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Pr inc íp ios de fluro Atendimen Pré - l io sp i ta lar ao Traumatizado ! 3 7 4 ATENDIMENTO P R É - H O S P I T A L A R AO TRAUMATIZADO No final dos anos de 1960, o médico R. Adams Cowley conceituou a noção de um período de tempo crucial durante o qual seria importante iniciar o tratamento definitivo do traumatizado grave. Em uma entrevista, ele disse: "Há uma 'Hora de Ouro' entre a vida e a morte. Se você estiver gravemente ferido, terá menos de 60 minutos para sobreviver. Você pode não morrer imediatamente: isso pode ocorrer três dias ou duas semanas mais tarde mas ocorreu alguma coisa em seu organismo que é irreparável." Há uma base para este conceito? A resposta é, definitivamente, sim. No entanto, é importante con siderar que nem sempre o paciente tem o privilégio de uma "Hora de Ouro". Um paciente com ferimen to penetrante no coração pode ter apenas poucos minutos para receber o tratamento definitivo antes de o choque causado pela lesão se tornar irreversí vel. No outro extremo, está o doente com hemorra gia interna lenta, secundária a fratura fechada de fêmur. Esse paciente pode ter várias horas para ser reanimado e receber tratamento definitivo. Pelo fato de a "Hora de Ouro" não ser um intervalo de tempo restrito a 60 minutos, e variar de paciente para pa ciente de acordo com as lesões, o termo mais apro priado é "Período de Ouro". Se um traumatizado gra ve puder receber tratamento definitivo, entendido como reanimação e controle da hemorragia, dentro do seu Período de Ouro, as suas chances de sobrevi ver aumentam muito. Nenhuma ocorrência, cena ou paciente são iguais. Em cacla caso é necessário que a equipe tenha flexibi lidade para agir e reagir às situações de acordo com a sua apresentação. O atendimento préhospitalar do traumatizado deve refletir estas contingências. O ob jetivo, no entanto, é sempre o mesmo: chegar até a vítima, identificar e tratar as lesões com risco de vida, imobilizála e transportála para o hospital apropria do mais próximo, no menor tempo possível. Na sua maioria, as técnicas e os princípios discutidos não são novos e muitos deles são ensinados em progra mas iniciais de formação de socorrista. Este texto é diferente em vários aspectos. Ele apresenta: 1. Práticas de atendimento ao traumatizado, basea das em evidências atualizadas. 2. Uma abordagem sistematizada para o estabeleci mento de prioridades no atendimento ao trauma tizado com lesão em vários sistemas. 3. Um esquema de organização das intervenções. O programa do Atendimento PréHospitalar ao Traumatizado (PHTLS) ensina que o socorrista só pode tomar decisões corretas que levem a bons resul tados se tiver uma base de conhecimentos sólidos. O fundamento do PHTLS é que o atendimento ao paci ente deve ser baseado na avaliação e não em protoco los. E por essa razão que neste curso são apresenta dos em detalhe alguns aspectos médicos. Este capí tulo discute os aspectos fundamentais do atendimento préhospitalar ao traumatizado e "organiza todo o conjunto". Por que morre o traumatizado Como discutido no Capítulo 6, os processos metabóli cos do corpo humano necessitam de energia, como qualquer outra máquina. Exatamente como as máqui nas, o corpo humano gera sua própria energia, mas precisa de combustível para isso. O combustível dp nosso corpo é o oxigênio e a ghçose. O organismo humano pode armazenar glicose na forma de carboi dratos complexos (glicogênio) e de gordura, para uti lizar mais tarde. No entanto, o oxigênio não pode ser estocâdfJ. Ele precisa ser constantemente fomecido às células do organismo. O ar atmosférico. que contém oxÍ£ênio^chega aos pulmões peia_ação do diafragma_e dos músculos intercostais. O oxigênio difundese,_en tão, através das paredes dos._a]véolos e dos capilares até__o_ sangue, onde_se liga à hemoglobina das hemá cias, sendo transportado para_os tecidos pelo sistema circulalório. Na presença de oxigênio, as células "quei mam" glicose através de uma série complexa de pro cessos metabólicos (glicólise, ciclo de Krebs e trans porte de elétrons) para produzir a energia necessária para todas as funções do organismo. Essa energia é ar mazenada como trifosfato de adenosina (ATP). Sem energia suficiente (ATP), cessam as atividades meta bólicas essenciais e os órgãos começam a entrar em falência. O choque pode ser visto como uma falência na produção de energia pelo organismo. A sensibilida de das células à falta de oxigênio varia de um órgão para outro. As células de um órgão podem estar irre versivelmente lesadas mas continuar a funcionar por um certo período de tempo. Foi a esta morte celular tardia, que leva à falència orgânica, que o Dr. Cowley se referiu na citação do parágrafo de abertura. No Ca pítulo 6 é apresentada uma discussão das complica ções do choque prolongado. A condição descrita pelo Dr. Cowley o choque - leva à morte se o paciente não for prontamente tratado. A definição do Dr. Cowley inclui o transporte do pa ciente para o centro cirúrgico, para controle de hemor ragia interna. O Comitê de Trauma do Colégio Ameri cano de Cirurgiões tem usado o conceito da Hora de Ouro para enfatizar a importância de transportar o pa ciente para um hospital onde haja disponibilidade ime diata de atendimento especializado ao traumatizado. CAPÍTULO 15 Princípios de Ouro do Atendimento P ré -hosp i ta la r ao Traumat izado 375 Quando o coração é privado de oxigênio, as células do mio- cárdio não podem produzir energia suficiente para bombear sangue para os outros tecidos. Considere um paciente que tenha perdido uma quantidade significativa de hemácias e de volume sangüíneo por ferimento por arma de fogo na aor- ta. 0 coração continua a bater por vários minutos antes de entrar em falência. Mesmo que se volte a encher o sistema vascular depois de o coração ter ficado sem oxigenação por vários minutos, não se consegue restaurar a função das célu- las cardíacas lesadas. Este processo é chamado choque irre- versível. Especificamente em relação ao coração falamos em atividade elétrica sem pulso (AESP). As células ainda conser- vam alguma função, mas ela não é suficiente para bombear sangue para as células do organismo. 0 paciente tem ainda atividade eletrocardiográfica com ritmo, mas não tem força contrátil suficiente para impulsionar sangue do coração para o resto doorganismo. Um outro exemplo do mesmo processo, mas com resultado final não tão grave, é a insuficiência cardíaca congestiva. Muitas células do coração podem ter sido lesadas pela isque- mia secundária à doença coronariana, mas outras não. A le- são não é completa, por isso há células funcionantes sufi- cientes para que o processo de bombeamento continue. Embora a isquemia, como ocorre no choque grave, possa lesar praticamentetodos os tecidos, a lesão não se manifesta em todos os órgãos ao mesmo tempo. Nos pulmões, a Síndrome da Angústia Respiratório Aguda (SARA) desenvolve-se freqüen- temente dentro de 48 horas após o ataque isquêmico, enquan- to que a insuficiência renal aguda e a falência hepática ocorrem em geral vários dias mais tarde. Embora todos os tecidos do organismo sejam afetados pela oxigenação insuficiente, alguns tecidos são mais sensíveis à isquemia. Porexemplo, um pacienteque tenha sofrido uma lesão cerebral traumática pode desenvolver edema cerebral que leva a lesão cerebral perma- nente. Embora as células cerebrais parem de funcionar e mor- j ram, o restante do organismo pode sobreviver por anos. O Período de Ouro representa um intervalo de tem po no qual o choque, embora esleja piorando, é quase sempre reversível se o paciente receber atendimento adequado. Se não forem iniciadas as intervenções apro priadas para melhorar a oxigenação e controlar a he morragia, o choque evolui e tornase irreversível. Para que o traumatizado tenha a melhor chance de sobrevi ver, o tratamento deve ser iniciado no local pelos so corristas e continuar no prontosocorro, no centro ci rúrgico e na unidade de terapia intensiva. O trauma é um "jogo de equipe". Os pacientes "vencem" quando todos os membros cla equipe de trauma ciesde os que atuam no local até os do centro de trauma trabalham juntos para cuidar de cada paciente. Princípios de Ouro do Atendimento Pré-hospitalar ao Traumatizado Os capítulos anteriores discutem a avaliação e o tra tamento de pacientes com lesões de sistemas orgâni cos especííicos. Apesar de este livro apresentar os sis temas orgânicos separadamente, a maior pane dos pacientes traumatizacios graves tem lesões em mais de um sistema. Por isso falamos em paciente com trau ma muitissistêmico (ou politraumatizado). O socor rista deve reconhecer e estabelecer as prioridades de tratamento cios pacientes com lesões múltiplas. de uma forma efetiva. Os Princípios de Ouro do Atendi mento Préhospitalar ao Traumatizado são: 1. Garantir a Segurança dos Socorristas e do Paciente. O socorrista deve lembrarse de que a segurança da cena deve ter prioridade máxima.. Isso inclui não ape nas a segurança do paciente, mas também a sua pró pria segurança. Com base nas informações iniciais da ocorrência, podem ser imaginados os possíveis ris cos antes da chegada ao local. Numa colisão de car ros, as ameaças podem ser representadas pelo trânsi to, por materiais perigosos, fogo e queda de linhas elétricas. Ao atender uma vítima baleada, deve lem brarse de que o criminoso ainda pode estar pelo lo cal. Quando há crime violento, o reforço policial deve entrar primeiro e garantir a segurança do local. JUm so^çorris^ crue^e__expõe a riscos desnecessários pode tornarse também uma vítima se isso acontecer, ele não pode rnais atender a vftima original. Exceto em circunstâncias excepcionais, somente quem tem trei namento adequado deve tentar fazer resgates. Outro aspecto fundamental da segurança envolve o uso das precauçõespadrão. Sangue e outros flui dos corporais podem transmitir infecções, como HIV e hepatites por vírus. O equipamento de proteção deve ser usado sempre, especialmente ao cuidar de víti mas de trauma onde pode haver sangue. Também se deve cuidar da segurança do paciente e identificar possíveis situações de risco. Mesmo que se verifique pelo exame primário que um paciente envolvido em colisão automobilística não corre risco de vida, deve fazerse a retirada rápida se forem per cebidos perigos, como risco significativo de incêndio ou se o veículo estiver em posição precária. 2. Avaliar a Situação para Determinar a Necessidade de Solicitar Outros Recursos. A caminho do local e logo à chegada, deve fazerse uma avaliação rápida para determinar a necessidade 376 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR AO TRAUMATIZADO de recursos adicionais ou especiais. Alguns exemplos: mais unidades de Sistema Médico de Emergência para atender o número de pacientes envolvidos, equipamen tos de combate a incêndio, equipes especiais de resga te, pessoal da companhia de eletricidade, helicópteros ou médicos para ajudarem na triagem de um grande número de vítimas. A necessidade destes recursos deve ser antecipada e solicitada o quanlo antes. 3. Reconhecer a Biomecânica Envolvida nas Lesões. O Capítulo 2 apresenta os fundamentos de como a energia pode se transformar em lesão no traumatiza do. Ao aproximarse da cena e do paciente, deve ava liarse a biomecânica da situação. A compreensão dos princípios da biomecãnica leva a melhor avaliação do paciente. O conhecimento de padrões específicos de lesões ajuda a prevêlas e a saber onde procurar. As considerações sobre a biomecânica não devem atra sar o início da avaliação e atendimento do paciente, mas podem ser incluídas na avaliação global da cena e nas perguntas feitas para o paciente e para as teste munhas. A biomecânica pode também exercer um papelchave na escolha do hospital de destino para determinado paciente (ver o Capítulo 14). Os aspec tos mais importantes da biomecânica observados no local também devem ser relatados para os médicos no hospital. 4. Reconhecer as Lesões com Risco de Vida já no Exame Primário. O conceito central do PHTLS é a ênfase no exame primário adotado pelo Suporte Avançado de Vida no Trauma, ATLS, desenvolvido pelo Comitê de Trauma do Colégio Americano de Cirurgiões. Este exame rá pido permite que as funções vitais sejam rapidamen te avaliadas e as condições com risco de vida identifi cadas por meio de avaliação sistemática de Vias aére as, Ventilação, Circulação, Estado neurológico e Ex posição/Controle do Ambiente (Quadro 151). Ao aproximarse da cena e à medida que vai atendendo, o socorrista recebe estímulos de vários sentidos (vi são, audição, olfato e tato) que devem ser organiza dos, colocados em um esquema de prioridades de le sões com risco de vida ou de perda de membros e usados para desenvolver um plano de atendimento adequado. O exame primário envolve a filosofia de "tratar _lo^o__aiu^_^iagm3sticar ,'. Logo que é encontrado al gum problema com risco de vida, é feito imediata mente o tratamento. Apesar de ensinados numa se qüência linear, muitos dos procedimentos do exame primário podem ser realizados simultaneamente.* Durante o transporte. o exame primário deve ser re Quadro 15-1 Traumatizado grave - Tempo no local: lOminutosoumenos : Qualquer uma das condições com risco de vida a seguin Via aérea inadequada ou com risco de obstrução » Comprometimento ventilatório indicado pon Freqüência ventilatória muito alta ou muito baixa Hipóxia (Sa02 < 95%, mesmo com oxigênio suplemen- tar) Dispnéia Pneumotórax aberto ou tórax instável Suspeita de pneumotórax » Hemorragia externa significativa ou suspeita de hemorra- gia interna » Choque, mesmocompensado » Alteração do nível de consciência: Escore < 13 na Escala de Coma de Glasgow Crises convulsivas Deficit motor ou sensitivo » Ferimento penetrante na cabeça, no pescoço, notroncoou nas extremidades, proximal ao cotovelo ou ao joelho ' Amputação ou quase amputação proximal aos dedos ou artelhos » Qualquer trauma na presença de: Antecedentes médicos relevantes (por exemplo, coro- nariopatia, doença pulmonar obstrutiva crônica, distúr- biosdecoagulação) Idade superior a 55 anos Hipotermia Queimaduras Gravidez petido a intervalos regulares de modo que possa ser avaliada a eficácia das intervenções feitas e tratados novos problemas encontrados. Na criança, na gestante e no idoso, devese consi derar que as lesões podem ser mais graves do que apa rentam, ter impacto sistêmico mais significativo e gran de potencialde levar a descompensação rápida. Na grá vida, há pelo menos dois pacientes para atender a mãe e o feto podendo ambos ter sofrido lesões. Os mecanismos compensatórios diferem dos de adultos jovens e podem não revelar anormalidades até que a paciente esteja profundamente compromeüda. O exame primário também fornece os dados para estabelecer as prioridades de atendimento quando há múltiplas vítimas. Por exemplo, num incidente com jiiúlüplas vítimas^as^ciue têm problemas_graves de vias aéreas, ventilação ou perfusão devem ser tra tadas e transportadas antes das que têm apenas alte racãõ^dõnível de consciência. CAPÍTULO 15 P r i n c í p i o s de Ouro do A t e n d i m e n t o P r é - h o s p i t a l a r ao T r a u m a t i z a d o 3 7 7 5. Guidar das Vias Aéreas Maníendo a Coiuna Cervical Estabilizada. A abordagem das vias aéreas é a primeira prioridade no tratamento do traumatizado grave. Ao cuidar das vias aéreas, a cabeça e o pescoço devem ser mantidos alinha dos em posição neutra. As "manobras básicas" de abor dagem das vias aéreas devem ser feitas com facilidade: desobstrução manual das vias aéreas, técnicas manuais de abertura das vias aéreas (tração cla manclíbula no trau mae elevação do mento no trauma), aspiração e utiliza ção da via aérea orofaríngea e nasofaríngea. Para quem tiver treinamento adequado, a intuba ção endotraqueal é a técnica "padrão ouro" para con trole das vias aéreas. A intubação traqueal deve ser considerada para todos os traumatizados incapazes de manter suas vias aéreas pérvias, incluindo os que tive rem escore inferior ou igual a 8 na Escala de Coma de Glasgow, os que precisarem de altas concentrações de oxigênio para manter saturação arterial (SaO,) acima de 95% e os que necessitarem de ventilação assistida devido a diminuição da freqüência ventilatória ou do volume por minuto. A intubação também deve ser con siderada para os pacientes com risco de obstrução de vias aéreas, como os que têm hematoma expansivo no pescoço ou achados compatíveis com queimaduras de vias aéreas ou de pulmão. Após a intubação traqueal, devese confirmar o posicionamento adequado do tubo usando daclos clínicos em combinação com dispositi vos auxiliares, se possível. Toda vez que se deslocar um paciente intubado, a posição do tubo deve sempre ser novamente confirmada. Quando houver indicação de intubação, mas ela não puder ser feita, hã várias opções alternativas (ver Algoritmo de Abordagem das Vias Aéreas, p. 104). Podese tentar ventilar somente com o auxílio das manobras básicas ou com via aérea de duplo lúmen ou máscara laríngea. Se for possível ventilar adequa damente, podese tentar intubar novamente pela téc nica retrógrada ou digital. Se for impossível ventilar, podese usar a opção da ventilação percutânea trans traqueal, com insuflação em jato. A decisão de tentar a intubação envolve a consi deração dos riscos e dos benefícios potenciais de fa zer o procedimento, levando em conta a distãncia até o hospital apropriado mais próximo. Apesar de a in tubação no préhospitalar parecer uma atitude sen sata, não há nenhuma evidência conclusiva de que a intubação traqueal resulte em menor morbidade ou em menores taxas de mortalidade nos pacientes trau matizados. Em algumas circunstâncias, como quando o hospítal apwpriado estiver muíto próximo, a dccísão mais prudente pode ser aplicar as manobras básicas de manutenção das vias aéreas e transportar rapidamente o paciente para o hospital. 6. Providenciar Suporte Ventilatório e Oferecer Oxigênio para Manter SaO- Superior a 95%. A avaliação e o tratamento da ventilação é um outro aspecto fundamental do atendímento ao traumatiza do grave. A íreqiumçia \ eir^r. . :.^\__^:::. ■". ;".: .,du 11o é 12 a 20 incursões por minuto. Freqüências mais baixas muitas vezes interferem significativamente com a capacidade de oxigenar as hemácias que passam pelos capilares pulmonares e de remover o C0 2 pro duzido pelos tecidos. Os pacientes bradipneicos pre cisam de suporte ventilatório, assistido ou total. com balão (bolsavalvamãscara, BVM) conectado a fonte de oxigênio (Fi02 > 0,85). Nos pacientes taquipnéi cos (freqüéncia em adultos > 20 ipm), deve ser esti mada a ventilação/minuto (volume corrente multi plicado pela freqüència ventilatória). Frente a um paciente com redução significativa do volume/minu to (ventilações rápidas e superficiais), as ventilações devem ser assistidas com balão conectado a fonte de oxigênio (FiO, > 0,85). Se disponível, a monitoração do CO, expirado (ETC02) pode ser útil para garantir que o suporte ventilatório esteja adequado. Uma que da súbila no ETCO, pode indicar que o tubo traqueal se deslocou ou ocorreu redução abrupta na perfusão (hipotensão grave ou parada cardiorrespiratória). Deve ser ofereciclo oxigênio suplementar a todo o traumatizado com suspeita ou evidência de situações de risco de_yida. Se disponível, a oximetria de pulso pode ser usada para monitorar a oxigenação e man ter a saturação de hemoglobina (SaO,) superior a 95%. Em caso de clúvida quanto à precisão da leitura do oxímetro de pulso, ou se ele não estiver disponível, pode ser administrado oxigênio por máscara unidi recional aos pacientes em respiração espontânea e por balão conectado à fonte de oxigênio (FiO, > 0,85) aos que precisarem de suporte ventilatório assistido ou total. 7. Controlar Toda a Hemorragia Externa Significativa. No traumatizado, toda a hemorragia externa signi ficativa requer atenção imediata. Lesões_de extremi dades e ferimentos de couro cabeludo, como lacera ções e avulsões parciais, podem levar a perdas _de sangue com risco__de vida. Amaioria das hemorragi as externas é prontamente controlada pela aplica ção de pressão direta no ponto de sangramento, ou, se os recursos forem limitados, por meio de curati vo compressivo feito com gazes e atadura. Se a pres são direta não controlar a hemorragia de uma extre midade, existem outras opções como a elevação (des de que_não fiaja fraturas ou luxações) e a compres são em pontos de pressão (trajetos arteriais). Os tor niquetes só devem ser usados como último recurso para controlar hemorragias exsangüinantes. 3 7 8 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR AO TRAUMATIZADO Frente a um paciente com choque evidente, se cundário a hemorragia externa, as medidas de rea nimação (como administração de líquidos intrave nosos) devem ser evitadas antes do controle ade quado do sangramento. Na presença de sangramen- to externo ativo, as tentativas de reanimação nunca terão sucesso. 8. Tomar as Medidas Iniciais para Tratamento do Choque, Incluindo a Restauração e a Manutenção da Temperatura Normal do Organismo e a Imobilização Adequada das Lesões Músculo-esqueléticas. Ao final do exame primário, o paciente deverá ser exposto com o objetivo de procurar rapidamente ou tras lesões com risco de vida. Uma vez isso concluí do, o paciente deve ser novamente coberto, porque a hipotermia pode ser fatal para o doente traumatizado grave. O paciente em choque já está comprometido por redução acentuada da produção de energia resul tante da perfusão tecidual inadequada. Caso sua tem peratura não seja mantida, poderá ocorrer hipoter mia grave. A hipotermia compromete drasticamente o íuncionamento do sistemade coagulação._0 san gu£~coagula~como rêsultado de uma complexa série de reações enzTmaticas que lêvam à lormação_cfe_uma matrizde iibrina que~aprisiona ^shemácias e inter rompe o sangramemo. Essas enzimas só funcionam em uma faixa de temperatura muito estreita. A queda da temperatura abaixo de 35°C pode contribuir sig nificativamente para o desenvolvimento de coagulo patia (redução da capacidade de formação de coágu lo). Assim, é importante restaurar e manter a tempe ratura corporal por meio do uso de cobertores e con servar o ambiente aquecido dentro da ambulância. Quando ocorre fratura de ossos longos, os mús culos e o tecido conjuntivo ao redor também são ge ralmente lesados. Esse dano tecidual, junto com o sangramento do osso quebrado, pode levar a hemor ragia interna significativa..Essa_pprrla çajigüínea pode variar de 500 mL na fratura de úmejo a t é l a 2 litros rm fraturasimples de fêirmr. A manipulação grosseira de uma extremidade fraturada pode piorar o dano te cidual e agravar o sangramento. Por essa razão, e tam bém para tratar a dor, as fraturas de extremidades devem ser imobilizadas. No traumatizjado grave, não há tempo para imo bilização de cada fratura. Nesse caso, a imobiliza ção do paciente em prancha longa irá manter qua se todas as fraturas em posição anatômica e redu zir a hemorragia interna. A única exceção possível para isso é a fratura da diáfise do fêmur. Devido ao espasmo da forte musculatura da coxa, os múscu los contraemse, causando cavalgamento de uma extremidade óssea sobre a outra e lesando mais os tecidos. O melhor tratamento para esse tipo de fra tura é o uso do tracionador de fêmur, se houver tempo para sua aplicação durante o transporte. Na maioria das vezes, se o exame primário mostrar que não há lesões com risco de vida, toda a extremida de com suspeita de fratura deve ser imobilizada de forma adequada. 9. Considerar o Uso da Calça Pneumática Antichoque nos Pacientes com Choque Descompensado (PAS < 90 mm Hg) e Suspeita de Fratura Pélvica, Hemorragia Intraperitoneal ou Retroperitoneal e nos Pacientes com Hipotensão Grave (PAS < 60 mm Hg). Quando um paciente traumatizado em choque des compensado tiver suspeita de fratura pélvica ou de hemorragia intraperitoneal ou retroperitoneal, a apli cação e a insuflação da calça pneumática antichoque (PASG) pode reduzir ou mesmo tamponar graves san gramentos internos. Os resultados de algumas pes quisas indicam que os traumatizados com hipoten são grave (PAS < 60 mm Hg) também poderiam be neficiarse do uso do PASG. Quando o mecanismo de trauma for significativo, os traumatizados poderão ser rolados em bloco para cima do PASG. Então, se fica rem hipotensos, o dispositivo pode ser insuflado, es pecialmente se o tempo de transporte for prolongado (isto é, > 1520 minutos). O PASG provavelmente não é eficaz quando usado somente para imobilização de fraturas de extremidades inferiores. E contraindica do se houver ferimento penetrante de tórax, evisce ração de órgãos abdominais, gravidez e na parada car diorrespiratória traumática. 10. Manter a Estabilização Manual da Coluna até que o Paciente Esteja Imobilizado em Prancha Longa. Desde o início do contacto com o traumatizado, deve ser feita a estabilização manual da coluna cervical. que deve ser mantida até que (a) o doente esteja imo bilizado em prancha longa ou (b) se determine que não há indicação para imobilização de coluna (ver Algoritmo de Indicações de Imobilização de Coluna. p. 245). A imobilização adequada de coluna implica a imobilização desde a cabeça até a pelve. A imobili zação não deve impedir o pacienle de abrir a boca nem comprometer a ventilação. Nos ferimentos penetrantes, só se faz a imobili zação de coluna se o paciente tiver queixa neuroló gica ou se for observado deficit motor ou sensitivo no exame físico. No trauma fechado, a imobilizaçãc CAPÍTULO 15 P r i n c í p i o s de Ouro do A t e n d i m e n t o P r é - h o s p i t a l a r ao T r a u m a t i z a d o 3 7 9 de coluna está indicada se o paciente tiver alteração do nível de consciência (escore < 15 na Escala de Coma de Glasgow), queixa neurológica, dor à pal pação de coluna, deformidade anatômica ou déficit motor ou sensitivo no exame físico. Se o mecanis mo de trauma for significativo, a imobilização tam bém está indicada se o paciente tiver evidências de intoxicação por álcool ou outras drogas ou lesão grave que desvie a atenção ou for incapaz de se co municar por causa da idade ou por barreira de lin guagem (o paciente só fala outro idioma). 11. Quando se Tratar de Traumatizados Graves, Iniciar o Transporte para o Hospital Apropriado mais Próximo dentro de 10 Minutos após a Chegada ao Local. Numerosos estudos têm demonstrado que o retar do no transporte do traumatizado para o hospital apropriado aumenta a mortalidade. Apesar de os socorristas se terem tornado hábeis e eficientes na intubação traqueal, no suporte ventilatório e na ad ministração de líquidos intravenosos, muitos trau matizados graves têm choque hemorrágico e ne cessitam de duas coisas que não podem spr ofprp cidas jKijiréilTOspitalar sarigue e controle da he mqrragia interna. Por ser o sangue humano um produto perecível, raramente pode ser administra do no préhospitalar. As soluções cristalóides res tauram o volume intravascular, mas não restabele cem a capacidade de transportar oxigênio das he máeias que foram perdidas. Apesar de alguns subs titutos do sangue terem mostrado resultados pro missores em ensaios clínicos iniciais, não existe nenhum aprovado para uso préhospitalar. Da mes ma forma, o controle da hemorragia interna quase sempre requer intervenção cirúrgica de emergên cia que é melhor que seja feita em centro cirúrgi co. Não se consegue reanimar adequadamente um doente na vigência de sangramento interno ativo. Por isso, o objetivo do socorrista deve ser gastar o menos tempo possível no local. A preocupação em gastar o menos tempo possí vel no local não deve ser confundida com a mentali dade do "carregar e correr', segundo a qual não se tenta tratar sequer os problemas principais antes de iniciar o transporte. Em vez disso, o PHTLS advoga uma filosofia de "intervenção limitada no local", com foco na avaliação rápida para identificar as lesões com risco de vida e na execução de intervenções que possam realmente melhorar o prognóstico do doen te. Exemplos: cuidar das vias aéreas e da ventilação, controlar a hemorragia externa e imobilizar a colu na vertebral. Não se deve perder tempo precioso com procedimentos que podem ser realizados a caminho do hospital. Os traumatizados graves (ver Quaclro 151) devem ser transportados dentro de 10 minu tos após a chegada dos socorristas ao local os 10 Minutos de Platina do Período de Ouro. Exceções aceitáveis são as situações que exigem retirada pro longada ou o tempo necessário para garantir a segu rança de local de risco, como no caso de ser neces sário reforço policial para garantir que o criminoso não esteja mais no local. O hospital mais próximo pode não ser o mais apropriado para recebermuitos dos traumatizados. Os doentes que preenchem determinados critérios fisiológicos, anatômicos ou de mecanismo de trau ma beneficiamse de transporte para um centro de trauma uma unidade especializada e com recur sos especiais para tratar de traumatizados (ver Ca pítulo 14). Cada comunidade, por meio de um con senso de cirurgiões, médicos de emergência e so corristas deve decidir para onde esses pacientes traumatizados devem ser transportados. Essas de cisões devem ser incorporadas a protocolos que designam o melhor hospital de destino o hospi tal apropriado mais próximo. Em algumas situações, é melhor evitar hospitais não especializados e le var o traumatizado para o centro de trauma. Mes mo que isso signifique um pequeno aumento no tempo de transporte, o tempo total até o tratamen to definitivo será menor. Idealmente, nos centros urbanos, o traumatizado grave deve chegar a um centro de trauma dentro de 25 a 30 minutos após o trauma. O hospital também deve trabalhar com a mesma eficiência para continuar a reanimaçào e, se necessário, levar o paciente rapidamente para o centro cirúrgico para conlrolar a hemorragia (den tro do Período de Ouro). 12. A Caminho do Hospital, Iniciar a Reposição de Volume com Soluções Aquecidas. O infcio do transporte de um pacienip traiimati7ario_ grave nunca deve ser atrasado para conseguir aces so venoso e repor volume. Apesar de as soluções de cristalóide realmente restaurarem o volume sangüí neo perdido e melhorarem a perfusão, elas não trans portam oxigênio. Além disso, a restauração da pres são arterial normal pode levar a mais sangramento pelos vasos lesados que tenham formado coágulos. Durante o transporte, podem ser inseridos dois ca teteres venosos de grosso calibre e começar a admi nistração de solução cristalóide aquecida (39°C), de preferência Ringer lactato. As soluções administra das devem ser aquecidas, para auxiliar na preven ção de hipotermia. Os pacientes adultos com cho que hemorrágico classes II, III ou iy devem receber um bolo inicial de 1 a 2 litros de solução cristalóide. 3 8 0 ATEND1MENT0 PRÉ-HOSPITALAR AO TRAUMATIZADO A reposição venosa de fluidos é então litulada para manter a pressão arterial média em 60 a 65 mm Hg (pressão arterial sistólica de 80 a 90 mm Hg). Os acessos venosos podem ser obtidos durante a retira da do veículo ou enquanto se aguarda a chegada do helicóptero aeromédico. Essas situações não impli cam atraso no transporte para iniciar a reposição volêmica. Os socorristas de nível básico devem con siderar a possibilidade de chamar uma unidade de suporte avançado (aérea ou terrestre) quando o tem po de transporte for muito longo. 13. Uma Vez Adequadamente Tratadas ou Descartadas as Lesões com Risco de Vida, Obter a Histórica Médica do Doente e Fazer o Exame Secundário. Se o exame primário mostrar situações com risco de vida, devem ser realizadas as intervenções fun damentais e o paciente deve ser preparado para transporte dentro dos 10 Minutos de Platina. Por sua vez, se não houver risco de vida, deve ser feito o exame secundário. O exame secundário é um exame físico sistemático, da cabeça aos pés, que serve para identificar todas as lesões. Deve come çar com uma história AMPLA (A[ergias, Medica mentos, Passado médico, Líquidos e alimentosjn geridos e Ambiejiíe e eventQSj^lacionados ao trau _mjú~ Nos doentes traumatizados graves, o exame secundário é feito apenas se o tempo permitir e de pois de tratar adequadamente as lesões com risco de vida. Em algumas situações, quando o paciente estiver próximo do hospital apropriado, o exame secundário nem chega a sér concluído. Esta abor dagem garante que a atenção dos socorristas se volte para os problemas mais graves os que podem le var à morte se não forem adequadamente tratados e não para as lesões de menor prioridade. O do ente deve ser reavaliado com freqüência, porque pode não ter lesões com risco de vida inicialmen te, mas vir a apresentálas na evolução. 14. Acima de Tudo, Não Causar Mais Dano. O princípio médico que diz "Acima de tudo, não cau sar mais dano" vem desde os remotos tempos do médico grego Hipócrates. Aplicado ao atendimento préhospitalar do traumatizado, este princípio pode tomar muilas formas: o desenvolvimento de uma es tratégia alternativa para abordagem das vias aéreas antes de iniciar a intubação de seqüência rápida, a proteção do paciente contra estilhaços durante a reti rada de veículos danificados ou o controle de hemor ragia externa significativa antes de iniciar a reposi ção volêmica. A experiência recente tem demonstra do que os socorristas podem realizar de maneira se gura muitos dos procedimentos que são feitos em centro de trauma. Contudo, a questão não é "O que é que o socorrista pode fazer pelo traumatizado grave?", mas sim "O que é que o socorrista deve fazer pelo traumatizado grave?". Ao cuidar de um traumatizado grave, o socorrista deve perguntarse se as suas intervenções no local e durante o transporte irão beneficiar o paciente. Se a resposta a essa pergunta for "não" ou "talvez", essas intervenções não devem ser feitas e a ênfase deve ser levar o paciente para o hospital apropriado mais pró ximo. Desde a chegada ao local, as intervenções de vem ser limitadas às que forem fundamentais para evitar ou corrigir a piora fisiológica. Para que o paci ente sobreviva, o atendimento ao traumatizado deve seguir uma ordem de prioridades que determinam um plano de ação eficiente e efetivo. Esse plano deve ser baseado nos limites de tempo disponível e na presen ça de riscos no local. Deve haver integração e coorde nação entre o préhospitalar, o prontosocorro e o centro cirúrgico, no que se refere às intervenções apro priadas e à estabilização do doente. Todo profissio nal, em qualquer nível de atendimento e em qual quer estágio do tratamento, deve estar em harmonia com o restante da equipe. Um estudo, discutido na introdução deste livro, mostrou que os pacientes traumatizados graves que chegaram a um centro de trauma transportados pe los socorristas tiveram pior prognóstico do que os transportados por veículos particulares. Um fator im portante que provavelmente contribuiu para esse au mento da mortalidade foi a ação dos bemintencio nados socorristas que não compreenderam que o trau ma é uma doença cirúrgica - muitos dos traumatiza dos graves precisam de operação imediata para sal var suas vidas. Qualquer coisa que atrase a interven ção cirúrgica leva a mais sangramento, mais choque e, finalmente, morte. E claro que, mesmo com o mais bem planejado e executado plano de reanimação, nem todas as vítimas de trauma podem ser salvas. Contudo, com o foco de atenção voltado para as causas de morte precoce por trauma, uma porcentagem muito maior de pacientes pode sobreviver e a morbidade pode ser mais baixa do que sem o benefício da abordagem correta e imediata no préhospitalar. Está demonstrado que a aplicação dos princípios fundamentais do PHTLS - avaliação rápida. intervenções fundamentais no local e transporte rápido para o hosjpital apropriado mais próximo - melhora o resultado finalnospacientes traumatizados graves. CAPÍTULO 15 P r i n c í p i o s de Ouro do A t e n d i m e n t o P r é - h o s p i t a l a r ao T r a u m a t i z a d o 3 8 1 Resumo Princípios de Ouro do Atendimento Préhospitalar Traumatizado: 1.1 Garantir a segurança dos socorristas e do paciente. 2. Avaliar a situação para determinar a necessidade de solicitar outros recursos. 3l Reconhecer a biomecânica envolvida nas lesões. 4.\ Reconhecer as lesões com risco de vida já no exa I me primário. Cuidar das vias aéreas mantendo coluna cervical estabilizada. Providenciar suporte ventilatório e oferecer oxi gênio para manter Sa02 superior a 95%. Controlar toda a hemorragia externa significativa. Tramar as medidas iniciais para tratamento do cho que, incluindo a restauração e manutenção da tem peratura corporal normal e a imobilização adequa da das lesões músculoesqueléticas. Considerar o uso da calça pneumática anticho que (PASG) nos pacientes com choque descom pensado (PAS < 90 mm Hg) e suspeita de fratura pélvica ou hemorragia intraperitoneal ou retrope ritoneal e em pacientes com hipotensâo grave (PAS < 60 mm Hg). Manter a estabilização manual da coluna até que o paciente esteja imobilizado em prancha longa. Quando se tratar traumatizados graves, iniciar o transporte para o hospital apropriado mais próxi mo dentro de 10 minutos após a chegada ao local. A caminho do hospital, iniciar a reposição de vo lume com soluções aquecidas. Uma vez adequadamente tratadas ou descartadas as lesões com risco de vida, obter história de mé dico do doente e fazer o exame secundário. Acima de tudo, não causar mais dano. Evento traumático } Avaliação da cena Exame primário Vias aéreas/estabilização de coluna Ventilação Circulação Estado neurológico Exposição/controle do ambiente Tratar conforme a necessidade Lesões em vários sistemas ou com risco de vida SIM NAO Imobilização de coluna, se indicada Exame secundário A história é AMPLA Iniciar o transporte rápido (hospital apropriado mais próximo) Reavaliar o exame primário Tratar as lesões, se for o caso Reavaliar o exame primário Exame secundário, se apropriado Iniciar o transporte Intervenções a caminho do hospital e reavaliação contínua
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