01SELEÇÃO DE CASOS PARA ENDODONTIA

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Endodontia 
Prof André Naufel 
Prof Érika Negri 
Prof Mariana Flores 
Criação da especialidade ENDODONTIA 
 
 “ Endodontia é a especialidade que tem 
por objetivo a preservação do dente 
através da prevenção, da detecção e do 
tratamento das afecções dos tecidos 
dentais e periapicais” 
 
Conselho Federal de Odontologia 
25 de março de 1968 
• Biologia 
• Etiologia 
• Diagnóstico 
• Prevenção 
• Tratamento 
Associação Americana de Endodontistas 
Endodontia 
Seleção de 
casos para 
Endodontia 
Fatores relacionados 
 Profissional 
 Paciente 
 Saúde geral 
 Dente e estruturas adjacentes 
 
Profissional 
“ Estou apto a realizar este 
tratamento?” 
– Experiência 
– Desejo de saber, ver e aprender 
– Tranquilidade e paciência 
– Capacidade de análise e discernimento 
– Método e disciplina 
– Bom senso 
– Recursos adequados 
 
 
Paiva, 1985 
Profissional 
Reconhecer suas limitações... 
 
–Encaminhamento ao especialista 
• Nível de conhecimento técnico e científico 
• Recursos tecnológicos avançados 
• Interdisciplinaridade 
 
Paiva, 1985 
Profissional 
Preparo e condicionamento 
emocional... 
 
–Aliar embasamento técnico-científico ao 
desempenho emocional em busca do 
tratamento ideal 
 
Paiva, 1985 
Paciente 
“Vale à pena salvar esse dente?” 
 
Estado geral 
Dente e estruturas relacionadas 
 
 
Fatores relacionados 
com o estado geral do 
paciente 
Estado geral do paciente 
Anamnese 
Idade 
Estado de saúde 
 
 
Idade 
 Não contra-indica tratamento 
endodôntico 
 Cuidados especiais de acordo com a 
faixa etária 
Criança 
Jovem 
Idoso 
Crianças 
 Tratamento realizado muitas vezes pelo 
pediatra 
 
 Resposta favorável do tecido pulpar em 
tratamentos conservadores 
 
 Sedação e condicionamento psicológico 
 
 
Jovens 
 Exigem paciência e sessões curtas 
 Rizogênese incompleta por trauma ou 
cárie 
 Patologia pulpar relacionada à correção 
ortodôntica -> avaliar etiologia 
 Avulsão 
 Resposta favorável do tecido pulpar 
Idosos 
 Calcificações pulpares 
 Atresia dos canais radiculares 
 Sessões curtas 
 Dificuldade de manter a boca aberta por 
tempo prolongado 
 Incômodo postural 
 
Estado de Saúde 
Cardiopatias 
Febre reumática 
Hipertensão arterial 
Doenças infecciosas 
Diabetes 
Distúrbios sanguíneos 
Gravidez 
Neoplasias 
 
Cardiopatias 
 Infarto do miocárdio 
 até 6 meses é contra-indicado o tratamento 
 
 Válvulas cardíacas artificiais e prolapso da 
válvula mitral com regurgitação 
 profilaxia antibiótica 
 
 Marcapasso 
 contra-indicado pulp tester elétrico e ultrassom 
 
 
Febre reumática 
 Doença inflamatória sistêmica 
Sequela grave da infecção por estreptococos 
hemolíticos que resulta em lesões no 
miocárdio e válvulas cardíacas 
 
 Fase aguda: tratamento paliativo 
 Profilaxia antibiótica 
 
Endocardite Bacteriana 
BAIXO RISCO MÉDIO RISCO ALTO RISCO 
Condições cardíacas 
normais 
Defeitos congênitos do 
coração 
Válvulas cardíacas 
protéticas 
Marca-passos ou 
desfibriladores 
implantados 
Prolapso da válvula 
mitral sem regurgitação 
Endocardite Bacteriana 
prévia 
Sopro cardíaco 
fisiológico ou funcional 
Doença renal e hepatite 
crônica ou ativa 
Doenças infecto-
contagiosas 
Dependentes químicos 
American Heart Association 
Procedimentos que requerem 
profilaxia 
 Exodontia 
 Procedimentos periodontais: cirurgia, raspagem 
e polimento radicular, consultas de manutenção 
 Implantes ou reimplantes após avulsão 
 Instrumentação endodôntica e cirurgia 
perirradicular 
Colocação de bandas e não de brackets 
 Anestesia intraligamentar 
 Profilaxia dentária em que se prevê sangramento 
 
 
American Heart Association 
Procedimentos que não 
requerem profilaxia 
 Dentística restauradora 
 Anestesia local (exceto intraligamentar) 
 Isolamento absoluto 
 Remoção de sutura 
 Moldagens 
 Aplicação de flúor 
 Radiografias 
 Ajuste de aparelhos ortodônticos 
 American Heart Association 
Hipertensão Arterial 
 Controle do stress 
 Pressão arterial deve estar dentro de 
limites considerados normais no momento 
do atendimento 
 Aferir em todas as sessões do tratamento 
 Anestésico apropriado 
 Contato com médico cardiologista 
Doenças Infecciosas 
 Os cuidados de biossegurança devem ser 
criteriosamente seguidos para todos os 
pacientes 
 HIV 
 Hepatite 
 Tuberculose 
 Sífilis 
 
Diabetes 
 A doença controlada não contra-indica 
o tratamento 
 
 Maior susceptibilidade à infecção 
 Consulta não deve interferir nos horários de 
alimentação do paciente e aplicação de insulina 
 Sessões preferencialmente curtas 
 Não é necessária antibioticoterapia profilática 
Distúrbios sanguíneos 
 Anemia 
 Coagulopatias 
 Leucemia 
 Hemofilia 
 
Tratamento deve ser realizado somente com 
autorização médica por escrito! 
Gravidez 
Se possível, adiar o tratamento ... 
 
 1º trimestre: contra-indicado 
 2º trimestre: período mais indicado 
 Urgência em qualquer período desde que 
obedecidos os cuidados necessários 
 Menor número de radiografias (protetor de 
chumbo) 
 
Fatores relacionados 
com o dente e 
estruturas adjacentes 
Planejamento endodôntico 
 O paciente tem interesse em “salvar” o dente? 
 O dente tem função estética? E mastigatória? 
 A restauração definitiva é possível? 
 Se houver envolvimento periodontal, o 
prognóstico é favorável? 
 
 
 
Planejamento endodôntico 
 Em caso de dente posterior, tem antagonista? 
Servirá como base de prótese? 
 
 Se o dente servirá de suporte para prótese fixa, o 
tratamento permitirá que o trabalho seja 
executado com segurança? 
 
 O profissional tem habilidade para resolver o 
caso, ou seria melhor encaminhá-lo para um 
colega melhor qualificado? 
 
Fatores que dificultam ou contra-
indicam o tratamento endodôntico 
 Isolamento absoluto 
 Anomalias de desenvolvimento 
 Dificuldade de acesso ao dente 
 Proximidade com outras estruturas 
 Condições anatômicas 
 Condição periodontal 
 Patologias associadas 
 
 
Dificuldade de acesso ao dente 
 Limitação da abertura de boca 
Tamanho da cavidade bucal 
 Trismo 
 Fraturas 
Cicatrizes de queimaduras 
 
 
Condições Anatômicas 
 Anomalias do desenvolvimento 
 Canais com alteração de forma 
 Número incomum de canais 
 Reabsorções radiculares 
 Calcificações pulpares 
 Dilacerações (curvaturas excessivas) 
 
Anomalias do desenvolvimento 
Dificultam, porém, não contra-
indicam a realização do tratamento 
endodôntico 
 
 Avaliar individualmente cada caso 
 
 
Dens Invaginatus 
Condições da região 
perirradicular 
Cisto periodontal lateral 
• Origem odontogênica 
• Teste de sensibilidade 
pulpar positivo 
• Tratamento cirúrgico e não 
endodôntico 
 Dedicação 
Embasamento científico 
Bom senso! 
Sucesso da Endodontia