Buscar

Teoria e Historia do Direito 1 SEMESTRE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Teoria e Historia do Direito 
Introdução à perspectiva do direito na Historia 
Noções dos direitos egípcio e babilônico 
• noções dos direitos egípcios:
Direito = Vontade do soberano. O Faraó ditava as leis que lhes 
eram reveladas pelos Deuses 
Leis = Deus Thot. Era o Deus responsável por revelar as leis ao 
Faraó 
Juizes = Os sacerdotes eram responsáveis por por julgar os réis 
Penas Severas = As Leis tinham um cunho moral e as penas 
aplicadas eram severas e de acordo com o crime cometido. Por ter 
um lado religioso, os egípcios não aceitavam que um homem 
tirasse a vida de outro, portanto os crimes de homicídio, parricídio 
e infanticídio eram punidos com a morte. Os casos de perjúrio 
( Falso testemunho) o que mentisse perante ao juri era condenado 
do mesmo modo que o réu que esperava a sentença. O aborto era 
condenado com humilhação em praça publica 
• noções dos direitos babilônicos:
 Código de Hamurabi (1750 a.C) 282 artigos (sendo que não existe 
o artigo 13, portante são 281 artigos) 
Codigo severo, com mistura de temas, sem separação entre civil, 
penal e etc. 
Sistema judiciario muito desenvolvido para a época. Por ser um 
povo que vivia do comércio foi preciso criar um conjunto de leis 
para reger as transações comerciais, dai a criação do código de 
amurai, um conjunto de leis com ênfase do mundo profano, no 
direito privado, especialmente contratos, operações de credito, 
compra e venda. 
Destaque ao poder paterno, o pai tinha total poder sobre seus 
filhos, podendo vende-los e matar. 
Já a mulher, era inferiorizada diante do homem, mas em alguns 
casos, se o homem viesse a falecer a viuva poderia assumir a 
administração dos negócios familiares. 
Talião “Olho por olho, dente por dente” Lei característica da época, 
mostrava equivalência na sociedade, mas isso só funcionava entre 
as classes. 
Grécia
Até o século V as Grécia era dominada pela tradição (mitos e 
historias) e pela oralidade, onde os mais ricos achavam que 
escrever era uma perda de tempo, tendo escravos para faze-lo. 
Disto nasce o Teatro grego, onde a fala é mais importante do que a 
escrita. 
A partir do século V (o chamado século de Pericles), Grécia passa 
por um grande desenvolvimento econômico e politico. Surge a 
democracia direta, onde os cidadãos (homem, livre com mais de 
18 anos) se reunião em assembleias nas praças publicas e 
discutiam sobre a política. 
Alem disso, surge uma classe social, os sofistas, que cobravam 
para ensinar aquilo que qualquer um deveria saber (conhecer as 
regras do bem viver em sociedade e participar das assembleias 
expressando seu ponto de vista). Estes sofistas ensinavam os 
homens a falar bem, a “mentir"para ganhar o apoio dos outros, se 
isso fosse preciso. 
Como foi dito, o homem grego não se importava com a escrita, 
portanto suas leis eram, em sua maioria, passadas oralmente e 
tinham grande influencia dos costumes da época. 
Os crimes eram julgados em assembleias. Existiam 2 tipos de 
assembleias:
- Areópago: Julgava os acusados de subverter a Constituição. 
Julgava crimes públicos (Sócrates foi julgado no areópago e 
condenado a morte). 
- Heliastas: Assembleia composta por mais ou menos 500 homens 
que julgava crimes comuns como roubo
Estas assembleias para julgar os crimes eram formada por homens 
leigos, portanto o discurso era muito importante. Surge a disputa 
entre o “discurso belo”( feito para emocionar, comover) e o 
“discurso verdadeiro”(baseado nos fatos). 
O processo de julgamentos:
Considerava-se moralmente indigno receber dinheiro para defesa. 
Assim, os redatores de discursos (logógrafos) mantinham-se 
oficialmente ocultos. Julgava-se que quem precisava pagar não 
tinha uma boa causa. A ideia era a de que qualquer cidadão 
pudesse apresentar-se perante os tribunais, juizes e arbitrários 
para defender seus interesses e pontos de vista. 
As provas nos tribunais populares podiam fazer-se por escrito. Nos 
arbitrais, eram informais (falta de documentos escritos). Os juízes 
podiam testemunhar sobre os próprios fatos, quando deles 
tivessem conhecimento. Sua decisão não precisava confinar-se as 
provas trazidas pelas partes, pois sabendo das coisas que haviam 
ocorrido julgavam segundo sua consciência. As testemunhas ou 
partes poderiam depor por escrito ou pessoalmente. Os 
depoimentos dos escravos deveriam ser precedidos por tortura 
(pois estes podiam mentira tanto para beneficiar seus donos como 
para se vingar dele). Além disso, os juizes também poderiam 
testemunhar.
As penas eram, muitas vezes, desproporcionais aos crimes. As 
penas eram em geral castigos, multas, feridas, mutilações, morte e 
exílio. A pena de morte guardava um caráter ritual e sagrado. 
Ostracismo era a retirada dos direitos políticos de um cidadão 
grego. 
Roma 
Historia 
753 a.C: Surgimento de Roma, mito/história de Romulo e Remo. 
Roma era uma Monarquia. A sociedade da época era formada por 
pequenas aldeias, nestas aldeias a família era submissa ao poder 
do pai, este representava a autoridade suprema, podendo ate 
vender e matar seus filhos. O Rei era um homem de fora dessa 
vila, escolhido pelos Deuses. 
O perfil dominante no processo civil deste período foi o legis 
actiones (ações da lei).
 O Direito nesta época estava ligado à religião, sendo o pontifício a 
figura central do judiciário. Foi um período solene e performático 
(falar é fazer), sistema cobre e balança ( figura do martelo nos 
tribunais, sistema onde o que você diz é o que deve ser feito)
509 a.C: Com o fim da monarquia surge a Republica, onde o 
governo é dividido em magistraturas (cargos eletivos para funções 
determinadas e sempre pelo prazo de um ano). As mais 
importantes são: 
- Cônsules: função executiva (2 para manter a integridade)
- Pretor : participava do poder geral de mando. Encarregados de 
administrar a justiça.Detinham os poderes considerados civis de 
coercitio (disciplina) e iurisdictio (dizer o direito). Existia dois tipos 
de pretor:
 • Pretor urbano: Cuidava de questões que envolviam apenas 
romanos, pois o direito civil romano defendia apenas aos romanos 
(Ius Civile)
 •Pretor peregrino: responsável por resolver casos que 
envolvessem estrangeiros (Ius Gentium)
*Estes dois direitos só iriam se unir em 212 com o decreto de 
caracala
- Questor: recolhimento de impostos 
- Censor: contagem da população 
As Assembleias tinham função legislativa. Na Republica, havia 
basicamente 3:
- Comitia Centuriata: assembleia por centurias, de origem militar
- Comitia Tributa: assembléia por tribos, distritos 
- Concilium plebis: formado pela plebe
As decisões das duas primeiras podiam transformar-se em lex, as 
da ultima em princípio obrigava apenas a plebe e eram conhecidas 
como plebes scita.
27 a.C - 284 d.C : Império Romano: Caio Otavio toma o poder e 
começa a expandir o Império. É o chamado Alto Império. A 
assembleia e os cônsules deixam de existir, o Imperador passa a 
controlar as funções desses dois órgãos. O senado passa a 
exercer função legislativa. 
Imperadores importantes desse período: Marco Aurelio 
(estoicismo), Adriano (edito perpetuo) e Diocleciano (dividiu o 
império em 4)
17a.C: Lex Iulia - Processo formular (período onde o pretor cria leis 
sem parar)
personagem principal: pretor urbano e o peregrino que remetiam o 
julgamento a um juiz (index) ou arbitrário privado 
O pretor, ao assumir o poder, cria um edito, que eram as leis que 
valeriam durante o seu mandato. Com o imperador Adriano cria o 
Edito Perpetuo os editos passam a ser perpétuos, de certa forma, a 
atuação do pretor fica “engessada”, levando ao fim do Processo 
Formular. 
•Fases do processo:
- In iure: ocorre perante o pretor. Sua tarefa era organizar a 
controvérsia, transformando o conflito real em um conflito judicial. 
É uma tarefa exclusivamente privada, o queixoso deverialevar o 
réu perante o pretor. Era um sinal de estilo, honra e status social 
conseguir levar o réu. 
- in iudicium: a controvérsia desenvolve-se então perante um juiz 
(index) ou arbitrário (cidadão particular escolhido através do 
álbum). Como Iudex era escolhido pelas duas partes da 
controvérsia, a decisão dele tinha que ser aceita pelas partes. O 
índex não poderia ter nenhum envolvimento com nenhuma das 
partes. 
212: Decreto de caracala - Imperador Diocleciano concede a 
cidadania a todos os estrangeiros 
313: Constantino se torna o imperador
- converte-se ao cristianismo
- torna o cristianismo como religião oficial do império 
330: Constantino funda a cidade de Nova Roma (futura 
constantinopla), como forma de tentar proteger um pouco da 
cultura romana pois Roma estava sendo atacada a todo momento 
por povos bárbaros
395: O Imperador Teodósio assume e divide o Império em Império 
Romano do Ocidente ( capita: Roma) e Império Romano do Oriente 
(Capital: Constantinopla - antiga “Nova Roma”)
476: Queda do Imperio romano do ocidente
Legislação Romana
O Imperador Adriano cria o Edito perpetuo, pondo fim ao processo 
formular e podendo agora interferir nos processos.
Cognitio Extra Ordinem: Imperador começa a revisar alguns casos, 
era como uma apelação. O imperador é um extra no processo (que 
ainda era o formular, período de transição ). Começa a aparecer 
muitos casos, sendo necessária a nomeação de auxiliares para 
ajudar o Imperador. A Atuação do Imperador cresce tanto que o 
papel do pretor tornasse desnecessário. Surge um tribunal, onde o 
judiciário fica centralizado. 
Edito: Lei geral 
Decreto: Jurisprudencia (o que o imperador decide é lei e os juizes 
devem seguir. É uma sentença judicial)
Rescritos: Respostas às consultas feitas ao imperador. 
Instruções: ordens administrativas. 
*Juris consulto: Cidadão que domina o direito e auxilia o imperador 
no processo de decidir (podia ser até um ex-pretor).
527: Sobe ao poder Justiniano e cria uma comissão de juristas com 
o objetivo de resgatar todo o direito romano, desde o inicio. Como 
na maior parte da historia da historia de Roma, as leis eram 
faladas, com pouca coisa escrita não tinha muitas coisas para 
serem juntadas, além disso, as constantes invasões que Roma 
estava sofrendo levou a perda de alguns documentos. 
Para isso, Justiniano e sua comissão reuniram e dividiram em:
- Codex: Reunião de legislações dos antigos imperadores 
- Digesto: Reunião de jurisprudências, ou seja, das leis dos 
pretores
- Institutos: Manual do direito, conceituando-o 
- Novelas: Leis que o próprio Justiniano criou 
Essa junção de todas as leis e normas de Roma Ficou conhecido 
como Corpus Júris Civilis e influencia o direito até os dias de hoje. 
Direito dos povos germânicos 
Século V - X (Alta idade media) 
Os povos germânicos, ou barbaros (como os romanos o 
chamavam pois não eram romanos) eram formados por 3 povos 
distintos: 
- Francos 
- Visigodos
- Ostrogodos 
Eram povos nômades. 
 O império romano, para se manter, fez acordos com os 
germânicos para que ajudassem a proteger as fronteiras do império 
de ataques vindos da Asia e do norte de Europa. Como os romanos 
não cumpriram esses acordos os bárbaros começaram a invadir o 
território romano. Com medo dessas invasões os povos que viviam 
nas cidades acabam fugindo e se abrigando nos campos, em 
territórios defendidos por grandes cavaleiros (inicio do feudalismo). 
Por serem nômades, os povos germânicos pouco desenvolveram 
legislações escritas, sendo sua maioria falada e baseada no 
costume. Além disso, por serem nômades, a lei não era baseada 
no Ius Loci (lei do local) e sim Ius Sanguines (lei do sangue). Ou 
seja, o que importa não é se você nasceu no local, mas sim se 
você tem o sangue. Esse aspecto influencia ate os dias de hoje, 
um grande exemplo é a dupla cidadania.
Legislação dos visigosdos: 
- 476: *Código de Eurico (influencia romana)
- 654: *Código de Alarico (reforma do codio de Eurico) 
Legislação dos Francos:
- Lei salica* 
- Reformada em 800
*Institutos jurídicos: termo generico para dizer que determinada 
situação, medida, condição ou fato é algo que é tão especial, para 
a vida em sociedade que deve ser tratado como um “instituto 
jurídico que merece um tratamento diferenciado. Por exemplo o 
casamento, a posse, a falência e domicilio.
• Casamento: O casamento dos povos germânicos era feito de 2 
formas: 
- Venda: Ou seja, a familia arranjava o casamento, a moça era 
entregue à família do marido. Existia uma festa, a Confareatia, 
uma festa de cunho religiosa para comemorar o casamento. 
- Rapto: Os dois jovens fugiam por uns 3 dias, onde consumavam 
o casamento. 
Uma característica peculiar dos germânicos é que já existia uma 
ideia de divorcio, que era permitido, no inicio, a moça poderia ser 
devolvida para a família caso a família do marido não a aprovasse. 
Com o passar do tempo, o repudio só era permitido se a mulher 
cometesse adultério ou fosse infértil. 
Alem disso, os casamentos deveriam ser monogamiaco, com 
algumas exceções com nobres com mais de uma mulher.
• Propriedade: 
- Privada: Se restringia a bens moveis (utensilios domésticos e 
agrários). Isso ocorria pois não mantinham um lugar fixo. 
- Bens imóveis: Divididos em 
 - Terras salinas ou aviáticas: Terras sagradas, que não podiam 
ser vendidas nem trocadas. Eram sagradas pois foram as terras 
que os romanos não mexeram, onde os antepassados viveram
 - Terras adquiridas: Eram as terras que foram invadidas pelos 
romanos e que após a queda de Roma voltou a ser propriedade 
dos germânicos. se divide em dois tipos de meios de consegui-las:
 • Adquiridas: podiam ser comercializadas
 • Beneficium: terra doada pelo rei a um nobre ou cavaleiro leal. 
Era passada aos herdeiros desse nobre. ou seja tinha caráter 
eterno. 
*Enfiteuse: Sistema onde o proprietario tem o domínio da terra mas 
passa para alguém o direito de utilizar a terra para produzir. 
Esse sistema, hoje em dia, virou o direito de superfície, um 
exemplo disso é o allianz parque.
 
Sistema Penal 
O sistema penal dos povos germânicos é um sistema de ordalias, 
ou seja, desafios que o réu deveria passar para provar sua 
inocência. Um dos desafios era que o réu tinha que andar em 
brasas sem queimar o pé, se o pé fosse queimado ele era culpado, 
caso não ele era considerado inocente. 
Direito Canônico 
Século IV - Roma
Constantino faz com que a religião oficial do império vire o 
cristianismo. Com isso a Igreja passa ter controles e depois de 
algum tempo, quando está ja esta bem sedimentada, os padres 
desejam que os cristãos sejam julgados com clemência e 
misericórdia, já que estes viveram toda sua vida sendo 
misericordiosos e clementes. Surge então o Tribunal eclesiástico, 
que julgavam os cristãos. Em um dado momento os tribunais 
eclesiásticos ganham tantos réus que passam a ter um poder 
equiparado com os tribunais normais, até ganhando mais força em 
um momento. 
• Abadia de Cluny: primeira reforma a superar o localismo e a 
autarquização feudal da vida. Propôs a Paz de Deus, a Trégua de 
Deus (periodos onde era proibido ter guerras)
• Reforma Gregoriana
Gregorio propôs a Dictatus Papae, que continha 27 regras. Antes 
de Gregorio a jurisdição religiosa não se destacava claramente dos 
sacramentos. Sacramentos e leis eram uma só e mesma coisa. As 
leis canônicas não se distinguiam bem de liturgia e teologia. A lei 
era uma espécie de disciplina, eram muito vagas. Portanto, a 
tradição era mais pluralista e também mais sujeita a influencia 
politico. Gregorio VII propõe-se libertar a Igreja do poder secular. 
Gregorio VII foi eleito papa em 1073, começa a valorizar do poder 
da igreja sobre o Estado e começa sua luta contra à simonia 
(venda de coisas sagradas, principalmente cargos e ordenações 
clericais), ao nicolaísmo(casamento dos clérigos), e aos Benefícios 
(é um instituto tipico das relações interpessoais feudais, onde o 
suserano doava um pedaço de terra a um vassalo fiel. O mesmo 
ocorria com bispo que fossem leais ao senhor feudal/imperador. A 
Investidura era a cerimonia na qual o bispo recebia do imperador 
as insígnias do cargo mediante as palavras "accipe 
ecclesium” (receba esta igreja!). Dai a origem da querela das 
investiduras. A guerra das investiduras leva a Concordata de 
Worms onde o papa investiria os bispos, mas o imperador teria o 
direito de estar presente nas suas eleições. 
Além disso, estimulou o estudo do direito para dar-lhe um 
fundamento de autoridade.
Da concepção de Igreja de Gregorio começou a nascer o Estado: 
uma burocracia, um poder de criar legislação, uma ambição de 
universalidade. 
A finalidade de Gregorio foi o estabelecimento de um poder 
disciplinar em suas mãos, um controle central de uma população 
dispersa, o estabelecimento de uma identidade corporativa do clero 
com um certo corpo de leis disciplinares 
 • Corpus Iuris Canonici 
*1140: Decreto de Graciano - Concebia ao Direito como um corpo 
vivo, vivido pela tradição e com um futuro, diferente dos juristas 
civilistas ( estudiosos do direito romano justinianeu) que viam no 
texto de Justiniano um texto acabado. Empregou o método 
escolástico “em caso de contradição, seria preciso fazer uma 
distinção”, sendo capaz de organizar, hierarquizar e expressar os 
princípios pelos quais se eliminaram as antinomias dos cânones. 
Fazia a concordancia usando 4 criterios:
 - Ratione significations: antes de tudo o interprete deve procurar o 
significado das palavras
 - Ratione Loci: as leis locais tem preferencias às leis gerais
 - Ratione Temporis: uma lei posterior vale mais do que uma lei 
anterior 
 - Ratione Dispensations: especialidade
Tais criterios foram sendo universalizados e entraram a fazer parte 
da tradição jurídica ocidental quase que com a mesma formulação 
dada por Graciano. 
O Decreto era dividido em 3 partes: na primeira havia 101 
distinções (principios e definições), a segunda tinha 36 causas 
(hipoteses aplicativas e casos), a terceira continha 5 questões 
(problemas). Tornou-se um texto de estudo básico para o direito 
canônico. 
*Decretais: eram vereditos ou decisões de casos concretos ou de 
consultas que se tornavam normas gerais.
*Tribunal da inquisição: tribunal extraordinario, diretamente ligado à 
Sé de Roma, centralizando o poder de julgar em matéria de 
heresias. Porque escapava da jurídica ordinária e porque dispunha 
de regras processuais próprias, a Inquisição constituiu um tribunal 
de exceção.
• Processo: introduziu o escrito, as fases processuais são 
organizadas com clareza, surge a figura do advogado. A 
formalização é possível como oposição ao sistema irracional das 
provas e, especialmete, com a centralização monárquica da 
Igreja que esta em andamento. Quanto as provas a novidade é a 
investigação deve conduzir ao convencimento do juiz; diferente 
do direito medieval, o processo canônico tenta abolir as provas 
irracionais, ressalvando-se, claro, a Inquisição. Antes da 
racionalização canônica das provas existiam as ordalias, ou seja, 
literalmente “provas de fogo” que o acusado tinha de passar para 
provar sua inocência. 
• Processo Inquisitorial: Já era conhecido dos ingleses (Doomsday 
book) e dos portugueses (inquirições). No direito canônico, surge 
o tribunal da inquisição com o objetivo de julgar hereges. O 
processo se dava por inquéritos, ou seja, perguntas que eram 
respondidas pelo réu, o próprio juiz tem a iniciativa oficial, por 
uma ordem do papa. O réu podia passar por torturas caso não 
confessasse, era praticamente uma ordalia pois as torturas era 
“provas de fogo”. Existia o personagem do inquisidor/invetigador, 
que perguntava e investigava. Para que alguém fosse acusado 
era necessário que houvesse 2 testemunhas e o réu tinha direito 
a um advogado de defesa. 
Common Law
Sistema desenvolvido pelas cortes reais contra os costumes locais 
que não conseguem impor-se em todo o reino, não conseguem ser 
o direito comum de todo o reino. Com as invasões Normandia, que 
tinham um "feudalismo centralizado”, o rei passa a ter total poder 
sobre todas as terras, podendo interferir em disputas locais, 
mandando seus juizes ou ouvindo os casos na King's Courts e 
King’s Bench. 
No reinado de Henrique II o sistema se estabiliza. Neste sistema o 
súdito pedia ao rei uma proteção ou que determinasse a questão 
junto à curia regis (corte), o rei então emitia um writt (breve) e 
enviava ao sheriff locas. OS writts tornaram-se formulas prontas e 
típicas que eram concedidas desde que pedido e pagos 
adequadamente. 
Com o tempo a corte do rei se especializou em seções:
- Saccarium ou Court of Exchequer: questões de rendas e tributos 
- Cour of common pleas: questões comuns de terra 
- King’s Bench: crimes contra a paz do rei
Em 1085, para controlar seus dominios, Guilherme manda fazer um 
inquérito geral sobre as terras e publica o resultado no Doomsday 
Book (livro do juiz final) (legitimidade das posses seria aferida pelo 
registro que o rei mandara fazer) 
O primeiro writt que se tornou comum no direito inglês foi o writt of 
novel dissesin (desapossamento novo ou recente). Surge então o 
juri através de uma ordem de reunir homens do local, que 
conhecessem o fato e jurassem dizer a verdade. O juiz enviado 
pelo rei presidia a esse juri (testemunhas em principio). 
Com o tempo foram surgindo novos writs e começaram a ser 
expedidos pela corte de modo formal e burocrático (de curso, ou of 
course). 
Os donos de terra começaram a se cansar dessa interferência 
continua do rei em assuntos locais, então criaram a magna carta, 
que limitava o poder do rei e impedia a cetralização. Um dos 
pontos deste acordo foi que os breves (writt) do rei só seriam 
emitidos quando houvesse um costume anterior bem estabelecido, 
isto é, que já houvesse precedente ou caso semelhante definidos. 
Em 1290, surge o yearbook, livro com todos os casos do ano, que 
seriam a base para casos similares.
Após algum tempo, a jurisdição real voltou a ter espaço quando o 
rei passou a ouvir casos que não tinham precedentes mas 
requeriam alguma solução de justiça. o assunto era então remetido 
ao lorde chanceler e era proposta uma solução de equidade (in 
equity. Portanto, o common law tratava de assuntos como ordens 
de restituição, devolução de coisas ou semelhantes, se o assunto 
exigia outra forma de ordem tornava-se um tema de equidade. 
Assim, surgem sistemas de regras e tribunais separados, as cortes 
de equidade (equity courts)
Common Law é um termo utilizado nas ciências jurídicas para se 
referir a um sistema de Direito cuja aplicação de normas e regras 
não estão escritas, mas sancionadas pelo costume ou pela 
jurisprudência. Tal forma de Direito tem origem na concepção do 
direito medieval inglês que, ao ser ministrado pelos tribunais do 
reino, refletia os costumes comuns dos que nele viviam. Este 
sistema legal vigora no Reino Unido e em boa parte dos países que 
foram colonizados por este país.
Uma das principais características do Common Law é de que as 
questões devem ser resolvidas tomando-se como base sentenças 
judiciais anteriores, ao contrário de preceitos legais fixados 
antecipadamente, como ocorre no sistema romano-germânico, 
utilizado por vários outros países, entre eles o Brasil. A reunião de 
sentenças judiciais sobre várias situações semelhantes permite 
extrair regras gerais que geram precedentes e que se convertem 
em orientações para o julgamento futuro dos juízes, em casos 
análogos.
O Common Law representa a lei dos tribunais, como expresso em 
decisões judiciais. Além do sistema de precedentes judiciais, outras 
características do direito comum são julgamento por júri e da 
doutrina da supremacia da lei.
Dentrodo sistema Common Law, as disputas são resolvidas 
através de uma troca de contraditório de argumentos e provas. 
Ambas as partes apresentam seus casos perante um elemento 
julgador neutro, seja um juiz ou um júri. Este juiz ou júri avalia a 
evidência, aplica a lei adequada aos fatos, e elabora uma sentença 
em favor de uma das partes. Após a decisão, qualquer das partes 
pode recorrer da decisão a um tribunal superior. Tribunais de 
apelação neste sistema jurídico podem rever sentenças apenas de 
direito, e não determinações de fato.
Sob a Common Law, todos os cidadãos, incluindo os funcionários 
de mais alto escalão do governo, estão sujeitos ao mesmo conjunto 
de leis, e o exercício do poder do governo é limitado a essas leis. O 
Poder Judiciário pode rever a legislação, mas apenas para 
determinar se ele está de acordo com normas constitucionais.
Todo o Canadá, exceto por Quebec e todos os Estados Unidos 
exceto pela Louisiana seguem este sistema jurídico. Nos EUA, os 
estatutos estaduais geralmente prevêem
As diferenças entre o civil law w common law:
Tem as mesmas bases (direito romano), mas após a revolução 
francesa a europa continental mergulhou em um estado legislativo, 
Rousseau pregava a separação dos poderes, em executivo, 
legislativo e judiciário. O poder legislativo era formado pelos 
representantes do povo e tem supremacia, ou seja, a lei tem 
supremacia, substituindo então o costume pela lei. Como ainda não 
havia um código, apenas a reunião de decisões judiciais que 
vinham desde o império romano, Napoleão bonaparte pegou todos 
esses códigos de decisões e transformaram em um grande código 
legislativo (Código de Napoleão).
Enquanto isso, os ingleses se mantiveram “fieis” a suas origens 
romanas e consideravam os costumes e os precedentes como 
fontes do direito.
No common law, se algum caso concreto não tem equivalência 
com os antecedentes, o juiz ira decidir esse assunto através da 
“primeira impressão”(matter first impression) que futuramente se 
tornará um precedente.
Vivemos um momento onde o civil law esta se aproximando do 
common law. motivos:
- aumento das juriprudências
- aumento do uso dos principios (preencher lacunas) 
- aumento da utilização da equidade
- Novo CPC (mostra a proximidade entre common e civil law)
Direito Natural 
A nova teoria do direito que será elaborada nos séculos XVII e 
XVIII sob o nome de direito natural, deita suas raizes nestes 
processos e eventos históricos: desenvolvimento do capitalismo do 
mercado, fim da cristandade, conquista da América, afirmação do 
Estado Nacional. A nova teoria política e jurídica deve entrerter-se 
com os assuntos da soberania do pacto de dominação (sujeicao) 
entre soberano e súditos. 
Jusnaturalismo 
*Momento Historico: Renascimento, momento personalista, 
individualista, racionalista, reformas protestantes. 
Com a mudança da sociedade, que antes era medieval e agora 
passa a viver em cidades, o direito e da autoridade tomam uma 
nova posição. A sociedade passa gradativamente a ser vista como 
soma de indivíduos isolados que se organizam por forma de um 
contrato social (contratualistas). O direito será cada vez mais um 
instrumento de estabelecimento da paz civil, e cada vez menos 
uma instância de promoção da cooperação. O estilo jusnaturalista 
será o das demonstrações. 
- Escola de Salamanca: precursora do jusnaturalismo moderno, 
seus dois maiores representantes foram Francisco de Vitória 
Francisco Suárez. 
- Hugo Grócio: Intelectual holandês, definiu o direito natural como 
"o mandamento da Reta razão que indica a lealdade moral ou a 
necessidade moral inerente a uma ação qualquer, mediante o 
acordo ou o desacordo desta com a natureza racional”. Indica, 
portanto, um novo caminho a ser percorrido pela ciência jurídica, 
que deixa de estar ligado a concepções religiosas para buscar 
seu fundamento ultimo na razão.” para ele o direito natural 
existiria mesmo que Deus não existisse. É ele o responsável por 
iniciar o jusnaturalismo moderno, sua doutrina do Direito natural 
reflete esse desejo de autonomia em relação a teocracia, além 
disso, mostra que o direito natural pode ser alcançado de forma 
dedutiva e através de um julgamento perceptivo da natureza. 
- Samuel Pufendorf: jusfilosofo alemão, discípulo de Groci, faz um 
trabalho onde concilia a reta razão humana com Deus, acredita 
que o direito natural e o direito divino se completam.Para ele, o 
homem apenas na condição natural não é mais do que um 
animal, que sozinho, tenderá a morte. para evitar esse fim, forma 
comunidades, sociedades. Desta forma o direito natural é uma 
lei de garantia da sociabilidade. Pufendorf divide os deveres do 
direito natural nos deveres perante a deus, para consigo mesmo 
e para com os outros homens. 
- John Locke: era contra o pensamento de que o ser humana ja 
viria com todo o conhecimento dentro de si e que a tarefa d 
filosofia seria apenas desperta-lo. Para ele, as leis naturais não 
são inatas, não se encontram impressas na mente humana, 
estão na natureza e podem ser conhecidas, facilmente, por meio 
do uso da razão. Além disso, acredita que o homem no seu 
estado de natureza vivia um estado de paz, mas que essa paz 
era quebrada pela falta d num juiz para resolver os conflitos por 
isso formaram-se as sociedades. Portanto, Locke associa o 
direito civil com o direito natural, onde as leis do direito natural 
estariam desprotegidas e que isso levaria os homens a guerras 
e disputas até o momento em que alguém apareça para controlar 
e julgar.
- Thomas Hobbes: pensador do jusnaturalismo racional, 
acreditava que o homem não é um animal politico por natureza, 
e sim que o homem é um animal egoísta e portanto entra em 
guerra com os outros (o homem é o lobo do homem)o que 
mostra a importância de um contrato criador do Estado. É com 
Hobbes que surge a ideia de Contratualismo, onde os povos, por 
serem naturalmente maus, faziam um pacto social com o líder, 
onde cada um cedia uma parte de sua liberdade para garantir 
sua segurança, pois para ele é preferível a ditadura de um do 
que a ditadura de todos. O Estado é um artificio humano para o 
aperfeiçoamento da natureza. 
Escolas do pensamento positivista 
Hermenêutica: Interpretação
existem 4 tipos de interpretações:
• Gramatical: sentido das palavras
• Historica
• Sistematica 
• Teleológica 
Escola do pensamento positivista
I) Escola dos glosadores: 
Utilizavam da interpretação gramatical 
Documento existente: Corpus Juris Civilis 
Era necessario traduzir o código para que pudesse ser utilizado. 
Pegavam o texto original e nas entrelinhas colocavam o que 
entendia do texto (glossa)
II) Escola da Exegese
Local: França
Documento: Código de Napoleão 
Momento historico: Oposição ao antigo regime, queriam que o 
Estado fosse o único produtor de normas, prescrevendo condutas, 
ou seja trabalhando com hipóteses. Para os positivistas da época, 
norma, lei e Estado eram sinônimos. Acreditam que não importa o 
valor da lei (se é justa ou injusta) se o Estado criou a lei e ela esta 
vigente o cidadão deve cumprir. 
Interpretação gramatical (intencao do legislador), mas em alguns 
caso, onde existia uma lacuna as escolas de livre pesquisa 
cientifica se encarregavam do caso e utilizavam um pouco da 
analogia. 
III) Escola Histórico - evolutiva
Local Alemanha (Século XIX) 
Savigny se opõe ao jusnaturalismo e a exegese. Para ele não há 
uma universalidade da razão de determinar uma norma de conduta 
(jusnaturalismo). De acordo com Savigny, o direito é baseado nos 
costumes, pelo espirito do povo, não é a lei e sim o costume que 
rege o direito de cada povo. 
IV) Jurisprudencia dos conceitos 
Puchta segue os exemplos de Savigny, trabalha com o conceito, 
não com o fato. 
Essa escola era uma escola positivista, onde o conceito, a lei, é 
mais importante do que o resto. De acordo com esse pensamentoo direito seria como uma unidade conceitual lógica (genealogia dos 
conceitos).
 Fundação dos cursos jurídicos no Brasil e legislação 
dos séculos XIX e XX
1822: independênciacia
1823: decreto imperial (observância da legislação portuguêsa)
1824: constituição do imperio
1827: Fundação dos cursos jurídicos no Brasil (Olinda/Recife - Sao 
Paulo)
1830: Código Penal
1831: Codigo de Processo Penal 
1843: IAB
1850: - Código comercial 
 - Regulamentos 737 e 738 
 - Lei de terras 
1851-1855: (consolidacao das leis civis) - Teixeira de freitas
1858-1900: Projeto de Código Civil 
1858-1872: Teixeira freitas
1872-1878: Nabuco de Araujo 
1881-1884: Joaquim Felicio dos Santos 
1889-1891: D. Pedro II
1891-1893: Coelho Rodrigues 
1899-1900: Clovis Bevilacqua
1916-1917: Código civil (CC)
1939-1973: Código de Processo Civil 
1940: Código Penal 
1942: CLT
1965/2000: CC
Dogmatica, Zetética e Semiotica 
Dogmatica Jurídica: 
- Movimento positivista séculos XIX/XX
- Teoria Pura do Direito — Hans Kelsen 
Doutrina (Premissas — pseudo problemas)
 “deve ser"
Zetética:
- Ciencia Jurídica como parte do mundo da cultura
- Relação com as demais ciencias 
- Hermenêutica 
Investigar — Premissas — Novas permissões 
 "ser"
Semiotica:
Semeion + optike 
- Locke (Relação entre as palavras como signo das ideias e das 
ideias como signo das coisas)
* Signo: Fenomeno sensivel atual, destinado a evocar a ideia de 
outro fenômeno ausente ou inacessível aos sentidos 
Direito = linguagem
Jurista - Busca as significações de direito no contexto das 
interações comunicativas 
Partes da semiotica 
a) Semântica: Relação entre o sinal e o objeto (significado das 
palavras 
b) Sintática: Relações estruturais (palavra/frase/discurso)
c) Pragmática: Relações entre os sinais e as pessoas que os 
utilizam (emissor/receptor)
• Semiotica Jurídica 
a) Semântica: sentido ou significado das normas 
b) Sintática: Concatenação entre os elementos (normas/sistema)
c) Programatica: Normas/ Destinatario (interpretação)
Moral e Direito 
• Origem: Guerra dos 30 anos (1618-1648)
Na Guerra dos 30 anos ninguém falava sobre a moral por conta do 
momento da Igreja Católica (Estado X Igreja Católica)
Quando o Estado começa a ganhar mais espaço que a Igreja, o 
quadro muda
• Thomasius: Moral e direito como normas distintas. O Direito e a 
moral são separados, tendo os dois regras 
• Jellinek 1851-1911
• Direito = minimo de moral declarada obrigatório. O Direito faz 
parte da moral (Teoria do circulo = Concnetrica) Moral = Direito 
mas Direito ≠ Moral 
• Da Pasquier 1886 -1953: Direito e moral são campos distintos 
com situação comum 
Petição:
1ª) endereçamento: Exmo Sr Dr Juiz
2ª) Dos fatos: Relator
3ª) Do direito
4ª) Do pedido: pede algo para beneficio do seu cliente 
Elementos de distinção: 
- Heteromania: direito exterior, moral interior
- coercibilidade: Força em potencia 
- bilateralidade atributiva: quando o direito estabelece 
Fontes do Direito 
I) Conceito:
O direito é regulamentado pelo Estado. O Direito surge na 
sociedade, portanto a sociedade é a fonte material do Direito. 
II) Classificação:
a) primaria (sistema romano-germanico) 
- Lei 
- Costume 
b) Secundarias 
- Jurisprudência 
- Doutrina 
III) Lei: 
Preceito comum, obrigatório, emana de um poder competente e 
dotada de sanção.
a) Poder competente: Poder legislativo - Material da lei (caput) - É 
responsável por elaborar as leis. O poder legislativo se divide 
em Federal, Estadual e Municipal. É competência da 
Constituição Federal determinar qual dos legislativo é 
competente para criar tal lei 
b) Validade da Norma:
i) Formal ou Vigencia: A lei passa por um processo legislativo. O 
projeto de lei é criado na casa iniciadora e votado, vai para o 
plenário e aprova o projeto, que vai para a casa revisora, se for 
aprovado será apresentado ao executivo. O presidente da 
Republica tem 15 dias para dar seu parecer. Se aprovado ele 
sanciona (aprova), promulga (atesta sua existência) e publica 
(no diário oficial). Caso o presidente da republica vete o projeto 
de lei voltara para o Congresso Nacional, eu tentara derrubar o 
veto (maioria absoluta dos votos), se não conseguir derrubar o 
veto o projeto de lei será publicado sem os artigos vetados 
(parcialmente) ou será arquivado. Caso o veto seja derrubado, 
o projeto volta para as mãos do presidente que tera que 
reavaliar. Alem disso, para que o veto seja feito é preciso que o 
presidente apresente algum motivo plausível 
(inconstitucionalidade ou falta de interesse publico). 
ii) Validade social ou eficacia: aceitação social da norma. Se não 
atingir, não for cumprida em sua integridade a lei é ineficaz. 
Nem toda lei tem eficácia. Pode ter uma eficácia plena ou uma 
eficácia parcial. 
iii) Validade Etica: Fins da finalidade social da norma. Ou seja, 
quando o Estado mostra a que fim aquela lei ira levar (ex: lei de 
fumar em locais públicos) 
Lei = Validade formal + Validade Social + Validade etica
IV) Costumes 
Norma jurídica que resulta de uma pratica geral (social), constante 
e prolongada, observada com a comunicação de que é 
juridicamente relevante.
a) Secundum Legis: Segundo a lei/ conforme a lei/ previsto em 
lei. “segundo o costume do lugar”. 
Ocorre quando a lei autoriza o uso do costume
b) Praeter Legis: Além da lei. Ocorre quando não existe lei (lacuna 
ou omissão), podendo ser usado o costume. 
Decreto Lei 4657/42 Art 4º, LIDB: "Quando a lei for omissa o 
juiz decidira o caso por: - analogia 
 - costumes 
 - principios gerais 
Este artigo se aplica aos direitos privados, não funciona tão bem 
com os direitos públicos. 
c) Contra Legis: 
V) Jurisprudencia: conjunto de decisões uniformes dos tribunais 
Doutrina: Estudo de caráter cientifico a respeito de matérias, 
instituições ou temas jurídicos (Não é aceita por alguns juristas) 
Sistemas jurídicos 
I) Noção de sistema: 
II) Sistemas jurídicos:
a) Romano germanico / Civil law: é o nosso sistema.
b) Common law: Common Law é um termo utilizado nas ciências 
jurídicas para se referir a um sistema de Direito cuja aplicação 
de normas e regras não estão escritas, mas sancionadas pelo 
costume ou pela jurisprudência. Tal forma de Direito tem 
origem na concepção do direito medieval inglês que, ao ser 
ministrado pelos tribunais do reino, refletia os costumes 
comuns dos que nele viviam. Este sistema legal vigora no 
Reino Unido e em boa parte dos países que foram colonizados 
por este país.Uma das principais características do Common 
Law é de que as questões devem ser resolvidas tomando-se 
como base sentenças judiciais anteriores, ao contrário de 
preceitos legais fixados antecipadamente, como ocorre no 
sistema romano-germânico, utilizado por vários outros países, 
entre eles o Brasil. A reunião de sentenças judiciais sobre 
várias situações semelhantes permite extrair regras gerais que 
geram precedentes e que se convertem em orientações para o 
julgamento futuro dos juízes, em casos análogos.O Common 
Law representa a lei dos tribunais, como expresso em decisões 
judiciais. Além do sistema de precedentes judiciais, outras 
características do direito comum são julgamento por júri e da 
doutrina da supremacia da lei. Dentro do sistema Common 
Law, as disputas são resolvidas através de uma troca de 
contraditório de argumentos e provas. Ambas as partes 
apresentam seus casos perante um elemento julgador neutro, 
seja um juiz ou um júri. Este juiz ou júri avalia a evidência, 
aplica a lei adequada aos fatos, e elabora uma sentença em 
favor de uma das partes. Após a decisão, qualquer das partes 
pode recorrer da decisão a um tribunal superior. Tribunais de 
apelaçãoneste sistema jurídico podem rever sentenças apenas 
de direito, e não determinações de fato. Sob a Common Law, 
todos os cidadãos, incluindo os funcionários de mais alto 
escalão do governo, estão sujeitos ao mesmo conjunto de leis, 
e o exercício do poder do governo é limitado a essas leis. O 
Poder Judiciário pode rever a legislação, mas apenas para 
determinar se ele está de acordo com normas constitucionais. 
Todo o Canadá, exceto por Quebec e todos os Estados Unidos 
exceto pela Louisiana seguem este sistema jurídico. Nos EUA, 
os estatutos estaduais geralmente prevêemO common law e o 
civil law tem as mesmas bases (direito romano), mas após a 
revolução francesa a Europa continental mergulhou em um 
estado legislativo, Rousseau pregava a separação dos 
poderes, em executivo, legislativo e judiciário. O poder 
legislativo era formado pelos representantes do povo e tem 
supremacia, ou seja, a lei tem supremacia, substituindo então o 
costume pela lei. Como ainda não havia um código, apenas a 
reunião de decisões judiciais que vinham desde o império 
romano, Napoleão Bonaparte pegou todos esses códigos de 
decisões e transformaram em um grande código legislativo 
(Código de Napoleão). Enquanto isso, os ingleses se 
mantiveram “fieis” a suas origens romanas e consideravam os 
costumes e os precedentes como fontes do direito. No 
common law, se algum caso concreto não tem equivalência 
com os antecedentes, o juiz ira decidir esse assunto através da 
“primeira impressão”(matter first impression) que futuramente 
se tornará um precedente.Vivemos um momento onde o civil 
law esta se aproximando do common law. motivos:
- aumento das juriprudências
- aumento do uso dos principios (preencher lacunas) 
- aumento da utilização da equidade
- Novo CPC (mostra a proximidade entre common e civil law)
III) Ramos do direito: 
a) publico:
- constitucional 
- administrativo
- tributario
- economico - fincanceiro
- penal
- processual (penal, civil e trabalho)
b) Privado:
- civil
- comercial
- consumidor
- trabalho
- internacional privado 
IV) sistemas 
a) aberto/ abopoiético / Norbeto Bobbio / Herbert Hart: O sistema 
jurídico é dividido em: primário e secundario 
(reconhecomento / justiça0 
b) Fechado / autopoietico / Hans Kelsen: 
C (consequencia / conduta) + F (fato) 
Direito objetivo, Subjetivo e classificação da norma jurídica
I) Direito objetivo: Conjunto de normas jurídicas vigentes (normas 
agendis)
II) Direito subjetivo: Agir ou exigir aquilo que a lei determina. 
Faculdade de agir ou poder de exigir aquilo que as normas 
agenda nos atribuem como próprio ( facultas agendi) 
Classificação das normas jurídicas (lei):
I) Quanto ao conteúdo:
a) de conduta: dirigida ao individuo, ao comportamento deste
b) de organização: dirigida à organização do Estado e seus 
órgãos.
II) Quanto a natureza das disposições: 
a) substanciais ou materiais: Estabelece nossos direitos e deveres 
Ex: CC
b) adjetivas ou formais: Ex: CPC
III) Quanto a sistematização:
a) Codificadas: novo
b) Consolidadas: Já existe
c) Esparsas ou extravagantes: Simples, espalhadas por ai. Tratam 
de temas especificas. 
IV) Quanto a extensão espacial
a) De direito externo: acordos e tratados internacionais que o país 
é signatário e deve extrema obediência 
b) De direito interno:
- Federais 
- Estaduais
- Municipais
V) Quanto à vontade das partes
a) Cogente ou de ordem publica: Não permite ao destinatário 
nem um tipo de liberdade. Restringe a liberdade de ação 
individual. Ou seja, não permite que a sociedade aja de forma 
diferente. Não pode questionar. Art 166, I, CC
b) Dispositivas ou supletivas: Concede uma liberdade parcial, 
pois permite dentro dos limites . Art 327, CC
VI) Quanto à sanção
a) mais que perfeita: anula o ato e ainda aplica a pena 
b) perfeita: Aplica a sanção anulando o ato do fato. Deixa de 
existir o fato
c) menos que perfeitas: não anula o ato só aplica uma pena
d) imperfeitas: não anula nem aplica a pena. 
VII) Quanto a aplicabilidade 
a) auto - aplicáveis
b) Dependentes de complementando 
c) dependentes de regulamentação 
Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro 
Decreto Lei 4657/1942 (“LINDB)
Lei 12.376/2010
I) Eficacia da Lei no tempo 
Principios : 
a) Publicidade: Feita pelo executivo. Após todo o processo 
legislativo a norma chega ao executivo, este tem que:
 i) Sancionar (concordar com a norma)
 ii) Promulga (“ato seja lei”)
 iii) Publica (Faz conhecer)
b) Efeito - vigência: Contagem de prazo 
 i) Vigência: 45 dias após sua publicação, que é feita pelo diário 
oficial (para o território brasileiro).
3 meses para os demais países. 
 ii) Vacatio legis: Período entre a publicação da norma e o inicio 
de sua vigência. Durante este período a lei não obriga. 
* Se estiver escrito na lei uma data para o inicio de sua vigência ela 
entrará nesta data. Caso contrario, se não houver uma data para 
ela entrar em vigência ela após os 45 dias/3 meses.
* Medida provisória entra em vigência logo após sua publicação e 
dura 60 dias, prorrogada por mais 60 dias. Se neste período não 
virar lei ela perde a vigência. 
* O decreto lei, usado muito antigamente principalmente no 
governo Vargas e que foi trocada atualmente pela medida 
provisória, Tinha um vacatio legis de 45 dias (sem vigência) após 
sua publicação. Ao termino dos 45 dias, o Congresso Nacional 
tinha que votar, se não decidisse, ou não fizesse nada (inércia) o 
decreto-lei virava lei (decurso de prazo). 
* Se após a vacatio legis for feita alguma correção é necessário 
que se crie uma nova lei. Se a correção for feita durante a vacatio 
legis, começa a contar novamente a partir da nova publicação. 
c) continuidade: Os efeitos são continuou, a lei tem vigência 
continua até que outra a revogue. 
d) Incompatibilidade: A lei posterior revoga a anterior quando é 
incompatível, expressamente o declara (revogação expressa) ou 
quando regula integralmente a mateira da lei anterior. 
* Antigamente a revogação era feita de forma implícita (“revogam-
se as disposições em contrario), mas como este meio de revogar 
era de difícil interpretação, hoje em dia diz-se expressamente 
quais leis estão sendo revogadas. 
* A revogação da lei pode ser:
 - Total: Ab-rogação (Revogo a lei 209000)
 - Parcial: Derrogação (Revoga alguns artigos, partes da lei)
* A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par 
das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior 
* Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por 
ter a lei revogadora perdido a vigência. No Brasil a repristinação 
(voltar a vigência) é a exceção. 
e) Irretroatividade: A lei tem como regra não retroagir
- “ex nunc”: Não retroage, quando a lei entra em vigor é para o 
futuro. Fatos futuros, Segurança jurídica, estabilidade social. 
- “ex tunc”: Exceção. Quando a lei retroage (para o beneficio do 
réu.
f) Inescusabilidade: Ninguém se escusa de cumprir a lei. 
g) obrigatoriedade: A lei obriga a todos os destinatários da lei. 
* Quando a lei for omissa o juiz decidira de acordo com a analogia, 
os costumes e os regras gerais do Direito
* Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se 
dirige e às exigências ao bem comum
* A lei em vigor terá efeito efeito imediato e geral, respeitando:
- ato juridico perfeito: já consumado (vigente ao tempo em que se 
defendeu)
- o direito adquirido: já pode ser exercido
- a coisa julgada: Decisão judicial que já não cabe recurso

Outros materiais