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JUSTIÇA E PROPRIEDADE HOBBES ROUSSEAU E LOCKE

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ- UNOCHAPECÓ 
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS 
CURSO DE DIREITO
COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIA POLÍTICA 
PROFESSOR: 
ACADÊMICA: NATHALIA ROSA WALTER
JUSTIÇA
Jean-Jacques Rousseau
O contrato social de Rousseau somente formou o corpo político, assim sendo necessária que houvesse uma mudança nas leis para regulamentar e conservar esse corpo. Esse ordenamento legal deve se direcionar para uma justiça consolidada sob o ponto de vista da justiça natural, que vem somente de Deus e construída por um corpo racional, criador da República – soberano regido por leis para condição de associação civil.
Thomas Hobbes
Hobbes relacionou o conceito de justiça conforme a legislação onde a restringiu a manutenção dos pactos, Hobbes ao criar a ideia de Estado de natureza, onde existe uma guerra de todos contra todos, ele conclui que, nessa situação, as noções de justiça e de injustiça são inconcebíveis, bem como as de certo e errado. 
 Existe justiça somente onde há lei, e só há lei onde existe o poder comum. Então, nada será injusto no Estado de natureza. A Justiça é um fenômeno social. Não teria razão imaginar isto com um homem solitário no mundo. 
John Locke
Para Locke, a justiça é construída com um contrato social que é obrigada a vir do exercício da liberdade individual. Segundo o pensamento liberal, existe um conceito do Estado que teria a simples missão de permitir o exercício dos direitos naturais de cada cidadão: o direito à vida, à saúde, à liberdade e à propriedade. 
COMPARAÇÃO
Rousseau era critico a democracia representativa, dizia que o “bem” em questão era que a transformação da usurpação em um direito, que ainda seria o princípio da desigualdade material entre a população (lei e justiça a partir da soberania popular e da vontade geral), permitindo através de uma primeira delimitação de posse que uns possuam mais bens que outros (uma lei injusta, lei do mais forte sobre o mais fraco).
Já Hobbes afirmava que esta não seria um direito natural do homem, sendo apenas o Soberano o único responsável por tudo que existe móvel ou imóvel, podendo ainda legislar sobre a vida e a morte.
E Locke defendia que a propriedade privada além de ser um direito natural, ela era inviolável. Através do trabalho (fundamento de origem) poderia até se tornar ilimitada a partir de capital. Seria também um bem protegido pelo Estado (justiça particular) que incentivava a dedicação ao trabalho e garantia o empirismo e ainda legitimava a desigualdade. Para Locke, a propriedade privada seria o valor máximo de uma sociedade. 
PROPRIEDADE
Propriedade segundo Thomas Hobbes
Hobbes defende em sua teoria a questão da propriedade privada, mas esta propriedade é subordinada aos interesses do soberano que tem poder absoluto, sendo que este soberano deveria zelar pela paz, e se dispor de uma propriedade que favorecesse esse intento, para ser valida essa atitude.
Para Thomas Hobbes a propriedade não existe antes do Estado, não é um direito natural, e sim baseada em regras e leis. (HOBBES, Levitã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil, p. 1-14).
	Ele acredita que a propriedade foi criada pelo Estado-Leviatã e apenas existe no estado civil, então a questão de propriedade não existe no estado de natureza. Sendo a propriedade fruto do Estado, ela pode ser suprida pelo mesmo.
Propriedade segundo John Locke
Para John Locke o conceito de propriedade vem da concessão divina, da capacidade de razão do homem e da lei natural que determina a autoconservação humana. Ele assegura que os bens vindos da natureza eram originalmente comuns a todos os homens, pois a igualdade universal e a liberdade estabelecem um comunismo universal.
Mas para que esses objetos possam ter alguma utilidade para qualquer homem em particular é necessário existir um meio de se apropriar parte deles. Assim, partindo da proposição de que cada individuo tem uma propriedade para si, de modo que o trabalho e a obra do seu corpo são seus.
Locke diz que tudo aquilo que o homem retira do estado onde a natureza o forneceu e deixou, o misturando com o seu trabalho, resulta sendo sua propriedade. Devemos observar que a lei da natureza apenas permite a propriedade daquilo que realmente pode ser usufruído pelo seu dono (titular). Tudo o que transpassa essa capacidade de gozo pertence aos outros indivíduos. Mas esse limite se torna ineficaz quando começam os momentos onde os homens pactuam o uso do dinheiro onde o qual possibilita o acúmulo de riquezas além da capacidade de usá-las e suprime assim ou tranquilizar a exigência de que as mesmas atendam a uma determinada função social.
Propriedade segundo Jean Jacques Rousseau
	Para Rousseau a propriedade não esta na categoria de direito natural, tal como o direito à liberdade e à igualdade. O estabelecimento da propriedade ocorre como um ato unilateral do primeiro ocupante no estado de natureza, sendo assim, sem que tenha sido estabelecido a lei civil.
Para ele a origem das desigualdades entre os homens está no ato do primeiro ocupante ao estabelecer a posse de determinada área de terra.
O primeiro que, tendo cercado um terreno, se lembrou de dizer: Isto é meu, e encontrou pessoas bastantes simples para o acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou tapando os buracos, tivesse gritado aos seus semelhantes: ‘Livrai-vos de escutar esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos, e a terra de ninguém’. (ROUSSEAU, 2007a: 222).
REFERENCIAS
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Editora Ridendo Castigat Mores.
HOBBES, Thomas. Leviatã. São Paulo: Martin Claret, 2001.
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo Civil. Editora Vozes, p. 1-33
http://www.espacoacademico.com.br/089/89henkes.htm
https://www.youtube.com/watch?v=jz3AcQLx2_0
https://mafaldacomplica.wordpress.com/2013/04/23/comparando-hobbes-locke-e-rousseau/

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