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Aula 06 Classificação e terminologia da maloclusão

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Classificação e terminologia da maloclusão 
Sistema de Angle 
O sistema de Angle é baseado nas relações ântero-posteriores dos maxilares um com o outro. Angle 
originariamente apresentou sua classificação com base na teoria de que o primeiro molar maxilar 
permanente está invariavelmente na posição correta. Pesquisas cefalométricas subsequentes não 
substanciaram esse hipótese. 
Definir classificações permitem uma melhor referência, compreensão, comparação e comunicação 
profissional. 
 
A. Classe I (Neutroclusão) 
As maloclusões nas quais há uma relação ântero-posterior normal entre a maxila e mandíbula se 
enquandram nessa classificação. Isso significa que a mandíbula e o arco superposto a ela estão em 
correta relação mesio-distal com a maxila e os demais ossos da face. A cúspide mésio-vestibular do 
primeiro molar superior oclui no sulco central do primeiro molar inferior. 
Estritamente dentária. 
Chave bilateral associada a erros: apinhamento, giroversões, mordida aberta ou profunda, mordida 
cruzada, agenesia, tamanho dentário. 
B. Classe II (Distoclusão) 
As maloclusões nas quais há uma relação distal da mandíbula em relação à maxila. A nomenclatura 
da classificação de Angle enfatiza o posicionamento distal da mandíbula com relação à maxila na 
maloclusão Classe II, mas, certamente, são vistos muitos casos de Classe II nos quais a maxila é 
prognática. A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar permanente superior se articula com o 
sulco vestibular do primeiro molar permanente inferior. 
 
a. Divisão I 
Distoclusão na qual os incisivos superiores estão tipicamente em labioversão extrema. Atresia do 
arco dental superior. 
Incisivos inferiores extruídos. Curva de Spee. 
Overjet e Overbite acentuados. 
Clínica: (1) Desequilíbrio de tecido mole (orbicular) (2) Lábio hipotônico (3) Mentalis hipertônico (4) 
Lábio inferior hipertônico (selamento bucal; interposição entre os incisivos)
 
b. Divisão II 
Distoclusão na qual os incisivos superiores centrais estão ântero-posteriores, quase normais ou 
levemente em linguoversão, enquanto os incisivos superiores laterais se inclinaram vestibularmente. 
Maxila raramente atrésica. Distância intercanina aumentada. 
Clínica: (1) Sobremordida exagerada (2) Lesão das estruturas periodontais de Incisivos superiores e 
inferiores (3) Função muscular perioral normal (4) Selamento labial passivo. 
 
C. Classe III (mesioclusão) 
As maloclusões nas quais há uma relação mesial, isto é, ventral da mandíbula em relação com a 
maxila. A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar permanente superior distal com o sulco 
vestibular do primeiro molar permanente inferior. 
Compensação dentária: (1) Incisivos superiores vestibularizados (2) Incisivos inferiores inclinados 
para a lingual (3) Apinhamento ântero-inferior (4) Frequente presença de mordida cruzada total. 
Clínica: (1) Perfil côncavo (envelhecido) (2) Lábio superior hipotônico (3) Desequilíbrio padrão de 
crescimento (subdivisão; relação Molar Classe III unilateral). 
 
D. Desvantagens da Classificação de Angle 
• Primeiro Molar Permanente Superior susceptíveis à alterações de posicionamento. 
• Não classifica dentição mista e decídua. 
• Não classifica alterações verticais e transversais. 
• Classificação estática. 
Classificação de Simon 
Os arcos dentais no Sistema de Simon estão relacionados a três planos antropológicos baseados em 
pontos craniométricos. Os planos são de Frankfurt, o Orbital e o Sagital Médio. 
A. Plano Orbitário 
Quando um dente individualmente, o arco dental, ou parte dele, está colocado mais anteriormente 
que o normal, em relação ao plano orbital, diz-se que ele está em protração. Quando um dente 
individualmente, o arco, ou parte dele, está colocado mais posteriormente que o normal em relação 
ao plano orbital, diz-se que está em retração. 
Diagnóstico: (1) Grau de prognatismo mandibular (2) Inclinação axial dos dentes anteriores. 
B. Plano Sagital Médio 
Dois pontos posteriores na rafe palatina, separados por 1,5 cm. 
Quando um dente individualmente, o arco dental, ou parte dele, se encontra mais próximo do plano 
sagital médio que o normal, diz-se que está em contração. Quando um dente individualmente, o 
arco dental, ou parte dele, está colocado mais distanciado do plano sagital do que o normal, diz-se 
que está em distração. 
Diagnóstico: (1) Simetria transversa (2) A forma do arco (3) As porporções da largura (4) Inclinação 
axial de dentes posteriores. 
C. Plano de Frankfurt 
Quando um dente individualmente, o arco dental, ou parte dele, se encontra mais próximo que o 
normal do Plano de Frankfurt, diz-se que está em atração. Quando um dente individualmente, o arco 
dental, ou parte dele, se encontra mais distante que o normal, diz-se que está em abstração. 
Diagnóstico: (1) Aspectos mais verticais da maloclusão (2) O ângulo entre este plano e o plano 
oclusal (3) A forma da curva oclusal 
D. Vantagens da Classificação de Simon 
• Precisão em três dimensões 
• Orientação do arco dental em relação ao complexo crânio-facial 
• Diferentes anomalias dentárias e esqueléticas. 
 
 
Classificação de Lischer 
A nomenclatura de Lischer para descrever as malposições dos dentes individuais é de uso geral. Ela 
simplesmente acrescente o sufixo "versão" a uma palavra, indicando a direção proveniente da 
posição normal. 
A. Mésioversão: Mesial a posição normal. 
B. Distoversão: Distal a posição normal. 
C. Linguoversão: Lingual a posição normal. 
D. Buco/labioversão: Na direção do lábio ou da bochecha. 
E. Infraversão: Antes da linha de oclusão. 
F. Supraversão: Após a linha de oclusão. 
G. Axiversão: A inclinação axial incorreta. 
H. Torsiversão: giro em torno do próprio eixo. 
I. Transversão: Ordem errada no arco. 
J. Perversão: Dentes inclusos. 
Vantagem: terminologia simples e auto-explicativa. 
 
 
	Classificação e terminologia da maloclusão

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