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Poligâmica Família Extensa

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Psicologia Aplicada ao Direito
Família Extensa: Família Poligâmica
O que é a poligamia?
Poligamia segundo o dicionário Houaiss: união conjugal de uma pessoa com várias outras.
Poligamia é um termo de origem grega, combinação da palavra poli (muitos) e gamos (matrimônio) significando assim muitos casamentos. Na poligamia o homem pode ter três ou mais esposa ao mesmo tempo (conceituado como poligina) e a mulher também pode ter três ou mais marido ao mesmo tempo (conceituado como poliandria). Não se refere a amantes, o adultério na maioria das vezes não é de conhecimento da outra parte do casamento. Em vários países a família poligâmica é reconhecida legalmente, existem países que não tem embasamento legal, mas é culturalmente aceita. Está presente em algumas religiões, sendo no catolicismo equiparada ao adultério e no cristianismo é considerada pecado. 
Como se originou?
Desde que a história começou a ser registrada existem rastros da poligamia. No antigo Oriente Médio, Extremo Oriente, os impérios mediterrâneos, a Europa e Grã Bretanha, já era conduta como comprovam os arquivos reais escritos por Moisés, Heródoto entre outros. A prostituição e os espólios de guerras eram as fontes mais comuns. Registros de missionários na era cristã mostram a pratica generalizada de poligamia nas tribos nativas nas Américas e na África.
Onde está presente a poligamia?
Esta presente a formação das famílias poligâmicas, de forma legal ou não, nos seguinte lugares do mundo:
Tanzânia na África, EUA na América do Norte, Lêmen na Ásia, Sudão na África, Nepal na Ásia e na Arábia Saudita. Alguns artigos dizem que existem mais de 50 países no mundo que seguem a poligamia, mas vamos nos ater a estes que tem mais informações sobre o assunto divulgados.
Funções Atribuídas á família poligâmica?
As mulheres eram obrigadas a aceitar outras esposas quando eram inférteis, doentes ou tinham maus comportamentos, segundo o código de Babilônico de Hamurabi. 
A maior parte dos países que seguem lei Islâmica seguem o Alcorão que permite o homem ter até 4 mulheres no intuito de evitar relações extraconjugais.
Em algumas sociedades da África subsaariana (sul do Saara), as mais tradicionais, as crianças são muito valorizadas sendo a procriação o motivo que leva incentivo, entre os homens, da pratica da poligamia.
No Nepal existe uma inversão de papais. É comum, além de ser proibida, a poliandria em pequenas comunidades tribais. O costume e principalmente a economia, pois existem poucas terras, levam irmãos a preferirem a divisão da esposa do que a divisão escassa dos bens da família. 
Nós EUA a poligamia é proibida, mas os mórmons que são seguidores da igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, seguem esta tradição, pois acreditam que se não o fizerem não poderão chegar a serem reis no céu. Podem ser casar com até 30 mulheres, sendo a primeira legalmente e as seguintes somente religiosamente.
Reconhecimento Jurídico nos países que autorizam a poligamia.
Arábia Saudita
Homens casados com mulheres saudáveis devem provar que as esposas autorizam o próximo matrimonio ou provar, por atestado de hospital federal, que sua esposa, neste caso a primeira, tem doença crónica ou é estéril. Se estrangeiras os documentos devem ser encaminhados a polícia junto a proposta de casamento assinada pelo prefeito da cidade onde mora, e a policia remeterá ao governo para apreciação. Os homens sauditas são proibidos de se casarem com mulheres nascidas no Paquistão, Bangladesh, Chade e Myanmar e que estejam vivendo na Arábia Saudita.
Tanzânia
É obrigatório o registro dos casamentos e que nele seja declarada a monogamia, poligamia ou potencial poligâmico. Para mudar de status a união deve haver o consentimento do marido e da mulher
Lêmen
No Lêmen a poligamia é autorizada desde que os homens possam tratar bem todas as mulheres, restringindo assim a pratica a homens ricos. Uma das regras é que a primeira esposa sempre tem a ultima palavra, e ela quem vai autorizar o marida a procurar outras mulheres.
Sudão 
A prática é incentivada, pois segundo a lógica o maior país da África é o mais rico em recursos naturais e precisa de reforços para se desenvolver.
Concepção Contemporânea de Família no Direito Brasileiro compado a poligamia 
A família, segundo Farias e Rosenvald é compreendida como “entidade de afeto e solidariedade, fundada em relações de índole pessoal, voltadas para o desenvolvimento da pessoa humana”. Texto retirado do material Modulo II – Contribuições da Psicologia Científica do Direito.
O entendimento atual é que todos os núcleos que esteja de acordo com a compreensão de Farias e Rosenvald sejam considerados entidades familiares e protegias constitucionalmente. Não existe legalmente um rol fechado de tipos familiares deixando abertas as portas para novos modelos. Contudo a poligamia no Brasil não é considerada crime visto que o artigo 235 do Código Penal Brasileiro tem como título a Bigamia que é a realização de novo casamento, sem que tenha dissolvido o anterior. 
Contudo a concepção dada ao núcleo familiar nos países que desenvolvem a poligamia não é igual a concepção brasileira. Como visto anteriormente esses países seguem regras rígidas de padrão de família e levam em consideração principalmente questões religiosas, econômicas e de reprodução. No Brasil, apesar de o Código Civil Brasileiro dizer no artigo 1514 sobre o casamento entre homem e mulher, atualmente a união estável entre homossexuais está ganhando espaço e se equiparando a tradicional, tornando-se assim entidade familiar. Também a família monoparental tem os mesmos direitos constitucionais. 
Quais semelhanças e diferenças que existem entre elas da concepção contemporânea de família a partir da CF-88?
A concepção contemporânea de família no Brasil é tida como a união afetiva de 2 ou mais pessoas com o animus de constituir família, com o afeto, não interessa status, sexo, cor, situação econômica, social, cultural, pois o vínculo existente deve ser o afeto. Há igualdade de poderes (deveres e obrigações) e de condições entre os detentores do poder familiar e a igualdade de direitos e deveres entre os filhos, pois não há distinção entre filho biológico, adotivo ou afetivo. Diante disso podemos concluir que as várias concepções de famílias se assemelham ao vínculo afetivo e a vontade de constituir família independente da forma de convívio, bem como é necessário, em alguns países, o reconhecimento jurídico em grande parte dos países que aceitam essa prática, embora esse costume não seja permitido em outros por haver pouca disponibilidade de patrimônio, neste caso o patrimônio (terras) tem mais valor que a conjugalidade. No Iemen também há a semelhança com a legislação brasileira, estabelece uma certa proteção patrimonial e afetiva à mulher ao mesmo tempo que permite ao homem ter outras relações desde que não haja prejuízo de alguma. Uma diferença é a restrição é que aqui no Brasil há a vedação de casamento com parentes em linha reta ascendentes, descendentes, colaterais até o 4º grau, e colaterais como a sogra(o), já na Arábia Saudita há uma proibição dos homens ao casamento quanto à origem do nascimento (Paquistão, Bangladesh, Chade e Myanmar). Na Índia até pouco tempo era permitido o casamento com crianças, e o grande número de crianças que morriam juntamente com a evolução da sociedade e a consequente participação das mulheres na sociedade, essa prática foi proibida, assim como no Brasil há essa vedação constitucional. Os costumes falam por si, apesar de não ser considerado crime, esse tipo de união poligâmica não está previsto no Código Civil, essa prática se arrasta na história da sociedade da humanidade e enraizada em praticamente todas as sociedades, mesmo onde há vedação pode ocorrer essa prática camuflada. Trata-se de um costume ainda não codificado, mas considerando que os costumes também são considerados fontes do Direito, e que o Direito positivado nem sempre representa a realidade social, pode ser que um dia ainda seja tuteladode forma especial, de forma a evitar a confusão patrimonial. À medida que as sociedades evoluem e passam a preocupar-se com o a proteção da vida do ser humano e da dignidade da pessoa e o seu pleno desenvolvimento, inicia-se então uma ruptura de costumes degradantes em prol de uma paz social. Porém é importante lembrar que a promoção do homem deveria prevalecer sobre a proteção familiar e a formação de responsabilidade individual.
Referências
https://www.significados.com.br/poligamia/
https://www.infoescola.com/sociedade/poligamia/
http://renatofurtado.com/wp/2015/08/22/estudo-biblico-e-historico-sobre-a-poligamia/
http://www.ibdfam.org.br/noticias/na-midia/1998/Pa%C3%ADses+onde+a+poligamia+(legal+ou+n%C3%A3o)+%C3%A9+comum
https://super.abril.com.br/cultura/poligamia-da-cadeia/

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