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I Introdução Direito Civil - Parte Geral

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Direitos das Obrigações.
 Introdução ao curso:
- breves comentários ao CCB: divisão em parte geral e especial.
- breve comentário sobre fatos jurídico e ato jurídico.
- breves comentários sobre o plano de existência, validade e eficácia do negócio jurídico (matéria estudada no semestre anterior).
1 – INTRODUÇÃO
1.1 – Noções gerais sobre obrigações
a. O que é direito das obrigações?
Dicionário: sujeição, compromisso e etc.
b. Evolução histórica das obrigações
a. Grécia antiga:
- não havia o termo ‘obrigação’;
- Aristóteles dividiu as ‘relações obrigacionais’ em voluntárias (acordo entre as partes) e involuntárias (decorrente de ato ilícito). 
b. Direito Romano:
- também não havia o termo ‘obrigação’, havia o termo nexum, o qual podia ser entendido como um instituto que permitia ao credor o poder de exigir do devedor o cumprimento de determinada prestação.
- o adimplemento da prestação poderia recair no pagamento da quantia, por exemplo, (ou entrega da coisa) e também na própria pessoa do devedor, sobre o qual era possível ser vendido como escravo, além do Rio Tibre.
c. Direito Civil Moderno:
- radical modificação quanto à forma de adimplemento da obrigação: deslocamento da pessoa do devedor para os bens deste;
Principais conseqüências:
	- valorização do Princípio da Dignidade do ser Humano.
	- possibilidade de transmissibilidade da obrigação.
c. Conceito Jurídico: é um conjunto de norma e princípios que regulam as relações PATRIMONIAIS TRANSITÓRIAS entre um credor (sujeito ativo) e um devedor (sujeito passivo), a quem incumbe o dever de cumpri, espontânea ou coativamente, uma prestação.
c.1 – A constitucionalização do Direito Civil: aplicação e interpretação do negócio jurídico obrigacional à luz da CF (princ. dignidade pessoa), o que confere maior dinamicidade ao negócio, pois sai do individualismos do cc/1916 (que se preocupava apenas com a obrigação do devedor e alcança a concepção de boa-fé objetiva (padrão de conduta). Tênis x Frescobol.
c.2 – Principais Características das Obrigações:
Transitoriedade: não existe obrigação perpétua;
Vínculos Jurídico entre as partes: vontade de constituição da obrigação e produção de efeitos apenas entre as partes;
Caráter Patrimonial: $
Prestação Positiva ou Negativa. 
b. Qual é a importância prática do direito das obrigações?
- é por meio das relações obrigacionais que se estrutura o regime econômico;
- estabelece-se a autonomia da vontade entre os particulares na esfera patrimonial.
1.3 – Âmbito do Direito das Obrigações.
- o que abrange o direito das obrigações? Somente abrange as relações com conteúdo econômico e passível de circulação jurídica.
Ex.: direito à vida: não é possível incidir qualquer relação econômica; direito à personalidade: não é possível incidir qualquer relação econômica, salvo no caso dos direitos autorais; obrigação decorrente de contrato.
 Direito Real X Direito Obrigacional (ou Pessoal).
	
	Direito Real
	Direito Obrigacional
	Partes envolvidas
	Homem X Coisa
	Homem X Homem
	Efeitos
	erga omnes (não necessita da existência de sujeito ativo)
	Inter pars (há necessidade do sujeito ativo)
	Exemplos:
	- direito propriedade;
- alienação fiduciária.
	- contrato financiamento.
1.4 – Fontes das obrigações
a) o que é fonte?
b) Fonte Primária (imediata) X Fonte Secundária (mediata):
Fonte Imediata: a lei.
Fonte Mediata: fatos jurídicos que concretizam a norma.
Ex.: a lei (fonte imediata) determina que se pague pensão alimentícia para os filhos, essa norma somente poderá ser aplicada ser houver sua concretização por meio de um fato, neste caso será o reconhecimento da paternidade.
c) Quais são as fontes mediatas?
- atos jurídicos negociais: ex.: contratos em que as partes manifestam sua vontade de se sujeitarem a determinada obrigação.
- atos jurídicos não negociais: simples comportamento humano que gera efeitos, previamente fixados pela ordem jurídica, na ordem do direito, capaz de gerar dever de obrigação. (artigo 185 CCB) ex.: reconhecimento paternidade; adoção.
- atos ilícitos: quando o ato ilícito provocar determinado dano, o infrator deverá repará-lo (artigo 186 CCB)
Responsabilidade Civil: Contratual X Extracontratual.
(C): ato ilícito relativo; há negócio jurídico entre as partes.
(Ext): ato ilícito absoluto; não há negocio jurídico entre as partes.
- (Ext. Subjetiva): há necessidade de culpa lato sensu;
- (Ext. Objetiva): não há culpa; decorre da vontade da lei ou da Teoria do Risco.
1.5 – Elementos Essenciais da obrigação.
 Débito e Responsabilidade.
Débito = prestação assumida pelo devedor em decorrência da relação de direito material, ou seja, é o bem da vida.
Responsabilidade = [inobstante a existência de um débito, o credor não tem o poder de exigir o adimplemento do débito (Possui uma expectativa de adimplemento)] Somente surge a responsabilidade se o devedor se encontrar em situação de mora, quando será possível manejar a execução.
Obs:
Existe débito sem responsabilidade? Sim, dívida prescrita e obrigação natural (em ambas prevalece a irrepetibilidade, ou seja, uma vez pago, o devedor não poderá exigir a devolução da quantia.
Existe responsabilidade sem débito? Sim, garantia pessoal ou real. Desconsideração da personalidade jurídica. 
Existe responsabilidade sem dívida atual? Sim, ação cautelar para garantir execução de dívida que ainda não venceu, mas que há dúvida sobre a solvabilidade. 
1.7 – Conceitos correlatos: 
Estado de sujeição X Ônus Jurídico X Obrigação X Dever Jurídico.
- Estado de sujeição: é aquela relação jurídica em que o sujeito passivo deve apenas suportar as conseqüências decorrentes da utilização do direito potestativo. Ex.: rescisão contrato de trabalho (doutrina tradicional), reclamar vício no produto nas relações de consumo.
Não é considerado direito pessoal (ou obrigacional), pois não há, no estado de sujeição, qualquer prestação a que o sujeito passivo deve prestar.
 
- Ônus Jurídico: são aquelas relações jurídicas em que o sujeito passivo deve se comportar, de tal ou qual maneira, para que possa obter uma vantagem maior. O onerado suporta um prejuízo para obter uma vantagem maior, não decorrente de crédito mas sim de encargos.
Ex.: (i) quem recebe uma doação com o encargo de pagar pensão mensal vitalícia para determinada pessoa; (ii) apresentação de contestação.
- Dever jurídico: observação de normas impostas pelo ordenamento jurídico. Dever genérico de abstenção. Ex.: não matar, não roubar. 
Nota: Prescrição X Decadência.
Prescrição = Decurso de Tempo + Inércia.
- não ataca o direito de ação, o qual é imprescritível.
- ataca a pretensão (poder de exigir coativamente – via judiciário). Artigo 189 CCB.
- o direito continua existindo, mas se transforma em uma obrigação natural.
Decadência: Ex.: Sucatão – prazo para consumidor reclamar de defeito no produto durável: 90 dias, artigo 26, II CDC. (o juiz assim conclui: RECONHECO A DECADENCIA DO DIREITO DE ACAO DO AUTOR está errado!!!)
1.6 – Princípios do Direito Obrigacional.
a. Princípio da Socialidade: mitigação do direito subjetivo pela função social.
Direito subjetivo: 
- influência do liberalismo – Revolução Francesa (prisão do magistrado – cláusulas fechadas).
- satisfação de interesse próprio;
- pretensão de que outra pessoa tenha determinado comportamento;
- somente se preocupa com o individuo.
Função social:
- a utilização de um direito individual não pode prejudicar o coletivo.
- limitador aos direitos subjetivos (ex.: função social da propriedade).
- equilíbrio entre o individual e o social.
- ex.: Jogo Tênis X Frescobol.
 
Aplicação no direito obrigacional?
- solidariedade.
- cooperação entre credor e devedor para obter o adimplemento: Dever de Conduta (ou deveres anexos) nas fases pré-contratação, durante a contratação e pós-contratação.
O que é dever de conduta? 
- Artigo 422 CCB – utilização de termos abertos – possibilidade de oxigenaçãodos sistema normativo, mediante aplicação de valores às normas.
Ex.: Antonio Carlos X HP 
- dever de conduta: informação, assistência técnica, cooperação.
b. Princípio da Eticidade: o novo CCB, especialmente, o direito das obrigações sofreu grandes mudanças, dentre as quais foi possível interpretar as novas conforme valores axiológicos.
- maior desenvoltura dos juizes. 
Aplicação no direito obrigacional?
- utilização de normas abertas: ex.: boa-fé objetiva (Axiologia: variação do conceito).
O que é boa-fé? (artigo 442 CCB)
- Boa-fé Subjetiva (estado de espírito) X Boa-fé Objetiva (princípio de conduta).
Ex.: Zeca Pagodinho X AmBev X Schin – o Zeca alega que não houve má-fé subjetiva dele, mas com certeza houve má-fé objetiva.
Ex.: Prado no contrato de informática: guardar sigilo de informações.
1.8 – Elementos constitutivos da relação obrigacional (estrutura da obrigação).
A relação obrigacional é constituída de 3 elementos:
	- elemento subjetivo (partes): Sujeito Ativo X Sujeito Passivo.
	- elemento Objetivo: a prestação.
	- elemento Ideal: é o vínculo jurídico.
Assim: um sujeito passivo (elemento subjetivo) se obriga (elemento ideal) a cumprir uma prestação patrimonial (elemento objetivo) em beneficio do sujeito ativo (elemento subjetivo).
a) Elemento Subjetivo.
a.1 – Características: devem ser determinados. Ex.: duas pessoas firmam instrumento de contrato, já é possível saber quem é o credor e quem é o devedor (obs.: ambos figuram, simultaneamente, como credor e devedor)
Obs.: É possível que exista a indeterminabilidade relativas dos sujeitos (ou indeterminabilidade momentânea): não é possível detectar, num primeiro momento, quem é o credor ou devedor. Ex.: (i) devedor assina cheque ao portador (indeterminabilidade subjetiva ativa – não sabe quem é o credor); (ii) a figura do devedor do condomínio ou do IPTU é irrelevante, pois quem estiver na posse (ou propriedade) é que deverá recolher.
a.2 – Figuras Acessórias:
- Representação e Assistência.
- Núncios: meros mensageiros da vontade de terceiro. Ex.: Mandatário.
a.3) Quem pode figurar como elemento subjetivo:
- pessoas físicas;
- pessoas jurídicas;
- entes despersonalizados (massa falida, sociedade de fato etc).
b) Elemento Ideal. É o dever que as partes assumem no bojo da relação obrigacional. Possibilidade de exigibilidade.
As obrigações naturais não possuem esse vinculo. Ex.: divida de jogo, divida prescrita.
c) Elemento Objetivo. É o coração da relação obrigacional.
c.1 – Se divide em 2 objetos:
 Objeto Direto: é a prestação (atividade) que foi assumida na relação obrigacional.
Subdivisão:
- positiva (ação): fazer; dar coisa (certa e incerta).
- negativa (omissão): não fazer.
Objeto Indireto: é o próprio bem da vida.
c.2 – Característica do objeto.
- lícito: (i) o que não é contra lei; (ii) o que não é imoral.
- possível: o que é viável fisicamente. Ex.: não é possível o namorado adimplir com a obrigação assumida para com a namorada de dar as estrela do céu.
Impossibilidade: Originária (a impossibilidade existe no momento de eficácia da pactuação – negócio nulo, sem validade) X Superveniente, podendo ser cumprida por outro (a impossibilidade é depois do pacto formado, deve analisar se houve, ou não culpa).
- determinado: individualização pela quantidade e qualidade.

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