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Aula 13/04/2018. Temas: Noção de normal e patológico :As duas dimensões do normal e as anomalias. A aula do dia 13 de abril de 2018, teve como foco as duas dimensões do normal e as anomalias, cuja a professora chegou a citar sobre o livro do George Canguilhem, onde ele abrange o tema da noção de normal e patológico. A docente Aliny Lamoglia, ao citar sobre o assunto como um sentimento de segurança na vida, um sentimento de que o ser por si mesmo não se impõe nenhum limite. Dentro deste ponto de vista, é impossível julgar o normal e o patológico se este estiver limitado à vida fisiológica e inconsciente. Além disso, o patológico não possui uma existência em si, podendo apenas ser concebido numa relação. Sabe-se que a anomalia em si não é doença mas pode vir a tal condição se o indivíduo não conseguir ser normativo a tal anomalia, se ela implicar em sofrimento, sentimento de vida contrariada ou restrição. Nem toda anomalia é, portanto, uma patologia. O patológico é uma norma biológica diferente, mas repelida pela vida. Todavia, o estado normal de um ser vivo se transcreve na relação normativa, impondo novas normas, a determinados meios. A saúde e a doença, segundo o autor Canguilhem, a professora relata que não podem ser consideradas postas, mas sim dimensões diferentes de um processo dinâmico e polarizado que é a vida. Com isso pode-se concluir que deve ser haver sempre uma harmonia, um equilíbrio, entre o que é imposto pela sociedade e pelo o que é adquirido ao longo da trajetória de vida. Referências: Norma, o normal e o patológico. Revista Ciência e Vida; Filosofia Especial; Ano II, n°7 página 28-1039. CANGUILHEM, Georges. O normal e o patológico. Tradução de Maria de Threza Redig de C. Barro case Luiz Octávio F. B. Leite. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002, 307 p. A doença difere da saúde, o patológico d o normal. Domin ar a doença é conhecer suas relações com o estado normal que o homem vivo desej a restaurar, já que ama a vida. A natureza do homem ou fora dele, é uma reação generaliz ada com intenção de cura. O organismo fabrica uma doença para se curar a si próprio. A ameaça da doença é um dos elementos c onstitutivos da sa úde. Com essa afirmação, para Can guilhem o homem só é doente quando a saúde o aban dona e, nesse momento, ele já não é mais são, tornando a patologia uma condição normal A p artir da leitura de Canguilhem, problematizar o sen so comum que trata o sentido de normal e patológico. Isso sign ifica revistar esses con ceitos com intuito de produzir novos sabere s sob novas perspectivas, q ue, por sua vez, podem resultar em novas práticas. Ainda mais, podemos d izer que moldamos nossa existência fazendo valer desses saberes: o que se espera com o aprendizado de Canguilhem é que normal e patológico sejam inscrições que ajudem nas distinções sem deixá -las transformar em discriminações. como um sentimento de segurança na vida, um sentimento d e que o s er por si mesmo não se impõe nenhum limite. Dentro desta perspectiva, é impossível julgar o normal e o patológico se este estiver limitado à vid a fisiológica e vegetativa. Como exemplo é citado o astigmatismo, que poderia ser considerado normal em uma sociedade agrícola, mas patológico para alguém que estivesse n a marinha ou na aviação. Desta forma, só se compreende bem que são "nos meio s próprios do homem, que este seja, em momen tos diferent es, normal ou anormal" (p.162). Portanto, o patológico não pos sui uma existência em si, podendo apenas ser concebido numa relação. Ao realizar a leitura foi possível identificar que a anomalia em si não é d oença mas pode vir a tal condição se o indivíduo n ão conseguir ser normativo a t al anomalia, se ela implicar em sofrimento, sentimento de vida contrariada ou restrição. Nem t oda anomalia é, portanto, uma patologia. O patológico é u ma norma biológica diferente, mas repelid a pela vida. Portanto, o estado n ormal de um ser vivo se transcreve n a relação normativa, impondo novas normas, a determinados meios. A saúde e a doença, segundo o autor Canguilhem, não p odem ser con sideradas postas, mas sim dimensões diferentes de u m processo dinâmico e polarizado que é a vida. A doença difere da saúde, o patológico d o normal. Domin ar a doença é conhecer suas relações com o estado normal que o homem vivo desej a restaurar, já que ama a vida. A natureza do homem ou fora dele, é uma reação generaliz ada com intenção de cura. O organismo fabrica uma doença para se curar a si próprio. A ameaça da doença é um dos elementos c onstitutivos da sa úde. Com essa afirmação, para Can guilhem o homem só é doente quando a saúde o aban dona e, nesse momento, ele já não é mais são, tornando a patologia uma condição normal A p artir da leitura de Canguilhem, problematizar o sen so comum que trata o sentido de normal e patológico. Isso sign ifica revistar esses con ceitos com intuito de produzir novos sabere s sob novas perspectivas, q ue, por sua vez, podem resultar em novas práticas. Ainda mais, podemos d izer que moldamos nossa existência fazendo valer desses saberes: o que se espera com o aprendizado de Canguilhem é que normal e patológico sejam inscrições que ajudem nas distinções sem deixá -las transformar em discriminações.
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