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resenha a sedução no discurso de jean ralff

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Centro Universitário de João Pessoa – Unipê
Curso de Direito
A sedução no discurso: O poder da linguagem nos tribunais do júri – Gabriel Chalita
Jean ralff da cruz soares turma: I
Resultado de sua tese de doutorado em comunicação e semiótica, o autor Gabriel Chalita o escreveu, objetivando apresentar a importância do discurso jurídico na sua manifestação fundamental entre promotores e advogados. Para respaldar a sua tese, o autor recorre à análise de quatro filmes ( tempo de matar, Filadélfia, questão de honra e assassinato em primeiro grau) que representam as funções de cada um desses membros em processo judicial.
O autor inicia o livro mostrando algumas características de um processo judiciário, destacando que isoladamente, estas não cumprem um devido efeito. Daí então a necessidade de um discurso jurídico convincente.
Os objetivos de pesquisa para o livro, o autor delimita-se sobre a fala dos profissionais do direito num campo jurídico dentro do direito penal, e no interior do processo penal, a demonstração do poder de persuadir e de seduzir dos advogados e promotores.
No primeiro capítulo, Chalia apresenta características mais importantes do discurso sedutor, citando como exemplo o romance “ o beijo da mulher aranha”, de Manvel puig. Esta narra a estória de dois prisioneiros dentro de uma cela onde um deseja seduzir o seu companheiro de cela, utilizando estratégia de narrar histórias, de forma a excitar a imaginação do outro, abusando dos artifícios da sedução, fazendo das palavras imagens. Isso acontece em um tribunal do júri, onde o advogado ou promotor, para convencer os jurados de sua tese, tenta transportá-los ao seu imaginário, ou seja, enxergar o que ele quer que enxerguem.
No segundo capítulo, o autor analisa o discurso sedutor encenado em quatro filmes norte-americanos, propiciando aos leitores uma maior aproximação com a realidade, evidenciando o aspecto sedutor dos discursos no âmbito judiciário. Primeiramente, o autor expõe sobre o filme “ tempo de matar”, que fala de um crime brutal envolvendo preconceito racial, estupro de vulnerável e ato de vingança com morte para aqueles que cometeram os crimes de vingança. Diante disso, cria-se uma batalha judicial sobre quem praticou o ato de vingança: ele deve ser condenado ou absolvido; o fundamento da decisão dos jurados está no seu tom de pele(negra) ou no motivo que o levaram a praticar o ato? Em relação ao filme, Chalita evidencia que, dentre a atuação do advogado de defesa, o pedido para os jurados fecharem os olhos e a pausa no final do discurso, cria dúvida entre os jurados.
O outro filme, “ Filadélfia”, que ressaltam sobre a discriminação existente à pessoas portadoras do vírus da AIDS, quando um jovem advogado é demitido ao descobrirem de sua síndrome, o autor analisa neste filme, fatos de criar idéias em ralação ao tema, pois existe muito preconceito e discriminação em ralação a isso.
No filme “questão de honra”, que fala sobre a morte de um soldado na base naval de Guantánamo, em Cuba. Existem dois soldados que são acusados do crime, um tenente foi nomeado para defende-los, descobre durante o processo, que há mais indícios a serem descobertos sobre os motivos que levaram a motivação do crime, que o comando estava ocultando. Chalita evidencia que não só as provas dos autos se faz um processo, mas de “ atitudes, palavras ajustadas, silêncio nos momentos apropriados, simulação, posturas físicas, etc”.
Por último, o filme “assassinato em primeiro grau”, baseado em fatos, fala da história de um jovem que rouba dinheiro de uma loja, afim de comprar comida para sua irmã. A loja funciona como correio e nos Estados Unidos, crimes contra os correios é crime federal. O rapaz foi preso, condenado e levado ao presídio de alcatraz. Ele tentar fugir da prisão por diversas vezes, e por esse motivo, o coloca-o na solitária por três anos. Após esse tempo na solitária, o rapaz comete um assassinato e seu advogado faz com que o caso se envolva no grupo social com um todo, e conseqüentemente seduz também os jurados.
No quarto capítulo o autor aponta a importância das palavras em um discurso, quando diz que frases bem feitas garantem que a mensagem seja transmitida corretamente, e que a mesma palavra pode trazer diversos significados, destacando a importância do tom de voz, o ritmo das frases e a maneira como elas são articuladas pelo falante.
No quinto capítulo Chalita salienta as características do discurso jurídico realizado nos aspectos objetivos e subjetivos, mostrando que o orador deve ter cuidado quanto à postura, gestos e aparência, recomendando a representação dramática de papéis para a ênfase da elocução.
No sexto capítulo o autor destaca aspectos que envolvem o júri( o auditório soberano do discurso, aquém cabe a decisão sobre a culpa ou a inocência) no Brasil. Chalita atenta, para se observar as características culturais e religiosas dos ouvintes, podendo ser decisivas na elaboração da sentença final.
No sétimo e último capítulo, Chalita enfoca a importância da sedução e persuasão no discurso jurídico pois tem a construção da grande influência sofrida pela justiça mediante a forma com a qual os cidadãos associados a um processo penal são seduzidos pelas palavras a eles dirigidas.
Assim, o livro a sedução do discurso, é fundamental instrumento para advogados e promotores, aprimorando sua oratória e a elaboração de discursos co maior persuasão e sedução.
Bibliografia
Chalita, Gabriel, A sedução no discurso: O poder da linguagem nos tribunais do júri. 4 ed, São Paulo: Saraiva, 2009. 168p

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