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Estágio Supervisionado em Serviço Social III Aula 06 Online

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Aula 06 – Planejamento Estratégico
Introdução
Nesta aula, vamos utilizar como fonte o livro Planejamento Social: intencionalidade e instrumentação, de Myrian Veras Baptista. O material oferece uma retomada da sistematização dos procedimentos de planejamento do trabalho na área social. A explanação sobre o livro visa despertar a curiosidade investigativa rumo ao aprendizado, para que possa incentivar o aluno a busca de outras leituras sobre o tema; além da reflexão imediata sobre a experiência do estágio supervisionado em Serviço Social. Bons estudos!
Introdução
Nesta aula, utilizaremos como fonte, o livro Planejamento Social - intencionalidade e instrumentação de Myrian Veras Baptista.   
O material oferece uma retomada da sistematização dos procedimentos de planejamento do trabalho na área social.
A autora divide o livro em duas etapas lógicas:
A primeira parte estabelece o referencial que norteia a abordagem do planejamento – em especial - o destaque a dimensão política do processo de planejamento que, necessariamente, tem que equacionar as questões ligadas às relações de poder que impregnam todo processo de tomada de sessões.
A segunda parte é dedicada à descrição e à análise dos procedimentos do planejamento, a partir das aproximações sucessivas necessárias ao seu processamento.
Planejamento
Vejamos a primeira parte do livro, sob o título “a racionalidade do planejamento” e “o planejamento como processo político”.
De acordo com Baptista (p.13, 2000), 
“O termo ‘planejamento’, na perspectiva lógico-racional, refere-se ao processo permanentemente e metódico de abordagem racional e científica de questões que se colocam no mundo social.”
Enquanto processo permanente supõe ação contínua sobre um conjunto dinâmico de situações em um determinado momento histórico. 
Como processo metódico de abordagem racional e científica, supõe uma sequência de atos decisórios, ordenados em momentos definidos e baseados em conhecimentos teóricos, científicos e técnicos.
A racionalidade do planejamento é oriunda do uso da inteligência num processo de racionalização dialética da ação.
Etapas interligadas
O planejamento é compreendido como etapas interligadas que perpassam a reflexão, decisão, ação e retomada da revisão.  Um exercício contínuo e dialético que propicia a identificação das dimensões de racionalidade, político-decisória e ético-política que serão o suporte da ação propriamente dita.
O planejamento como processo político, ou seja, a partir de uma direção desejada, requer que a leitura do conteúdo tradicional da realidade para o planejamento da ação seja ligada a compreensão das condições objetivas e subjetivas do ambiente em que ela ocorre.
Assim, é preciso considerar os diversos interesses e vontades políticas dos diferentes grupos envolvidos.
O planejamento envolve decisão, operacionalização e ação.
Operacionalização
A dimensão político-decisória é base das novas reflexões que se fazem sobre o planejamento, no sentido da socialização da política e da incorporação permanente de novos sujeitos.
Criam-se bases para a multiplicação dos mecanismos de participação direta da população no processo decisório, no qual os participantes ganham autonomia e representatividade, ao não permitir serem tutelados pelo Estado.
Operacionalização – Relaciona-se ao detalhamento das atividades necessárias à efetivação das decisões tomadas.
Ação – É a instância referente às providências que transformarão em realidade o que foi planejado, de acordo com as perspectivas política definida.
Analisando a segunda parte do livro
A seguir, vamos refletir sobre a segunda parte do livro proposto para estudo. Lembrando sempre que a disciplina tem por objetivo incentivar a análise da vivência do estágio curricular.
Sendo assim, você deve realizar uma conexão entre o que estamos estudando com a realidade de trabalho do assistente social ao observar o fazer profissional no campo de estágio.
O exercício desta aula está no desenvolvimento da reflexão sobre o exercício profissional a partir do estágio supervisionado em Serviço Social.
Vamos considerar como referencial para as reflexões sobre a vivência do estágio supervisionado em Serviço Social os pontos de análise registrados. 
São orientações para nos aproximar da realidade de trabalho, visando estudá-la e planejar o próprio processo de trabalho.
Construção e reconstrução do objeto
A construção e reconstrução do objeto dizem respeito ao momento em que o profissional definirá o que planejar.
A realidade social é dinâmica, e o processo para apreendê-la se faz por sucessivas aproximações.
Não podemos achar que conhecemos uma realidade a partir da própria percepção. Neste sentido, o objeto de intervenção vai se construindo e reconstruindo permanentemente no decorrer de toda a ação planejada. E o diálogo com a teoria é fundamental, assumindo uma postura dialética.
Destacamos que o processo de reconstrução do objeto se assenta, portanto, sobre a percepção de que as questões tratadas na prática se colocam em níveis diferentes de apreensão e de intervenção – do campo das micro interações ao das relações sociais mais amplas. 
A ampliação de seu âmbito interventivo não significa o abandono ou desqualificação da questão colocada pela instituição, mas sim sua superação.
Superar significa ir além do que é proposto pela instituição, sem desqualificar o que existe, até então. Mostrar de forma coerente e profissional que é possível definir o objeto e desenvolver outras ações que poderão trazer mais benefícios pra todos envolvidos, principalmente aos usuários dos serviços oferecidos.
Estudo da situação
Para redigir um projeto de intervenção e definir as ações que serão realizadas, é preciso realizar o estudo da situação.
Esse estudo consiste na apreensão do profissional sobre o real imediato sobre o qual vai trabalhar. Ou seja, para executar qualquer ação profissional, é preciso conhecer a realidade com a qual trabalhamos, estudando sobre as reais condições de vida e demandas da população para o qual a ação será desenvolvida.
A partir deste exercício, será possível definir ações que sejam realmente úteis à população usuária dos serviços oferecidos no campo de estágio do qual você faz parte.
Sabemos que no cotidiano profissional identificamos inúmeras possibilidades de intervenção. Porém, um estudo da situação social ou da conjuntura no qual está inserida a população atendida propicia ao profissional identificar as prioridades de intervenção, delimitando o campo de atuação e subsidiando o planejamento da ação.
Reflexão teórica x realidade
Vamos considerar os pontos a seguir como sugestões de análise da experiência do estágio supervisionado, mas alertamos que todas as aulas assim devem ser consideradas.
A reflexão teórica deve ser articulada com elementos fundados na realidade, procurando não deixar nada de fora – estudando o passado, presente e vislumbrando o futuro.
Sabemos que cada realidade vivenciada tem o seu passado e futuro, e a dialética presente/passado/ futuro na análise de um fato é resultado da indagação sobre a empiria que vem se construindo no próprio processo de sua construção.
Análise do momento conjuntural
É importante ter claro o momento conjuntural em que está sendo desenvolvido o trabalho profissional, pesquisar sobre o papel do Estado nas diferentes épocas em relação à questão estudada e suas posições expressas pelas políticas sociais por ele definidas. 
Resumindo...
Estudar as propostas governamentais para o enfrentamento da questão social e os seus rebatimentos na condição de vida da população do qual o Serviço Social atende. 
Por exemplo, se o trabalho é desenvolvido com adolescentes grávidas, é preciso investigar quais as propostas dos diferentes governos. Este é um aspecto da realidade a ser estudada.
Planejando
Agora vamos estudar sobre as etapas do planejamento.
Definição dos objetivos – A definição dos objetivos expressa a intencionalidade da ação planejada, direcionado para algo não alcançado até então– e registrando os resultados esperados, e isto chamamos de metas.
Análise de alternativas de intervenção – A formulação e escolha de alternativas de intervenção é um momento de análise para buscar os caminhos que permitam tirar o máximo das condições estabelecidas, potencializando os recursos disponíveis, sejam eles físicos financeiros ou humanos.
Planificação – É preciso também se dedicar à planificação no processo de planejamento. As decisões quanto à execução do planejamento devem ser explicitadas, sistematizadas, interpretadas e detalhadas em documentos que representam graus decrescentes de níveis de decisão: planos, programas e projetos.
Implementação – A implementação se refere às providências concretas para a realização daquilo que você planejou enquanto profissional. 
Isso significa dizer que numa grande instituição possam existir vários projetos dentro de um programa, sendo implementados a partir do direcionamento de um plano.
Implantação e execução – A implantação é a operação propriamente dita, nos espaços e prazos determinados, das ações previstas no planejamento. 
 A execução é a fase em que se colocam em prática as atividades necessárias ao desenvolvimento das ações, considerando o momento ideal, os prazos e o local propícios ao alcance dos objetivos.
A execução das ações marca o início dos trabalhos, porém é importante ressaltar que a implantação é gradual, respeitando suas etapas e objetivos propostos.
Controle – O controle é instrumento de apoio e racionalização da execução, no sentido de assegurar a observância ao programado, prevenindo desvios.
Avaliação – Preocupar-se com a avaliação requer o desenvolvimento de instrumentos que possam propiciar o registro do projeto, desde sua elaboração até ao final de todo o processo de execução.
Todas as fases de implementação das atividades devem ser controladas e avaliadas, para promover possíveis correções ao alcance dos objetivos propostos, evitando até o possível fracasso do projeto, pois é preciso prezar pela flexibilidade das ações.
Analisando um exemplo
O profissional define uma ação a ser implementada e descreve todo o processo de planejamento: um projeto voltado para adolescentes grávidas.
Ao final da execução, temos a avaliação e os desdobramentos no formato de resultados alcançados e conclusões.
Considerando o sucesso dos resultados alcançados, a instituição decide que o projeto deve se tornar um serviço permanente, sendo oferecido sistematicamente. Então, é recomendável fazer a retomada do processo, aprimorando o planejamento anterior.
Ao final de um projeto, consideramos seu resultado para pensar em novas ações e projetos, pois o cotidiano e experiências de trabalho sempre apontam outras faces da questão social passíveis de intervenção, desde que sejam planejadas.
Finalizando
Terminamos esta aula, esperando que a curiosidade investigativa rumo ao aprendizado possa incentivar o aluno a busca de outras leituras sobre o tema; além da reflexão imediata sobre a experiência do estágio supervisionado em Serviço Social.

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