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GRANDES NAVEGAÇÕES E TRATADO DE TORDESILHAS RESUMO DO GRUPO

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GRANDES NAVEGAÇÕES:
Durante os séculos XV e XVI, Portugal e Espanha lançaram-se nos oceanos com o objetivo de encontrar uma nova rota marítima para as Índias. Os dois países desejavam ter acesso direto às fontes orientais de recursos naturais para lucrar com o comércio de especiarias, já que até aquele momento dependiam de comerciantes de Veneza e Gênova, donos do monopólio desses produtos.
A necessidade dos europeus de conquistarem novas terras também foi outro fator importante para a consolidação da chamada Era das Grandes Navegações. A grande experiência em atividade naval, principalmente a pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal a ser o pioneiro nas navegações desse período. As caravelas, meio de transporte marítimo e comercial da época, eram construídas com qualidade superior às de outras nações. 
Além de o país lusíada contar com uma quantidade significativa de investimentos de capital da burguesia e da nobreza, Portugal investiu muito nos estudos náuticos, o que resultou na ‘Escola de Sagres’. Nessa escola, dezenas de especialistas em navegação conviveram e trabalharam durante boa parte do século XV. Cosmógrafos, construtores de barcos, capitães, pilotos e marinheiros ajudaram Portugal a alcançar importantes avanços tecnológicos em engenharia naval e navegação. A ciência teve papel fundamental para as viagens exploratórias e promoveu o surgimento de vários instrumentos de navegação. O astrolábio – de origem árabe, que ajudava os navegantes a se guiarem pelas estrelas – foi aperfeiçoado, novas técnicas para construção de barcos foram inventadas, mapas de ilhas e da costa africana foram redesenhados etc. Em função da nova terra "descoberta" (Brasil) e ainda por seu percurso em direção às Índias, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.
A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas desse período, tornando-se uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram por contornar o planeta para chegar ao mesmo destino.  Em 1492, o genovês Cristóvão Colombo, financiado pela Espanha, chegou com as caravelas espanholas às ilhas da América Central sem saber que tinha atingido um novo continente. Somente anos mais tarde, o navegador Américo Vespúcio iria identificar aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. 
O Velho Mundo descobriu o Novo. As aventuras e conquistas náuticas desses dois séculos levaram os europeus a quase todas as regiões que tinham acesso marítimo, dando origem a uma nova concepção geográfica do pequeno mundo até então conhecido, centralizado no Mediterrâneo, para o mundo como o conhecemos hoje.
 Curiosidades 
• A tecnologia necessária foi obtida com a divulgação de invenções chinesas, como a pólvora (que dava mais segurança para enfrentar o mundo desconhecido), a bússola, e o papel. A invenção da imprensa por Gutenberg popularizou os conhecimentos antes restritos aos conventos. E, finalmente, a construção de caravelas, que impulsionadas pelo vento dispensavam uma quantidade enorme de mão-de-obra para remar o barco como se fazia nas galeras nos mares da antiguidade, e era mais própria para enfrentar as imensas distâncias nos oceanos; 
Até a Igreja Católica envolveu-se nessas viagens, interessada em garantir a catequese dos infiéis e pagãos, que substituiriam os fiéis perdidos para as Igrejas Protestantes.
Algumas observações:
Viajantes: Numa navegação viajavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão.
Caravelas: eram grandes embarcações feitas de madeira. Eram capazes de transportar centenas de homens e toneladas de mercadorias. Possuíam uma ou mais velas grandes e altas, geralmente retangulares. Possuíam também canhões para combates.
Especiarias: Nos porões das caravelas, comerciantes transportavam toneladas de mercadorias das Índias para a Europa, obtendo fabulosos lucros: pimenta, gengibre, noz moscada, açafrão, cravo, canela e seda.
Viagem: Na longa solidão dos mares, as viagens eram intermináveis e tediosas. O jogo de cartas era uma das poucas atividades de lazer a bordo, apesar de malvisto pelos padres.
 Doenças: A vida nos navios que partiam para as viagens oceânicas era muito dura. As pessoas espremiam-se em pequenos espaços e enfrentavam os perigos dos mares desconhecidos e padeciam de doenças e de falta de higiene.
Religião. Os viajantes eram muitos religiosos e supersticiosos. Durante a viagem os padres organizavam as orações nos navios.
 Tempos: As viagens oceânicas duravam de meses até anos, dependendo do percurso e das condições climáticas.
Escravos: As viagens ultramarinas servirão de transportes para trazer escravos negros da África para a América, novas terras dos europeus.
 Alimentos: Havia permissão para o embarque de galinhas, cabritos e porcos, mas geralmente consumidos nos primeiros dias. Depois a principal comida era o biscoito, feito de farinha e trigo e centeio. A população sentia muito a falta de alimentos frescos
TRATADO DE TORDESILHAS:
O Tratado de Tordesilhas, assinado em sete de junho de 1494, foi um acordo entre o monarca de Portugal, D. João II, e os reis do que hoje é a Espanha moderna, Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão. Apesar de o documento ter sido o resultado das recentes descobertas das viagens do navegador genovês Cristóvão Colombo, para entender por completo sua relevância histórica é necessário ter em mente acordos prévios feitos entre as potências ibéricas.
Em paralelo ao recuo islâmico na Península Ibérica, a partir do século XIII, os castelhanos disputaram com os portugueses a exploração e domínio da costa atlântica africana, considerada essencial para garantir uma passagem para a Índia que não dependesse exclusivamente do Mar Mediterrâneo. Durante o século XV, a contínua expansão dos reinos ibéricos nesta direção gerou conflitos comerciais e, por consequência, rivalidade política. A partir da década de 1450, reis portugueses solicitariam intervenção a sucessivos papas, a fim de garantir não apenas a posse temporal e espiritual das terras já descobertas, mas também dos territórios ainda desconhecidos no Atlântico.
Por volta da época da disputada ascensão ao trono de Isabel I de Castela, em 1474, um primeiro tratado começou ser negociado por Portugal para aquietar as disputas a respeito, culminando finalmente no chamado Tratado de Alcáçovas. Assinado pelas duas partes em 1479, o documento acertava a paz entre os reinos após a Guerra de Sucessão Castelhana (1475-79), tendo como principais cláusulas a renúncia de D. Afonso V ao trono de Castela e um futuro casamento entre os filhos dos soberanos. Além disso, o tratado demarcava as zonas de influência de cada lado no Oceano Atlântico ao estabelecer o domínio dos Reis Católicos nas Ilhas Canárias, garantindo aos portugueses a exploração de todas as terras ao sul. Ambos os reinos comprometeram-se a não infligir os domínios estabelecidos, e o papa Sisto IV ratificou o acordo em 1481.
Em 1492, contudo, ocorreram as primeiras descobertas por Cristóvão Colombo, alterando por completo a situação diplomática estabelecida anteriormente. Quase que imediatamente após a chegada do navegador à Espanha, o casal real procurou garantir o apoio do papa aragonês Alexandre VI. De acordo, uma bula (bula Inter coetera) foi publicada em maio de 1493, estabelecendo que todas as terras descobertas e ainda por descobrir a oeste das Ilhas Canárias eram possessão exclusiva dos Reis Católicos, restando a Portugal apenas as terras a leste. Julgando que tal decisão do pontífice contradizia diretamente o Tratado de Alcáçoças assinado alguns anos antes, o rei D. João II procurou Isabel I e Fernando II para negociações paralelas. Enfrentando uma situação interna problemática e procurando evitar a hostilidade do reino vizinho, os monarcas acabaram por concordar, e o acordo foi selado. Ficou decidido que a separação das terras demarcadas seria feitaa partir de um meridiano que estaria a 370 léguas (aproximadamente 1780 quilômetros) a oeste das ilhas de Cabo Verde; todas as terras a oeste seria da Coroa espanhola, enquanto as terras a leste pertenceriam à monarquia portuguesa. Contudo, como os espanhóis necessitariam de navegar pelas águas portuguesas para atingir seus próprios domínios, certas cláusulas garantiam passagem segura, embora ainda proibissem qualquer exploração.
Apesar das dificuldades em aplicá-lo de forma estrita, o Tratado de Tordesilhas seria o primeiro de uma série de acordos que buscavam a demarcação de territórios, sendo assim um marco fundamental para a história colonial do século XVI.
Contexto histórico
 
Logo após a chegada de Cristóvão Colombo à América (1492), a corte espanhola começou a se preocupar em proteger legalmente as terras descobertas na América. O rei espanhol procurou o papa Alexandre VI, que através da Bula Inter Coetera estabeleceu a posse de todas as terras descobertas a 100 léguas a oeste de Cabo Verde à Espanha. Através deste documento, Portugal ficaria sem a possibilidade de ter a posse de territórios na recém-descoberta América. O limite estabelecido também dificultaria as navegações portuguesas no Oceano Atlântico.
 
Como Portugal, assim como a Espanha, era uma potência militar e econômica da época, para evitar conflitos, espanhóis e portugueses resolveram abrir negociações para o estabelecimento de um novo tratado. Este deveria contemplar os interesses de ambos os reinos no tocante a descoberta, exploração e colonização das “novas terras”.
 
O que foi
O Tratado de Tordesilhas foi um acordo firmado em 4 de junho de 1494 entre Portugal e Espanha. Ganhou este nome, pois foi assinado na cidade espanhola de Tordesilhas. O acordo tinha como objetivo resolver os conflitos territoriais relacionados às terras descobertas no final do século XV. 
 
O que estabelecia o Tratado de Tordesilhas
 
De acordo com o Tratado de Tordesilhas, uma linha imaginária a 370 léguas de Cabo Verde serviria de referência para a divisão das terras entre Portugal e Espanha. As terras a oeste desta linha ficaram para a Espanha, enquanto as terras a leste eram de Portugal.
Tratado de Madri
 
O Tratado de Tordesilhas deixou de vigorar apenas em 1750, com a assinatura do Tratado de Madri, onde as coroas portuguesa e espanhola estabeleceram novos limites de divisão territorial para suas colônias na América do Sul. Este acordo visava colocar fim as disputas entre os dois países, já que o Tratado de Tordesilhas não havia sido respeitado por ambas as partes.
Um tratado firmado, mas nunca cumprido
E, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, a região brasileira que pertencia a Portugal ia somente de Belém do Pará ao Paraná. Tanto portugueses como brasileiros avançaram sobre o território espanhol, sem levarem em consideração  o tratado. Muitos nem sabiam da existência dele. E, como a Espanha estava muito ocupada com as suas colonizações nas regiões no hemisfério ocidental, no México, não se preocupou em colonizar estas terras.
Potências como a Inglaterra, França e os Países Baixos nunca reconheceram esse tratado e nenhum outro que fazia algum tipo de marcação ou controle de terras a se conquistar.

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