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Classificação e terminologia da maloclusão Sistema de Angle O sistema de Angle é baseado nas relações ântero-posteriores dos maxilares um com o outro. Angle originariamente apresentou sua classificação com base na teoria de que o primeiro molar maxilar permanente está invariavelmente na posição correta. Pesquisas cefalométricas subsequentes não substanciaram esse hipótese. Definir classificações permitem uma melhor referência, compreensão, comparação e comunicação profissional. A. Classe I (Neutroclusão) As maloclusões nas quais há uma relação ântero-posterior normal entre a maxila e mandíbula se enquandram nessa classificação. Isso significa que a mandíbula e o arco superposto a ela estão em correta relação mesio-distal com a maxila e os demais ossos da face. A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui no sulco central do primeiro molar inferior. Estritamente dentária. Chave bilateral associada a erros: apinhamento, giroversões, mordida aberta ou profunda, mordida cruzada, agenesia, tamanho dentário. B. Classe II (Distoclusão) As maloclusões nas quais há uma relação distal da mandíbula em relação à maxila. A nomenclatura da classificação de Angle enfatiza o posicionamento distal da mandíbula com relação à maxila na maloclusão Classe II, mas, certamente, são vistos muitos casos de Classe II nos quais a maxila é prognática. A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar permanente superior se articula com o sulco vestibular do primeiro molar permanente inferior. a. Divisão I Distoclusão na qual os incisivos superiores estão tipicamente em labioversão extrema. Atresia do arco dental superior. Incisivos inferiores extruídos. Curva de Spee. Overjet e Overbite acentuados. Clínica: (1) Desequilíbrio de tecido mole (orbicular) (2) Lábio hipotônico (3) Mentalis hipertônico (4) Lábio inferior hipertônico (selamento bucal; interposição entre os incisivos) b. Divisão II Distoclusão na qual os incisivos superiores centrais estão ântero-posteriores, quase normais ou levemente em linguoversão, enquanto os incisivos superiores laterais se inclinaram vestibularmente. Maxila raramente atrésica. Distância intercanina aumentada. Clínica: (1) Sobremordida exagerada (2) Lesão das estruturas periodontais de Incisivos superiores e inferiores (3) Função muscular perioral normal (4) Selamento labial passivo. C. Classe III (mesioclusão) As maloclusões nas quais há uma relação mesial, isto é, ventral da mandíbula em relação com a maxila. A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar permanente superior distal com o sulco vestibular do primeiro molar permanente inferior. Compensação dentária: (1) Incisivos superiores vestibularizados (2) Incisivos inferiores inclinados para a lingual (3) Apinhamento ântero-inferior (4) Frequente presença de mordida cruzada total. Clínica: (1) Perfil côncavo (envelhecido) (2) Lábio superior hipotônico (3) Desequilíbrio padrão de crescimento (subdivisão; relação Molar Classe III unilateral). D. Desvantagens da Classificação de Angle • Primeiro Molar Permanente Superior susceptíveis à alterações de posicionamento. • Não classifica dentição mista e decídua. • Não classifica alterações verticais e transversais. • Classificação estática. Classificação de Simon Os arcos dentais no Sistema de Simon estão relacionados a três planos antropológicos baseados em pontos craniométricos. Os planos são de Frankfurt, o Orbital e o Sagital Médio. A. Plano Orbitário Quando um dente individualmente, o arco dental, ou parte dele, está colocado mais anteriormente que o normal, em relação ao plano orbital, diz-se que ele está em protração. Quando um dente individualmente, o arco, ou parte dele, está colocado mais posteriormente que o normal em relação ao plano orbital, diz-se que está em retração. Diagnóstico: (1) Grau de prognatismo mandibular (2) Inclinação axial dos dentes anteriores. B. Plano Sagital Médio Dois pontos posteriores na rafe palatina, separados por 1,5 cm. Quando um dente individualmente, o arco dental, ou parte dele, se encontra mais próximo do plano sagital médio que o normal, diz-se que está em contração. Quando um dente individualmente, o arco dental, ou parte dele, está colocado mais distanciado do plano sagital do que o normal, diz-se que está em distração. Diagnóstico: (1) Simetria transversa (2) A forma do arco (3) As porporções da largura (4) Inclinação axial de dentes posteriores. C. Plano de Frankfurt Quando um dente individualmente, o arco dental, ou parte dele, se encontra mais próximo que o normal do Plano de Frankfurt, diz-se que está em atração. Quando um dente individualmente, o arco dental, ou parte dele, se encontra mais distante que o normal, diz-se que está em abstração. Diagnóstico: (1) Aspectos mais verticais da maloclusão (2) O ângulo entre este plano e o plano oclusal (3) A forma da curva oclusal D. Vantagens da Classificação de Simon • Precisão em três dimensões • Orientação do arco dental em relação ao complexo crânio-facial • Diferentes anomalias dentárias e esqueléticas. Classificação de Lischer A nomenclatura de Lischer para descrever as malposições dos dentes individuais é de uso geral. Ela simplesmente acrescente o sufixo "versão" a uma palavra, indicando a direção proveniente da posição normal. A. Mésioversão: Mesial a posição normal. B. Distoversão: Distal a posição normal. C. Linguoversão: Lingual a posição normal. D. Buco/labioversão: Na direção do lábio ou da bochecha. E. Infraversão: Antes da linha de oclusão. F. Supraversão: Após a linha de oclusão. G. Axiversão: A inclinação axial incorreta. H. Torsiversão: giro em torno do próprio eixo. I. Transversão: Ordem errada no arco. J. Perversão: Dentes inclusos. Vantagem: terminologia simples e auto-explicativa. Classificação e terminologia da maloclusão
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