PUBLICAS

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INTRODUÇÃO
Desde a constituição de 1988 o Brasil tem uma proposta avançada na área da saúde pública, que vem sendo implantada através do SUS e que todos nós já conhecemos ou já ouvimos falar a respeito. A constituição define a saúde como um direito de todo cidadão brasileiro e um dever do estado. E nós sabemos ainda que a saúde é resultado da condição de vida que temos de coisas como alimentação, moradia salário, condição de trabalho enfim, tudo aquilo que faz o nosso cotidiano.
A proposta que orientou a criação do SUS tem como base a descentralização do sistema com a municipalização do sistema, e o atendimento e propõe um atendimento integral a população. Isso quer dizer que a saúde deve ser considerada não apenas como a ausência ou cura de doenças, mas como a garantia à qualidade de vida para todos e é por isso que a proposta do SUS é avançada ela ainda prevê a existência de mecanismos de controle social dentro do sistema propõe a formação de equipes interdisciplinares, equipe essas que vem cada vez mais contado com a presença do profissional da psicologia. Apesar de tudo isso, o SUS tem aparecido na imprensa como uma proposta falida e muitas vezes como sinônimo de desassistência, e é sobre esse conjunto de situações que iremos abortar no desenvolvimento desse trabalho mais especificamente sobre a contribuição dospsicólogos na construção do SUSpara isso iremos sintetizar três artigos científicos e contextualizar com a disciplina ministrada em sala de aula.
INSERÇÃO DO PSICÓLOGO NA SAÚDE PÚBLICA
A inserção do psicólogo nos serviços públicos de saúde ocorreu no final da década de 1970, com a finalidade de construir modelos alternativos ao hospital psiquiátrico, com vistas à redução de custos e maior eficácia dos atendimentos, por meio da formação de grupos multiprofissionais, conforme atestam Carvalho e Yamamoto (2002). Esses autores citam ainda dois fatos que contribuíram para a presença de psicólogos, no setor de saúde: primeiro, a redução do mercado de atendimento psicológico privado, em decorrência da crise econômica pela qual o país estava sendo afetado, e, segundo, a crítica à Psicologia clínica tradicional, por não apresentar significado social, a qual motivava o surgimento de práticas alternativas socialmente mais relevantes.
O grande desenvolvimento da área, segundo Sebastiani (2003), aconteceu nos anos de 1980, com a realização de diversos concursos públicos em instituições municipais, estaduais e federais de saúde, embora a inserção do psicólogo na saúde, em nosso país, tenha sido iniciada na década de 1950, antes mesmo da regulamentação da profissão. No Estado de São Paulo, a inserção do psicólogo se deu mais recentemente, em 1982, de acordo com política da Secretaria de Saúde visando à desespiralização e extensão dos serviços de saúde mental na rede básica, conforme Spink (1992). Os novos princípios que embasam os cuidados à saúde mental valorizam o atendimento do paciente dentro do seu contexto e o trabalho em equipe e multiprofissional e, sendo assim, o psicólogo clinico é parte importante dessa equipe (Dimenstein, 1998). Essa reforma no sistema de saúde e a valorização do trabalho em equipe atraíram a atenção de vários psicólogos, antes alheios ao campo da assistência pública à saúde. No nível municipal, na cidade de Marília, interior do Estado de São Paulo, a inserção do psicólogo na Rede Básica de Atenção à Saúde ocorreu em 1992, com a Implementação do Projeto UNI pela Faculdade de Medicina de Marília, uma vez que, após uma avaliação territorial, foi constatado um grande número de portadores de transtornos mentais, exigindo, para trabalhar tal problemática, que a equipe dessa área fosse composta por alguns profissionais da saúde mental, entre os quais o psicólogo, que passou a fazer parte das estratégias de ação do município (Faculdade de Medicina de Marília, Conselho de Associação de Moradores de Marília, Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília e Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, 1996). Observamos que a introdução do psicólogo foi baseada na demanda de origem psiquiátrica, com proposta de mudança da cultura de hospitalização do doente psiquiátrico. Portanto, podemos concluir que a Psicologia, especificamente no Estado de São Paulo e no município de Marília-SP, passou a fazer parte da área da saúde, com um forte vínculo ao modelo médico e à saúde mental. Entretanto, nas últimas décadas, tem havido mudanças no modelo de saúde e na concepção de que a saúde deve ser desenvolvida e não apenas conservada. A ênfase na promoção da saúde e prevenção de doenças abre uma nova dimensão na compreensão dos fenômenos da saúde e da doença, desta forma as novas inserções criam tensões, devido às ferramentas da psicologia continuar as mesmas. Tais mudanças vêm exigindo transformações de teorias e práticas, que não contemplem apenas a atuação no campo da saúde mental, mas que também favoreçam o processo de saúde, em seu contexto e em suas necessidades globais. Assim, este estudo abre um parêntese para abordar a conceituação e as aplicações da Psicologia da Saúde, por considerá-las como possibilidades para atuações efetivas no setor de saúde.
Sintetizando os artigos debatidos em grupo, observamos que a inserção do psicólogo no SUS não tem sido fácil e um dos fatores que prejudica esse processo, é a formação dos novos profissionais, segundo o CRP, pois o aluno acaba tendo uma visão igual a qualquer cidadão onde ele acredita que o SUS não tem nada haver com ele, com isso o profissional já formado enfrenta uma grande dificuldade, pois ele vem com uma ideiade modelo de clinica individual, e assimilar com o trabalho do SUS e suas brechas e dificuldades que a saúde publica tem acaba conflitando o modelo de organização do processo em geral de trabalho. No caso existe essa dificulta em todo âmbito do SUS como no trabalho do médico no acesso ao atendimento ao usuário em suas necessidades.
Não é possível o psicólogo desenvolver um trabalho sozinho e solitário como de costume, trabalhar sozinho em seu consultório particular e com isso o profissional acaba levando para dentro do SUS a sua clinica particular.
A grande diferença do SUS ao particular é de imediato a primeira procura no particular o psicólogo é procurado por um paciente em seu consultório ou clinica esse profissional já foi indicado, ou até mesmo o paciente já obteve informações particulares desse psicólogo através de pesquisas, já no SUS essa opção por esse ou aquele profissional é restrita normalmente é encaminhamento de um médico, e a demanda pode estar com profissional errado devido ao seu diagnostico, pois o paciente ainda não teve a oportunidade de ser ouvido não passou por um psicodiagnóstico ou uma triagem especifica da área.
Quando falamos que a saúde é um direito de todos e que a mesma é assegurada pela constituição da uma impressão de um viés político, porém precisamos passar a entender que realmente a psicologia esta inserida nesse contexto da saúde do bem estar do ser humano. No caso a saúde mental também é um direito de todos (saúde mental uma forma de expressar, pois entendemos saúde por completo e não fragmentada) não precisa ter separação de cultura o sofrimento humano existe e ele tem que ter uma expressão é o profissional da psicologia precisa dar voz a isso e mais do que ouvir precisamos facilitar a expressão desse psíquico dessas dificuldades das pessoas.
Quando mencionado que a formação do profissional prejudica a inserção do psicólogo salientamos que é uma questão a ser pensada no âmbito de cidadania, pois não é somente um problema profissional e sim também como usuários do sistema que podemos ser, pois o problema do SUS é abrangente e o mesmo deveria atender a todos independentes da classe social, ou seja, é direito de todos terem um serviço à altura. E cabe ao profissional a mudar esse paradigma e isso na formação deveria ser moldado de alguma forma, com a finalidade de ter mais voz ativa dentro do sistema a fim de cobrar e elaborar melhorias que o afeta num todo.
Estudos queexploram a temática da prática profissional do psicólogo no Brasil têm apontado, dentre diversos aspectos, para dois que merecem destaque: por um lado à supremacia daquelas atividades que usualmente são classificadas como pertencendo ao âmbito da clínica; por outro, a emergência de movimentos que buscam novas formas de inserção profissional (LoBianco, Bastos, Nunes & Silva, 1994). As práticas clínicas tradicionais, desenvolvidas em consultórios privados para uma clientela abastada, têm sido um dos alvos preferidos de críticas ao status da Psicologia no Brasil. Como contraponto, a construção de novos espaços e a emergência de práticas inovadoras tem sido recebida como aspectos promissores, pela possibilidade de caminhos alternativos a serem trilhados por uma Psicologia menos elitista e mais significativa do ponto de vista social (Spink, 1992). No entanto, o interesse dos psicólogos pelo trabalho no âmbito da Saúde Pública surge através de práticas e vivências acadêmicas em setores ligados à Saúde Pública. Este se revela como o maior desafio da Psicologia na Saúde Pública, que é a formação dos seus profissionais. Os currículos espelham e produzem um modelo hegemônico de atuação profissional da Psicologia e definições extremamente limitadas do que seja atuar na Saúde Pública, sendo a graduação, muitas vezes, insuficiente. Esta deveria gerar um profissional com uma formação mais generalista, dando os subsídios necessários para se começar a trabalhar sem maiores dificuldades (Dimenstein, 1998; 2000). A formação, em nível de graduação, embora seja o aspecto central das dificuldades encontradas pelos psicólogos em sua atuação na Saúde Pública, não esgota todos os problemas. Logo após a inserção no mercado, os aspectos formativos são deixados em segundo plano, quando, na verdade, um processo de formação permanente se faz necessário. Ainda que o campo seja bastante vasto e as necessidades muito prementes, o psicólogo precisa reavaliar sua atuação e construir um espaço cada vez mais aprimorado de inserção na Saúde Pública. No entanto, os entraves referem-se, também, aos motivadores do psicólogo para inserir-se nesse campo. Em termos do interesse pela área, verificamos que o aspecto menos importante refere-se à estabilidade financeira. Geralmente, os profissionais veem-se identificados com o campo da saúde pela eventual possibilidade de uma atuação com um significado social e pessoal bem mais amplo do que o da clínica tradicional (Yamamoto & Campos, 1997). Isso nos remete ao compromisso social da Psicologia, que vem norteando a atuação, especialmente da Psicologia Comunitária. No entanto, no surgimento dessa área, o interesse pelos aspectos sociais revelava-se como uma postura política de resistência. Atualmente, o trabalho no âmbito comunitário, que também é o campo da atuação em Saúde Pública precisa ser conquistado juntamente com a remuneração correspondente. Os resultados de nosso estudo indicam que o psicólogo que atua nesse campo ainda não tem clareza sobre a importância de seu papel, atuando como se o fato de trabalhar com situações de carência financeira representasse menor valorização salarial e, por conseguinte, menor valorização profissional. Talvez este seja um problema eminente na profissão, pois os psicólogos optam pelo campo da Saúde Pública para satisfazerem-se pessoalmente e também para atuar em políticas públicas. A satisfação profissional não parece vir acompanhada de remuneração adequada e a participação em políticas públicas não se efetiva. Entretanto, através da comunidade de atuação o psicólogo tem obtido reconhecimento e, assim, alcançado a satisfação pessoal inicialmente almejada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que haja uma melhor inserção dos profissionais da psicologia na área da saúde publica primeiramente deve haver um interesse pessoal de cada profissional, em buscar informações do CRP sobre possibilidades de acesso de atuação nos conselhos de saúde municipal, pois os conselhos são instrumentos importantíssimos que são formados pelos profissionais de saúde publica usuários, prestadores de serviços, associações etc. Seria o ponto mais importante para unir forças e exigir direitos. 
 Para fazermos avançar o SUS e a questão da saúde em como queremos o SUS? Precisamos debruçar sobre tudo nesse momento, para entender onde estão os “nós” e desafios postos para atenção básica. Um desses desafios se diz respeito à articulação do conselho profissional.
É importante que o profissional da psicologia cuide de si e principalmente os quais trabalham no SUS. Existem varias formas de fazer isso, é importante fazer a supervisão conversar com colegas, dividir as dores e os prazeres, pois a cada ano a psicologia vem avançando na saúde publica porem por hora o que mais da à impressão é que tem que ter muito amor e paixão, pois a tarefa ainda é árdua e o sistema ainda não é da forma que desejamos.
Para finalizar, pode-se considerar que a Psicologia da Saúde se constitui de uma área delimitada, cujo conceito é plenamente compatível com as propostas de saúde preconizadas pela saúde pública; no entanto, o vínculo e o histórico da Psicologia com a Saúde Mental, somados à formação baseada nos três eixos – clínico escolar e organizacional – são determinantes para essa transposição do modelo clínico para a saúde pública. A formação é o caminho a ser seguido para a transformação, e o desafio é fazer com que as instituições formadoras e de serviço coloquem em prática o que está previsto nos parâmetros oficiais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Angerami-Camon, V. A. (2000). O resinificado da prática clínica e suas implicações na realidade da saúde. In V. A. Angerami-Camon(Ed.), Psicologia da saúde (pp.7-22). São Paulo: Pioneira.	
Bandeira, M. (1992). Dê institucionalização: estão os profissionais de psicologia preparados? Psicologia: Teoria e Pesquisa, 8, 373-384. 	
Bastos, A. V. P. (1990). Mercado de trabalho: uma velha questão e novos dados. Psicologia: Ciência e Profissão, 2/4, 28-39.	
Bernardes J. S. (2010). A Psicologia no SUS 2006: alguns desafios na formação. In M. J. P. Spink (Org.), A psicologia em diálogo com o SUS: prática profissional e produção acadêmica (pp. 105-127). São Paulo: Casa do Psicólogo. 
Artigos:
PIRES, Ana Cláudia Tolentino; BRAGA, Tânia Moron Saes. O psicólogo na saúde pública: formação e inserção profissional. Temas psicol.,  Ribeirão Preto ,  v. 17, n. 1, p. 151-162,   2009.   Disponível em:				<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2009000100013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  21  nov.  2016.
RUTSATZ, Suélen do Nascimento Barbieri; CAMARA, Sheila Gonçalves. O psicólogo na saúde pública: trajetórias e percepções na conquista desse espaço. Aletheia,  Canoas,  n. 23, p. 55-64, jun.  2006.   Disponível em:	http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942006000200006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  21  nov.  2016.
https://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/view/824/608

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