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Catálogo As Cores do Sagrado

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apresenta
De 10/12/2016 a 28/02/2017
Terça a Domingo, das 9h às 19h
December 10th 2016 to February 28th 2017
Tuesdays to Sundays: 9 AM to 7 PM 
Entrada franca
Free admission
For appointments for guided visits and informations:
Visitas mediadas e Informações: 11 3321-4400
CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111, São Paulo/SP - CEP 01001-001
www.caixacultural.gov.br 
 facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo
Baixe o aplicativo CAIXA Cultural
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A CAIXA é uma empresa pública brasileira que prima pelo respeito à diversidade, e mantém comitês 
internos atuantes para promover entre os seus empregados campanhas, programas e ações voltados 
para disseminar idéias, conhecimentos e atitudes de respeito e tolerância à diversidade de gênero, 
raça, opção sexual e todas as demais diferenças que caracterizam a sociedade.
 
A CAIXA também é uma das principais patrocinadoras da cultura brasileira, e destina, anualmente, mais de 
R$ 75 milhões de seu orçamento para patrocínio a projetos culturais em espaços próprios e espaços 
de terceiros, com mais ênfase para exposições de artes visuais, peças de teatro, espetáculos de 
dança, shows musicais, festivais de teatro e dança em todo o território nacional, e artesanato brasileiro.
 
Os projetos patrocinados são selecionados via edital público, uma opção da CAIXA para tornar mais 
democrática e acessível a participação de produtores e artistas de todas as unidades da federação, e 
mais transparente para a sociedade o investimento dos recursos da empresa em patrocínio.
A exposição “As Cores do Sagrado”, do artista plástico Carybé, traz a união do registro histórico com a 
beleza artística para a preservação dos valores culturais trazidos da África para o Brasil. As aquarelas, 
produzidas ao longo de 30 anos de pesquisas entre 1950 e 1980, são registros de vivências pessoais 
do artista nos terreiros que frequentava, na Bahia, entre as casas mais tradicionais da religiosidade de 
matriz africana.
 
Desta maneira, a CAIXA contribui para promover e difundir a cultura nacional e retribui à sociedade 
brasileira a confiança e o apoio recebidos ao longo de seus 155 anos de atuação no país, e de efetiva 
parceira no desenvolvimento das nossas cidades. Para a CAIXA, a vida pede mais que um banco. Pede 
investimento e participação efetiva no presente, compromisso com o futuro do país, e criatividade para 
conquistar os melhores resultados para o povo brasileiro.
Caixa Econômica Federal
Das 128 aquarelas feitas por Carybé, entre 1950 e 1980, com a intenção de documentar o Candomblé e 
deixar este legado para as próximas gerações, selecionamos cinquenta para esta exposição. 
Na mostra respeitamos a ordem seguida pelo artista, quando da publicação do livro “Iconografia dos Deuses 
Africanos no Candomblé da Bahia” ou seja, começamos pela iniciação, seguimos a sequência pela qual os 
orixás são louvados na tradição jeje-nagô, o Xirê e, passando pelo Axexê — ritual fúnebre, terminamos pelo 
culto aos ancestrais.
Nada do que pudéssemos contar sobre este trabalho seria melhor que o texto de apresentação do próprio 
artista, que transcrevemos abaixo:
“Este documentário começou há trinta anos, em 1950, graças ao Rubem Braga, que me apresentou ao Anísio 
Teixeira, que me apresentou ao Dr. Otávio Mangabeira, que me contrataram para desenhar a Bahia.
Mas — sempre há um mas, o gosto da Bahia, como um vinho, vinha-se sazonando dentro de mim há doze 
anos, desde o primeiro encontro em 1938, ano em que fui definitivamente tarrafeado por sua luz, sua gente, seu 
mar e sua terra. Duas grandes mulheres de Oxum são as madrinhas deste trabalho, a Nancy animando, 
encorajando, fazendo milagres e proezas com o ordenadinho do contrato que prodigiosamente dava até o fim 
do mês, e Bibiana Maria do Espírito Santo, Mãe Senhora que nos acolheu em sua grande bondade e saber.
Pois é, começou com grandes viagens de bonde, Cabula, Rio Vermelho, Liberdade, Bom Gosto, Federação... 
viagens que eram audiovisuais vivos, janelas, quintais, cacimbas ou barrocas de terra rubra onde a vida corria 
a pleno sol ou à luz dos fifós e da lua. O céu vestido de arraias de dia e de noite de foguetes anunciando a 
chegada dos Orixás.
Na linha do Rio Vermelho de baixo, no último bonde, o bonde dos namorados, ouviam-se cantares para 
Ogum ou para Yemanjá na voz bonita e possante de Luís da Muriçoca, naquele tempo motorneiro da Light, o 
baticum dos atabaques de Cotinha de Oxumarê ou o som discreto do Adjá de tia Massí no alto da escadinha 
da Casa Branca. Em São Gonçalo passavam as boiadas para o Retiro e o contraponto de cantigas sagradas, 
mugir de bois e aboios de vaqueiros enchiam o oco da noite para Oxóssi dançar.
Este trabalho só tem a pretensão de ser um documentário honesto e preciso das coisas do Candomblé. 
Há desenhos de 1950 até os deste ano de 1980 mostrando festas, trajes, símbolos e cerimônias por mim 
vistas e vividas nesse mundo prodigioso que os escravos nos trouxeram e depositaram nas profundas do 
coração da Bahia. Mundo amorosamente zelado pelas Iyalorixás e pelos Babalorixás, mundo de deuses 
modestos e humanos que até hoje enfrentam os dois terríveis e vorazes deuses contemporâneos: a Ciência 
e o Progresso.”
CAIXA is a Brazilian public enterprise that distinguishes itself by its respect to diversity by promoting 
campaigns, programs and actions among its employees, focused on disseminating ideas, knowledge 
and respect to the diversity of gender, race, sexuality, and all differences that characterize society.
 
CAIXA is also one of the major supporters of Brazilian culture, appropriating annually over R$75 million 
from its budget for the sponsorship of cultural projects in its own exhibition halls and other galleries, 
emphasizing visual art exhibitions, theatrical productions, dance performances, musical shows, and 
theatrical and dance festivals throughout the country, as well as Brazilian handicrafts.
The sponsored projects are selected via public notices, a CAIXA option to provide more accessibility 
to producers and artists all over the country, making the investments of the company’s resources more 
transparent to society.
“The Colors of the Sacred” exhibition by the artist, Carybé, combines a historical record with artistic 
beauty to preserve cultural values brought from Africa to Brazil. The watercolors, produced during 
30 years of research between 1950 and 1980, are records of the artist’s personal experiences in the 
terreiros which he visited in Bahia, and include the most traditional places of worship of African origin.
In this way, CAIXA contributes toward the promotion and diffusion of national culture, reciprocating 
to society the trust and support received over its 155 years of activities in the country and effective 
partnership in the development of our cities. To CAIXA, life requires more than a bank. It requires 
investment and effective participation in the present, commitment to the future and creativity to achieve 
the best results for the Brazilian people.
Caixa Econômica Federal
Tendo cruzado o Atlântico pela primeira vez, aos seis meses, em direção à Itália de seu pai, Carybé foi 
um viajante incansável e conheceu grande parte do mundo. Mas foi em 1938, aos vinte e sete anos, 
depois de ter vivido oito na Itália, dez no Rio de Janeiro e mais oito na Argentina,que, numa clara 
manhã de agosto, aportou pela primeira vez na cidade da Bahia, cuja luz e encantos o enredaram e 
onde viveu de 1950 até seu último dia.
Sendo conhecedor dos movimentos artísticos internacionais, lutou por permanecer atento às próprias 
raízes americanas, intemporais pelo arcaísmo dos temas escolhidos. Fugiu sempre do hermetismo 
predominante entre os seus colegas e preferiu pintar a figura humana, os animais, a flora, as paisagens.
A escritora Lídia Besouchet disse sobre seu trabalho, que “o povo, as massas mais profundas, o 
submundo, as multidões ainda sem expressão universal são os temas preferidos. Levam-no ao índio, 
ao negro, aos mitos e totens, que simbolizam a antiEuropa, a América”. Já o pintor José Cláudio diz: 
“A pintura dele é pintura sacra, que a gente não vê por que não considera candomblé religião, nem 
indivíduo da massa brasileiro, gente”.
Ainda que como artista preferisse fazer murais, pois podem ser vistos por todos, no seu ofício dominou 
todas as técnicas: desenho, pintura a óleo, serigrafia, litografia, xilogravura, gravura em metal, cerâmica, 
escultura, entalhe e, como selecionamos para lhes mostrar nesta exposição, a arte da aquarela.
CARYBÉ
9/2/1911 – Buenos Aires
1/10/1997 – Bahia
“O que sei é que peguei uma estrada e estou nela até agora:
índio, negro, América do Sul, gente, bicho, luzes.
Eu nunca quis espantar ninguém.”
Solange Bernabó
Curadora
Carybé painted 128 watercolors between 1950 and 1980, documenting Candomblé and leaving a legacy for 
future generations; we have selected fifty for this exhibition.
The exhibition respects the order followed by the artist, published in the book “Iconografia dos Deuses Africanos 
no Candomblé da Bahia” (Iconography of the African Gods in the Candomblé of Bahia) or, in other words, it 
starts from initiation and follows the sequence from the Xirês, the public ceremonies in which the Orixás are 
praised in the Jeje-Nagô tradition, moving on to the Axexê (funeral rites), and ending with ancestor worship.
Nothing we could say about this work could improve on the introductory text by the artist himself, which is 
transcribed below:
“This documentary began thirty years ago, in 1950, thanks to Rubem Braga, who introduced me to Anísio 
Teixeira, who in turn introduced me to [Governor] Otávio Mangabeira, who hired me to draw Bahia.
But, there is always a but, the taste of Bahia, like wine, was seasoned inside me for twelve years, since my first 
encounter in 1938, the year in which I was definitively captivated by its light, people, sea and land. Two great 
women of Oxum are the godmothers of this work: Nancy, cheering me on, encouraging me, performing miracles 
and great feats with the small allowance from the contract which, amazingly, lasted until the end of the month, and 
Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora (Iyalorixá), who welcomed us with her great kindness and wisdom.
So, it began with great tram journeys to Cabula, Rio Vermelho, Liberdade, Bom Gosto and Federação… journeys 
like living films, with the windows, yards, wells, and basins of ruby red earth, where life flowed under the hot 
sun, in the light of oil lamps and the moon. The sky was clothed by rays of sun during the day and fireworks 
announcing the arrival of the Orixás at night.
On the lower Rio Vermelho line, the last tram, the lovers’ tram, listening to the traditional songs for Ogum or Yemanjá 
in the beautiful and powerful voice of Luís da Muriçoca, a conductor on the Light at that time; the beat of the 
atabaques of Cotinha de Oxumarê or the discreet sound of Aunt Massí’s Adjá, high up on the steps at Casa 
Branca. Herds of cattle passed through São Gonçalo on the way to Retiro and the counterpoint to the sacred 
songs was the cattle lowing and cowboys’ songs filling the hollow spaces of the night for Oxóssi to dance. 
This work simply intends to be an honest and accurate documentary of Candomblé. There are drawings from 
1950 and even some from 1980, showing the festivities, clothing, symbols and ceremonies that I saw and 
experienced in this prodigious world that the slaves brought to us and stored in the depths of the heart of Bahia. 
A world lovingly watched over by the Iyalorixás and Babalorixás, a world of modest and human gods who still 
face two terrible and voracious contemporary gods today: Science and Progress.”
Having crossed the Atlantic for the first time when he was six months old, heading for his father’s native 
Italy, Carybé was a tireless traveller and visited most parts of the world. But it was in 1938, when he was 
twenty-seven years old, having lived in Italy for eight years, in Rio de Janeiro for ten and Argentina for 
another eight that, on a bright August morning, he arrived for the first time in the city of Bahia, whose 
light and charms caught him in their web, and where he lived from 1950 until his last day on earth.
An expert on international artistic movements, he fought to remain true to American roots, timeless in the 
archaism of the themes he selected. He always avoided the hermeticism prevalent among his fellow 
artists like the plague, preferring to paint people, animals, plants and landscapes.
The writer, Lídia Besouchet, said of his work that “people, the most profound masses, the underworld, the 
crowds without universal expression” are his chosen themes. They take us to the Amerindians, black people, 
myths and totems, which symbolize the anti-Europe - America.” The painter, José Cláudio, observed, “His 
painting is sacred painting, which we had not seen before because Candomblé was not considered a religion, 
nor was an individual from the Brazilian masses [considered] a person.”
Although as an artist he preferred doing murals, as they could be seen by everyone, he mastered all the 
techniques of his craft: drawing, oil painting, screen printing, lithography, wood carving, printmaking, 
ceramics, sculpture, carving and, as we have selected to show you in this exhibition, the art of watercolor.
CARYBÉ
9/2/1911 – Buenos Aires
1/10/1997 – Bahia
“What I know is that I went down a road and I am still on it: 
Amerindians, black people, South America, people, animals, light. 
I never meant to amaze anybody.”
Solange Bernabó
Curator
Mãe Senhora – Oxum Miuá: Iyalorixá do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Mãe Senhora – Oxum Miuá: High Priestess of the Ilê Axé Opô Afonjá temple - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm – Undated)
Esta exposição é dedicada a Nancy Carybé e a
Bibiana Maria do Espírito Santo, Mãe Senhora (in memoriam)
This exhibition is dedicated to Nancy Carybé and to
Bibiana Maria do Espírito Santo, Mãe Senhora (in memoriam)
Instrumentos musicais do Candomblé: Agogô, Gan e Xaquerê
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Musical instruments of Candomblé: Cowbells and Shekere - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Instrumentos musicais do Candomblé: Atabaques
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Musical instruments of Candomblé: Atabaques - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm – Undated)
Primeira saída de Iaô
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(First appearance of an iyawo (initiate) - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Alabês – Tocadores de atabaques do candomblé
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 48 X 66 cm - Sem data
(Alabês – Candomblé musicians - Ink and watercolor (gouache) on paper - 48 X 66 cm - Undated)
Terceira e última saída: Nanã, Omolú e Ogum
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Third and final appearance: Nanã, Omolú and Ogum - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Segunda saída de Iaô: Ogum, Nanã e OmolúNanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Second appearance of an iyawo (initiate): Ogum, Nanã and Omolú - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Iaôs de Oxumaré, Ogum, Oxossi, Oxum
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Iyawos of Oxumaré, Ogum, Oxossi and Oxum - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Iaôs de Xangô, Yansã, Oxalá, Nanã, Ogum
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Iyawos of Xangô, Yansã, Oxalá, Nanã and Ogum - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Pessoa bolando
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Person receiving a divinity - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Nome de Iaô - Olga do Alaketu
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Naming of an Iyawo - Olga do Alaketu - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Ferramentas de Exu: Ogós e Tridentes
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Instruments for Exu: Phallic Scepters and Tridents - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Exu
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Exu - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Ogum
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Ogum - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Padê
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 48 X 66 cm - Sem data
(Padê (ritual preceding a public ceremony, or Xirê) - Ink and watercolor (gouache) on paper - 48 X 66 cm - Undated)
Ferramentas de Oxossi
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Instruments for Oxossi - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Oxossi - Opô Afonjá (Logun Edé - divindade da caça)
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Oxossi - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Tempo dançando numa perna só
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Tempo dancing on one leg - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Festa de Oxossi no Opô Afonjá - Matança do porco
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 48 X 66 cm - Sem data
(Festivities for Oxossi at Opô Afonjá – Sacrificing a pig - Ink and watercolor (gouache) on paper - 48 X 66 cm - Undated)
Xaxará de Omolú do Babalorixá Bandanguame - Candomblé Bate Folha (Angola)
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - datado 1951
(Babalorixá Bandanguame’s Scepter for Omolú - Candomblé Bate Folha (Angola) - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - dated 1951)
Omolú - Gantois
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Omolú - Gantois - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Ferramentas de Ossain
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Instruments for Ossain - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Ossain - Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Ossain - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Festa de Iroko - Olga do Alaketu
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Iroko Festivities - Olga do Alaketu - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Bogum - Festa de Oxumarê
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Datado 1975
(Bogum – Oxumarê Festivities - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Dated 1975)
Ferramentas de Xangô
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 47,8 cm - Sem data
(Instruments for Xangô - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 47.8 cm - Undated)
Xangô Ogodô dançando com dois Oxês - Engenho Velho
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Xangô Ogodô dancing with two double-headed axes - Engenho Velho - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Adê Bayanni - Coroa de Dadá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Adê Bayanni – Dadá’s crown - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Fogueira de Xangô Airá - Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66,3 X 48 cm - Sem data
(Xangô Airá’s bonfire - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper – 66.3 X 48 cm - Undated)
Erês - Bate Folha
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48,3 cm - Sem data
(Erês (child spirits) - Bate Folha - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48.3 cm - Undated)
Ibejis africanos
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 64,5 X 48 cm - Sem data
(African Ibejis (twin divinities, protectors of children) - Ink and watercolor (gouache) on paper – 64.5 X 48 cm - Undated)
Ferramentas de Yansã: Adê, Alfange, Braceletes, Pulseiras, Eruexim de rabo e Oguês de chifre
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 48 X 66 cm - Sem data
(Instruments for Yansã: Crown, sword, bracelets, bangles, horsehair fly-whisk and cow horns - Ink and watercolor (gouache) on paper - 48 X 66 cm - Undated)
Yansã - Olga do Alaketu
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Yansã - Olga do Alaketu - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Ferramenta de Oxum: Abebé, Adê, Obé (espada), Ibá, braceletes e pulseiras
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Instruments for Oxum: Mirror fan, crown, sword, ibá, bracelets and bangles - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Oxum - Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Oxum - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Nanã Burukú - Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Nanã Burukú - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Peté de Oxum - Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 47,8 cm - Sem data
(Peté of Oxum - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 47.8 cm - Undated)
Ewá - Terreiro do Gantois
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48,2 cm - Sem data
(Ewá – Gantois Terreiro - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48.2 cm - Undated)
Obá - Terreiro do Gantois
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66,3 X 48 cm - Sem data
(Obá – Gantois Terreiro - Ink and watercolor (gouache) on paper – 66.3 X 48 cm - Undated)
Festa de Yemanjá no bairro do Rio Vermelho - Dois de fevereiro
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 64,5 X 48 cm - Sem data
(Yemanjá Festivities in the Rio Vermelho district – February 2nd - Ink and watercolor (gouache) on paper – 64.5 X 48 cm - Undated)
Yemanjá - Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Yemanjá - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Oxalufã - Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48,3 cm - Sem data
(Oxalufã - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48.3 cm - Undated)
Oxaguiã de Tia Massi - Candomblé do Engenho Velho
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Oxaguiã of Aunt Massi – Candomblé temple in Engenho Velho - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Cerimônia para Oxalufã - Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66 X 48 cm - Sem data
(Ceremony for Oxalufã - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper - 66 X 48 cm - Undated)
Águas de Oxalá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 64,5 X 47,5 cm - Sem data
(Waters of Oxalá ritual - Ink and watercolor (gouache) on paper – 64.5 X 47.5 cm - Undated)Lorogúm - Guerra entre Xangô e Oxalá - Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 66,4 X 48 cm - Sem data
(Lorogúm – War between Xangô and Oxalá - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper – 66.4 X 48 cm - Undated)
Axexê Ketu - Opô Afonjá
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 64 X 45 cm - Datado 1993
(Ketu funeral rites - Opô Afonjá - Ink and watercolor (gouache) on paper - 64 X 45 cm - Dated 1993)
Babá Okin de lado - Barro Vermelho, Itaparica
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 36,5 X 27,6 cm - Sem data
(Profile of Babá Okin - Barro Vermelho, Itaparica - Ink and watercolor (gouache) on paper – 36.5 X 27.6 cm - Undated)
Babá Okin - Barro Vermelho, Itaparica
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 36,7 X 27,5 cm - Sem data
(Babá Okin - Barro Vermelho, Itaparica - Ink and watercolor (gouache) on paper – 36.7 X 27.5 cm - Undated)
Conhecido mundialmente como Carybé, o pintor, escultor, ilustrador, desenhista, cenógrafo, ceramista, 
historiador, pesquisador e jornalista Hector Julio Paride Bernabó tem sua genialidade associada à 
Bahia, cuja essência soube materializar em desenhos, aquarelas, esculturas e murais. Argentino de 
nascimento, Carioca por criação e Baiano por opção, Carybé foi um dos mais produtivos e inquietos 
artistas que o Brasil já teve. Caçula de cinco filhos, iniciou-se no meio artístico como ajudante no 
atelier de cerâmica que seu irmão, Arnaldo, mantinha no Rio de Janeiro. Em seguida cursou, por dois 
anos, a Escola Nacional de Belas Artes e atuou como ilustrador e diagramador de revistas e jornais.
 
Além de passagens bastante divertidas e curiosas na sua vida, como ter sido pandeirista da cantora 
Carmem Miranda em suas turnês a Buenos Aires, Carybé teve sua obra exposta por todo o Brasil e em 
países como Argentina, Estados Unidos, Japão, Itália, Alemanha, França, Iraque, Portugal, Espanha 
e México. Conquistou honrarias importantes, como o 1º Prêmio Nacional de Desenho, na III Bienal 
de São Paulo, mas o título de que mais se orgulhava era o de Obá de Xangô, oferecido pelo terreiro 
de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, onde foi iniciado nos mistérios da religião. Amigo de importantes 
artistas, como Rubem Braga, Pierre Verger, Dorival Caymmi e Jorge Amado, Carybé ilustrou, ainda, 
diversos livros, a exemplo de “Cem Anos de Solidão”, do escritor Gabriel García Márquez.
Babá Abaulá - Egum entrando no terreiro, Itaparica
Nanquim e aquarela (aguada) sobre papel - 61,8 X 47,5 cm - Sem data
(Babá Abaulá – Egum ancestral spirit entering the temple, Itaparica - Ink and watercolor (gouache) on paper – 61.8 X 47.5 cm - Undated)
Known worldwide as Carybé, Brazilian painter, sculptor, illustrator, scenic designer, potter, historian, 
researcher and journalist Hector Julio Paride Bernabó has his genius associated with Bahia, a place 
he knew how to materialise, with its essence, in drawings, watercolors, sculptures and large murals. 
Argentinean by birth, brought up in Rio de Janeiro and Bahian by choice, Carybé was one of the most 
productive and restless artists that Brazil has ever had. The youngest of five children, he started off in 
the artistic world as an assistant in his brother’s, Arnaldo, ceramic studio, in Rio de Janeiro. He then 
went on to study for two years at the National School of Fine Arts and worked as a newspaper illustrator 
and graphic designer. 
There are intriguing events throughout his life, such as playing the pandeiro for brazilian singer Carmem 
Miranda, in several of her concerts in Buenos Aires. Carybé had his work exhibited in every corner 
of Brazil and in countries such as Argentina, the United States, Japan, Italy, Germany, France, Iraq, 
Portugal, Spain and Mexico, and was awarded several prizes, as such as the 1st National Drawing 
Award at the 3rd Biennial in São Paulo, but the title that he took the most pride in was that of Obá of 
Xangô, granted by the Ilê Axé Opô Afonjá Candomblé temple. The friend of major artistic figures, such 
as Rubem Braga, Pierre Verger, Dorival Caymmi and Jorge Amado, Carybé illustrated several books, 
including “One Hundred Years of Solitude” by Gabriel García Márquez.
Curadoria/Curator
Coordenação Geral/General Coordination
Produção Executiva/Executive Producers
Produção Local/Local Producers
Projeto expográfico/Expographic Design
Projeto gráfico/Graphic Design
Assessoria de Imprensa/PR Agency
Tradução/Translated by
Solange Bernabó
Alessandro Vital
Mariana Vaz
Isabela Lemos
Daniel Colina
Gabriel Bernabó
Patrícia Rabello & Andréa Antonacci
Christine Eida & Sabrina Gledhill
Agradecimentos/Acknowledgements: a/to Nancy Bernabó, por tudo/for everything; 
A/to Emanoel Araújo, por seu trabalho em prol da arte brasileira e, mais especialmente, 
pela primeira publicação destas aquarelas/for his dedication to brazilian arts and, also, his 
efforts in first publishing these watercolors. E mais/And to: Leonardo Kedi, Marcelo Aliche, 
Ramiro Bernabó e Raquel Bernabó.

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