Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Exerc��cio 3, Se�c~ao 4.3) Determine a temperatura u(x; t) em uma haste de comprimento L se a temperatura inicial for f(x) por toda a haste e se as extremidades x = 0 e x = L estiverem isoladas. Notemos que \as extremidades x = 0 e x = L estiverem isoladas" implica as condi�c~oes de contorno @ @x u(x; t)j x=0 = u x (0; t) = 0 e @ @x u(x; t)j x=L = u x (L; t) = 0. Assim, s~ao condi�c~ao de contorno diferentes das vistas na aula (que era u(0; t) = u(L; t) = 0, Eq. (2) do livro), o que implicar�a uma solu�c~ao �nal diferente da obtida em sala. Em resumo, aqui se obter�a uma solu�c~ao em cossenos, e em sala se obteve uma solu�c~ao em senos, Eq. (15) do livro. O problema �e do exerc��cio �e, portanto: u t (x; t) =k u xx (x; t); 0 < x < L; t > 0; (1a) @ @x u(x; t)j x=0 = u x (0; t) =0; @ @x u(x; t)j x=L = u x (L; t) = 0 t > 0; (1b) u(x; 0) =f(x) 0 < x < L: (1c) Passo 1: Obter a solu�c~ao de vari�aveis separ�aveis. Aplicando o m�etodo de separa�c~ao de vari�aveis para o problema, substituindo u(x; t) = X(x)T (t) em (1a) X 00 (x)T (t) = X(x)T 0 (t) =) X 00 (x) X(x) = T 0 (t) k T (t) = �� =) ( X 00 (x) = ��X(x) T 0 (t) = �k�T (t) Obtendo assim as duas EDO's a seguir, com as seguintes condi�c~ao de contorno (mostre que (1b) implica que X 0 (0) = X 0 (L) = 0!): X 00 (x) = ��X(x); X 0 (0) = X 0 (L) = 0 (2a) T 0 (t) = �k�T (t) (2b) Passo 2: Aplicar as condi�c~oes de contorno (1b) e obter X(x) e T (t). Aplicamos agora as CC (2a) para obter qual dos tre^s casos fornece uma solu�c~ao n~ao{nula (ou n~ao{ constante). Note que como as CC est~ao na derivada de X(x), temos que derivar a solu�c~ao encontrada para aplicar as CC. Caso i) �� = 0. Partindo de (2a) e substituindo ��: X 00 (x) = 0 =) X(x) =c 1 + c 2 x X 0 (x) =c 2 =) 0 = X 0 (0) = c 2 =) c 2 = 0 =) X(x) = c 1 Portanto temos uma solu�c~ao constante X(x) = c 1 para todo x, uma solu�c~ao que n~ao nos interessa. Caso ii) �� = � 2 > 0 (� > 0). Partindo de (2a) e substituindo ��: (farei o caso exponencial porque �e mais simples, em sala �z o de sen/cos hiperb�olicos pois o livro faz assim) X 00 (x) = � 2 X(x) =) X(x) =c 1 e �x + c 2 e ��x X 0 (x) =�c 1 e �x � �c 2 e ��x =) 0 = X 0 (0) = �(c 1 � c 2 ) =) c 2 = �c 1 (pois � > 0) X 0 (x) =�c 1 (e �x + e ��x ): Aplicando a CC: 0 = X 0 (L) =c 1 �(e �L + e ��L ) | {z } 6= 0 por propr. da exp e � > 0 : =) c 1 = 0 =) X(x) = 0 | {z } substitua c 1 = c 2 = 0 em X(x) acima Mostramos que, para �� = � 2 > 0, temos que X(x) = 0, uma solu�c~ao nula que n~ao nos interessa. Caso iii) �� = �� 2 < 0 (� > 0). Partindo de (2a) e substituindo ��: X 00 (x) = �� 2 X(x) = (�i) 2 X(x) =) X(x) = c 0 1 e i�x + c 0 2 e �i�x n~ao precisa mostrar isso na prova! z}|{ = X(x) = c 1 cos(�x) + c 2 sen(�x): X 0 (x) =� �c 1 sen(�x) + �c 2 cos(�x): Aplicando as CC: 0 = X 0 (0) =� �c 1 sen(0) + �c 2 cos(0) =) c 2 = 0 =) X 0 (x) = ��c 1 sen(�x): 0 = X 0 (L) =� �c 1 sen(�L) =) �L = n� =) � = n� L ; n = 0; 1; 2; 3; ::: 1 Portanto: X(x) = ( c 1 ; n = 0 c 1 cos � n�x L � ; n = 1; 2; 3; ::: (3a) Falta agora a solu�c~ao em T (t), que �e bem mais simples de ser obtida, pois j�a sabemos que estamos restritos ao caso (iii). Temos de (2b) que: T 0 (t) = �k �T (t) = �k� 2 T (t) = �k(n�=L) 2 T (t) =) T (t) = c 3 e �k(n�=L) 2 t ; e assim: T (t) = ( c 3 ; n = 0; c 3 e �k(n�=L) 2 t n = 1; 2; 3; ::: (3b) A solu�c~ao em fun�c~ao de n, u n (x; t), �e, de (3a,b): u n (x; t) = X(x)T (t) = ( A 0 ; n = 0; A n cos � n�x L � e �k(n�=L) 2 t n = 1; 2; 3; :::; onde A n = c 1 c 3 . Por �m, como u n (x; t) �e solu�c~ao de (1a,b) para todo n, temos, pelo Princ��pio da Superposi�c~ao (pois a Eq. Calor �e EDP linear), que a soma das solu�c~oes u(x; t) = P u n (x; t) tamb�em �e solu�c~ao, onde: u(x; t) = A 0 + n=1 X n=1 A n cos � n�x L � e �k(n�=L) 2 t ; 0 < x < L; t > 0: (4) Passo 3: Aplicar as condi�c~oes iniciais (1c) �a solu�c~ao e obter as constantes A n . Aplicando a condi�c~ao inicial (1c) �a solu�c~ao (4), temos: f(x) = u(x; 0) = A 0 + n=1 X n=1 A n cos � n�x L � e �k(n�=L) 2 0 | {z } =1 = A 0 |{z} a 0 =2 + n=1 X n=1 A n |{z} a n cos � n�x L � ; que nada mais �e que a expans~ao em cossenos de meia{escala da fun�c~ao f(x). Portanto a 0 = 2A 0 e a n = A n s~ao os coe�cientes de Fourier correspondentes, para o per��odo 2p = 2L (porque^ p n~ao �e L=2?). Temos que: a 0 = 2A 0 = 2 L Z L 0 f(x)dx =) A 0 = 1 L Z L 0 f(x)dx: Assim, os coe�cientes de Fourier s~ao: A 0 = 1 L Z L 0 f(x)dx; (5a) A n = 2 L Z L 0 f(x) cos � n�x L � dx: (5b) Finalmente, temos que a solu�c~ao do problema (1a{c) �e dado por (4), onde A 0 e A n s~ao respectivamente dados por (5,b) 2
Compartilhar