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TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL PROFA. VIVIANE ALESSANDRA GREGO HAJEL ________________________________________________________________________________________________ 1 II - O DIREITO CIVIL 1. CONCEITO O Direito Civil é o ramo do direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos encarados como tais, ou seja, enquanto membros da sociedade 1 . É o direito comum a todas as pessoas, por disciplinar o seu modo de ser e agir, sem quaisquer referências às condições sociais ou culturais. Rege as relações mais simples da vida cotidiana, atendo-se às pessoas socialmente situadas, com direitos e deveres, na sua qualidade de marido e mulher, pai ou filho, credor ou devedor, alienante ou adquirente, proprietário ou possuidor, condômino ou vizinho, testador ou herdeiro 2 . Como se vê, toda a vida social está impregnada do direito civil, que regula as ocorrências do dia a dia: a simples aquisição de uma carteira de notas é contrato de compra e venda; a esmola que se dá a um pedinte é doação; o uso de um ônibus é contrato de transporte; o valer-se de restaurante automático no qual se introduz uma moeda par obter alimento é aceitação de oferta ao público 3 . Embora o Direito Civil seja encarado como um dos ramos do Direito Privado, a rigor, é bem mais do que isso. Envolve princípios que não lhe são exclusivos, constituindo normas gerais que alcançam todo o ordenamento jurídico. O Direito Civil estabelece normas de hermenêutica jurídica (interpretação da norma), a sistemática da prescrição, institutos aplicáveis a todos os ramos do Direito. Assim, o Direito Civil não é apenas uma divisão do Direito Privado, mas continua sendo o direito comum, em virtude de compreender todo um conjunto de regras relativas às instituições de Direito Privado, aos atos e às relações jurídicas. Além disso, o Direito Civil determina a técnica, a generalização dos conceitos fundamentais e o enunciado de idéias básicas, comuns a todo o ordenamento jurídico. É consultando o Direito Civil que um jurista estrangeiro, por exemplo, toma conhecimento da estrutura fundamental do ordenamento jurídico de um país, e é dentro dele que o jurista nacional encontra regras de repercussão obrigatória aos diferentes ramos do direito 4 . 1 SERPA LOPES, Miguel Maria de. Curso de direito civil, v. 1, p. 32. 2 REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 353-354. 3 GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. Rio de Janeiro: Forense, 2000. p. 40. 4 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Rio de Janeiro: Forense, 1993, v. 1, p. 17-18. TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL PROFA. VIVIANE ALESSANDRA GREGO HAJEL ________________________________________________________________________________________________ 2 2. HISTÓRICO O conceito de Direito Civil passou por uma evolução histórica. No direito romano, era o direito da cidade que regia a vida dos cidadãos independentes, abrangendo todo o direito vigente, contendo normas de direito penal, administrativo, processual, etc. Na era medieval, o Direito Civil identificou-se com o direito romano, contido no Corpus Juris Civilis, sofrendo concorrência do direito canônico, devido à autoridade legislativa da Igreja, que, por sua vez, constantemente, invocava os princípios gerais do direito romano. Na Idade Moderna, no direito anglo-americano, a expressão civil law correspondia ao direito romano, e as matérias relativas ao nosso direito civil eram designadas como private law. Passou a ser um dos ramos do direito privado, o mais importante por ter sido a primeira regulamentação das relações entre particulares. A partir do século XIX, toma um sentido mais estrito para designar as instituições disciplinadas no Código Civil. Em decorrência do desenvolvimento das relações da vida civil e da crescente complexidade de tais atividades, não é mais possível limitar o Direito Civil ao Código respectivo. Muitos direitos e obrigações existem, além daqueles abrangidos pela codificação, mas que, nem por isso, deixam de ser Direito Civil, embora figurem nas chamadas leis especiais ou extravagantes, as quais têm, ainda, a função de atualizar matérias já sistematizadas no Código. 3. PRINCÍPIOS DO DIREITO CIVIL Miguel Reale estabelece os seguintes princípios: - personalidade: todo ser humano é sujeito de direitos e deveres; - autonomia da vontade: poder de praticar ou não certos atos, conforme sua vontade; - liberdade de estipulação negocial: permissão de realizar negócios jurídicos; - propriedade individual: exteriorização da personalidade, através do patrimônio; - intangibilidade familiar: família como expressão do ser pessoal; - legitimidade da herança: poder de testar; - solidariedade social: função social da propriedade e do contrato. O princípio da personalidade, ao aceitar a idéia de que todo o ser humano é sujeito de direitos e obrigações, pelo simples fato de ser pessoa; o da autonomia da vontade, pelo reconhecimento de que a capacidade jurídica da pessoa humana lhe confere o poder de praticar ou abster-se de certos atos, conforme sua vontade; o da liberdade de estipulação negocial, devido à TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL PROFA. VIVIANE ALESSANDRA GREGO HAJEL ________________________________________________________________________________________________ 3 permissão de outorgar direitos e de aceitar deveres, nos limites legais, dando origem a negócios jurídicos; o da propriedade individual, pela idéia assente de que o homem pelo seu trabalho, ou pelas formas admitidas em lei, pode exteriorizar a sua personalidade em bens móveis ou imóveis, que passam a constituir o seu patrimônio; o da intangibilidade familiar, ao reconhecer a família como uma expressão imediata de seu ser pessoal; o da legitimidade da herança e do direito de testar, pela aceitação de que, entre os poderes que as pessoas têm sobre seus bens, se inclui o de poder transmiti-los, total ou parcialmente, a seus herdeiros; o da solidariedade social, entre a função social da propriedade e dos negócios jurídicos, a fim de conciliar as exigências da coletividade com interesses particulares. Os demais ramos do Direito Privado destacaram-se do Direito Civil, por força da especialização de interesses, sujeitando à regulamentação de atividades decorrentes do exercício de profissões, pois o Direito Civil disciplina direitos e deveres de todas as pessoas, enquanto pessoas, e não na condição especial de comerciante ou empregado 5 . 4. O DIREITO BRASILEIRO ATÉ A ELABORAÇÃO DO CÓDIGO O direito brasileiro enquadra-se no sistema do direito francês, que se baseia na tradição do direito romano e nos princípios éticos do Cristianismo. A influência francesa fez-se sentir no direito brasileiro, não obstante ter seguido mais diretamente o nosso Código Civil o sistema alemão, pois, muitas vezes, a legislação alemã foi conhecida por nós pelas traduções e comentários franceses. Assim, as obras de Savigny e de Ihering e o próprio Código Civil Alemão (BGB) foram conhecidos, inicialmente, nas suas traduções francesas. A história do direito brasileiro inicia-se com as Ordenações Filipinas de 1603, (presença da Idade Média nos tempos modernos). Não chegaram a exercer influência no Brasil. Lei da Boa Razão, de 1769 - importância básica na história do direito português, assim sendo também no direito brasileiro, então no sistema colonial. Determinava que, para suprir as lacunas das Ordenações, se atendesse aos princípios da ética, do direito romano e do direito comparado dos paísescultos. Realizada a independência do país, a lei de 30.10.1823 determinou a continuação da aplicação da legislação portuguesa, até que se elaborasse o novo Código. A Constituição de 1824, em seu art. 179, n. 18, mandou organizar, quanto antes, os Códigos 5 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2003. v. 1, p. 45-46. TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL PROFA. VIVIANE ALESSANDRA GREGO HAJEL ________________________________________________________________________________________________ 4 Civil e Criminal, fundados em bases sólidas da justiça e da equidade. Em 1845, Carvalho Moreira apresentava, no Instituto dos Advogados, trabalho que defendia a codificação do nosso Direito Civil. Após, o Governo encarregou Teixeira de Freitas, em 1855, de realizar uma Consolidação das Leis Civis, que foi aprovada em 1858, sendo um dos pontos básicos da história do direito pátrio. Em 1859, Nabuco de Araújo, então Ministro da Justiça, contratou com Teixeira de Freitas a elaboração de um anteprojeto do Código Civil. Em 1872, após uma divergência foi rescindido o contrato entre o Governo e Teixeira (problemas com a unificação do direito privado). Em 1881, Felício dos Santos apresentou ao Governo seus apontamentos para elaboração do Código Civil, tendo parecer contrário da Comissão. Em 1889, foi nomeada nova Comissão que não chegou a trabalhar, em virtude da proclamação da República. 5. O CÓDIGO CIVIL 5.1. Histórico Em 1899, sendo presidente da República Campos Sales e Ministro da Justiça, Epitácio Pessoa, foi convocado Clóvis Beviláqua, para apresentar um novo anteprojeto. (Rui Barbosa, então conselheiro, colocou certas reservas ao nome indicado). Em 1900, constitui-se uma Comissão Revisora de Jurisconsultos para examinar o trabalho. De 1901 a 1902, funcionou a Comissão dos 21 da Câmara dos Deputados, tendo como relator Sílvio Romero. Encerrada a discussão do projeto na Câmara, retornou ele ao Senado, em 1915, e em 1.1. 1916, foi sancionado pela lei 3.071, assinada por Wenceslau Braz, entrando em vigor em 1917. A elaboração do Código Civil mereceu alguns estudos de caráter econômico e social, não nos podendo esquecer da obra do Prof. Santiago Dantas, num trabalho sobre Rui Barbosa e a Elaboração do Código Civil, no qual efetuou um estudo sobre o panorama social e econômico do país, no momento da elaboração do Código Civil. Concluindo que não sendo um diploma reacionário, nele a solidez dos interesses de um dos setores da classe média travou o impulso das elites intelectuais para uma legislação mais progressista que viríamos a ter. O Código Civil de 1916 é, na realidade, um monumento do fim do século XIX e a vida brasileira evoluiu nesses mais de 100 anos, de modo a necessitar uma modificação completa de nosso direito. Muito do Direito Civil já não mais estava no Código. TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL PROFA. VIVIANE ALESSANDRA GREGO HAJEL ________________________________________________________________________________________________ 5 Surgiram novos conceitos que modificaram a estrutura do nosso Direito, como, por exemplo, o abuso de poder econômico. Por outro lado, surgiram importantes restrições à liberdade contratual, especialmente em relação ao contrato de trabalho e à relação de consumo, ampliando-se, outrossim, o campo da responsabilidade civil, não mais exclusivamente baseada na culpa, mas também no risco. No direito das coisas, surgiu uma legislação especial sobre águas, minas, florestas etc., com códigos próprios. A Lei n. 6.969/81 instituiu a usucapião especial, que beneficia quem não sendo proprietário rural nem urbano, possuir, como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área rural contínua, não excedente a vinte e cinco hectares. O registro de imóveis também sofreu uma nova regulamentação. No campo do direito de família, a Constituição de 1988 consagrou o reconhecimento amplo e a equiparação dos filhos ilegítimos aos legítimos. A Lei n. 6.515/77 instituiu o divórcio no Brasil. A Constituição de 1988 consagrou a igualdade de direitos entre os sexos. (Ex. art. 226, § 5º). Surgiram a Lei do Bem de Família (Lei n. 8.009/90), o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/90), o Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90), a Lei do Inquilinato (Lei n. 8.245/91). A partir de 1972, um novo projeto de Código Civil foi elaborado pelos Profs. José Carlos Moreira Alves, Agostinho de Arruda Alvim, Sylvio Marcondes, entre outros. O projeto sofreu inúmeras alterações, tendo manifestações das classes interessadas, até vir a ser promulgado como a Lei n. 10.406, de 10.01.2002, tendo entrado em vigor a 11.01.2003. 5.2. Organização das Matérias Quanto à organização da matéria, o Código Civil brasileiro seguiu a orientação do Código Civil alemão. O Código Civil alemão dividiu-se numa Parte Geral e numa Parte Especial. Na Parte Geral, tratou das pessoas, das coisas e dos atos jurídicos; na parte especial, tratou do Direito das Obrigações, do Direito das Coisas, do Direito de Família e do Direito das Sucessões. O nosso Código Civil de 1916 tratou, na Parte Geral, das pessoas, dos bens, dos atos e fatos jurídicos. Na Parte Especial, segundo a lição de Savigny, invertendo a ordem admitida pelo Código Civil alemão, preferiu começar tratando da família, que constitui o meio de integração do indivíduo na sociedade para, em seguida, tratar das coisas, das obrigações e da sucessão. TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL PROFA. VIVIANE ALESSANDRA GREGO HAJEL ________________________________________________________________________________________________ 6 Já, o Código Civil de 2002 traz alterações em sua Parte Especial, dispondo a respeito do Direito das Obrigações, do Direito de Empresa, do Direito das Coisas, do Direito de Família e, finalmente, do Direito das Sucessões. 5.3. Objeto e Função da Parte Geral O sistema germânico ou método científico-racional, preconizado por Savigny, entende que, para se obter uma boa codificação, mister a existência de uma ordem metódica na classificação das matérias, dividindo-se o direito civil em uma parte geral e uma parte especial. Na Parte Geral, contemplam-se os sujeitos de direitos (pessoas), os objetos (bens jurídicos) e os fatos, com correlata questão do domicílio. Refere-se às diferentes categorias de bens: imóveis e móveis; fungíveis e infungíveis; consumíveis e inconsumíveis; divisíveis e indivisíveis; singulares e coletivos; bens reciprocamente considerados; públicos e particulares. No que concerne aos fatos jurídicos, após mencionar as disposições preliminares, apresenta os negócios jurídicos, os atos jurídicos lícitos, os atos ilícitos, a prescrição, a decadência e as provas. Não é necessário apresentar, aqui, as discussões sobre a utilidade ou conveniência da existência de uma Parte Geral no Código, pois, se o legislador lançou mão de um critério que a exige, não se pode pretender suprimi-la. Apesar de haver objeções à sua inclusão no Código Civil, grande é sua utilidade por conter normas aplicáveis a qualquer relação jurídica. Deveras, o direito civil é bem mais do que um dos ramos do direito privado; engloba princípios de aplicação generalizada e não restrita às questões cíveis. É consultando o direito civil que o jurista estrangeiro percebe qual estrutura fundamental do ordenamento jurídico de um dado país e que o jurista nacional encontra as normas que têm repercussão em outros âmbitos do direito. É na Parte Geral que estão contidos os preceitos normativos relativos à prova dos negócios jurídicos, à noção dosdefeitos dos atos jurídicos, à prescrição, institutos comuns a todos os ramos do direito. Além disso, a Parte Geral fixa, para serem aplicados, conceitos, categorias e princípios, que produzem reflexos em todo o ordenamento jurídico e cuja fixação é condição de aplicação da Parte Especial e de ordem jurídica; isto porque toda relação jurídica pressupõe sujeito e objeto e fato propulsor que a constitui, modifica ou extingue. A Parte Especial contém normas relativas ao vínculo entre o sujeito e o objeto, e a Parte Geral, as normas pertinentes ao sujeito, ao objeto e a forma de criar, modificar e extinguir direitos, tornando possível a aplicação da Parte Especial. Logo, a Parte Geral do Código Civil tem as funções de dar certeza e estabilidade aos seus preceitos, por regular, de modo cogente, não só os elementos TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL PROFA. VIVIANE ALESSANDRA GREGO HAJEL ________________________________________________________________________________________________ 7 da relação jurídica, mas também os pressupostos de sua validade, existência, modificação e extinção e possibilitar a aplicação da Parte Especial, já que é seu pressuposto lógico. Clara é sua função operacional no sentido de que fornece à ordem jurídica conceitos necessários à sua aplicabilidade. BIBLIOGRAFIA COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: teoria geral do direito civil. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1. FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, dominação. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil: parte geral. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1. GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: parte geral. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1. MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: parte geral. 42. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1. MONTORO, André Franco. Introdução à ciência do direito. São Paulo: RT, 1991. NADER, Paulo. Curso de direito civil: parte geral. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009. v. 1. PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil: introdução ao direito civil. 22. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007. v. 1. RÁO, Vicente. O direito e a vida dos direitos. São Paulo: RT, 1999. RODRIGUES, Silvio. Direito civil: parte geral. 34. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1. VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: parte geral. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. v. 1. WALD, Arnoldo. Curso de direito civil brasileiro: introdução e parte geral. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL PROFA. VIVIANE ALESSANDRA GREGO HAJEL ________________________________________________________________________________________________ 8 DIREITO CIVIL 1. Definição Direito romano: direito da cidade > regia a vida dos cidadãos; todo o direito vigente Idade Média: direito romano, direito comum, em contraposição ao direito canônico 2. Histórico Idade Moderna civil law – direito romano private law – direito civil Século XIX: instituições do Código Civil Atualmente: Codificação + legislação esparsa 3. Princípios personalidade: todo ser humano é sujeito de direitos e deveres; autonomia da vontade: poder de praticar ou não certos atos, conforme sua vontade; liberdade de estipulação negocial: permissão de realizar negócios jurídicos; propriedade individual: exteriorização da personalidade, através do patrimônio; intangibilidade familiar: família como expressão do ser pessoal; legitimidade da herança: poder de testar; solidariedade social: função social da propriedade e do contrato. 4. Histórico da Legislação Civil - Ordenações Filipinas, de 1603 - Lei da Boa Razão, de 1769 – Marquês de Pombal - Independência do Brasil > Lei de 1823 > permanência das Ordenações Filipinas - Constituição Imperial de 1824 > determinação de elaboração de CC e CP - 1855/1858 – Consolidação das Leis Civis, de Teixeira de Freitas - 1899 – Projeto de Código Civil, de Clóvis Beviláqua - 1916 – promulgação do Código Civil (vigência a partir de 01/01/17) - 1972 – apresentação de Anteprojeto de novo Código Civil - 1984 – aprovação e publicação do Projeto de Lei n. 634-B/75 - 2002 – promulgação do novo Código Civil (vigência a partir de 11/01/03) 5. Código Civil 5.1 Organização das matérias 5.2 Objeto e função da Parte Geral
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