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Suporte básico de vida

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SSUUPPOORRTTEE BBÁÁSSIICCOO DDEE 
VVIIDDAA 
AAtteennddiimmeennttoo PPrréé--HHoossppiittaallaarr 
 
[SUPORTE BÁSICO DE VIDA] 
Corpo de Bombeiros 
Militar de Pernambuco 
 
Programa de Ensino e Pesquisa m Emergências, Acidentes e Violências 
Direitos Intelectuais reservados 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AATTEENNDDIIMMEENNTTOO 
PPRRÉÉ--HHOOSSPPIITTAALLAARR 
Este manual contém os fundamentos que auxiliará na assistência pré-hospitalar em 
via pública. Todavia, o conteúdo descritos não são findo em si mesmos sendo 
necessário ampliar o ramo do conhecimento em outras fontes de consultas. 
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3 
 
Conteúdo 
Biossegurança .......................................................................................................................... 1 
Objetivo geral ........................................................................................................................... 2 
Objetivo específico .................................................................................................................... 2 
Definição .................................................................................................................................... 2 
Portas de entrada ...................................................................................................................... 2 
Medidas de prevenção e controle de infecção .......................................................................... 2 
Passos a serem seguidos ......................................................................................................... 2 
Processamento de materiais ..................................................................................................... 2 
Higiene e anti-sepsia das mãos ................................................................................................ 2 
Antissepsia de feridas, queimaduras e mucosas ...................................................................... 2 
Doenças infecciosas .................................................................................................................. 2 
Cuidados aplicáveis no atendimento às vítimas com suspeitas de doenças infecciosas ........ 2 
Avaliação primária ................................................................................................................... 4 
Objetivo geral ............................................................................................................................ 5 
Objetivo específico .................................................................................................................... 5 
Segurança .................................................................................................................................. 5 
Posição adequada do socorrista................................................................................................ 5 
Avaliar responsividade .............................................................................................................. 5 
 Se responsiva e necessitando de ajuda 
 Senão responsiva 
Observar princípios .................................................................................................................... 5 
Obstrução das vias aéreas ........................................................................................................ 4 
Objetivo geral ............................................................................................................................ 5 
Objetivo específico .................................................................................................................... 5 
Causas mais freqüentes de obstrução respiratória ................................................................... 5 
Como identificar uma obstrução respiratória? ......................................................................... 5 
Obstrução moderada ................................................................................................................ 5 
Obstrução severa....................................................................................................................... 5 
Reconhecimento da obstrução severa ...................................................................................... 5 
Crianças menores de 01 (um) ano com obstrução severa ........................................................ 5 
Reanimação cardiopulmonar ................................................................................................... 4 
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4 
 
Objetivo geral ............................................................................................................................ 5 
Objetivo específico .................................................................................................................... 5 
O que á parada cardíaca ........................................................................................................... 5 
A reanimação cardiopulmonar .................................................................................................. 5 
Massagem cardíaca eficiente .................................................................................................... 5 
Como realizar RCP? ................................................................................................................... 5 
Quando parar a RCP? ................................................................................................................ 5 
Quando não realizar RCP? ...................................................................................................... 6 
Avaliação secundária ................................................................................................................ 4 
Objetivo geral ............................................................................................................................ 5 
Objetivo específico .................................................................................................................... 5 
Quantificação dos sinais vitais .................................................................................................. 5 
Análise da pressão arterial ........................................................................................................ 5 
Exame céfalo-caudal ................................................................................................................. 5 
Hemorragia e choque hemorrágico .......................................................................................... 4 
Objetivo geral ............................................................................................................................ 5 
Objetivo específico .................................................................................................................... 5 
Conceito ..................................................................................................................................... 5 
Tipos de hemorragias ................................................................................................................ 5 
Classificação .............................................................................................................................. 5 
Informações gerais ....................................................................................................................5 
Controle das hemorragias ......................................................................................................... 5 
Lesões específicas ...................................................................................................................... 5 
Estado de choque ...................................................................................................................... 5 
Sinais e sintomas ....................................................................................................................... 5 
Prevenção do choque hemorrágico ........................................................................................... 5 
Trauma de extremidade ........................................................................................................... 4 
Objetivo geral ............................................................................................................................ 5 
Objetivo específico .................................................................................................................... 5 
Introdução ................................................................................................................................. 5 
O socorrista deve procurar ........................................................................................................ 5 
Informação geral ....................................................................................................................... 5 
Definição de fratura .................................................................................................................. 5 
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Classificação .............................................................................................................................. 5 
Características das fraturas ...................................................................................................... 5 
Condutas pré-hospitalares ........................................................................................................ 5 
Lesões articulares ...................................................................................................................... 5 
Condutas pré-hospitalares ........................................................................................................ 5 
Queimaduras ............................................................................................................................ 4 
Objetivo geral ............................................................................................................................ 5 
Objetivo específico .................................................................................................................... 5 
Informação geral ....................................................................................................................... 5 
Definição .................................................................................................................................... 5 
Etiologia ..................................................................................................................................... 5 
Classificação .............................................................................................................................. 5 
Classificação quanto à profundidade ........................................................................................ 5 
Para que se possa determinar a gravidade da queimadura é necessário observar .................. 5 
Regra dos nove .......................................................................................................................... 5 
Quanto à gravidade ................................................................................................................... 5 
Queimaduras químicas .............................................................................................................. 5 
Queimaduras elétricas............................................................................................................... 5 
Condutas pré-hospitalares ........................................................................................................ 5 
Emergências Clínicas ................................................................................................................ 4 
Objetivo geral ............................................................................................................................ 5 
Objetivo específico .................................................................................................................... 5 
Cardiopatias .............................................................................................................................. 5 
Doença coronariana .................................................................................................................. 5 
Angina ....................................................................................................................................... 5 
Observar princípios .................................................................................................................... 5 
Síncope ou desmaio ................................................................................................................... 5 
Acidente vascular cerebral ........................................................................................................ 5 
Crise convulsiva e epilepsia ....................................................................................................... 5 
Diabetes mellitus ....................................................................................................................... 5 
Hipertensão arterial .................................................................................................................. 5 
Protocolo da desfibrilação externa .......................................................................................... 4 
Objetivo geral ............................................................................................................................ 5 
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Objetivo específico .................................................................................................................... 5 
Introdução ................................................................................................................................. 5 
Como operar o desfibrilador? .................................................................................................... 5 
Informações para uso operacional do DEA ............................................................................... 5 
Tórax da vítima molhado .......................................................................................................... 5 
Dispositivos implantados no tórax (como marca passo)........................................................... 5 
Durante o transporte em ambulâncias ..................................................................................... 5 
 
 
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BBiioosssseegguurraannççaa 
PPrrooffªª.. DDrraa.. EElliizzaabbeetthh ddee SSoouuzzaa AAmmoorriimm 
 
Objetivo geral 
• Reduzira contaminação por microorganismos adotando medidas de prevenção 
e controle de infecção. 
• Resguardar a saúde dos profissionais e das pessoas que atuarão no 
atendimento. 
• Resguardar a saúde do vitimado, à medida que são utilizadas barreiras 
individualizadas ao atendimento de cada acidentado, excluindo assim a 
possibilidade de infecção cruzada. 
 
Objetivo específico 
• Conscientizar o profissional da necessidade das medidas de biossegurança à 
sua saúde. 
• Elencar ações de biossegurança visando despertar a necessidade de sua 
implementação. 
• Orientar ações e condutas que resguardem a saúde dos envolvidos no 
atendimento pré-hospitalar. 
 
1. Definição 
• Biossegurança deve ser entendido como o conjunto de condutas que visam 
proteger todo aquele que auxilie ou preste socorro ao vitimado, do contato 
direto com agentes biológicos, microorganismos patogênicos. 
• Microorganismos patogênicos – micróbios ou germes capazes de provocar 
doenças. 
 
2. Portas de entrada 
• Olhos; 
• Ouvidos; 
• Nariz; 
• Boca; 
• Uretra; 
• Ânus; 
• Ferimentos, dentre outras. 
 
3. Medidas de prevenção e controle de infecção 
• Utilizar todos os equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC) 
necessários para realizar as intervenções pré-hospitalares; 
• Todos os socorristas que vierem a manusear a vítima deverão usar no mínimo 
luvas; 
• O profissional que estabilizar a cabeça da vítima e conseqüentemente a coluna 
cervical deverá utilizar máscara e óculos de proteção, além das luvas de látex, 
acrescido de outros EPI’s julgados necessários; 
 
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• Trocar sempre as luvas antes de avaliar outro acidentado; 
• Utilizar demais EPI’s necessários; 
• Cuidar da higiene pessoal (unhas cortadas e limpas, uniformes limpos e em 
bom estado de conservação,...); 
• Lavar as mãos e antebraços até os cotovelos, obrigatoriamente, após cada 
atendimento; 
• Mesmo que não tenha tido contato com fluidos corpóreos ou secreções; 
• Trocar o uniforme se for necessário; 
• Assumir o serviço dispondo de pelo menos um uniforme sobressalente; 
• Destinar especialmente atenção quando se fizer presentes fluidos corpóreos ou 
secreções (sangue, urina, fezes, vômito, esperma, secreções vaginais, saliva); 
• Considerar toda vítima como provável fonte de transmissão de doença infecto-
contagiosa (Utilizar luvas de látex, óculos e máscara; Não realizar a respiração 
boca a boca; Utilizar ventilador manual - bolsa valva-máscara (AMBU); 
• Acondicionar materiais e equipamentos que forem contaminados em sacos 
apropriados para posterior limpeza e desinfecção antes da sua re-utilização; 
• Depositar pérfuro-cortantes em recipientes apropriados para posterior descarte; 
• Encaminhar materiais e equipamentos utilizados para limpeza e 
descontaminação, garantindo substituição imediata na ambulância; 
• Descontaminar o compartimento de transporte da ambulância após cada 
atendimento e antes de atender a próxima vítima; 
• Recolher o lixo pré-hospitalar, acondicioná-los em sacos próprios e depositá-
los no lixo infectante do hospital; 
• O lixo produzido no atendimento pré-hospitalar é classificado como lixo 
hospitalar, portanto deverá ter igual destino, desta feita deverá ser depositado 
no lixo biológico do hospital onde a vítima for entregue. 
 
4. Passos a serem seguidos 
 
Limpeza 
• Consiste na remoção de detritos visíveis dos artigos; 
• Através de ação mecânica, utilizando água, hipoclorito, sabão, escova e pano. 
 
Desinfecção 
• Processo de destruição de microorganismos através de meios físicos e 
químicos; 
• Utilizam-se germicidas, substâncias ou produtos capazes de destruir 
microrganismos à temperatura ambiente. 
 
Enxágüe 
• Para o enxágüe, após a limpeza e/ou descontaminação, a água deve ser 
“potável” e corrente; 
• Procedimento após limpeza ou desinfecção, antes da secagem. 
 
Secagem 
• Objetiva evitar a interferência da umidade nos processos e produtos 
posteriores 
• Pano limpo e seco (equipe pré-hospitalar); 
• Secadora de ar quente/frio (profissional habilitado); 
• Estufa (profissional habilitado). 
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Esterilização 
• Completa eliminação ou destruição de todas as formas de vida microbiana; 
• A esterilização pode ser feita através de meios físicos ou químicos; 
• Procedimento pode ser realizado por profissionais treinados, sob monitoração 
ou supervisão do enfermeiro. 
 
Estocagem 
• Acondicionar os artigos submetidos a limpeza, desinfecção ou esterilização, 
adequadamente: área limpa, em armários, livre de poeiras. 
 
5. Processamento de materiais 
 
Superfícies 
Indicada quando há presença de respingo ou deposição e de matéria orgânica, 
secreção, descarga de excreta ou exsudação; 
• Com uso de luvas, retirar o excesso da carga contaminante com papel 
absorvente; 
• Desprezar o papel no lixo infectante da viatura; 
• Aplicar hipoclorito ou desinfetante sobre a matéria orgânica e esperar a ação. 
• Remover o conteúdo descontaminado com auxílio de papel absorvente; 
• Desprezar no lixo; 
• Proceder limpeza com água e sabão; 
• Secar a superfície; 
• É proibida a varredura seca nas áreas de atendimento; 
• Os panos de limpeza e de chão, escovas e baldes devem ser lavados sempre 
após o uso. 
 
Tecidos vivos 
Realizar descontaminação através de dois processos: degermação e antissepsia; 
Degermação – remoção dos detritos e impurezas depositados sobre a pele. 
• Utilizar sabões degermantes sintéticos; 
• Removem a maior parte da flora microbiana existentes nas camadas 
superficiais da pele. 
 
Antissepsia – destruição dos microorganismos existentes nas camadas 
superficiais e profundas da pele, mediante aplicação de agente germicida (Álcool 
iodado; Álcool a 70% Álcool a 70% glicerinado; hexaclorofeno...). 
6. Higiene e antissepsia das mãos 
O ato de lavar as mãos previne e evita disseminação de doenças. A higiene das 
mãos consiste: 
• Abrir a torneira; 
• Friccionar toda a superfície das mãos (sabão amarelo ou solução degermante) 
inclusive entre os dedos, por 30 segundos; 
• Remover detritos depositados sob as unhas; 
• Enxaguar em água corrente; 
• Enxugar em toalha limpa de papel; 
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• Fechar a torneira com papel toalha; 
• Conservar o sabão em pedra seco; 
• Friccionar álcool a 70% glicerinado nas mãos por 30 segundos. 
 
A higiene das mãos deve ser realizada: 
• Antes e após cada atendimento; 
• Antes do manuseio de material esterelizado; 
• Antes de se alimentar; 
• Após defecar, urinar ou assoar o nariz. 
 
7. Antissepsia de feridas, queimaduras e mucosas 
A aplicação de anti-séptico em ferimentos está contra indicado. Os germicidas 
lesam as células de defesa do indivíduo, comprometendo o processo de cicatrização. 
A conduta adequada consiste: 
Remover partículas sólidas agregadas à superfície da pele com realizando jateamento 
de soro fisiológico; 
• Cobrir o ferimento com gaze; 
• Realizar o curativo apropriado. 
 
8. Doenças infecciosas 
A continuação de uma doença infecciosa exige uma seqüência de acontecimentos, 
denominado “elos”. 
1º elo – agente causal ou etiológico: microorganismo capaz de produzir a doença 
infecciosa;2º elo – fonte de infecção ou portador: pessoa ou animal infectado; 
3º elo – reservatório: depósito do agente infeccioso: saliva, fezes, urina, sangue...; 
4º elo – vias de eliminação: via por onde os reservatórios são eliminados com os 
agentes infecciosos, aparelho respiratório (tosse), aparelho digestório (fezes), trato 
geniturinário (urina) e sangue; 
5º elo – porta de entrada: a forma que o agente etiológico penetra no hospedeiro, 
inclui os aparelhos respiratórios, digestivo, infecção direta de mucosas ou 
infecções por feridas na pele; 
6º elo – hospedeiro suscetível: indivíduo com resistência orgânica insuficiente para 
deter o avanço do agente infeccioso. 
 
9. Cuidados aplicáveis no atendimento às vítimas com suspeitas de doenças 
infecciosas 
• Lavar as mãos; 
• Utilizar barreiras de proteção: 
• Aventais; 
• Máscaras; 
• Luvas; 
• Óculos de proteção; 
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• Utilizar equipamentos de proteção individual e coletiva; 
• Adotar mecanismos para controle de infecção; 
• Realizar limpeza/desinfecção de superfícies. 
 
10. Principais doenças transmissíveis 
 
Hepatite 
• Causada por vírus; 
• Baixo índice de mortalidade; 
• De fácil transmissão e morbidade; 
• Resulta em prolongado afastamento de escola ou trabalho. 
 
Hepatite A 
Agente: vírus da hepatite A (VHA); 
• Período de incubação: de 15 a 50 dias após infecção; 
• Modo de transmissão: de pessoa a pessoa por via fecal-oral; 
• Período de transmissão: de 15 a 21 dias; 
• Medidas de prevenção: medidas universais (uso de luvas, cuidados no 
manuseio de perfuro-cortantes, lavagem e desinfecção de superfícies). 
 
Hepatite B 
Agente: vírus da hepatite B (VHB); 
• Período de incubação: de 40 a 180 dias após infecção; 
• Modo de transmissão: sangue e hemoderivados, sêmen, secreção vaginal, leite 
materno e saliva.de pessoa a pessoa por via fecal-oral; 
• Período de transmissão: enquanto o paciente for portador do vírus (HBsAg 
positivo); 
• Medidas de prevenção: iguais às da hepatite A. 
 
Meningite 
Inflamação das meninges. Maior freqüente em pacientes com bacteremia sistêmica 
ou infecção respiratória superior. Maior incidência em pacientes imunodeprimidos ou 
em pacientes que sofreram trauma craniano invasivo, tendo passado por cirurgia; 
• Período de incubação: de 01 a 10 dias; 
• Sinais e sintomas: febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez de nuca e alteração 
no estado mental. 
 
Meningite bacteriana 
Apresenta história de infecção recente do trato respiratório (pneumonia ou otite); 
• Sintomas: febre, dor de cabeça, rigidez na nuca, vômitos e dor muscular. 
 
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• Pode apresentar alteração no nível de consciência que pode variar de 
confusão mental simples até coma profundo. 
• Pode evoluir para óbito. 
• O tipo mais grave de meningite bacteriana é a meningocócica. 
 
Meningite viral 
Ocorre habitualmente durante a primavera ou verão, em forma de epidemia. 
Geralmente com prognóstico muito melhor do que a meningite bacteriana. 
Os sintomas têm início súbito. 
• Sintomas: febre alta, dor de cabeça, rigidez na nuca, dor muscular e em 
articulações. 
 
Meningite crônica (tuberculosa e fúngica) 
Menos abrupta em seu aparecimento que a meningite bacteriana ou virótica. Os 
pacientes apresentam manifestações gerais da infecção por duas ou três semanas 
antes da irritação meningeal. Vistas em hospedeiros imunodeprimidos e podem 
desenvolver infecção disseminada de semana a meses após infecção inicial. 
• Sintomas: mais leve e persistentes dores de cabeça, febre baixa e rigidez na 
nuca. 
 
Cuidados gerais: 
• Uso de EPI; 
• Desinfecção de materiais, equipamentos e ambulâncias. 
 
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV) 
O HIV penetra no corpo através das vias de acesso bem definidas. 
• Infecta algumas células do sangue, sistema nervoso, etc..., principalmente 
linfócitos; 
• Gradativamente destrói a capacidade do organismo responder a agentes 
patogênicos, desenvolvendo uma imunodeficiência; 
• Doenças oportunistas, infecções causadas por vários tipos de 
microorganismos, atacam o organismo deixando-o mais debilitado; 
• O infectado pode viver assintomático por muitos anos; 
• Só detectado quando realizado testes que indicam a presença de anticorpos 
contra o vírus no sangue. 
 
Formas de transmissão do HIV 
• Contato sexual penetrante: vaginal, anal ou oral; 
• Uso comum de agulhas contaminadas; 
• Sangue e hemoderivados contaminados: 
• em contato com feridas ou cortes de outros indivíduos; 
• em transfusão; 
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• Mãe para filho antes, durante ou logo após o nascimento; 
• Leite materno. 
 
Principais sintomas 
• Cansaço persistente não relacionado a esforço físico; 
• Grande perda de peso sem motivo aparente; 
• Febre persistente acompanhada por calafrios e suores noturnos que se 
prolongam por várias semanas; 
• Diarréia freqüente; 
• Gânglios linfáticos aumentados por todo corpo; 
• Tosse seca, com duração maior do que aquela que acompanha resfriados e 
diferente da provocada pelo hábito do cigarro; 
• Ferimentos ou lesões esbranquiçadas causadas por fungos, em grande 
quantidade. 
 
Meios de proteção 
• Educação e conscientização; 
• Triagem adequada do sangue; 
• Práticas sexuais seguras; 
• Uso de barreiras de proteção: 
• Profissionais expostos a sangue ou derivados de pessoa contaminada. 
 
 
 
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AAvvaalliiaaççããoo PPrriimmáárriiaa 
MMaajj QQOOCC//BBMM EEddssoonn MMaarrccoonnnnii AAllmmeeiiddaa ddaa SSiillvvaa 
PPrrooffªª.. DDrraa.. EElliizzaabbeetthh ddee SSoouuzzaa AAmmoorriimm 
Objetivo geral 
Identificar, no menor tempo possível, situações que comprometam ou venham a 
comprometer a vida do vitimado nos instantes imediatamente após o acidente. 
• Situações que comprometem o funcionamento dos sistemas respiratório ou 
circulatório. 
 
Objetivo específico 
• Promover suporte básico de vida que garanta via respiratória pérvia, ventilação 
e circulação adequada, ou seja, perfusão cerebral e manutenção da vida. 
• Quando necessário, utilizar técnicas de desobstrução das vias aéreas, 
ventilação artificial, reanimação cardiopulmonar cerebral e controle de grandes 
sangramentos externos. 
 
11. Segurança 
Certifique-se que você, a vítima e todos estão seguros. 
• Ambiente 
• Condições de segurança do cenário 
• Isolar a área 
• Avaliar biomecânica do acidente 
• Questionar testemunhas 
• Biossegurança 
• Utilizar barreiras de proteção 
• Demais EPIs necessários 
 
12. Posição adequada do socorrista 
• Joelhos ao solo ao lado da vítima; 
 
13. Avaliar responsividade 
• Repousar as mãos nos ombros e efetuando leves toques, chamar o vitimado: 
“CIDADÃO, CIDADÃO ESTÁ ME OUVINDO?” 
• Promovendo estimulo de dor no trapézio se não há resposta aos primeiros 
chamamentos. 
 
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Fig. 05 ( Imagem:ERC Guidelines 2005) 
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a. Se responsiva e necessitando de ajuda 
• Prosseguir na avaliação primária e secundária 
 
b. Se não responsiva 
• Com a vítima posicionada em decúbito dorsal; 
 
AAbrir vias aéreas e controle cervical 
• Inclinação da cabeça e elevação do queixo; 
• Controle cervical; 
Checar pulso por mais de 5 e menos de 10 segundos. 
BBoca máscara boca 
• Realizar duas ventilações 
 
Se respira 
• Prosseguir na avaliação da vítima: ABC 
• Se vítima de trauma posicionar o colar cervical 
• Prevenir hipotermia 
 
Se não respira 
Iniciar reanimação cardiopulmonar 
CCirculação e controle de grandes hemorragias 
• Realizar RCP e controle de grandes hemorragias, se necessário; 
• 30:2 (compressões : ventilações) 
• Reavaliar respiração após 05 (cinco) ciclos de 30:2 
 
14. Observar princípios 
• Hora de ouro 
• Minutos de platina 
 
Fig. 10 ( Imagem: ERC Guidelines 2005) 
Fig. 09 ( Imagem: ERC Guidelines 2005) 
Fig. 08 ( Imagem: ERC Guidelines 2005) 
Fig. 07 ( Imagem: ERC Guidelines 2005) 
Fig. 06 ( Imagem: ERC Guidelines 2005) 
Fig. 11 ( Imagem: Internet) 
 
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PPrrooffªª.. DDrraa.. EElliizzaabbeetthh ddee SSoouuzzaa AAmmoorriimm 
Objetivo geral 
• Reconhecer a obstrução respiratória adotando medidas que garantam via 
aérea pérvia. 
 
Objetivo específico 
• Identificar o tipo de obstrução respiratória: moderada ou severa; 
• Realizar na obstrução respiratória severa a manobra de desobstrução 
adequada a cada faixa etária. 
• Instituir via respiratória pérvia e ventilação assistida, quando necessário, 
monitorando sinais vitais. 
 
15. Causas mais freqüentes de obstrução respiratória 
 
Nas vítimas conscientes 
• Comumente os engasgos são produzidos por alimentos e, 
• Geralmente são testemunhados 
o Obstrução da via respiratória repercutirá em inconsciência e parada 
cardiorrespiratória. 
o O reconhecimento precoce da obstrução e a adoção de medidas 
imediatas aumentam as chances de sobrevida. 
 
Nas vítimas inconscientes 
• Vítimas conscientes com obstrução respiratória severa perdem a consciência 
se o objeto não for removido; 
• Decorre do relaxamento e queda posterior da língua. 
 
16. Como identificar obstrução respiratória? 
• A pessoa com dificuldade para respirar leva as mãos ao pescoço (sinal 
universal de engasgo) 
• Pergunte à vítima consciente: “VOCÊ ESTÁ ENGASGADO?” 
 
17. Obstrução moderada 
• A pessoa está tossindo efetivamente; 
• Nenhuma manobra externa é necessária; 
• Encorajar a tosse, e monitorar continuamente; 
• Se o objeto não for eliminado pela tosse: 
• Transportar ao hospital administrando oxigênio por 
máscara facial com fluxo de 7 litros/min 
 
18. Obstrução severa 
• A pessoa ainda está consciente, mas respiração está ausente ou tossindo 
ineficazmente; 
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Iniciar manobra de Heimlich 
• Compressões abdominais até o objeto ser expulso ou o vitimado ficar 
inconsciente; 
• Se a obstrução persistir e a vítima perder a consciência: 
• Posicionar, cuidadosamente, a vítima em decúbito dorsal; 
• Iniciar compressões torácicas (30:2), até mesmo com pulso presente 
 
Atenção!! 
• As compressões abdominais só em adultos; 
• Em crianças maiores de 01 (um) ano de idade, gestantes e obesos 
realizar compressões torácicas (mesmo local da RCP); 
• Busca às cegas não deverá ser realizada; 
• A massagem cardíaca deve ser efetuada se o vitimado perder a 
consciência, mesmo com presença de pulso. 
 
19. Reconhecimento de obstrução severa 
 
Vítima inconsciente 
 
Seguir protocolo de avaliação primária: 
• Abrir vias aéreas; 
• Efetuar 2 (duas) ventilações; 
Se a 1ª respiração é feita e não elevar o tórax: 
Abrir vias aéreas e inspecionar cavidade oral a procura do objeto 
obstrutor; 
Se objeto estiver visível, removê-lo com um dedo; 
Nunca realizar busca às cegas; 
• Abrir vias aéreas e ventilar novamente. 
• Ausência de respirações; 
• Realizar RCP. 
 
20. Criança menores de 01 (um) ano de idade com obstrução severa 
Golpes no Dorso e Compressão Torácica Externa 
• Segurar o lactente com a face voltada para baixo, repousando o 
tronco sobre o antebraço; 
• Segurar firmemente a cabeça da criança pela mandíbula; 
• Manter a cabeça do lactente mais baixa que o tronco; 
• Efetuar 5 golpes no dorso entre as escápulas; 
• Girar o lactente posicionando a face para cima; 
• Efetuar 5 compressões torácicas, um dedo abaixo da linha mamilar; 
• As manobras poderão ser realizadas posicionando o lactente com o 
dorso ou tronco no colo; 
• Inspecionar cavidade oral; 
• Checar respiração; 
• Se objeto não for expulso, efetuar 2 sopros; 
• Reiniciar procedimentos. 
 
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PPrrooffªª.. DDrraa.. EElliizzaabbeetthh ddee SSoouuzzaa AAmmoorriimm 
 
Objetivo geral 
• Reconhecer rapidamente a emergência: parada respiratória ou 
cardiorrespiratória; 
• Iniciar nas situações indicadas a reanimação respiratória ou 
cardiorrespiratória. 
 
Objetivo específico 
• Identificar a parada respiratória e cardiorrespiratória no adulto, criança e bebê. 
• Realizar as manobras de reanimação respiratória ou cardiorrespiratória 
adequadas a cada faixa etária. 
 
21. O que é parada cardíaca 
• É a incapacidade do coração de gerar fluxo sangüíneo e produzir pulso. 
• O coração deixa de bombear sangue efetivamente. 
 
22. A reanimação cardiopulmonar 
• As manobras de reanimação cardiopulmonar visam instituir, mecanicamente, 
ventilação e circulação produzindo perfusão cerebral; 
• As condutas adotadas no suporte básico devem perdurar até que sejam 
implementadas as medidas de suporte avançado de vida. 
 
23. Massagem cardíaca eficiente 
• Vítima posicionada em decúbito dorsal; 
• Sobre uma superfície plana e rígida; 
• Posicionar o “calcanhar” da mão (região tenar e hipotenar) sobre o esterno, 
entre os mamilos; 
• Sobrepor uma mão a outra e entrelaçar os dedos, se vítima adulta; 
Manter o(s) braço(s) estendido(s) perpendicular(es) ao esterno; 
• O peso do corpo do socorrista comprime o tórax 1/3 a ½ do diâmetro ântero-
posterior. 
 
24. Como realizar RCP? (observação do aluno) 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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Atenção!! 
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• Condutas de ventilação isolada não promove perfusão encefálica eficaz, portanto, 
para que haja oxigenação cerebral adequada, devem ser realizadas ventilação e 
compressões cardíacas externas de maneira sincronizada; 
• Não pare a RCP por mais de 10 segundos para checagem de pulso e/ou 
respiração; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25. Quando parar a RCP? (observação do aluno) 
• Não interrompa a reanimação cardiorrespiratória por mais de dez segundos 
contínuos; 
• Os procedimentos de suporte básico de vida, não poderão cessar, exceto se: 
o Houver retorno da respiração espontânea; 
o A equipe de suporte avançado de vida, assumir os procedimentos no 
ambiente pré-hospitalar; 
o A vítima for entregue aos cuidados médicos, no ambiente hospitalar . 
 
26. Quando não realizar RCP? 
• Em algumas situações as manobras de reanimação cardiorrespiratória não 
deverão ser executadas é o caso da morte óbvia, evidente e indiscutível como 
por exemplo: 
• Decapitação. 
• Hemicorporectomia (corpo partido ao meio) 
• Rigidez cadavérica; 
• Estado de putrefação; 
• Calcinação (carbonização). 
 
Fig. 15 ( Imagem: ERC Guidelines 2005) 
Fig. 16 ( Imagem: ERC Guidelines 2005) 
Fig. 17 ( Imagem: ERC Guidelines 2005) 
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AAvvaalliiaaççããoo SSeeccuunnddáárriiaa 
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PPrrooffªª.. DDrraa.. EElliizzaabbeetthh ddee SSoouuzzaa AAmmoorriimm 
 
Objetivo geral 
• Identificar lesões que, no primeiro momento, não comprometem a vida do 
acidentado, mas, se não forem adequadamente tratadas, poderão 
comprometê-la nas horas seguintes. 
 
Objetivo específico 
• Quantificar os sinais vitais enfocando freqüência respiratória, freqüência 
cardíaca e pressão arterial; 
• Realizar exame céfalo-caudal, buscando através da inspeção e palpação por 
sinais e sintomas indicativos de trauma. 
 
27. Quantificação dos sinais vitais 
 
Freqüência cardíaca 
• Adulto: 60 a 100bpm; 
• Criança: 75 a 120bpm; 
• Bebê: 100 a 160bpm. 
Alterações na freqüência e volume do pulso representam dados importantes no 
atendimento pré-hospitalar. 
Freqüência respiratória 
• Adulto: 12 a 20 rpm; 
• Criança: 15 a 30 rpm; 
• Bebê: 20 a 50 rpm. 
 
Pressão arterial 
• Adulto: 120 X 80 mmHg; 
• Criança e bebê: 90 + 2xidade (sístole) X 70 + 2xidade (diástole) mmHg; 
 
28. Análise da Pressão arterial 
 
 
 
 
 
 
 114400 XX 9900 
+20 +10 
120 X 80 mmHg 
-20 -10 
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29. Exame céfalo-caudal 
 
Objetivo: Procurar, através da inspeção e palpação, por sinais e sintomas 
sugestivos de traumas, seguindo uma seqüência de prioridades, para adoção de 
medidas de correção, estabilização e priorização do transporte. 
Sinais ≠ Sintomas 
Elementos da anamnese 
Objetivo: Obter informações da vítima e/ou testemunhas, quando pertinentes à 
situação. 
AA – Alergias; 
MM – Medicações; 
PP – Patologias prévias; 
LL – Local, eventos associados, mecanismo do trauma e ambiente do acidente; 
AA – Alimentação, horário da última refeição. 
 
29.1. Trauma crânio-encefálico 
 
Sinais e sintomas 
• Ânsia de vômito ou vômito; 
• Tontura ou desmaio; 
• Dor de cabeça intensa e persistente; 
• Perda de memória; 
• Deformidades cranianas 
• Rinoliquorragia – sangramento e liquor pelo nariz 
• Otoliquorragia – sangramento e liquor pelo ouvido 
• Edema e equimose periorbital – sinal de guaxinim 
• Equimose retro-auricular – sinal de battle 
• Pupilas anisocóricas 
 
29.2. Trauma raquimedular 
 
Suspeitar de trauma raquimedular no(a): 
• Trauma crânio encefálico 
• Fratura de clavícula ou dos três primeiros arcos costais 
• Dormência, perda de sensibilidade e/ou motricidade 
• Priapismo 
 
29.3. Trauma de tórax 
• Na fratura de clavícula ou dos três primeiros arcos costais 
• Suspeitar de lesão cervical ou de medula espinhal 
• Na fratura do quarto ao décimo arco costal 
• Suspeitar de lesão pulmonar 
• Na fratura das costelas flutuantes do hemitórax esquerdo 
• Suspeitar de lesão de baço 
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• Na fratura das costelas flutuantes do hemitórax direito 
• Suspeitar de lesão de fígado 
• Na fratura de esterno 
• Suspeitar de lesão miocárdica 
• Na ferida aspirante 
• Realizar curativo valvulado 
 
29.4. Trauma de abdome 
•••• Na presença do abdome em tábua 
•••• Suspeitar de hemorragia interna 
•••• Na evisceração 
•••• Umedecer as vísceras e cobri-las com um pano umedecido 
 
29.5. Trauma de pelve 
•••• Dor a palpação com ou sem crepitação - fratura de pelve 
•••• Grande perda volêmica 
•••• Perna flexionada resistindo a posição ortostática 
•••• Fratura de pelve ou luxação coxo-femoral 
 
29.6. Trauma de extremidades 
•••• Deformidade, crepitação, edema, dor 
•••• Suspeitar de lesão traumática 
•••• Perfusão capilar periférica superior a 3 segundos 
•••• Suspeitar de comprometimento ou lesão vascular 
•••• Coloração e temperatura entre as peles diferentes 
•••• Suspeitar de comprometimento ou lesão 
vascular 
•••• Suspeitar de lesão traumática 
Conduta 
• Retirar anéis, relógios, pulseiras, adereços que possam 
comprometer a circulação periférica se ocorrer edema; 
• Nas fraturas procurar estabilizar a extremidade 
incorporando talas que ultrapassem o tamanho do osso 
(a tala deve ultrapassar a extremidade distal e proximal) 
• Deixar visível os dedos para que possa ser checadas perfusão capilar periférica e 
coloração da pele 
 
Como imobilizar fraturas, luxação e entorse? (observação do aluno) 
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HHeemmoorrrraaggiiaa && 
CChhooqquuee HHeemmoorrrráággiiccoo 
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Objetivo geral 
• Controlar hemorragia e prevenir estado de choque; 
• Conhecer noções básicasda fisiopatologia. 
 
Objetivo específico 
• Conhecer os efeitos fisiopatológicos de uma grande hemorragia; 
• Realizar contenção das hemorragias utilizando os curativos adequados; 
• Identificar e prevenir o estado de choque hemorrágico; 
• Reconhecer os perigos e restrições no uso do torniquete e identificar em que 
circunstâncias pode ser utilizado. 
 
30. Conceito 
• Hemorragia é perda sanguínea para o meio extravascular. 
 
31. Tipos de hemorragias 
• Hemorragia interna 
• não há solução na continuidade da pele; 
• o sangue fica retido em cavidades naturais (ex.: tórax, abdome). 
• Hemorragia externa 
• há solução na continuidade da pele. 
• Hemorragia arterial 
• sessão de artéria; 
• sangue vermelho “vivo”, em forma de jato. 
• Hemorragia venosa 
• sessão de veia; 
• sangue escuro, escorre na área lesionada. 
 
32. Classificação 
• CLASSE I 
• Perda de 10% a 15% do volume sangüíneo; 
• Alterações mínimas na fisiologia; 
 
• CLASSE II 
• Perda de 15% a 30% do volume sangüíneo; 
• Taquicardia; 
• PA sistólica normal; 
• PA diastólica eventualmente elevada por vaso constrição; 
• Pressão de pulso diminuída (PA sístole – PA diástole); 
• Ansiedade e; 
• Retardo no enchimento capilar. 
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• CLASSE III 
• Perda de 30% a 40% do volume sangüíneo; 
• Freqüência cardíaca acima de 120 bpm; 
• Freqüência respiratória elevada; 
• Pulso filiforme; 
• Pressão de pulso diminuída onde muitas vezes não se consegue 
diferenciar PA sistólica da PA diastólica; 
• Hipotensão arterial sistólica; 
• Confusão mental. 
 
• CLASSE IV 
• Perda acima de 40% do volume sangüíneo; 
• Pressão arterial praticamente indetectável; 
• Confusão e coma. 
 
33. Informações gerais 
• É primordial conter a hemorragia e evitar o colapso do sistema 
cardiovascular; 
• O sangue oxigenado necessita perfundir as células (Princípio de Flick), 
principalmente as encefálicas para manter a vida. 
• Para que as células continuem recebendo sangue oxigenado e glicose para 
sobreviver e desempenhar suas funções, faz-se necessário: 
o Identificar fontes de hemorragias externas; 
o Controlar a hemorragia externa; 
o Prevenir o estado de choque; 
o Sob orientação médica direta – médico no local, estabelecer acesso 
venoso. 
 
34. Controle das hemorragias 
 
34.1. Pressão direta: 
 Pressão exercida com as mãos (socorrista devidamente paramentado) fazendo 
uso de gaze, compressa, bandagens, sobre o local sangrante. 
 
34.2. Curativo compressivo: 
 Curativo realizado sobre o local o ferimento, incorporando-se mais gazes 
quando as primeiras camadas estiverem umedecidas de sangue, utilizando ataduras 
de crepe que, sob tensão, deverão manter compressão na lesão, sem, contudo, 
comprometer a perfusão capilar periférica. 
34.3. Elevação do membro: 
Auxilia o controle do sangramento no(s) membro(s) superior(es) e/ou 
inferior(es), à medida que, sob a ação da gravidade, o sangue terá dificuldade de se 
exteriorizar, diminuindo a hemorragia. 
34.4. Pressão indireta: 
Também denominado de ponto de pressão, visa reduzir a luz da artéria que 
nutre o ferimento, sem, contudo oclui-la, diminuindo o fluxo sangüíneo sem, todavia, 
impedir suprimento de sangue à extremidade. 
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34.5. Curativo oclusivo: 
Realizando nos moldes do curativo compressivo, diferindo pela inexistência da 
compressão; 
O objetivo é basicamente cobrir o local do ferimento com gaze, bandagem ou 
compressas, fixando-as sem realizar compressão com atadura ou esparadrapo, 
facilitando a coagulação; 
34.6. Torniquete: 
O torniquete não é recomendado para uso em geral, somente em casos 
específicos torna-se “aceitável”; 
Como exemplo pode-se citar ataques de tubarão: grandes hemorragias onde 
as técnicas de curativo compressivo, elevação do membro e pressão indireta, 
utilizadas ao mesmo tempo, não conseguirem reduzir significativamente o 
sangramento incorrendo em risco de morte; 
O torniquete deve ser considerado o último recurso, pois, causará sérios danos 
à vítima; 
O torniquete quando aplicado impede perfusão tecidual periférica do membro 
afetado, o que pode inviabilizar o re-implante do membro amputado. 
 
35. Lesões específicas 
Amputação: 
• Envolver o membro amputado numa compressa cirúrgica estéril; 
• Posteriormente, acondicioná-lo num saco plástico e num berço de gelo. 
 
Evisceração: 
• Umedecer as vísceras com soro fisiológico ou água destilada; 
• Cobrir as vísceras com compressa cirúrgica estéril umedecida. 
 
Objeto impactado ou empalado; 
• Não remover o objeto; 
• Estabilizar o objeto com um curativo. 
 
Ferida aspirante: 
• Realizar o curativo valvulado. 
 
36. Estado de choque 
 Colapso do sistema cardiovascular decorrente da perda aguda de sangue, 
repercutindo na inadequada perfusão e oxigenação dos tecidos e que poderá causar à 
morte. 
 
37. Tipos de choque: 
• Choque hipovolêmico: 
• choque hemorrágico; 
• choque hidropênico; 
• choque plasmopênico. 
• Choque séptico; 
• Choque anáfilático; 
• Choque cardiogênico; 
 
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• Choque respiratório; 
• Choque neurogênico; 
• Choque psicogênico; 
 
38. Sinais e sintomas 
• pele - pálida e/ou cianótica, fria e sudoreica; 
• taquicardia e taquipnéia; 
• sede; 
• pulso filiforme (fraco e rápido); 
• P.A. – baixa. 
• perfusão capilar lenta ou inexistente; 
• tontura e/ou perda de consciência. 
 
39. Prevenção do choque hemorrágico 
• Realizar contenção de hemorragia; 
• Posicionar a vítima em decúbito dorsal; 
• Afrouxar roupas, retirar calçados; 
• Elevar membros inferiores de 20 a 30 cm quando não existir suspeita 
de TRM; 
• Agasalhar a vítima e prevenir hipotermia 
• Realizar oxigenoterapia – 12 a 15 l/min; 
• Repor volemia sob monitoração médica. 
 
 
 
 
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TTrraauummaa ddee eexxttrreemmiiddaaddee 
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Objetivo geral 
• Identificar os principais problemas associados às lesões de extremidades; 
• Relacionar as condutas de atendimento pré-hospitalar nos casos de 
amputação traumática; 
 
Objetivo específico 
• Diferenciar fratura, luxação e entorse; 
• Conhecer as técnicas de imobilização; 
• Executar imobilizações das lesões músculo-esqueléticas. 
 
40. Introdução 
• Embora comuns nos acidentes, raramente representam risco de morte 
imediato; 
• Podem apresentar risco de morte quando associado à lesão vascular 
(hemorragias); 
• O APH pode reduzir estes riscos com técnicas simples de controle de 
hemorragias externas e imobilização do membro traumatizado. 
• As situações com aspectos impressionantes não devem desviar a atenção do 
tratamento de lesões com risco de morte em outras áreas do corpo. 
 
41. O socorrista deve procurar identificar 
• Lesões vasculares 
� Hemorragias. 
• Instabilidades ósseas 
� Fraturas; 
� Luxações. 
• Lesões de partes moles� Distensões; 
� Entorses. 
• Amputação 
 
42. Informação geral 
• O corpo humano adulto possui cerca de 206 ossos e mais de 700 músculos; 
• Um recém-nato possui 300 ossos, alguns deles se fundirão e seu bebê ficará 
com 206, que é a quantidade de ossos de um adulto; 
• Os ossos nas crianças menores são mais flexíveis que no adulto. 
• O processo de maturação óssea estende-se até os 20 anos aproximadamente. 
Fig. 26 ( Imagem: Internet) 
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43. Definição de fratura 
 é qualquer interrupção na continuidade de um osso. 
 
44. Classificação 
• Quanto ao traço: 
i. Completa 
ii. Incompleta. 
• Quanto ao foco: 
i. Fechada 
A pele não foi perfurada pelas extremidades ósseas. 
ii. Aberta ou exposta 
O osso se quebra atravessando a pele, ou existe uma ferida 
associada que se estende desde o osso fraturado até a pele. 
• Quanto ao tipo 
i. Fratura em galho verde; 
ii. Fratura transversa; 
iii. Fratura oblíqua; 
iv. Fratura espiralada; 
v. Fratura impactada; 
vi. Fratura cominutiva*. 
 
45. Característica das fraturas 
• Deformidade 
• Dor 
• Tumefação e equimose 
• Impotência funcional 
• Fragmento exposto 
• Crepitação 
• Coloração do membro (perfusão) 
 
46. Condutas pré-hospitalares 
• Conter as hemorragias; 
• Retirar anéis, relógio, pulseiras, expondo o membro; 
• Estabilizar a fratura com talas; 
• Imobilizar com talas que ultrapassem as articulações distal e proximal, 
levantando o membro segurando nas duas articulações; 
• Checar pulso distal antes e após a imobilização; 
Ossos Perda interna de sangue aproximada 
Costela 125 ml 
Rádio/Ulna 250 a 500ml 
Úmero 500 a 750 ml 
Fêmur 1000 a 2000 ml 
Pelve 1000 a maciça 
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47. Lesões articulares 
As lesões articulares podem ser: 
Luxação: 
• Ocorre quando a cabeça do osso, devido a um mecanismo de trauma, está 
fora da cápsula articular,posição anatômica. 
 
Características: 
• Perda da continuidade articular com impotência funcional; 
• Dor local; 
• Pode haver equimose; 
• Edema. 
 
Entorse: 
• Ocorre quando a articulação realiza um movimento além do seu grau de 
amplitude normal, podendo lesionar ligamentos ao redor da articulação. 
• Concentração do agente químico. 
• Quantidade de substância. 
• Duração e modo de contato com a pele. 
• Extensão corporal exposta ao agente. 
• Mecanismo de ação da droga. 
 
Características: 
i. Dor local; 
ii. Perda completa ou praticamente completa dos movimentos da articulação; 
iii. Edema; 
iv. Em alguns casos, alteração anatômica da articulação. 
 
48. Condutas pré-hospitalares 
• Imobilizar a articulação comprometida e a região acima e abaixo; 
• Imobilizar a articulação comprometida na posição que seja mais adequada; 
• Jamais tentar manipular a articulação ou tentar colocar na posição anatômica; 
• Manter a área em repouso. 
Atenção!! 
 Nunca tentar re-introduzir a epífise óssea à capsula articular, pois há o risco de 
interposição de nervos e vasos, até mesmo fraturas. 
 
 
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49. Informação Geral 
A pele é o maior órgão do corpo humano e seu peso corresponde a 15% do peso 
corpóreo de um adulto. 
 
Função: 
• Sensação 
• Proteção 
• Termorregulação 
• Atividade metabólica 
 
Camadas: 
• Epiderme 
• Derme 
• Tecido subcutâneo 
 
Estruturas por cm3: 
• 5 milhões de células 
• 4 metros de nervos 
• 1 metro de vasos sangüíneos 
• 100 glândulas sudoríparas 
• 25 glândulas sebáceas 
• 5 folículos pilosos 
 
50. Definição 
Lesão da pele, seus anexos e estruturas, produzida por agente térmico (calor ou 
frio), elétrico, biológico, produto químico e/ou irradiação ionizante. 
51. Etiologia 
• Térmica: causada pelo calor ou frio excessivos sejam líquidos, sólidos ou 
gazes; 
• Elétrica: produzida pela corrente elétrica - eletricidade de alta ou baixa 
voltagem; 
• Química: contato de substâncias corrosivas com a pele; 
• Radiação: resulta da exposição a luz solar ou fontes ionizantes; 
• Biológica: resulta da exposição a substâncias de organismos vivos. 
 
52. Classificação 
Quanto a profundidade: 
• Queimadura de 1ºGrau; 
• Queimadura de 2ºGrau; 
• Queimadura de 3ºGrau. 
 
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Quando a gravidade: 
• Queimadura leve; 
• Queimadura moderada; 
• Queimadura crítica. 
 
Queimaduras especiais: 
• Queimadura química; 
• Queimadura elétrica. 
 
53. Classificação quanto a profundidade 
Queimadura de 1ºgrau: 
Atinge epiderme superficial. Geralmente provocada pela exposição ao sol. 
Características: 
• Dor leve a moderada; 
• Formigamento; 
• Hiperestesia (sensibilidade excessiva); 
• Eritema (vermelhidão); 
• Discreto ou nenhum edema; 
• Presença de perfusão; 
• Pele seca. 
 
Queimadura de 2ºgrau: 
Atinge epiderme e derme. Geralmente provocada por escaldaduras, chamas, 
líquidos superaquecidos. 
Características: 
• Dor moderada(2º grau superficial); 
• Dor Severa(2º grau profundo); 
• Hipersensibilidade a corrente de ar; 
• Hiperemia (aumento da irrigação sangüínea no local); 
• Flictena (bolha); 
• Aparência rósea ou esbranquiçada(2º grau profundo); 
• Úmida. 
 
Queimadura de 3ºgrau: 
 Atinge epiderme, derme, tecidos subcutâneos, podendo invadir todas as estruturas 
do corpo. Geralmente provocada por chamas, substâncias químicas, combustíveis 
inflamáveis, corrente elétrica. 
Características: 
• Indolor; 
• Vasos trombosados; 
• Tecido enegrecido (carbonizado), aperolado, esbranquiçado, seco, 
endurecido; 
• Destruição das fibras nervosas. 
 
54. Para que se possa determinar a gravidade da queimadura, observar: 
• Profundidade da queimadura; 
• Extensão corporal atingida; 
• Localização; 
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• Idade da vítima; 
• Presença de lesões associadas; 
• Doenças preexistentes e Inalação de gases aquecidos. 
 
55. Queimaduras químicas: 
• (hidróxido de Na, K, bário, etc.) 
• Gravidade das lesões: 
• Concentração do agente químico. 
• Quantidade de substância. 
• Duração e modo de contato com a pele. 
• Extensão corporal exposta ao agente. 
• Mecanismo de ação da droga. 
 
56. Queimaduras elétricas: 
• Lesões musculares,desordens cardíacas, lesões ósseas e de órgãos vitais; 
• Ocorre contração tetânica dos músculos (efeito imediato); 
• Fraturas e luxações (efeito retardado da corrente elétrica); 
• Insuficiência renal aguda. 
 
Gravidade das lesões: 
• Determinada pelo trajeto da corrente através do corpo; 
• Duração do contato do corpo com afonte elétrica. 
 
57. Regra dos nove 
Adulto: 
• Cabeça = 9% 
• Membro superior = 9% cada; 
• Tórax = 2 X 9% (frente e dorso); 
• Abdome = 2 X 9% (frente e dorso); 
• Coxa = 9% cada; 
• Perna e pé = 9% cada; 
• Pescoço ou genital = 1% 
 
Criança: 
• Cabeça = 18% 
• Membro superior = 9% cada; 
• Tórax = 2 X 9% (frente e dorso); 
• Abdome = 2 X 9% (frente e dorso); 
• Membros inferiores = 13,5% cada; 
• Pescoço ou genital = 1% 
(Referência para superfície irregular: palma da mão do vitimado equivale a 1%) 
 
58. Quanto a gravidade 
Queimaduras que atinjam mãos, pés, face, seios, genitais e vias aéreas são 
consideradas críticas. 
• Queimaduras leves: 
o 3ºGrau com menos de 2% de SCQ; 
o 2ºGrau com menos de 15% de SCQ. 
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• Queimaduras moderadas: 
o 3ºGrau com 2% a 10% de SCQ; 
o 2ºGrau de 15% a 25% de SCQ; 
o 1ºGrau de 50% a 75% de SCQ. 
 
• Queimaduras graves: 
o 2º a 3ºGraus que pegam mãos, face, pés, genitália, seios, articulações 
importantes; 
o 3ºGrau com mais de 10% de SCQ; 
o 2ºGrau com mais de 30% de SCQ; 
o 1ºGrau com mais de 75% de SCQ. 
 
59. Condutas pré-hospitalares: 
 
Queimadura térmica 
• Interrupção do processo térmico; 
• Resfriamento da lesão, com atenção para hipotermia; 
• Retirar jóias e adereços; 
• Pesquisar mecanismo do trauma; 
i. Hora do acidente; 
ii. Agente causador da queimadura; 
iii. Doenças pré-existentes, uso de drogas e alergias; 
• Manter bolhas integras não as rompendo; 
• Ministrar oxigênio; 
 
Queimadura química 
• Remover a substância; 
• Retirar roupas da vítima que foram atingidas; 
• Lavar com água corrente em abundância. 
 
Queimadura elétrica 
• Interromper o fluxo da corrente elétrica; 
• Chamar a companhia de energia elétrica nos acidentes em via pública; 
• Garantir via aérea com controle da coluna cervical; 
• Realizar RCP, se for constatada PCR; 
• Realizar curativos e imobilizações nas lesões existentes, agindo conforme 
procedimentos em traumas; 
• Transportar para o hospital monitorando pulso e respiração. 
 
 
 
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Objetivo geral 
Identificar através de sinais e sintomas sinais e sintomas indicativos de 
emergências clínicas. 
 
Objetivo específico 
Conhecer os sinais e sintomas de angina, infarto agudo do miocárdio, acidente 
vascular encefálico, hipertensão arterial. 
 
60. Cardiopatias 
• As doenças coronarianas são as principais causas de morte sendo a angina e 
o infarto agudo do miocárdio as mais freqüentes alterações clínicas do sistema 
cardiovascular assistidas no âmbito pré-hospitalar; 
• Mais de 250 mil brasileiros morrem por ano em decorrência de cardiopatias, 
principalmente, infarto agudo do miocárdio; 
a. 50% dos vitimados morrem antes de chegar ao hospital. 
Causas: 
• Situações de estresse emocional; 
• Aterosclerose; 
• Êmbolos (trombos circulantes); 
• Falta de oxigênio no fornecimento ao miocárdio; 
• Predisposição metabólica. 
 
61. Conhecendo as cardiopatias 
Algumas cardiopatias decorrem da redução do suprimento de O2 para o miocárdio, 
conseqüentemente, a função do coração em funcionar como bomba fica 
comprometida; 
• O processo de oclusão das artérias é lento e gradual, sendo denominado 
arteriosclerose; 
1. Inicialmente ocorre acúmulo de gordura nas paredes dos vasos, estreitando 
sua luz (causa mais freqüente de angina) 
2. Gradativamente, depósito de cálcio endurece a parede do vaso; 
3. A irregularidade da superfície provoca adesão de plaquetas circulantes 
formando um trombo que chega a ocluir a luz do vaso ou quebra-se, 
transformando-se num trombo circulante. 
 
62. Angina 
• Dor precordial decorrente da insuficiência de suprimento sangüíneo ao 
miocárdio, devido à arteriosclerose; 
• A dor aguda, torácica, retroesternal ou precordial está associada a esforço 
físico, desaparecendo com o repouso; 
• Pode ser erradamente interpretada como infarto agudo do miocárdio. 
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Conduta: 
o Confortar e acalmar o vitimado; 
o Mantê-lo em repouso, em posição confortável; 
o Passar os dados clínicos para o médico e aguardar instruções: 
� Informar-se sobre o uso do vasodilatador sublingual e se o tem; 
� Se houver necessidade de transportá-lo, fazê-lo sem sirene, 
devagar e monitorando sinais vitais. 
 
63. Infarto agudo no miocárdio 
• Necrose de parte do músculo miocárdio decorrente da falta de oxigênio; 
• Drogas, como cocaína, podem provocar IAM por espasmos do vaso 
coronariano; 
• Dor torácica, retroesternal, intensa, opressora e prolongada (mais de 30 
minutos); 
o Irradia-se para membro superior esquerdo ou direito, ombro, pescoço, 
mandíbula; 
o Persiste durante repouso; 
o Alteração do ritmo cardíaco; 
o Falta de ar; 
o Sensação de morte iminente. 
 
Ações pré-hospitalares: 
• Assegurar vias aéreas; 
• Acalmar o paciente, mantendo-o em repouso absoluto, em posição confortável; 
• Administrar oxigênio (ver oximetria); 
• Monitorar sinais vitais; 
• Agasalhar o vitimado; 
• Passar os dados clínicos para o médico; 
• No transporte imediato, não fazer uso da sirene, para hospital de referência 
com calma; 
• Realizar manobras de RCP em vítimas com parada cardiopulmonar. 
 
64. Sincope ou desmaio 
Caracterizada pela perda da consciência de curta duração que não necessite 
de manobras específicas para a recuperação. 
 Decorre da diminuição da atividade cerebral geralmente por hipoglicemia, 
hipotensão arterial ou choque psicogênico. 
Ações pré-hospitalares: 
• Manter a vítima deitada com os membros inferiores elevados a mais ou 
menos 20cm; 
• Manter a vítima em local ventilado; 
• Afrouxar vestimentas apertadas; 
• Não dar nada para comer ou beber; 
• Transporte a vítima quando necessário. 
 
65. Acidente Vascular Cerebral 
Morte de células encefálicas proveniente da ausência de oxigenação cerebral 
causada por oclusão (AVC isquêmico) ou ruptura (AVC hemorrágico) de vasos que 
suprem o cérebro de sangue. 
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Sinais e sintomas 
• Cefaléia, tontura, confusão mental; 
• Perda de função ou paralisia de extremidades 
(geralmente de um lado do corpo); 
• Paralisia facial; 
• Anisocoria, pulso rápido, respiração difícil, 
convulsão, coma. 
 
Ações pré-hospitalares: 
• Conduta semelhante às vítimas politraumatizadas. 
 
66. Crise Convulsiva & Epilepsia 
• Também conhecido por ataque epilético, desordem cerebral de curta duração 
repercutindo em espasmos desordenados ao resto do corpo. 
• Mais comum em crianças por sua vulnerabilidade a infecções do sistema 
nervoso central, traumas e doenças infantis. 
• A epilepsia é caracterizada pelas crises repetidasao longo da vida da vítima, 
não é contagiosa. 
• A maioria das crises convulsivas é de curta duração. 
• As crises de duração igual ou superior a 30 minutos caracterizam-se como 
emergência clínica podendo matar a vítima que deverá ser encaminhada ao 
hospital. 
 
Ações pré-hospitalares: 
• Proteger a cabeça da vítima; 
• Remover objetos no entorno que possam causar-lhe ferimento; 
• Garantir vias aéreas pérvia; 
• Não introduzir nada pela boca; 
• Não dar nada para beber ou comer; 
• Não tente acordar a vítima lançando-lhe água; 
• Avalie a vítima na fase de recuperação; 
• Transportar ao hospital sempre que o vitimado for diabético, grávida, 
traumatizado ou crises convulsivas duradouras, dentre outras. 
 
67. Diabetes Mellitus 
Doença em que o organismo é incapaz de produzir insulina, conseqüentemente, 
incapaz de metabolizar a glicose necessária ao organismo. 
Os principais sintomas são: 
Polidipsia, poliúria e fadiga fácil com diminuição de capacidade de trabalho. 
 
Complicações 
• Coma diabético; 
• Hipoglicemia; 
• Choque insulínico. 
 
68. Hipertensão Arterial 
Doença crônico degenerativa caracterizada por aumento no níveis tensoriais que 
repercute em risco de morte e/ou lesões estruturais de órgãos alvos, tais como: o 
cérebro, o coração, os rins e os vasos sangüíneos. 
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Fatores de risco: 
• Hipercolesterolemia; 
• Sedentarismo; 
• Obesidade; 
• Tabagismo; 
• Alcoolismo; 
• Diabetes Mellitus; 
 
� Estudo 2: 
Exercícios físicos aeróbicos regulares; 
Intensidade moderada por 40 minutos; 
03 (três) vezes por semana 
 
Constatação: 
Queda da PA de 10 a 15 mmHg, nos indivíduos sedentários normo e hipertensos. 
 
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8855.. Introdução 
Diante da parada cardíaca o socorro imediato é a chave para a sobrevivência. 
Essa afirmativa nos leva a refletir no tempo decorrido do início da emergência à 
chegada da equipe pré-hospitalar. O resultado geralmente se reflete em óbito. 
Pesquisas indicam que a cada minuto sem assistência básica à vida o vitimado em FV 
perde de 7% a 10% de chances de vida. Isto significa que, se uma pessoa entrou em 
FV há 04 (quatro) minutos, as chances de sobrevivência gira em torno de 60%. 
É freqüente a pergunta: Porque é tão importante a desfibrilação? 
Porque a fibrilação ventricular (FV) é o ritmo inicial mais comum encontrado 
nas paradas cardíacas e a desfibrilação é a conduta indicada. Cerca de 90% das 
paradas cardíacas estão associadas à fibrilação ventricular, enquanto os 10% 
restantes resultam da soma das intoxicações, traumas, afogamentos entre outros. 
Logo, o Desfibrilador Externo Automático (DEA) está indicado para a grande maioria 
das paradas cardíacas. 
O socorrista solicita o Desfibrilador Externo Automático (DEA) e inicia 02 (dois) 
minutos de reanimação cardiopulmonar. 
O DEA é um equipamento que interpreta e indica ou não a necessidade de 
choque, denominado desfibrilação. Diante da fibrilação ventricular ou taquicardia 
ventricular o coração não consegue promover circulação 
sanguínea e, assim como a assistolia, não há fluxo de 
oxigênio às células encefálicas. 
Estima-se que menos de 5% das vítimas em parada 
cardíaca conseguem ser salvas sem seqüelas no Suporte 
Básico de Vida sem uso do DEA. O sucesso sempre esteve 
associado ao reconhecimento precoce, contudo, a RCP 
associada à utilização do desfibrilador externo automático 
demonstrou significativas taxas de sobrevivência chegando a 75% quando realizado 
02 (dois) minutos de RCP seguido de choque. 
 
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Atenção: Reforçamos que o socorrista deve realizar 02 (dois) minutos de RCP 
antes de realizar a desfibrilação. 
Ao utilizar o desfibrilador externo automático (DEA), os socorristas devem 
aplicar 1 choque, seguido de RCP imediata. A RCP deve sempre começar com 
compressões torácicas. Todos os socorristas devem permitir que o DEA verifique o 
ritmo cardíaco da vítima novamente, após aproximadamente 5 ciclos (cerca de 2 
minutos) de RCP. 
 
8866.. Como operar o desfibrilador? 
1. Ligar o aparelho; 
2. Instalar as pás adesivas no tórax do vitimado; 
3. Conectar eletrodos das pás no aparelho ou certifique-se que 
as pás estão bem conectadas; 
4. Afastar todos e aguardar a análise do equipamento para que 
não ocorram interferência e erro de leitura; 
5. Pressionar o botão para deflagrar o choque quando indicado, 
certificando-se que ninguém está em contato com a vítima. 
“Avise que vai o choque será deflagrado”. 
6. Siga as instruções do aparelho. Apenas toque no vitimado 
quando houver permissão sonora do equipamento. 
7. Não desconecte as pás do tórax do vitimado até orientação 
da equipe médica. 
 
8877.. IInnffoorrmmaaççõõeess ooppeerraacciioonnaaiiss ppaarraa uussoo ddoo DDEEAA 
 
Uso em pacientes pediátricos (1 a 8 anos de idade) 
O DEA pode ser utilizado em crianças de 1 a 8 anos de idade, 
contudo, devem-se utilizar as pás pediátricas. Essas pás (eletrodos) 
apresentam algumas diferenças das correspondentes adultas, quais 
sejam: 
1.a. As pás são posicionadas na região anterior e posterior do 
tórax respectivamente, conforme imagem impressa na 
superfície das pás; 
1.b. A descarga de energia liberada para a criança é menor. 
 
8888.. Tórax da vítima molhado. 
Se o tórax do vitimado estiver molhado o socorrista deve enxugá-lo senão a 
aderência das pás ficará comprometida. O aparelho indicará eletrodos mal conectados 
e, não ocorrerá desfibrilação. A água é uma boa condutora de eletricidade, numa 
tentativa de desfibrilação, pode ocorrer um arco entre as pás, externamente, 
diminuindo a efetividade do choque. 
Se o ambiente estiver molhado, remova-a da água, posicionando-a na prancha, 
antes de instalar o DEA. 
 
8899.. Dispositivos implantados no tórax da vítima (como marca passos) 
Não se devem aplicar pás do desfibrilador sobre o dispositivo, pois este poderá 
interferir na análise do equipamento e na condução da energia liberada. 
 
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As pás devem ser aplicadas a uma distância de 3cm, aproximadamente, cerca 
de 02 (dois) dedos. 
 
9900.. Durante o transporte em ambulâncias 
Os movimentos da viatura durante o transporte podem interferir na análise. A 
vibração do veículo ou artefatos dispostos no interior do veículo, especialmente os que 
estiverem em contato com a maca, podem simular uma fibrilação ventricular. Caso o 
DEA venha a indicar choque, equipamento deve ser desligado, é necessário parar e 
desligar o motor da viatura. O equipamento então é re-ligado e, se confirmada a 
necessidade desfibrilação, o choque deve ser realizado. 
Com o advento e segurança do DEA o conceito de desfibrilação no ambiente

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