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Relatório de Física Experimental II Laboratório 6: Circuito RC – Carga e Descarga Data da Prática: 29/06/2016 Integrantes: Marianna Valle Priscila Esposte Gabriel Mathias Niterói, Rio de Janeiro, Junho de 2016. Professor: Djalma Turma: BC dmendes Text Box NOTA:7,50 Objetivos O objetivo do experimento foi observar na tela do osciloscópio ligado ao circuito RC, as curvas Vc versus t (Vcxt) e Vr versus t (Vrxt) ligadas ao processo de carga e descarga de um capacitor. Além de interpretar o significado destas, deveríamos também interpretar o significado da constante de tempo capacitiva de um circuito RC. Fundamentos Teóricos Quando montamos um circuito RC no laboratório, podemos observar o processo de carga e descarga do capacitor (elemento que armazena energia elétrica num campo eletrostático), e percebemos que este armazena energia de forma relativamente lenta e a dissipa rapidamente. Observamos que ao aplicar uma determinada tensão (V) aos terminais de um capacitor, ele se carrega e adquire cargas +Q e – Q em suas placas, sendo que este valor da carga Q dependerá diretamente da sua capacitância. Já o processo de descarga ocorre quando a energia contida no capacitor é dissipada. A relação existente entre a carga presente nas placas de um capacitor, sua capacitância e a tensão aplicada no mesmo é dada pela equação abaixo: Vba = Vb Va = Q/C, (1) Sendo V a diferença de potencial aplicada em suas extremidades, Q o valor carga do capacitor e C a capacitância do mesmo. Já a capacitância (grandeza que mostra a capacidade do capacitor de armazenar energia) é dada pela seguinte equação: C=q/V, (2) Sendo V é a diferença de potencial aplicada em suas extremidades e q a carga acumulada. Material Utilizado Gerador de Funções da marca Instrutherm, modelo GF-220 ; Osciloscópio da marca Politerm, modelo YB4328; Multímetro da marca Peak Tech, modelo 2010DMM; Placa de acrílico para a montagem de circuitos elétricos; Cabos Conectores com diversas pontas; Capacitor (presente na placa de acrílico); Reostato (potenciômetro presente na placa de acrílico); Procedimento Experimental Teste dos Cabos Quando se trabalha com um gerador de funções e/ou um osciloscópio, utiliza-se cabos com pelo menos uma entrada BNC. No experimento realizado em laboratório, utilizamos cabos com uma entrada BNC e a outra formada por dois plugues. Nestes casos, é necessário determinar qual dos plugues corresponde ao cabo terra e qual corresponde ao cabo de sinal, verificando se ambos funcionam corretamente. Para isso devemos deixar o multímetro na posição de continuidade e então conectar um cabo comum (com um plugue em cada extremidade) na entrada COM; é essencial que a outra extremidade fique livre para realizarmos o teste. A diante pegamos um cabo com as pontas BNC-2plugues e conectamos um dos plugues ao multímetro na entrada mA. Realizamos o teste de fato, tocando a extremidade livre do cabo comum na extremidade BNC do outro cabo, e esperamos ouvir o som proveniente do multímetro; se o este for ouvido quando encostamos na lateral externa da ponta BNC, então o plugue conectado ao multímetro representa o cabo terra; mas se o som for ouvido ao encostarmos dentro da ponta BNC, então o plugue conectado ao multímetro representa o cabo de sinal. dmendes Oval dmendes Text Box Esse teste só serve para isso? Ele não poderia detectar defeito no cabo? dmendes Line Figura 1- Teste com cabo BNC-2plugues. Calibragem do Osciloscópio Verificados os fios, conectamos o canal 1 ao terminal de calibração do osciloscópio através da garra jacaré. O terminal fornece uma onda quadrada de 8V, pico a pico, e o osciloscópio é calibrado até apresentar essa onda tendo um período de 1 ms e uma tensão de 8Vpp utilizando a escala adequada; no caso, escalas 5V e 1 ms. Os passos são repetidos no canal 2. Figura 2- Calibração no canal 1 dmendes Oval dmendes Text Box O terminal fornece uma onda quadrada de 0,5 V pico a pico dmendes Line dmendes Line Experimento Realizado em Sala Depois de realizarmos o teste e a calibragem dos equipamentos, começamos o experimento de fato. Primeiramente, com o auxílio de um multímetro (como ohmímetro) medimos as resistências máxima e mínima do potenciômetro. Os valores encontrados e seus respectivos erros se encontram na Tabela 1. Em seguida, ajustamos então, a resistência do potenciômetro para 400 (± 6) Ω. Tabela 1: Resistências Máxima e Mínima do Potenciômetro Resistências Precisão(±) Resistência Máxima 0,653 kΩ 0,008 kΩ Resistência Mínima 0,001 kΩ 0,003 kΩ Escala Utilizada = 2 kΩ OBS: De acordo com o manual do multímetro, a escala utilizada possui uma precisão de 0.8% do valor medido +0,003 de acordo com a fórmula: Erro = ± (x % Leitura + N dígitos) Ainda utilizando o multímetro, medimos também a capacitância do capacitor presente na placa de acrílico. O valor encontrado se encontrado se encontra na Tabela 2. A partis da capacitância obtida assim calculamos o valor da constante de tempo 𝜏c Tabela 2: Valor da Capacitância Encontrada Capacitância Precisão(±) 0,233µF 0,025µF Escala Utilizada: 2µF OBS: De acordo com o manual do multímetro, a escala utilizada possui uma precisão de 2,5% do valor medido +0,020 de acordo com a seguinte fórmula: Erro = ± (x% Leitura + N dígitos) 𝜏c = R x C (3) 𝜏c = 400 x (0,233x10-3) 𝜏c = 0,279 s ∆ 𝜏c =│C│∆R +│R│∆C (4) ∆ 𝜏c =│0,233│x (6) +│400│x (0,025x10-3) ∆ 𝜏c = 0,034s Em seguida, definimos uma escala para o osciloscópio para que pudéssemos realizar o aparelho com precisão. Ela pode ser observada na tabela 3. Tabela 3: Escala Ajustada no Osciloscópio Escalas Tensão Período Canal 1 2V 0,2 ms Canal 2 2V 0,2 ms OBS: Escala do período - eixo x: O erro será a metade da menor divisão da escala adotada, ou seja, 0,2/2 = 0,1 ms. Escala de tensão - eixo y: O erro será a metade da menor divisão da escala adotada, ou seja, 2/2 = 1 V dmendes Line dmendes Line dmendes Text Box Não tem necessidade. Basta constar a equação e o resultado do cálculo dmendes Text Box Não tem necessidade. Basta constar a equação e o resultado do cálculo Montamos então o circuito 1 presente na figura 3 Figura 3- Circuito 1 montado Utilizando um cabo BNC-BNC, conectamos uma de suas extremidades no canal 1 do Osciloscópio enquanto colocamos a outra no output do Gerador de Funções. No último escolhemos a configuração de onda quadrada e ajustamos a sua amplitude em 8,0 volts no Osciloscópio. Por último, ajustamos o período T da onda para 𝜏c, para garantir carga e descarga total do capacitor. Também medimos a amplitude com o auxílio de um multímetro, como pode ser visto na Tabela 4. Tabela 4 – Amplitude da Onda Amplitude da Onda Quadrada No Osciloscópio 8,0 V ± 1 No Multímetro 4, 64 V ± 0,03 Observamos que a fazer relação do valor do multímetro pela fórmula Vm= Vo/2 (5) que os valores não se correspondem dentro da margem de erros das duas medidas. Esse fato pode ser explicado provavelmente por alguma falha de medição do grupo. dmendes Oval dmendes Line dmendes Text Box Qual era o tc? Analisando o circuito, podemos perceber que o canal 1 mede a diferença de potencial no capacitor e o canal 2 a diferença de potencialdo capacitor junto com a resistência do potenciômetro. Podemos observar na figura 4 o período da onda quadrada onde começa a carga e a descarga do capacitor. Escolhemos a seguir 8 pontos de tempo x tensão a partir do memento que o capacitor começa a descarregar. Figura 4- Visualização dos pontos escolhidos pelo grupo Tabela 5 – Pontos escolhidos no gráfico do osciloscópio Pontos V Ms 1 8,0 ± 1 0,75 ± 0,1 2 7,0 ± 1 0,80 ± 0,1 3 5,5 ± 1 0,84 ± 0,1 4 4,0 ± 1 0,88 ± 0,1 5 2,5 ± 1 0,90 ± 0,1 6 1,6 ± 1 0,10 ± 0,1 7 0,6 ± 1 1,10 ± 0,1 8 0,2 ± 1 1,30 ± 0,1 OBS: dmendes Line dmendes Text Box Porque vocês não colocaram a origem do sistema de coordenadas aqui? dmendes Oval dmendes Text Box ??? Escala do período - eixo x: O erro será a metade da menor divisão da escala adotada, ou seja, 0,2/2 = 0,1 ms. Escala de tensão - eixo y: O erro será a metade da menor divisão da escala adotada, ou seja, 2/2 = 1 V Figura 5- Gráfico Potência x Período Podemos linearizar a curva pela seguinte equação: ln(v(t)) = ln(v0) − t rC (𝟓) Na equação geral da reta temos y= a + bx, temos a partir da equação 5 que y = ln(V(t)), a = ln(V0) e b=1/rC Gerando assim o gráfico ln(V) -1 1 3 5 7 9 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 V ( V o lt s) t (ms) Potência x Período Volts x milisegungos dmendes Oval dmendes Text Box Potência? dmendes Oval dmendes Text Box Como ficariam os erros? dmendes Line Figura 6 – Gráfico ln(V) Podemos calcular a e b pelos métodos dos mínimos quadrados. Os valores estão mostrados na tabela 6. Tabela 6 – Valores obtidos pelo MMQ a Δa b Δb 7,524 0,334 -7,109 0,347 Com o valor de b, podemos calcular Rc e seu erro rC = 1/b = 140,661ms (6) ΔrC = ∆rC = │ ( drc db ) │ × (∆b) (7) ΔrC = 6,885 ms Analisando as equações e os valores obtidos, percebemos que numa situação em que R tende ao infinito, 1/RC (constante angular b do gráfico) tenderá a zero. No entanto, quando b tende a zero, tem-se um ∆y pequeno para um ∆x grande, o que implica na demora do capacitor para carregar e descarregar. Já numa situação em que a R tende a zero, 1/RC (constante angular b do gráfico) tenderá ao infinito. Porém quando b tende -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 ln ( V ) t (ms) ln(V) x t dmendes Text Box A planilha que vocês estão utilizando, para o ajuste, não considera os erros dmendes Oval dmendes Text Box Onde estão os erro? ao infinito, tem-se um ∆y grande para um ∆x pequeno, o que implica na rapidez do capacitor para carregar e descarregar. Ambas as situações podem ser vistos na Figura 8. Figura 8 – Processos de Carga e Descarga no Capacitor. Por último montamos o circuito presente na Figura 8. dmendes Line dmendes Text Box Vocês deveriam variar a resistência do potenciometro e verificar o que acontecia dmendes Text Box Essa figura não demonstra o que vocês estão querendo. Essa figura foi obtida para um valor de R fixo Figura 9 - Representação do circuito montado (Imagem retirada dos slides do professor Djalma Mendes). Ele foi montado de forma que o Canal 1 (Ch1) leia a queda de tensão no resistor, enquanto o Canal 2 (Ch2), leia a queda de tensão no capacitor. Figura 10 – Representação do segundo circuito na tela do osciloscópio. Ao analisar o gráfico, observamos que quando a tensão em R é máxima, a tensão no capacitor é mínima. Porém conforme o capacitor carrega, a corrente no circuito diminui e consequentemente, a tensão em R também diminui. No entanto, quando a tensão no capacitor se iguala a zero, não há corrente percorrendo o circuito, o que faz com que a tensão em R também decresça até zero. Questões da Apostila: - Todas as questões presente na apostila de Física Experimental II foram respondidas ao longo do relatório, sendo elas: a)Meça a constante de tempo τc do circuito a partir do processo de carga ou descara do capacitor. b)Compare o valor obtido para τc na questão anterior com o valor calculado anteriormente, levando em conta as incertezas associadas. (respondida na conclusão) c)Aumente a resistência do potenciômetro para seu valor máximo, verificando o que acontece com o gráfico Vc x t. Repita o mesmo procedimento reduzindo a resistência a zero. Explique as suas observações, esboçando os gráficos observados. (respondida na conclusão) Conclusão: Ao longo deste relatório calculamos 𝜏c utilizando a formula 𝜏c = R x C onde R é 400 Ω e C é 0,233µF, e depois calculamos 𝜏c a partir do coeficiente angular (b) do gráfico (ln(V) versus tempo). Percebemos que ambos os valores obtidos não são compatíveis, mesmo se levando em conta as incertezas de cada um. Acreditamos que tal fato se deva, principalmente, aos erros associados aos pontos escolhidos pelo grupo, pois o método utilizado se caracteriza pela baixa precisão. Medições imperfeitas realizadas ao longo do experimento e a propagação de incertezas também podem ter auxiliado na diferença de valores encontrada. dmendes Oval dmendes Oval dmendes Text Box Podem ser melhoradas. O que vocês acham que a maior fonte de incerteza? dmendes Line Também foi observado que depois do potenciômetro ser colocado na posição referente ao valor máximo de resistência, verifica-se no gráfico Vc x t que o capacitor não carrega completamente e é descarregado logo em seguida. Porém ao se colocar o potenciômetro na posição referente ao valor mínimo de resistência, verifica-se no gráfico Vc x t que o capacitor é carregado e descarregado instantaneamente. Referências Bibliográficas: Apostila de Física Experimental II Slides disponibilizados pelo professor
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