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Reportagem (EaD) KAREN (2)

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Dependência da internet na vida das pessoas
	Uso da internet gera dependência e altera relações pessoais 
Karen Ludwig
São José Do Cedro 
O uso da internet, inevitavelmente, trouxe mudanças no comportamento das pessoas, e de um modo geral, gera reflexos. A rede mundial dos computadores causou uma mudança em praticamente todos os segmentos da sociedade que ficou digitalizada. São palestras on line, rede de negócios, cursos de graduação à distância, conexão com pessoas de todo planeta com simples “cliques”.
Uso de computadores vem facilitando pesquisas (Foto: divulgação).
As telas do computador, do tablet e do smartphone trazem consigo o mundo ao alcance das mãos, porém, o leque tão amplo de informações, também trouxe reflexos negativos. 
É perceptível que nas duas últimas décadas o uso exacerbado da tecnologia tem afastado as pessoas das relações sociais e pessoais. Além disso, pesquisas apontam o vício em estar conectado. Atualmente são os mais diversos atrativos, sites para busca de um parceiro, filmes on line. Tudo está a um clique.
Especialistas já apontam e comparam os transtornos e o vicio, ao de drogas, devido a dependência tecnológica ser comportamental, inclusive, semelhante a dependência química de drogas e medicamentos. Muitas pessoas não conseguem o desligamento do aparelho nem mesmo para pequenos afazeres. Essa conduta vem sendo reprovada pelos profissionais das áreas de psicologia, psiquiatria e neurologia por afetarem diretamente o aproveitamento do tempo e pelas consequências na falta de convívio familiar.
Recentemente, polêmica foi em torno do “Desafio da Baleia Azul”. O jogo, que visa o suicídio como uma das tarefas, foi difundido por grupos em redes sociais, gerando preocupação dos pais. Em diversos casos, a família não tinha conhecimento do tipo de conteúdo e material que o adolescente estava acessando, causando espanto aos pais. 
São José do Cedro, apesar de ser um município considerado pequeno, com uma média de 13 mil e 500 habitantes, teve um caso envolvendo uma adolescente de 14 anos. A jovem reside em uma comunidade distante da sede da cidade e os pais sequer tem acesso a esta tecnologia.
O delegado da comarca do município, Jerônimo Ferreira, pediu que não apenas a família, mas professores também ajudem no “controle” dos acessos. Ele lembra que além deste jogo, há casos de pedofilia e aliciamento de menores por esse meio eletrônico.
Vítima do desafio da Baleia Azul em São José do Cedro havia mutilado o braço (Foto: Polícia Civil).
Uma pesquisa inédita também trouxe dados sobre a dependência da internet entre jovens da região Extremo Oeste. O estudo realizado em abril de 2017 entrevistou mais de 500 pessoas com idades entre 15 e 19 anos nos municípios de São Miguel do Oeste, Maravilha e Pinhalzinho. 
Esse público respondeu a um questionário no final do ano passado e o resultado apontou que a internet ocupa um espaço cada vez mais significativo na vida dos jovens. A doutora em psicologia e coordenadora da pesquisa, Aline Bogani disse que o avanço da internet é cada vez mais veloz e que as pessoas tem dificuldade em lidar com essa ferramenta de uma forma saudável. 
De acordo com a doutora em psicologia, os dependentes do uso da rede tem dificuldade em ficar sem navegar e sofrem com ansiedade e outros sentimentos decorrentes da abstinência. Ela explicou que os principais sintomas da dependência são a opção por relacionamentos virtuais em detrimento dos contatos presenciais, o afastamento da família, o isolamento e um prazer maior em ficar conectado do que em fazer as coisas do cotidiano.
Aline citou ainda que 9% cento dos jovens que participaram da pesquisa tem os sintomas da dependência de internet moderada ou severa. 20% afirma ficar conectados por mais de oito horas por dia e deixam de lado as atividades cotidianas. 15 por cento admitem deixar de fazer outras coisas para ficar na internet e 53 por cento dizem que sempre tem vontade de navegar mais. 
Aline citou ainda que 30 por cento dos jovens responderam que a vida fica sem alegria quando estão sem sinal de internet. Para ela, a conexão constante e a presença cada vez maior dos relacionamentos e contatos virtuais poder afetar a saúde mental das pessoas.

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