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INTRODUÇÃO
Como decorrência das reinvindicações de participação da sociedade, ocorridas nas três décadas anteriores a Constituição brasileira, promulgada em 1988, permitiu a criação de vários conselhos gestores de políticas sociais, desde o nível municipal ate o nível federal, o que nunca havia sido presenciado na sociedade.
Além de responder às demandas dos movimentos sociais, a indicação da possibilidade de existência de conselhos, enquanto mecanismo e instrumentos de participação social permitiria a efetividade de canais de comunicação e interlocução procurando superar o descrédito da população brasileira, em geral, com a política e com organizações de representação (FERREIRA, 1999; GERSCHMAN, 2004; BAQUERO, 2009).
Vale destacar que a ideia dos conselhos gestores originou-se na área da saúde, a partir da atuação dos movimentos sociais para os quais convergiam as organizações populares e os profissionais de saúde pública (BOGUS, 1998). A proposta de institucionalização de conselhos com representação paritária veio da preocupação de que os representantes governamentais não dominassem as discussões e decisões nesses espaços. Para os militantes e ativistas dos movimentos sociais, interessados em reivindicar direitos e propor políticas, a garantia da representação paritária significou avanços, pois tornaria mais inclusivo e participativo o processo de formulação de políticas (ABERS e KECK, 2008).
O presente trabalho tem como principal objetivo: Proporcionar aos alunos o conhecimento da participação popular nos espaços de exercício de controle social nas políticas sociais.
Apresentaremos nessa produção textual uma análise sobre os conselhos gestores de Políticas Públicas existentes no município de Fortaleza, discorrendo sobre o contexto histórico, político e jurídico da criação dos mesmos; caracterização do município escolhido, ações importantes dos conselhos que modificaram as condições de vida da população e o relato da experiência em participar de uma reunião do Conselho Municipal de Educação.
DESENVOLVIMENTO
 De fato a participação popular só foi possível devido a grandes lutas de classes por melhores condições de vida para os trabalhadores a partir da década de 1970, com a abertura política brasileira em 1980, iniciada através da ruptura do governo autoritário e centralizada do regime militar, intensificaram-se a manifestação de participação de vários setores da sociedade, mas foi somente a partir da Constituição Federal de 1988, que tinha como objetivo a universalização de direitos da cidadania, descentralização e gestão democrática das políticas públicas, nessa perspectiva de um novo formato institucional surgem os conselhos gestores, como um novo padrão de integração do governo e sociedade, se tornam um modo de articulação política para a criação de politicas publicas através da interação com os atores inseridos no espaço. 
	Na década de 1990, assiste-se a um processo de regulamentação da gestão descentralizada das políticas públicas em diversas áreas sociais (saúde, educação, assistência social, etc), com a inserção da participação da sociedade civil, via Conselhos Gestores, na sua formulação e controle. Nesse sentido, tais Conselhos passam a ser considerados canais de participação mais expressivos da emergência de um outro regime de ação pública na esfera local, caracterizados pela abertura de novos padrões de interação entre governo e sociedade na gestão de políticas públicas (SANTOS JÚNIOR, 2001). 
	Contudo infelizmente os conselhos gestores não são livres de manipulações e divergências, caracterizado por interesses particularistas, clientelistas e patrimonialistas. Ocorre que a dinâmica de funcionamento dos conselhos vem sendo negativamente afetada, pela recusa do Estado em partilhar o poder de decisão, é certo que a conivência entre velhas e novas práticas políticas compromete a democratização de direitos adquiridos na Constituição Federal de 1988, para a melhoria das atuações dos conselhos é imprescindível que os representantes da sociedade civil tenham clareza de que representam no Conselho o interesse coletivo e não propostas pessoais ou das próprias entidades. Para tanto, é preciso conhecer a realidade local, as prioridades da população, o arcabouço jurídico-institucional, a rede de serviços do município e ter capacidade de mobilização e articulação política. Tudo isso qualifica a participação e as possibilidades de se intervir eficazmente no processo de tomada de decisões.
	Em conformidade com a literatura existente, entre elas os estudos de Farias (2007), Souza e Neves (2002), e outros historiadores, a Cidade de Fortaleza, como em outras cidades, passou por transformações que alteraram também suas estruturas econômicas e sociais, surgidas em consonância com o crescimento das exportações do algodão no mercado internacional. 
	De acordo com a produção historiográfica das últimas décadas, evidencia-se focar como ocorreu o processo de expansão e remodelação de Fortaleza no período de 1860 a 1930, sendo destacado como o antigo e o moderno começavam a conviver na paisagem urbana da cidade. Refletindo-se então, no processo de embelezamento com base em modelos europeus vigentes - sobretudo parisienses - pelo qual Fortaleza passou nesse período. 
	Assim, a história de Fortaleza vem marcada por acontecimentos altos e baixos constantes. A chegada dos colonizadores foi muito custosa e de pouco sucesso inicial. A seca e os indios foram grandes entraves além do fato de não ter sido achado nenhum metal precioso. De acordo com os relatos de Ponte (1993), o enfoque histórico é relevante tendo em vista a influência dos costumes e cultura recebidos dos colonizadores.
	O Forte Schoonenborch, marca a ocupação e o surgimento da cidade como elemento protetor dos colonizadores. A vila, depois cidade, se consolida como entreposto para navegadores entre as capitânias do sul e do norte. Dessa maneira, pode-se apontar à luz de Farias (2007), que o início da ocupação do território onde hoje se encontra Fortaleza data do ano de 1603, quando o português Pero Coelho de Sousa aportou na foz do Rio Ceará. Naquelas margens ergueu o Fortim de São Tiago e deu ao povoado o nome de Nova Lisboa, mas devido a vários fatores, como ataques de índios, falta de recursos e a primeira seca registrada na História do Ceará (entre 1606 e 1607), Pero Coelho acabou abandonando a região. Anos mais tarde, com o objetivo de expulsar os franceses do litoral do nordeste, mais especificamente no Maranhão, chegou aqui o português Martim Soares Moreno em 1613, quando recuperou e ampliou o Fortim de São Tiago, e deu ao novo forte o nome de Forte de São Sebastião. 
	Em 1637 houve a tomada holandesa do forte São Sebastião. Em 1649 uma nova expedição holandesa no Ceará construiu, às margens do Rio Pajeú, o Forte Schoonenborch, começando nesse momento, a história de Fortaleza, sendo responsável por seu início, o comandante holandês Matias Beck. Em 1654 os holandeses foram expulsos e o forte foi rebatizado de Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção.
	Mais tarde, segundo Farias (2007), por volta de 1799, com a autonomia administrativa da província do Ceará, Fortaleza torna-se a capital e principal ponto de convergência da produção de charque e algodao, que geram a riqueza necessária para a consolidação da cidade como líder dentre todas as outras. Na virada do seculo XIX para o seculo XX Fortaleza passa por grandes mudanças urbanas, entre melhorias e o êxodo rural, e cresce muito chegando ao final da decada de 1910 sendo a sétima cidade em população do Brasil. 
	Apesar de não ser um projeto inteiramente original, uma vez que mantinha o sistema de traçado urbano em forma de xadrez projetado para a cidade, pelo engenheiro Silva Paulet em 1818, tratava-se de um estudo decisivo para a capital dali para frente, pois ampliava-lhe o traçado para além dos seus limites de então e conferia-lhe trêsboulevards (as atuais avenidas do Imperador, Duque de Caxias e D. Manoel) margeando o perímetro central. A finalidade de tais avenidas era um futuro breve, facilitar o escoamento do movimento urbano. (PONTE, 1993).
	O principal objetivo da nova planta era disciplinar a expansão de Fortaleza, o que de fato aconteceu até 1930. A cidade expandiu-se através desse modelo de traçado urbano utilizando desde Alexandre o Grande, passando por colonizadores romanos, ingleses e espanhóis nas cidades de seus respectivos impérios. Concebidos para fins de dominaçecos, desvios e ruas desalinhadas, que facilitavam a ocorrência de motins urbanos, substituindo-os por vias alinhadas longas e cruzadas em ângulo de 90° que favoreciam a vigília do poder sobre as cidades. (PONTE, 1993).	
	Nas décadas de 1860 – 1870, a capital do Ceará consolida-se como polo econômico-social hegemônico da região na segunda metade do século XIX, a partir da grande exportação de algodão para o mercado externo As melhorias que se seguiram em seu porto, a implantação da estrada de ferro Fortaleza - Baturité (1873) e a multiplicação de firmas estrangeiras concorreram para esse inédito crescimento comercial e para a constituição da cidade enquanto mercado de trabalho urbano. Paralelamente, os segmentos sociais ligados ao comercio, se reforçaram, ampliando seu poderio econômico e angariando prestígio político.
	A capital cearense incorporou equipamentos urbanos como: bondes, fotografia, telégrafo, telefone, praças, boulevards e cafés, que causaram sensação nos americanos. O Passeio Público, no Centro, foi um deles, com jardins floridos, árvores frondosas, lagos artificial, estátuas de deuses mitológicos e visão privilegiada do mar, o espaço virou ponto de encontro das elites. A Praça do Ferreira recebeu amplos jardins, com gradil e adornos idênticos ao do Passeio Público e cafés ao estilo francês. Frequentadores desses cafés (Java, Fênix, Bien-Bien Garapiêre, do Comércio) contemplavam os jardins da Praça do Ferreira. 
	Fortaleza se encheu de sobrados, palacetes e mansões que ornamentaram o novo perfil urbano da cidade. À exemplo de outras cidades ditas civilizadas, Fortaleza tinha a Cidade Luz como referência de modernidade. Dessa forma, a Capital foi arrebatada por uma febre de afrancesamento. Ser moderno era acompanhar as modas vindas de Paris, usar expressões em francês e abrir lojas com nomes franceses. 
	É possível identificar essas mudanças através dos retratos daquele tempo, onde nos é revelado à beleza da cidade. Apesar de trazer um conjunto urbano harmonioso é possível ver embutido uma singeleza do muito que ainda tinha de bucólico e que mesmo com a introdução de uma pretensiosa belle époque, esta não conseguiu descaracterizar, mas sim, emoldurar a cidade de Fortaleza.
	O Conselho Municipal de Assistência Social- (CMAS) está determinado na Lei Orgânica da Assistência Social- Lei 8,742/ 1993 é um órgão no qual agrega representantes do governo e da sociedade com finalidade de debater, propõe normas e fiscaliza a movimentação financeira de serviço sociais públicos e privados em Fortaleza, podendo somente representar-se nos atendimentos sociais as entidades escritas pelo o CMAS.
O Conselho de Educação de Fortaleza- CEF foi criado por meio da Lei nº. 7.991 no dia 23 de dezembro de 1996 o mesmo foi reestruturado com novos princípios e logo após foi reformulado através da Lei n. 8.620 em 05 de janeiro de 2002 em que passou a partir 2007 a ser reconhecido por Conselho Municipal de Educação de Fortaleza- CME onde é um órgão que prescreve regras isto é um órgão normativo e também figurativo de ordem técnico- pedagógica e da participação da sociedade possui aptidão administrativa, ligando-se ao Órgão Executivo Central de Educação, tendo objetivo de garantir o direito de educação publica e qualidade da supracitada a todos, instaura normas para funcionar e organizar a educação para crianças, jovens, adultos e idosos.
O Conselho Municipal de Habitação Popular (COMHAP) tem como finalidade fiscalizar e auxiliar para a gerencia do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social (FMHIS) mediando conversas nos diversos segmentos da sociedade civil e do poder publico firmando-se com o Sistema Municipal de Desenvolvimento, designando prioridades de ação para a Habitafor, sendo iniciado pelos termos da Lei 9,132/ 2006 art. 1º, art. 3º XII e art. 15 sendo confirmado através do art. 21 (item 9.1) da Lei Complementar Municipal nº 176/2014.
O Conselho Municipal dos direitos da Pessoa Idosa - CMDPI de fortaleza desenvolve diretrizes para a formulação no qual se implementa a política de atenção a pessoa idosa de acordo com a Lei nº 10.741 onde esta prescrita no estatuto do Idoso como também a lei n º 8.842 da Política Nacional do Idoso reconduzindo e avaliando sua efetivação é órgão colegiado de composição paritária, que tem como objetivo a fiscalização da política de promoção, proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa. O CMDPI é um órgão vinculado à Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SDH), O CMDPI avalia e fiscaliza as ações voltadas para os idosos fazendo garantir os direitos do cidadão idoso.
Conselho Municipal de Meio Ambiente foi criado pelo Decreto 12.076, de 01 de agosto de 2006, é um órgão deliberativo consultivo é um órgão que integra o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), tem como um dos objetivos a deliberação de diretrizes gerais do meio ambiente, colaborar com a Secretaria Nacional de Meio Ambiente, definir medidas a serem dotadas pelo Poder Público, e entre outra que garantam o a conservação, manutenção e zelo do meio ambiente.
Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente é um órgão colegiado que tem como objetivo assegura e defender os direitos da criança e adolescente, foi criado pelo o Artigo 267 da Lei Orgânica do Município de Fortaleza, é vinculado a Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci).
O Conselho Municipal de Política Cultural de Fortaleza nos termos do art. 285 criado pela Lei Complementar n º 54 do dia 20 de dezembro passa a funcionar com algumas modificações onde deve respeitar o Plano Municipal de Cultura em que participa e assegura a liberdade de acesso as suas referencias a toda população.
A atuação dos Conselhos, com a participação popular, é um exercício efetivo da democracia. No funcionamento dos Conselhos, Administração e Sociedade estão próximos ininterruptamente e não somente em ocasiões pré definidas. Essa curta distancia entre Estado e população permite maior capacidade de fiscalização, controle e influencia da sociedade no governo, o que incide diretamente no controle dos direitos fundamentais. É sabido que com o grande número populacional da atualidade não haveria possibilidade de todas as pessoas participarem de todas as decisões nos moldes da Grécia antiga, por isto os Conselhos consistem em importante forma de efetivação da democracia mediante a participação popular.
Com o advento da Constituição de 1988, a ideia de a política ser compartilhada vem sendo difundida, de modo que a descentralização tem sido utilizada com frequência, como forma de aumentar o grau democrático das Instituições. Nesta seara, os Conselhos têm sido reconhecidos como espaços de revigoramento da democracia, pois, por meio deles, a população tem a oportunidade de auxiliar na definição das políticas públicas e assim participar da criação de “novos direitos”, como bem leciona Berclaz:
Uma vez sistematizados os principais elementos relativos ao funcionamento prático dos conselhos sociais, já tendo sido trabalhados os aspectos indicativos do seu traço político, propõe-se agora a hipótese de que a operação adequada desses colegiados democráticos serve não só como forte sinalizador das demandas e necessidades fundamentais da comunidade perante o Estado como também, a partir disso, permite a criação de novos direitos para além dos limites burocráticos e administrativos inicialmente pensados pelo poder público; direitos esses que, como visto, antes de meras imposições, também precisa partirde uma razão comunicativa capaz de estimular e fomentar consensos possíveis.
Quando a população percebe que sua participação pode fazer a diferença, se sente motivada e incentiva as pessoas do seu convívio a participarem também, pois veem a oportunidade de fazer com que o Estado atue na sua função de melhorar as condições de vida daqueles que dependem dele para sua sobrevivência:
Sendo o Estado uma criação humana, evidente que sua existência precisa se justificar para aumentar a chance de reprodução da vida, não o contrário. É por conta disso que o Estado, na sua principal finalidade de existir perante o cidadão, precisa produzir políticas públicas que atendam e permitam incrementar a realização de direitos humanos (ter saúde, ter educação, ter o que comer/beber, ter onde morar etc.). Do mesmo modo, não há como se despertar interesse e motivação da sociedade em participar dos assuntos relativos ao Estado se não for com o propósito de criar condições capazes de melhorar a vida do povo.
Com isto percebe-se a real função dos Conselhos, a de não só sinalizar à Administração pública as demandas da população, mas efetivar a democracia. A transformação e a inclusão da população nos interesses políticos não ocorrerão em curto prazo, pois na história do Brasil é recente a previsão da participação, e por este motivo não se tem a cultura da eficácia da participação. A realidade brasileira está contaminada por tradições centralizadoras, dependentes e autoritárias. No Brasil, a autonomia municipal e distrital nunca tomou forma e se desenvolveu, por este motivo se vê uma sociedade frágil, desorganizada e conflituosa, sempre subordinada a ações intervencionistas do Estado. O incentivo à participação popular se faz necessário, numa tentativa de mudar a realidade social, como leciona Wolkme:
Parece claro, por conseguinte, que a ruptura com esse tipo de estrutura societária demanda profundas e complexas transformações nas práticas, na cultura e nos valores do modo de vida cotidiano. Além da subversão do pensamento, do discurso 51 BERCLAZ, op. cit., p.282. 52 Id. Ibid., p.283 e do comportamento, importa igualmente reordenar o espaço público individual e coletivo, resgatando formas de ação humana que passam por questões como “comunidade”, “políticas democráticas de base”, “participação e controle popular”, “gestão descentralizada”, “poder local ou municipal” e “sistema de conselhos”.
	Relataremos a experiência na participação de uma reunião ordinária do Conselho Municipal de Educação de Fortaleza, teve como pauta a abertura, duração da reunião, a	provação e apreciação da Ata da XCV Reunião Ordinária, justificativas de ausências, comunicados, despachos, parecer sobre progressão de estudos, propostas para a próxima reunião, encaminhamentos e encerramento.
	 Teve como participantes os Conselheiros Titulares: Carlos Eduardo Araújo Almeida, representante do Órgão Executivo Central de Educação de Fortaleza; Océlio Fernandes Pereira, representante de Órgão Executivo Regional de Educação de Fortaleza; Maria Socorro Bezerra Leal, representante de Órgão Executivo Central de Educação do Estado do Ceará – SEDUC; Grace Troccoli Vitorino, representante das Universidades; Gilmara Beatriz Conrado Nogueira Mendes, representante de diretores das escolas da Rede Municipal de Ensino; Maria de Fátima Lemos Pereira Cândido e Maria Solange Paz de Oliveira, representantes de Instituições Privadas de Educação Infantil, respectivamente, SINEPE e ACEPEME; Maria Irene Barroso de Sousa, representante de pais de estudantes da Rede Municipal; Francisca Liliane Brasilino Rodrigues, representante de estudantes das escolas da Rede Municipal de Fortaleza; Maria de Fátima da Silva, representante dos Conselhos Tutelares de Fortaleza e dos Conselheiros Suplentes: Raimundo Nonato Nogueira Lima, representante do Órgão Executivo Central de Educação de Fortaleza; Lúcia Maria Farias Cavalcante, representante do Órgão Executivo Central de Educação do Estado do Ceará – SEDUC; Sérgio Bezerra e Silva Neto, representante dos professores de Ensino Fundamental - APEOC; Lucieudo Ferreira, representante de Instituições Privadas de Educação Infantil – SINEPE; Francisco Elenilson Gomes do Nascimento, representante de pais de estudantes da Rede Municipal de Fortaleza; José Bezerra Vieira, representante de estudantes da Rede Municipal de Fortaleza, Célio Félix Ferreira, representante dos Conselhos Tutelares de Fortaleza; e dos Técnicos: Maria Elza dos Santos Lima e Maria Quininha Cândido de Almeida, da Câmara da Educação Infantil; Aurilene Oliveira Furtado, Francisca Lúcia Quitéria da Silva, Francisco José Rodrigues, da Câmara do Ensino Fundamental, Francisca Silésia Diniz Pereira de Siqueira, Administradora e Maria Nilde Martins Costa, Secretária do CME.
	Iniciou-se com a fala do presidente do CME, Nonato Nogueira, com as boas vindas, recebimento do Ofício nº 629/2016, do Secretário Municipal de Educação de Fortaleza, Jaime Cavalcante de Albuquerque Filho, indicando o Professor Carlos Eduardo Araújo Almeida, como Conselheiro Titular e Raimundo Nonato Nogueira Lima, como Suplente; comunicou também, que esta seria a última reunião coordenada por ele, tendo em vista, que estava concluindo seu mandato como Presidente do Conselho Municipal de Educação – CME. Em seguida a eleição aconteceu em outra sala, informando a todos o atual presidente comunicou que era chapa única; neste momento, o Conselheiro Carlos Eduardo Araújo Almeida disse que a sua pretensão era contribuir de maneira eficiente, desenvolvendo um trabalho no CME, baseado na ética e transparência.
	Deu-se início a outro ponto da pauta: Despachos – Ofícios e processos, em continuidade houve um convite para participar da capacitação de Secretários Escolares, no dia treze de maio, na UNIPACE.
 A chapa única foi eleita por unanimidade de votos. No encerramento foi homenageado o antigo pelo seu trabalho complexo e importante para todos os educadores, o ex Presidente agradeceu a todos e deu por encerrada a reunião.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Com base em pesquisas da internet, artigos e monografias averigua-se que Fortaleza passou ao longo de muitos anos vários mudanças nos quais propiciou diversos desenvolvimentos principalmente das economias políticas. 
Nesta mesma perspectiva com a expedição holandesa em 1649 no estado do Ceará foi construído o forte de Schoonenborch sendo assim iniciado a historia da capital do Ceará. Fortaleza foi marca através de vários fatos, a principio no inicio a vinda dos colonizadores não obteve sucesso a seca e os índios dificultaram bastante, pois não encontram nada de valor. Na década de 1990 estabeleceu-se um sistema de conjunto de medidas que dividiram as políticas publicas em vários segmentos com tudo a participação da sociedade civil foi essência para a criação dos conselhos gestores.
Entende-se que os conselhos são ratificados a partir da participação da sociedade, a população tem papel de extrema importância, pois a sua participação estimula outras pessoas gerando futuros direitos, pois é um ato democrático, por meio da Constituição de 1988 a menção da politica espalha-se firmando para ser frequentemente utilizada onde os Conselhos ganham destaque em meio à ideia de democracia. 
Na cidade de Fortaleza existem vários conselhos municipais que foram criados para que permita a participação da sociedade na administração publica assim gerando uma melhor forma de atendimento a todos com a multiplicação dos Conselhos Municipais podemos ver a representação a aparência positiva almejando situações de oportunidades para as pessoas que compõe a sociedade, em Fortaleza temos o Conselho Municipal de Habitação Popular (COMHAP), o Conselho Municipal de Assistência Social- (CMAS), o Conselho de Educação de Fortaleza- CEF, o Conselho Municipal dos direitos da Pessoa Idosa - CMDPI entre outros.
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REFERÊNCIAS 
FARIAS José Airton de. História do Ceará: da Pré-História ao Governo Cid Gomes. 5. Ed Fortaleza: Livro Técnico, 2007.
FORTALEZA na belle époque. Diário do NordesteOnline. Fortaleza, 14 de jun. 2009. Disponível em:<www.diariodonordeste.com.br>. Acesso em 28. jul.2011.
PONTE, Sebastião Rogério. Fortaleza Belle Époque: reformas urbanas e controle social (1860 – 1930) – Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha/Multigraf Editora Ltda., 1993. 208p
SILVA Filho, Antonio Luiz Macêdo e - Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará, 2001.
SOUZA, Simone de; NEVES, Frederico de Castro (organizadores) - Fortaleza: História e Cotidiano - Comportamento. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002.
BERCLAZ, Marcio Soares. A natureza político-jurídica dos conselhos sociais no brasil: uma leitura a partir da política da libertação e do pluralismo jurídico. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.
WOLKMER, Antônio Carlos. Introdução ao pensamento jurídico crítico. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 248
Ferreira MC. Associativismo e contato politico nas regiões metropolitanas do Brasil: 1988-1996. Revisitando o programa da participação. Rev. bras. Ci. Soc. 1999; 14(41): 90-102.
Gerschman S. Conselhos Municipais de Saúde: atuação e representação das comunidades populares. Cad. Saúde Pública. 2004; 20(6): 1670-81.
Baquero M. Democracia, participação e capitação social no Brasil hoje. In Fleury S, Lobato LVC. (Orgs.). Participação, democracia e saúde. Rio de Janeiro: Cebes; 2009. p. 129-50
Bógus CM. Participação popular em saúde. São Paulo: Annablume – Fapesp; 1998.
Abers RN, Keck ME. Representando a diversidade: Estado, sociedade e “relações fecundas” nos conselhos gestores. Cad. CHR. 2008; 21(52): 99-112.
SANTOS JÚNIOR, O. Alves dos. Democracia e governo local: dilemas e reforma municipal no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 2001.
ROCHA, Roberto. A gestão descentralizada e participativa, São Luis/Ma, v.1, n. 11, 2009.
Ação Social, Fundação da.Conselho Municipal de Assistência Social- CMAS. Disponível em: <http://www.fas.curitiba.pr.gov.br/conteudo.aspx?idf=844>. Acesso em: 14 de maio de 2017.
Fortaleza, Prefeitura de. Prefeitura de Fortaleza empossa Conselho Municipal de Habitação Popular. Disponível em: <https://www.fortaleza.ce.gov.br/noticias/prefeitura-de-fortaleza-empossa-conselho-municipal-de-habitacao-popular>. Acesso em: 03 de junho de 2013.
Educação, Canal. Histórico CME. Disponível em: <http://educacao.fortaleza.ce.gov.br/>. Acesso em: 04 de Abril de 2011.
Ceará, Governo do Estado do. Prefeitura de Fortaleza e Conselho Municipal realizam II Conferência dos Direitos da Pessoa Idosa. Disponível em: <http://www.portalinclusivo.ce.gov.br/index.php/noticias/45409-ii-conferencia-dos-direitos-da-pessoa-idosa >. Acesso em: 17 de Abril de 2015.
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Conselho Municipal da Pessoa Idosa. Disponível em:<https://leismunicipais.com.br/a/ce/f/fortaleza/lei-ordinaria/2011/986/9865/lei-ordinaria-n-9865-2011-altera-dispositivos-da-lei-n-9402-de-3-de-junho-de-2008-que-cria-o-conselho-municipal-dos-direitos-da-pessoa-idosa-e-da-outras-providencias.html?wordkeytxt=Pessoa%20Idosa>. Acesso em: 13 de maio de 2017.
Conselho Municipal do Meio Ambiente. Disponível em:<https://urbanismoemeioambiente.fortaleza.ce.gov.br/infocidade/380-conselho-municipal-de-meio-ambiente-comam>. Acesso em: 13 de maio de 2017.
Conselho Municipal de Defesa dos direitos da Criança e do Adolescente. Disponível em:<https://leismunicipais.com.br/a/ce/f/fortaleza/decreto/2016/1378/13778/decreto-n-13778-2016-altera-o-regimento-interno-do-conselho-municipal-de-defesa-dos-direitos-da-crianca-e-do-adolescente-comdica>. Acesso em: 13 de maio de 2017.
SUMÁRIO
Introdução..................................................................................................................03
Desenvolvimento........................................................................................................04
Considerações Finais................................................................................................12
Referências................................................................................................................13
Fortaleza
2018
raquel de maria silveira moreira
Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
CONSELHOS GESTORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO no município de fortaleza
CONSELHOS GESTORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO no município de fortaleza
Trabalho de Produção Textual (Grupo) apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas: Pesquisa social e Oficina da Formação, Instrumentalidade em Serviço Social, Políticas Setoriais e Políticas Setoriais Contemporâneas, Movimentos Sociais e Estágio em Serviço Social I
Orientadores: Patricia Soares Campos, Amanda Boza G. Carvalho, Maria Lucimar Pereira, Maria Lucimar Pereira, Maria Angela Santini, Nelma S. A. Galli
Fortaleza 
2018
raquel de maria silveira moreira

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