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Plano de Aula: O Brasil Independente HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0256 Título O Brasil Independente Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 4 Tema As Instituições Jurídico-político no Brasil Império Objetivos O aluno deverá ser capaz de: Entender a influência que os movimentos liberais constitucionalistas possuíram no processo de independência do Brasil e também nos direitos fundamentais estabelecidos na Carta de 1824; Compreender o modelo autoritário da Carta Constitucional de 1824 como decorrência da dificuldade de superação de um quadro mental absolutista típico da monarquia portuguesa; Entender os fatores (inclusive constitucionais) que levam à substituição das regras do Livro V das Ordenações Filipinas pelo Código Criminal de 1830. Estrutura do Conteúdo O conteúdo desta aula encontra-se entre as págs. 50 - 69 Livro Didático. Ainda, o conteúdo histórico, também, foi apresentado pelo Professor Rodrigo Rainha na aula online (Da Família Real ao II Reinado). A Independência e o processo constituinte. A separação política era uma possibilidade levada em consideração pela dinastia Bragança como forma de não perder o controle sobre o Brasil. Com a concretização do processo de independência, em plena era da emergê ncia do paradigma constitucionalista, fez-se necessária a elaboração de uma constituição, que expressasse as condições de modernidade almejada pelas elites brasileiras. Nestas circunstâncias devem ser ressaltados dois pontos importantes: a) a relação entre a dissolução da Assembleia Nacional Constituinte e as pretensões absolutistas de D. Pedro I; e b) o pouco apreço por parte elites políticas brasileiras por um verdadeiro projeto liberal (em clara contradição ao discurso oficial), já que a Assembleia Nacional Constituinte previra no anteprojeto (conhecido como ?Constituição da Mandioca?) não só o voto censitário por renda, mas também a manutenção da escravidão. A Constituição de 1824 e suas repercussões . As principais características que identificam a Constituição brasileira de 1824 são: adoção de um regime político monárquico; divisão em quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador, sendo este último determinante para a instauração de um regime semiabsolutista; voto censitário baseado na renda, o que auxiliava na manutenção dos interesses da aristocracia; estabelecimento do Catolicismo como religião oficial do Brasil, sendo a Igreja subordinada ao Estado; instituição de um rol de garantias e direitos individuais que, do ponto de vista textual- formal, adequava-se à modernidade propagada pelas elites europeias. O Código Criminal de 1830. As características presentes nas regras do Código Criminal de 1830, que representaram um grande avanço em relação às violentas e extemporâneas regras estabelecidas pelas Ordenações Filipinas. Nesta linha, importa ressaltar: a ideia de proporcionalidade entre o crime e a pena; a impossibilidade da pena ultrapassar a pessoa do infrator; a humanização da pena de morte, sem a tortura; a proibição das penas cruéis, sem enforcamentos e decapitações, embora ainda tenham persistido algumas penas previstas pelas Ordenações Filipinas. Importa ressaltar que alguns dos princípios norteadores do referido Código já encontram -se presentes na própria Carta de 1824. Aplicação Prática Teórica Sabe-se que a Constituição Imperial foi a única da história do Brasil que adotou a "divisã o" do poder por quatro Poderes. Porém, em mensagem transmitida na abertura do ano judiciário de 2018, a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, afirmou que o Poder Judiciário precisa ser um poder suficientemente forte para enfrentar constantemente as pressões de toda ordem, além de poder fazer face a uma das suas principais características, que é a de um poder moderador ? isto é, capaz de efetivar o seu controle externo sobre os atos dos demais poderes públicos, quando for necessário. Pergunta-se: a) O que caracterizou o chamado Poder Moderador no âmbito do Primeiro Império? b) Relacione a fala da Ministra com a crítica de que a atuação do Poder Judiciário como um poder moderador acaba desaguando em uma judicialização da política.
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