Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE ILHA SOLTEIRA Técnico em Mecânica Industrial Allan Baldin André Lopes Carlos Martins Danillo Rodrigues Natali Ederson Tadeu REFORMA EM TORNO MECÂNICO: Formulação e Execução de Plano de Manutenção. Ilha Solteira-SP 2017 Andreyson Highlight Técnico em mecânica Allan Baldin André Lopes Carlos Martins Danillo Rodrigues Natali Ederson Tadeu REFORMA EM TORNO MECÂNICO: Formulação e Execução de Plano de Manutenção. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico em Mecânica Industrial da Etec de Ilha Solteira, orientado pelo Prof. Eng. Esp. Eduardo Prazias, como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Mecânica. Ilha Solteira-SP 2017 Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Escola Técnica Estadual de Ilha Solteira Baldin, Allan. Lopes, André. Martins, Carlos. Natali, Danillo. Tadeu, Ederson. Reforma em Torno Mecânico: Formulação do Plano de Manutenção. Allan Baldin; André Lopes; Carlos Martins; Danillo Natali; Ederson Tadeu. Ilha Solteira: Etec, 2017. 55 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Escola Técnica Estadual de Ilha Solteira-SP, 2017. Orientador: Prof. Esp. Eduardo Prazias 1. Mecânica. 2. Torno. 3. Manutenção. TERMO DE AUTENTICIDADE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Nós, alunos abaixo assinados, regularmente matriculados no Curso Técnico em ___________________ na Etec de Ilha Solteira, declaramos ter pleno conhecimento do Regulamento para realização do Trabalho de Conclusão de Curso do Centro Paula Souza. Declaramos, ainda, que o presente trabalho é resultado do nosso próprio esforço e que não há cópias ou plágios de obras impressas e eletrônicas. Ilha Solteira, ________ de ________________ de ___________. Nome dos autores RG Assinatura Allan Baldin 52.844.162 André Lopes 42.355.047-0 Carlos Martins 40.408.866-1 Danillo Rodrigues Natali 34.005.739-7 Ederson Tadeu 43.233.923-1 Ilha Solteira-SP 2017 Andreyson Highlight Mecânica Andreyson Highlight TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE DIVULGAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Nós, abaixo assinados, na qualidade de titulares dos direitos morais e patrimoniais do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC: ___________________________________ (título do trabalho), regularmente matriculados no Curso Técnico em _____________, autorizamos a Etec de Ilha Solteira, a divulgar, reproduzir e/ou disponibilizar a obra ou parte dela, em meio impresso e/ou virtual – Internet a partir desta data, por tempo indeterminado. Ilha Solteira, ________ de ________________ de ___________. Nome dos autores RG Assinatura Allan Baldin 52.844.162 André Lopes 42.355.047-0 Carlos Martins 40.408.866-1 Danillo Rodrigues Natali 34.005.739-7 Ederson Tadeu 43.233.923-1 Ilha Solteira-SP 2017 Andreyson Highlight Preencher Andreyson Highlight Mecânica Allan Baldin André Lopes Carlos Martins Danillo Rodrigues Natali Ederson Tadeu REFORMA EM TORNO MECÂNICO: Formulação e Execução de Plano de Manutenção. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Etec de Ilha Solteira como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em ____________________. Escola Técnica Estadual de Ilha Solteira. Aprovação: _____/_____/________ Prof. Esp. Eduardo Prazias (Orientador) [Etec de Ilha Solteira] Prof. Eng. Alex Pereira da Cunha (Coordenador) [Etec de Ilha Solteira] Prof Eng João Antônio da Silva [Etec de Ilha Solteira] Andreyson Highlight Acho que vai o nome dos membros da banca, pois aqui assinamos a sua aprovação Andreyson Highlight Andreyson Highlight Mecânica Dedicamos este trabalho especialmente a Deus, nossas esposas e a nossas famílias. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente à Deus que nos deu a vida, energia e benefícios para concluir todo esse trabalho, essa árdua jornada. Também agradecemos aos nossos pais, e esposas que nos incentivaram constantemente, os professores, também os alunos e colegas de classe por sua enorme contribuição teórica, por sua paciência. Somos agradecidos a todos que fizeram parte dessa etapa decisiva em nossas vidas. “A verdadeira motivação vem da realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento.”. FREDERICK HERZBERG. RESUMO A finalidade do projeto é proporcionar aos alunos da escola técnica estadual de ilha Solteira uma melhor aprendizagem e segurança em aulas práticas de processos de fabricação, e uma melhor condição de trabalho na mesma. O torno está localizado na oficina mecânica da escola onde foi realizada a reforma e a partir disso desenvolveu-se o plano para possíveis manutenções em outros tornos do mesmo modelo na oficina. O torno é uma máquina ferramenta utilizada na mecânica para usinar peças geométricas com superfície em revolução, através da retirada de material efetuada por uma ou mais ferramentas de corte (bits). As manutenções do torno foram realizadas nas seguintes etapas: desmontagem, limpeza, pintura, reparo de peças da máquina, remontagem do torno, lubrificação dos componentes, testes e revisão. Algumas ferramentas e produtos foram utilizados para a realização do trabalho tais como: chaves de aperto para desmontagem e montagem do torno, talha, produtos químicos de limpeza, desengraxante e esmalte sintético para pintura da máquina. Palavras-chave: Torno Mecânico. Manutenção. Reforma. ABSTRACT The purpose of the project is to provide students of Ilha Solteira State Technical School a better learning and safety practical classes of manufacturing processes, and a better working condition in it. The lathe is located in the mechanical workshop of the school where the reform was carried out and from that the plan was developed for possible maintenance on other lathes of the same model in the workshop. The lathe is a machine tool used in mechanics for machining geometric pieces with surface in revolution, removing material by one or more cutting tools (bits). Lathe servicing was performed in the following steps: disassembly, cleaning, painting, machine parts repair, lathe reassembly, component lubrication, testing and review. Some tools and products were used to perform the work such as: wrenches for disassembly and assembly of the lathe, carving, cleaning chemicals, degreaser and synthetic enamel for machine painting. Keywords:Mechanical lathe. Maintenance. Reform. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Torno de Arco .................................................................................... 18 Figura 2: Torno de Vara .................................................................................... 18 Figura 3: Torno de Fuso ................................................................................... 19 Figura 4: Torno de Moudslay e Whitworth ....................................................... 20 Figura 5: Torno Paralelo ................................................................................... 21 Figura 6: Torno CNC......................................................................................... 21 Figura 7: Ponta montada substituída ................................................................ 24 Figura 8: Nova ponta montada ......................................................................... 24 Figura 9: Eixo do rolamento antes do brunimento ............................................ 25 Figura 10: Eixo de rolamento brunido .............................................................. 26 Figura 11: Manivela com folga .......................................................................... 26 Figura 12: Folga nas castanhas de sustentação .............................................. 27 Figura 13: Folga nas castanhas de sustentação retirada ................................. 28 Figura 14: Eixo do travamento com a folga corrigida ....................................... 29 Figura 15: Novos parafusos ............................................................................. 29 Figura 16: Manipulo sem esfera ....................................................................... 30 Figura 17: Nova esfera de tecnil confeccionada para o manipulo. ................... 30 Figura 18: Carro principal ................................................................................. 32 Figura 19: Carro transversal ............................................................................. 33 Figura 20: Polias e correia de transmissão ...................................................... 36 Figura 21: Pintura do corpo do torno ................................................................ 41 Figura 22: Peças recém-pintadas ..................................................................... 42 Figura 23: Torno acabado e com as atualizações de segurança ...................... 45 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Materiais e custos..............................................................................23 Tabela 2: 5W......................................................................................................38 Tabela 3: Plano de manutenção........................................................................43 Sumário 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 16 1.1 Justificativa .......................................................................................... 16 1.2 Objetivos Gerais .................................................................................. 16 1.3 Objetivos Específicos .......................................................................... 16 2. Referencial Teórico .................................................................................... 17 2.1 Torno ................................................................................................... 17 2.1.1 A história do torno mecânico ............................................................ 17 2.2 Manutenção ........................................................................................ 21 2.2.1 Manutenção Preventiva ................................................................ 22 2.2.2 Manutenção Preditiva ................................................................... 22 2.2.3 Manutenção Corretiva .................................................................. 22 3. Materiais e Métodos .................................................................................. 23 3.1 Levantamento dos defeitos e soluções ............................................... 23 3.1.2. Porta ferramenta ............................................................................. 28 3.1.3. Conjunto de chave e eixo liga-desliga de acionamento mecânico .. 31 3.1.4. Carro principal longitudinal .............................................................. 31 3.1.5. Carro transversal ............................................................................. 32 3.1.6. Placa ............................................................................................... 33 3.1.7. Caixa de avanço e recâmbio ........................................................... 33 3.1.8. Cabeçote fixo .................................................................................. 34 3.1.8 Falta de lubrificação ......................................................................... 34 3.1.9. Eixo quadrado liga-desliga .............................................................. 34 3.1.10. Eixo roscado do automático .......................................................... 34 3.1.11. Eixo de controle rosca milimétrica e polegada. ............................. 35 3.1.12. Motor elétrico................................................................................. 35 3.1.13. Polias e correia de força de movimento ........................................ 35 3.1.14. Barramento e trilhos do torno. ....................................................... 36 3.1.15. Cremalheira ................................................................................... 36 3.1.16. Manutenção elétrica ...................................................................... 36 3.2 Início da reforma ................................................................................. 37 3.2.1 Desmontagem .............................................................................. 39 3.2.2 Limpeza e remoção/desbaste ....................................................... 40 3.2.3 Pintura .......................................................................................... 41 3.2.4 Montagem ..................................................................................... 42 3.2.5 Ajustes .......................................................................................... 42 3.2.6. Iluminação ....................................................................................... 43 3.2.7. Botoeira de emergência .................................................................. 44 3.2.8. Produto final .................................................................................... 45 4. Plano de manutenção ............................................................................... 45 5. CONCLUSÃO ........................................................................................... 48 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 49 16 1. INTRODUÇÃO 1.1 Justificativa Já havia se percebido o torno parado por falta de manutenção, e após o acontecimento de um acidente, aonde uma discente que ficou presa ao torno, o quê poderia ter sido fatal devido a ausência de um melhor sistema de iluminação e de parada do equipamento, decidiu-se pela melhora e adequação da máquina. , 1.2 Objetivos Gerais Este presente trabalho teve como objetivo o conserto e a adequação ás normas de segurança de um torno horizontal IMOR modelo PRN 320, que se encontravafora de funcionamento devido á avarias. 1.3 Objetivos Específicos Especificamente pretendeu-se: - Trazer o torno de volta ao funcionamento normal; - Adequação ás normas de segurança vigentes; - Estabelecer um plano de manutenção; - Facilitar a manutenção do torno; - Diminuir a frequência de parada/quebra do torno. 17 2. Referencial Teórico O torno mecânico é uma máquina operatriz extremamente versátil utilizada na confecção e/ou acabamento em peças. Para isso, utiliza-se de placas para fixação da peça a ser trabalhada. Essas placas podem ser de três castanhas, se a peça for cilíndrica, ou quatro castanhas, se o perfil da peça for retangular. Esta máquina-ferramenta permite a usinagem de variados componentes mecânicos: possibilita a transformação do material em estado bruto, em peças que podem ter seções circulares, e quaisquer combinações destas seções. Basicamente é composto de uma unidade em forma de caixa que sustenta uma estrutura chamada cabeçote fixo. A composição da máquina contém ainda duas superfícies orientadoras chamadas barramento, que por exigências de durabilidade e precisão são temperadas e retificadas. O barramento é a base de um torno, pois sustenta a maioria de seus acessórios, como lunetas, cabeçote fixo e móvel, etc. Para movimentos longitudinais, um torno básico têm um carro principal e um carro auxiliar para movimentos precisos e para movimentos horizontais um carro transversal. Através deste equipamento é possível confeccionar eixos, polias, pinos, qualquer tipo possível e imaginável de roscas, peças cilíndricas internas e externas, além de cones, esferas e os mais diversos e estranhos formatos. Com o acoplamento de diversos acessórios, alguns mais comuns, outros menos, o torno mecânico pode ainda desempenhar as funções de outras máquinas ferramentas, como fresadora, plaina, retífica ou furadeira. 2.1 Torno 2.1.1 A história do torno mecânico Inicialmente, os movimentos de rotação da máquina eram gerados por pedais. A ferramenta para tornear ficava na mão do operador que dava forma ao produto. Daí a importância de sua habilidade no processo de fabricação. Quando a ferramenta foi fixada à máquina, o operador ficou mais livre para trabalhar. Pode-se dizer que nesse momento nasceu a máquina-ferramenta. Sabe-se que antigas civilizações, a exemplo dos egípcios, assírios e romanos, já utilizavam antigos tornos de arco, Figura 1, como um meio fácil de fazer objetos com formas redondas. 18 Figura 1: Torno de Arco Fonte: PEREIRA, 2012. Os Tornos de Vara foram muito utilizados durante a idade média e continuaram a ser utilizados até o século XIX por alguns artesãos. Nesse sistema de torno, Figura 2, a peça a ser trabalhada era amarrada com uma corda presa numa vara sobre a cabeça do artesão e sua outra extremidade era amarrada a um pedal. O pedal quando pressionado puxava a corda fazendo a peça girar, a vara por sua vez fazia o retorno. Por ser fácil de montar esse tipo de torno permitia que os artesãos se deslocassem facilmente para lugares onde houvesse a matéria-prima necessária para eles trabalharem. Figura 2: Torno de Vara Fonte: PEREIRA, 2012. A necessidade de uma velocidade contínua de rotação fez com que fossem criados os Tornos de Fuso, Figura 3. Esses tornos necessitavam de duas ou mais pessoas, dependendo do tamanho do fuso, para serem utilizados. Enquanto um Andreyson Highlight Fonte: (PEREIRA, 2012). nullnullnullnullEntre parênteses. O mesmo vale para todos os outros. 19 servo girava a roda, o artesão utilizava suas ferramentas para dar forma ao material. Esse torno permitia que objetos maiores e com materiais mais duros fossem trabalhados. Figura 3: Torno de Fuso Fonte: PEREIRA, 2012. Com a invenção da máquina a vapor por James Watt, os meios de produção como teares e afins foram adaptados à nova realidade. O também inglês Henry Moudslay adaptou a nova maravilha a um torno criando o primeiro torno a vapor. Essa invenção diminuía a necessidade de mão-de-obra, uma vez que os tornos podiam ser operados por uma pessoa apenas. À medida que a fabricação se tornava mais mecânica e menos humana as caras habilidades dos artesãos eram substituídas por mão-de-obra barata. Isso deu condições para que Whitworth em 1860 mantivesse uma fábrica com 700 funcionários e 600 máquinas ferramenta. Moudslay e Whitworth ainda foram responsáveis por várias outras mudanças nos tornos da época, como o suporte para ferramenta e o avanço transversal. Em 1906, o torno já tem incorporado todas as modificações feitas por Moudslay e Whitworth, como mostra a Figura 4. A correia motriz é movimentada por um conjunto de polias de diferentes diâmetros, o que possibilitava uma variada gama de velocidades de rotação. Em 1925, surge o Torno Paralelo (Figura 5): o problema de ter de fixar o torno é resolvido pela substituição do mesmo por um motor elétrico nos pés da máquina. A variação de velocidades vinha de uma caixa de engrenagem, e desengates foram postos nas sapatas para simplificar alcances de rotação longos e repetitivos. Apesar 20 de apresentar dificuldades para o trabalho em série devido a seu sistema de troca de ferramentas, é o mais usado atualmente e foi o alvo do trabalho. Figura 4: Torno de Moudslay e Whitworth Fonte: PEREIRA, 2012. Em 1960, para satisfazer a exigência de grande rigidez criou-se uma estrutura completamente fechada; criou-se o Torno Automático. A máquina é equipada com um engate copiador que transmite o tipo de trabalho do gabarito por meio de uma agulha. Em 1978, é inventado o torno de CNC (Comando Numérico Computadorizado), Figura 6, que, apesar de não apresentar nenhuma grande mudança na sua mecânica, substituiu os mecanismos usados para mover o cursor por microprocessadores. O uso de um painel permite que vários movimentos sejam programados e armazenados permitindo a rápida troca de programa. Estes equipamentos necessitam de manutenção, para que o equipamento não quebre, seu uso seja sempre eficaz e seguro. 21 Figura 5: Torno Paralelo Fonte: PEREIRA, 2012. Figura 6: Torno CNC Fonte: PEREIRA, 2012. 2.2 Manutenção Poder ser definida como: “cuidado com vistas a conservação e bom funcionamento (de máquinas, ferramentas etc.)”. É mais comum definir manutenção como um: ¨conjunto de atividades e recursos aplicados aos sistemas e equipamentos, visando garantir a continuidade de funções e dos parâmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazo, custos e vida útil adequados¨, assim nestas circunstâncias a manutenção é caracterizada como um processo e tem sua principal função o prolongamento da vida útil do equipamento ou sistema. 22 2.2.1 Manutenção Preventiva Manutenção planejada que previne a ocorrência corretiva. Os procedimentos mais constantes da manutenção são: reparos, lubrificação, ajustes, recondicionamentos de maquinas para toda a planta industrial. O denominador comum para todos estes procedimentos de manutenção preventiva é a verificação periódica do funcionamento dos equipamentos, antecipando eventuais problemas que possam causar gastos maiores com a corretiva. 2.2.2 Manutenção Preditiva Pode ser considerada como uma forma evoluída da manutenção preventiva. Com os avanços tecnológicos, tornou-se possível estabelecer previsões de diagnósticos e falhas possíveis, através de análises feitas de certos parâmetros dos sistemas produtivos. Sistemas que acompanham variáveis queindicam o desempenho dos sistemas e equipamentos define-se a necessidade da intervenção. Ela privilegia a disponibilidade, pois as medições e verificações são efetuadas com o equipamento em funcionamento. 2.2.3 Manutenção Corretiva A manutenção corretiva é o tipo de manutenção mais antigas e mais utilizada, segundo Norma NBR5462, manutenção corretiva é a manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane, com a intenção de corrigir falhas nos equipamentos, componentes, módulos ou sistemas, destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida. 23 3. Materiais e Métodos Foi realizada uma manutenção corretiva, tanto na parte mecânica quanto na parte elétrica do torno Para a realização deste trabalho foi utilizado os materiais listados na Tabela 1. Tabela 1: Materiais e custos Material Quantidade Custo (R$) Fio 2,5 mm 4 metros R$4.80 Fita isolante 20 metros R$5.20 Terminal 10 R$3.00 Fusíveis diazed de 10 a 6 R$30.00 Interruptor industrial l\D 1 R$20.00 Esmalte sintético 3,6 l R$100.00 Lixa 180 5 R$11.00 Thiner 2l R$20.00 Solvente 2l R$18.00 Desengraxam-te 2l R$18.00 Pino elástico de 6mm 8 R$12.00 Pino elástico de 10mm 8 R$16.00 Parafuso allen 6mm por 1/2 pol 15 R$10.50 Eletrodo 6013 500g R$15.00 Desingripante 500ml R$15.00 Escova aço 6 R$38.50 Total R$ 337,00 Fonte: Próprios autores 3.1 Levantamento dos defeitos e soluções Foi verificado que o torno apresentava vários problemas, os componentes defeituosos, os consertos realizados e os materiais utilizados estão listados a seguir. 24 3.1.1. Cabeçote móvel – contra ponto A primeira peça com problema identificado foi a ponta montada, que estava com folga, isto causa falta de centralização entre contra ponto e a peça a ser torneada, vindo a ficar impossibilitado fazer torneamento de eixos de grande comprimento. As figuras 7 e 8 mostram respectivamente, a ponta que foi substituída e a nova ponta. A ponta foi substituída, já que esta não possui reparo. Figura 7: Ponta montada substituída Fonte: Próprios autores Figura 8: Nova ponta montada Fonte: Próprios autores 25 O próximo problema a ser corrigido foi a folga do rolamento, que causava uma vibração excessiva ao usar o equipamento em altas rotações. O rolamento foi trocado. Notou-se também ranhuras no eixo do contra ponto, estas ranhuras ( Figura 9) no eixo deixam seu avanço comprometido pelo fato de seu funcionamento ser interno ao contra ponta, um deslizando sobre outro, vindo a travar não tendo avanço nem recuo. No reajuste deu se pra aproveitar o mesmo eixo, por suas ranhuras serem pequenas, foi realizado um brunimento da sua parte externa (Figura 10). Figura 9: Eixo do rolamento antes do brunimento Fonte: Próprios autores 26 Figura 10: Eixo de rolamento brunido Fonte: Próprios autores A manivela apresentava folga (Figura 11) e devido a isto não tinha um avanço preciso. Quando se utiliza o contra ponto com um mandril acoplado, para realização de furos internos ocorrem muitas perdas de brocas. Para tirar esta folga foi necessário dimensionar o tamanho dela, em seguida arrumar com a colocação de arruelas de ajuste, até que tivesse sua tolerância aceitável. Figura 11: Manivela com folga Fonte: Próprios autores 27 Rosca interna também apresentava folga, tendo desta forma uma falta de precisão nas perfurações, não tendo um real tamanho desse furo. A peça foi substituída. As castanhas de sustentação do contra ponto (Figura 12) estavam com folga, devido a isso o contra ponto não tem uma boa fixação em cima dos trilhos do torno e nem mantem a mesma centralização da ponta montada em relação a placa, causando uma pequena angulação nas pecas a serem torneadas. No reparo foi feito um reajuste nas porcas e parafusos de fixação das castanhas, para que quando fizer o aperto da porca principal as mesmas venham a prender nos trilhos. Figura 12: Folga nas castanhas de sustentação Fonte: Próprios autores 28 Figura 13: Folga nas castanhas de sustentação retirada Fonte: Próprios autores 3.1.2. Porta ferramenta No porta ferramenta, a catraca de giro estava com a mola de pressão do pino sem ação, este apresentava desgaste e alto índice de atrito no giro por falta de lubrificação. a mola e o pino fenda foram trocados, foi realizada limpeza e lubrificação das sedes e guias de giro. O eixo de travamento do porta ferramenta apresentou muita folga, mesmo levando seu aperto ao máximo não fazia o travamento do porta ferramenta. Para fazer o ajuste foi necessário dimensionar o tamanho da folga, e ajusta com arruelas de encosto (Figura 14). 29 Figura 14: Eixo do travamento com a folga corrigida Fonte: Próprios autores Os parafusos de fixação das ferramentas tinham rebarbas e seus sextavados de aperto com deformação, assim não havia a total transferência de carga da chave de aperto para que a ferramenta fosse travada totalmente. Todos foram substituídos como mostra a figura 15. Figura 15: Novos parafusos Fonte: Próprios autores 30 No manipulo de pega faltava a esfera de tecnil, Figura 16, e a rosca do pino estava espanada, desta forma causando ferimento na mão do operador toda vez que viesse a fazer o aperto. O reajuste foi recuperar a rosca do pino, e confeccionar uma nova esfera de apoio ( figura 17). Figura 16: Manipulo sem esfera Fonte: Próprios autores Figura 17: Nova esfera de tecnil confeccionada para o manipulo. Fonte: Próprios autores 31 3.1.3. Conjunto de chave e eixo liga-desliga de acionamento mecânico Neste conjunto o eixo móvel de funcionamento estava empenado, foi realizado o alinhamento do eixo com auxilio de um outro torno mecânico, até que se chegasse a uma tolerância aceitável. O manipulo também estava espanado, desta forma não ficando fixado na sua chave seletora. A rosca foi recuperada com limpeza e brunimento dos passes de rosca. Não havia pinos de guia, devido a isto, toda vez de acionar o liga-desliga o suporte se soltava da sua sede. Foram colocados dois pinos de guia novos. Dos 3 parafusos necessários para fixação do suporte, só havia 1 no lugar, foram colocados 3 parafusos novos de medida 6mm. 3.1.4. Carro principal longitudinal No carro principal (figura 18) faltavam os bicos graxeiros, por causa disso não havia lubrificação correta dos trilhos. Novos bicos de medidas 5\16 foram colocados e foi deixada uma almotolia com óleo especifico para que operador faça lubrificação dos trilhos. Devido a rosca de movimento estar empenada, o manipulo estava com folga, fazendo com que movimento do carro fique travado. Foi realizado o alinhamento da rosca, em outro torno, também foi utilizado um relógio comparador. O trilho de deslize estava com folga, já que a castanha de apoio inferior estava frouxa e faltavam os parafusos de fixação. Novos parafusos foram colocados e as castanhas ajustadas para que os carros tenha um deslize uniforme sobre todo o trilho. 32 Figura 18: Carro principal Fonte: Próprio autor A porca de bronze fixa do carro estava com entrada da rosca com rebarbas, por isso ela estava travada, foi passado um macho de mesma medidana parte interna da porca, para que rosca sem fim tivesse um bom acoplamento na mesma. 3.1.5. Carro transversal A mesa de angulação do carro estava sem escala numérica visível e o pino de centralização da mesa com desgaste. O reajuste foi fazer uma limpeza e remarcação da escala, já no pino de centralização foi feito um enchimento e torneamento para que não aja folga na mesa. A figura 19 mostra o carro transversal Havia folga na sede do porta ferramenta, fazendo com que operador não tivesse um bom acabamento, devido a folga se aumenta muito a vibração do equipamento. Foi necessário fazer um acerto na rosca da porca de sustentação, corrigindo sua entrada tirando sua folga com calços de ajuste. 33 Figura 19: Carro transversal Fonte: Próprios autores 3.1.6. Placa As guias de entrada possuíam muitas rebarbas, fazendo com que as castanhas não chegassem juntas na peça, o ajuste foi a retirada das rebarbas com uma retifica de mão, para que quando o operador for prender a peça na placa, fazendo o giro da chave todas as castanhas chegue na peça ao mesmo tempo. Todos os canais de aperto estavam com deformação, fazendo com que operador não consiga fazer o encaixe da chave, ocorrendo um mal aperto. Foi realizada a esmerilhação em todos os guias de aperto, para que a chave possa encaixar por completo. 3.1.7. Caixa de avanço e recâmbio Não havia contra pinos na caixa de recâmbio fazem com que as engrenagens não passasse um bom movimento para a cremalheira ocasionando perda de controle de avanço do carro longitudinal. Realizou-se a montagem de novos contra pinos de medidas 8 mm, e as engrenagens foram centralizadas para que possam transmitir movimentos precisos ás cremalheiras. O manipulo de liga-desliga do automático dos carros transversal e longitudinal não tinha uma trava de segurança, fazendo que com cada esbarrada do operador o ligamento indesejável das funções, trazendo grande risco de acidente e quebras de ferramentas. Ele foi ajustado se acrescentando uma mola no sistema, para que as funções fossem ligadas somente com acréscimo de força no repuxo pelo operador. Na tampa superior faltavam os pinos guias, fazendo com que a tração do movimento fosse toda em cima dos parafusos, onde eles não suportavam a carga e 34 se partiam. Foram colocados pinos e parafusos novos de medidas 10 mm. 3.1.8. Cabeçote fixo A caixa do cabeçote se encontrava com muitas impurezas, devido a não manutenção correta e falta da junta na tampa superior, fazendo com que o funcionamento do equipamento jogasse objetos estranhos para dentro da caixa. Todo o óleo que se encontrava na caixa foi retirado, colocou-se novo óleo e nova junta de vedação. 3.1.8 Falta de lubrificação O nível de lubrificante estava muito abaixo do aceitável, com funcionamento em baixas rotações o óleo não alcançava todas as engrenagens, vindo a causar grande aquecimento na caixa e diminuindo a vida útil das peças. Foi colocado novo óleo no nível máximo de serviço. 3.1.9. Eixo quadrado liga-desliga O eixo estava empenado com deformações em todo seu comprimento, causando mau funcionamento no liga-desliga em algumas posições de parada da caixa de avanço e recâmbio. Foi realizado o alinhamento do eixo quadrado, tirou-se todas as rebarbas a longo seu comprimento, para que o equipamento possa ser ligado e desligado em qualquer posição que a caixa de avanço e recâmbio esteja. 3.1.10. Eixo roscado do automático No conjunto esférico de acionamento faltavam a mola e algumas esferas que ocasionava o desacionamento inesperado, operador fazia o engate de movimento automático, devido a vibração do equipamento ele retornava. O ajuste foi recolocar mola e esferas para que se estabelecesse a pressão necessária. 35 A falta de chaveta não deixa que movimento seja transmitido, o eixo se movimenta livre. Foi confeccionada uma nova chaveta de medida 5 mm. 3.1.11. Eixo de controle rosca milimétrica e polegada. O conjunto esférico do eixo de controle apresentava o mesmo problema do conjunto esférico do eixo roscado do automático, logo o problema foi resolvido da mesma forma. Os mancais estavam com buchas de apoios internas desgastadas, causando atrito excessivo entre o eixo. Novas buchas foram colocadas para um bom ajuste do eixo. Faltava também o pino de trava, fazendo com que arruela deslizasse sobre o mancal causando desgaste. A solução foi a colocação de novos pinos de 2,5mm. 3.1.12. Motor elétrico O motor elétrico foi limpo de forma a retirar todas as impurezas das suas partes internas e externas. Foi realizado diagnóstico de rupturas de contatos em suas partes internas, mas se encontrava em bom estado de uso não havendo necessidade de se fazer um novo enrolamento. Motor teve seu suporte ajustado, pois o mesmo se encontrava solto fazendo com que não transmitisse toda sua força para caixa de engrenagem. 3.1.13. Polias e correia de força de movimento Foi realizado a troca da correia, pois esta se encontrava com muitos desgastes (figura 20), o modelo usado foi o AV 62 lisa. Realizou-se a montagem de novas travas elásticas dos anéis recartilhados, porque a ausência das travas causava o afastamento das engrenagens. As polias passaram por um processo de lixamento para retirar deformações, essas danificavam a correia de transmissão. 36 Figura 20: Polias e correia de transmissão Fonte: Próprios autores 3.1.14. Barramento e trilhos do torno. Barramento passou por um lixamento manual, feito com uma lixa 180 para ter um melhor deslize de seus componentes superiores. 3.1.15. Cremalheira Cremalheira foi fixada novamente com novos parafusos, em seguida realizou- se um ajuste com a engrenagem do carro longitudinal para que não ocorra mais nenhum travamento entre seus dentes. 3.1.16. Manutenção elétrica Primeiramente antes do início da manutenção mecânica, certa parte da manutenção elétrica foi realizada, essa primeira etapa da manutenção buscou trazer uma maior segurança para as pessoas que iriam trabalhar na reforma do torno mecânico. A primeira etapa buscou desenergizar o equipamento, então foi feito o 37 seccionamento dos disjuntores, esse ato busca promover a descontinuidade elétrica total do circuito. Porém como não havia forma realizar o bloqueio desses disjuntores para que os mesmos não fossem energizados durante a manutenção foi feito a interrupção dos cabos de alimentação, pois assim mesmo com o acionamento do dos disjuntores o torno não seria energizado. Com a realização do corte nos cabos de alimentação houve a exposição dos elementos condutores de energia elétrica, para não haver riscos dos elementos virem a serem energizados e acabarem eletrocutando alguém que estivesse trabalhando no torno ou alunos que passassem no local foi realizada a proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada. Com todos os procedimentos de segurança relacionados à energia elétrica realizada, deu se inicio a manutenção mecânica e continuidade a manutenção elétrica. Posteriormente a manutenção elétrica buscou pontos de falhas no circuito elétrico, sendo o circuito composto por cabos, disjuntores, fusíveis, contatoras, chaves de acionamento/desacionamento entre outros componentes. Foi encontrada algumas falhas como fusíveis mal acoplados e cabos instalados de maneira incorreta, essas falhas foram corrigidas. Depois da manutenção corretiva realizada deu se inicio a implantação de equipamentosque visam uma melhor segurança e operação do torno, sendo esses equipamentos compostos por uma luminária e uma botoeira de emergência. 3.2 Início da reforma A reforma utilizou o método de 5W2H, a sigla significa o seguinte: 5 W: What (o que será feito?) – Why (por que será feito?) – Where (onde será feito?) – When (quando?) – Who (por quem será feito?) 2H: How (como será feito?) – How much (quanto vai custar?) Ou seja, é uma metodologia cuja base são as respostas para estas sete perguntas essenciais. Com estas respostas em mãos, você terá um mapa de atividades que vai te ajudar a seguir todos os passos relativos a um projeto, de forma a tornar a execução muito mais clara e efetiva. Como foi feito, e quanto custou está retratado na Tabela 1. Andreyson Highlight A formatação continua estranha aqui (note o fundo cinza). Quando imprimir vai ficar bem mais esquisito. 38 Tabela 2: 5W O quê? Por que? Quando? Como? Por quem? Onde? Desener- gização Segurança 05/08/201 7 Cortando os fios Allan Oficina Etec Avaliação de manuten- ção Listagem de defeitos 05/08/201 7 Análise visual de funcionamen- to Ederson André Oficina Etec Desmonta gem Manutenção e limpeza 12.08/201 7 Em partes Ederson Carlos Danilo Oficina Etec Limpeza Para nova pintura e manutenção 12.08/201 7 Com buchas de aço Ederson Carlos Danilo Oficina Etec Lavagem Para remoção de possíveis resquícios de sujeira 12.08/201 7 Com agua, solvente, desengraxan- te e sabão Ederson Carlos Danilo Oficina Etec Pintura Para boa aparência e evitar possíveis oxidações 19/08/201 7 Com esmalte sintético, pistola profissional e compressor de ar Ederson Carlos Oficina Etec Monta- gem Para coloca-lo em funcionament o 26/08/201 7 Com todo o ferramental disponível e auxílio de pórtico e tartarugas de transporte Ederson Carlos Allan Danilo ,Andre. Oficina Etec Ajustes Para corrigir folgas e desgastes 26/08/201 7 Com todo o ferramental disponível Ederson Carlos Allan Danilo ,Andre. Oficina Etec Andreyson Highlight Centralizado 39 Iluminaçã o Evitar que alunos usassem a iluminação do celular enquanto utilizavam o torno 26/08/201 7 Ederson Carlos Allan Danilo ,Andre. Oficina Etec Botoeira de emergên- cia Em caso de acidentes para desligar completamente o torno 26/08/2017 Ederson Carlos Allan Danilo ,Andre. Oficina Etec Fonte: Próprios autores As etapas demonstradas na tabela 2 foram detalhadas a seguir. 3.2.1 Desmontagem Desmontagem torno seguiu toda uma sequência, devido ao tamanho das suas peças e seu peso. Deu se inicio pelo carro do contra ponta soltando a porca de uma polegada para que as castanhas de desprendessem, deslocamos ele para parte final do barramento e fizemos seu iça mento com auxilio de um pórtico móvel. Em seguida fizemos retirada do carro longitudinal, retiramos os parafusos de medida seis mm com uma chave Halen, acionando o manipulo do carro em sentido horário até final para que se deslizasse sobre a tampa do carro principal ate que seu eixo roscado saísse da sua porca fixa de bronze se desprendendo do torno. Retirando os mancais de sustentação da rosca automático e do varam lig\des podemos fazer a retirada do carro principal e também das alavancas de acionamento. Ficando fixado ao torno os conjuntos esféricos. Com auxilio de uma chave hallen de medida 10 mm soltamos 4 parafusos de fixação da tampa da caixa dos eixos arvores, foi feito esgotamento do óleo da caixa com um funil e um galão de 20 litros. Na caixa seca foi retirada a tensão correia pelo seu esticador, sacadas as buchas recartilhadas com um alicate pressão, tirando os bicos graxeiros dos eixos. Retiramos todas as alavancas de mudança de rotação e de passe da rosca milimétrica, as ferramentas usadas foram, martelo, saca pinos, lima, alicate pressão 40 e universal, não se esquecendo de colocar antes as alavancas todas na sua posição inicial número 1, pra não ter sua tabela desconfigurada que saísse do padrão. Por ultimo a desmontagem da chapa protetora e o recipiente de cavacos. 3.2.2 Limpeza e remoção/desbaste Depois do torno desmontado ele foi todo lixado e raspado de forma que foi possível expor todo o aço do torno, tornando visível todas as irregularidades e numerações. Foram utilizadas escovas de aço, que são possíveis acoplar em furadeira, a escolha por este equipamento foi feita de que o importante não é remover material só as acamadas de massa e de tinta, desta forma as escovas de aço não removem muito material de forma a afinar ou enfraquecer a estrutura do equipamento, Foram utilizadas dois tipos de escova uma de fios de aço mais “moles” que em lugares de poucas camadas de tinta e que não havia camadas de massa então se fez adequado este equipamento, as partes desmontáveis do equipamento foram todas atritadas por essas escovas expondo o aço e a sua numeração de fábrica, desta forma não danificando e nem diminuindo espessura. Depois utilizou-se uma escova de aço que por ser maior e mais “dura” que foi acoplada na lixadeira para que o rendimento continuasse a ser favorável, e também para não danificar o equipamento isto tornou mais fácil a remoção das camadas mais espessas de massa, de sujeira e de tinta velha, tornando muito mais rápido e dando um ótimo acabamento. Nas partes de difícil acesso do equipamento foram utilizadas raspadeiras para remover tudo que recobria o aço cru, e nas partes apertadas e inferiores do torno também se fez necessário esta ferramenta para que a tinta se adequasse de melhor forma ao torno sem deixar partes ou pontos sem um novo tratamento. A lavagem foi feita com uma lavadora de alta pressão, desta forma as camadas de sujeira fossem efetivamente retiradas, utilizou-se solvente e engraxante, para dissolver a sujeira as camadas de sujeira. Primeiramente lavou-se com sabão, retirando a sujeira mais superficial depois foi aplicou-se o solvente e o engraxante, deixados por alguns minutos para que as camadas de óleo, graxa e sujeira fosse removidos deixando a superfície limpa. Foi necessário lixar as pistas onde os carrinhos deslizam pois oxidaram então 41 lixou-se com escovas de aço brunindo a superfície deixando o material pronto para pintura. 3.2.3 Pintura A pintura foi realizada com esmalte sintético, não sendo necessário a aplicação de fundo, também utilizou-se uma pistola de pintura gravitacional profissional e um compressor de ar, para devida aplicação da tinta. As figuras 21 e 22, mostram respectivamente, a pintura do corpo e das peças do torno. Figura 21: Pintura do corpo do torno Fonte: Próprios autores 42 Figura 22: Peças recém-pintadas Fonte: Próprios autores 3.2.4 Montagem Com todas as peças revisadas e pintadas deu se inicio ao processo de montagem, completamos o óleo da caixa dos eixos arvores e fixação da junta e tampa. Colocou-se as alavancas de mudança de rpm e rosca. Na caixa seca transmissão foram instaladas as buchas recartilhadas a polia e sua correia. Sobre o barramento montou-se a rosca automática e eixo liga-desliga. Guiou-se o carroprincipal, carro longitudinal e a porta ferramenta. A chapa protetora e o recipiente de cavaco foram montados. Por ultimo a peça mais pesada, o carro contra ponto foi instalado. 3.2.5 Ajustes O ajuste realizado no conjunto de acionamento automático transversal e longitudinal, foi uma regulagem no ponto de acionamento, para que em uma alanca possa acionar dois movimentos, o reparo foi dividir o curso da engrenagem, as ferramentas utilizadas foi uma chave allen 8mm, martelo, chave fenda, paquímetro e 43 alicate universal. Na caixa de engrenagem, foi realizado um ajuste preciso que garante a sua padronização do projeto do torno, para que movimento das engrenagens fiquem de acordo com as tabelas. A montagem foi feita com a tampa da caixa aberta para que pudesse se guiar as alavancas tendo vista nos movimentos internos, as ferramentas usadas foram chaves allen e combinadas, macete de borracha, martelo, fenda e alavancas. No ajuste na torre do porta ferramenta recuperou-se a sede, com arruelas de ajuste a folga foi compensada para que, quando operador realizar aperto não tenha folga alguma. Na mesa angulação carro longitudinal o ajuste feito foi uma remarcação da escala numérica de angulação da mesa, que estava com muitos resíduos não permitindo a visão pelo operador, a operação realizada com uma retifica de mão acoplado em uma escova de aço de cerdas macias. Em algum ponto em que o carro principal parava sobre o barramento a chave liga-desliga não funcionava por conta da alavanca que se afrouxava, o reajuste foi retirar o componente e desmontá-lo para que o arco na derretesse a mola com a esfera, colocar a alanca no centro ou seja no ponto 2 e fixá-lo com solda, eletrodo revestido usado foi um 309 inoxidável de bitola 2,5. 3.2.6. Iluminação Iluminação no torno mecânico, a iluminação foi empregada ao equipamento pois na operação durante as aulas práticas, muitos alunos usavam a iluminação do celular para conseguir ver melhor a peça em rotação no torno, porém essa atitude acarreta riscos à segurança pois a peça em usinagem pode vir a se soltar e ferir gravemente a pessoa que estava segurando o celular próximo a peça. Também foi seguido à exigência da NR-12 que diz; ‘’12.103. Os locais de trabalho das máquinas e equipamentos devem possuir sistema de iluminação que possibilite boa visibilidade dos detalhes do trabalho, para evitar zonas de sombra ou de penumbra e efeito estroboscópio. 12.103.1. A iluminação das partes internas das máquinas e equipamentos que requeiram operações de ajustes, inspeção, manutenção ou outras intervenções 44 periódicas deve ser adequada e estar disponível em situações de emergência, quando for exigido o ingresso de pessoas, com observância, ainda das exigências especificas para áreas classificadas. ’’ A instalação da luminária foi feita da seguinte forma: Foram identificados quais cabos de alimentação do torno forneciam uma tensão de 220 volts, em seguida foi retirado o elemento isolante do fio e foi feita uma junção com os fios da luminária, a operação consistiu em usar solda com estanho e isolação com fita isolante para garantir uma melhor segurança e integridade do sistema. A iluminaria foi acoplada na placa de proteção do tono, pois lá terá uma iluminação adequada de forma que não ofusque a visão do operador e garanta uma boa visibilidade da peça a ser usinada e de equipamentos pertencentes ao torno. 3.2.7. Botoeira de emergência A botoeira foi instalada, pois os tornos por serem antigos não possuem esse dispositivo, um outro fator decisivo para a instalação do componente, foi um acidente que ocorreu quando o jaleco de uma aluna se prendeu no torno em funcionamento, quase ocasionando um acidente fatal, e não havia como parar a máquina rapidamente. Diante ao fato ocorrido obteve-se a certeza que deveria ser instalado um dispositivo que de certa forma viria a evitar possíveis acidentes. As botoeiras de emergência são dispositivos com acionadores, geralmente na forma de botões tipo cogumelo na cor vermelha, colocados em local visível na máquina ou próximo dela, sempre ao alcance do operador e que, quando acionados, tem a finalidade de estancar o movimento da máquina, desabilitando seu comando. E seguindo o que fala a NR-12 é obriatorio a implentação desse dispositivo em maquinas rotativas como o torno mecânico. Segundo a NR 12; ‘’12.56. As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência, por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo latentes e existentes. 12.56.2. Excetuam-se da obrigação do subitem 12.56.1 as máquinas manuais, as máquinas auto propelidas e aquelas nas quais o dispositivo de parada de emergência não possibilita a redução do risco. 12.57. Os dispositivos de parada de emergência devem ser posicionados em locais 45 de fácil acesso e visualização pelos operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas, e mantidos permanentemente desobstruídos.’’ Instalação da botoeira de emergência consistiu em fazer a junção de uma nova fiação saindo do solenóide de acionamento da contadora e outra do cabo de alimentação do solenóide que foi interrompido para a instalação do botão de parada. Os cabos foram passados por dentro do torno e saindo na frente do mesmo em um ponto de fácil visualização e acionamento da botoeira que foi ligada por esses fios. 3.2.8. Produto final Na Figura 23, vê-se o torno depois de feitas todas as manutenções, ajustes e atualizações de segurança. Figura 23: Torno acabado e com as atualizações de segurança Fonte: Próprios autores 4. Plano de manutenção Na Tabela 3, está configurado o plano de manutenção do torno, fazendo desta 46 forma, evitará que o equipamento chegue em uma condição ruim novamente, aonde seu uso não seja possível. A aplicação da manutenção periódica prolongará a vida útil do equipamento. Tabela 3: Plano de Manutenção MANUTENÇAO DIARIA ATIVIDADES REALIZADOR EQUIPAMENTO Limpeza pós uso com pincel Operador Torno Nivel de óleo Operador Lubrificante/Torno Limpeza geral Operador Area de Trabalho Fonte: do próprio autor MANUTEÇÃO SEMANAL ATIVIDADES REALIZADOR EQUIPAMENTO Lubrificação Operador Barramentos Verificar possíveis desgastes Operador Maquina/torno Verificar possíveis alinhamentos Operador Maquina/torno Apertos e conjuntos fixos Operador Maquina/torno MANUTENÇÃO MENSAL Lubrificação Operador Barramentos Verificar conjuntos se estão fixos Operador Maquina/torno Limpeza e Lubrificações Operador Maquina/torno Verificar desgastes e alinhamentos Operador Maquina/torno Aperto de conjuntos Operador Maquina/torno Andreyson Note Tenta tirar um pouco desses espaços e deixar essa tabela em uma folha só. Dividir a tabela em duas folhas é sempre ruim. 47 fixos/moveis Fonte: Próprios autores 48 5. CONCLUSÃO A manutenção de máquinas e equipamentos é importante para garantir a confiabilidade e segurança dos equipamentos, melhorar a qualidade e reduzir os custos de produção evitando desperdícios. Para prevenir possíveis falhas e quebras nos equipamentos a escola deve elaborar uma política de manutenção preventiva dando oportunidade de mais aprendizado aos alunos. O torno reformado neste trabalho já está em uso na oficina da escola, melhorando a qualidade das aulas práticas, devido ao maior número de equipamentos disponíveis. A manutenção feitapermitiu uma maior familiaridade com a máquina, tornando desta forma mais fácil seu uso e manuseio. 49 REFERÊNCIAS ALVES, C. Torno: Torno. 2017. Disponível em: <http://claudemiralves.weebly.com/modelo-de-tcc---curso-teacutecnico-em- mecacircnica.html>. Acesso em: 24 nov. 2017. MÁQUINAS ferramentas Plainas: Processos de Fabricação. Processos de Fabricação. Desconhecido. Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/1613073/>. Acesso em: 24 nov. 2017. MONTEIRO, C. I. Manutenção Corretiva: Manutenção e Lubrificação de Equipamentos. 2010. Unesp - Universidade Estadual de São Paulo. Disponível em: <http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/manutencao/Grupo_6.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2017. PEREIRA, A. M. R. Torno Mecânico. Monografia – ISDOM. Portugal. 24 p. 2012. SENAI (Brasil). Senai Cimatec. Torno Mecânico: Torno. 2015. SENAI. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-02-torno-mecnico>. Acesso em: 24 nov. 2017.
Compartilhar