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CRÉDITO PÚBLICO

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
DIREITO FINANCEIRO
PROFª SANDRA PADILHA
DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE ENSINO
UNIDADE 5 - CRÉDITO PÚBLICO
1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
O empréstimo público existe desde a antiguidade
Atualmente – fonte regular de obtenção de recursos para consecução das finalidades públicas
Para alguns autores crédito público possui sentido duplo, envolvendo o empréstimo público e a dívida pública.
2 CONCEITO
Segundo Valdecir Pascoal: O crédito público “consiste em um dos meios de que se utiliza o Estado visando obter recursos para cobrir despesas de sua responsabilidade”.
3 NATUREZA JURÍDICA DO CRÉDITO PÚBLICO
Principais teorias
Ato de soberania – resultante do poder de autodeterminação do Estado – direito de o Estado modificar unilateralmente as condições do empréstimo
Ato legislativo – não haveria ato arbritário nem acordo de vontades, onde todas as regras já estariam estatuídas nas leis
Contratual – contrato pelo qual alguém transfere a uma entidade pública certa quantia de dinheiro, com obrigação de devolução (maioria da doutrina).
	CRÉDITO PÚBLICO
	CRÉDITO PRIVADO
	Presença do interesse público
	Interesse privado
	Contrato sob a égide do Direito Administrativo 
	Contrato sob a égide do Direito Civil
	O Estado não está sujeito à falência
	A empresa privada está sujeita à falência
CLASSIFICAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS
Empréstimos forçados (crédito público impróprio) - Quando o Estado, valendo-se do seu poder, intervém na propriedade particular em situações de guerra, calamidade ou grave crise de liquidez da economia, compelindo as pessoas a emprestar dinheiro
Ex. Empréstimos compulsórios (art. 148 da CF) - mediante Lei complementar – para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra ou de sua iminência ou no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional
Empréstimos voluntários (crédito público próprio) - Empréstimos contraídos sob a égide do princípio da autonomia da vontade
Empréstimos internos – realizados no âmbito seu espaço territorial - regidos por normas de Direito Público internas
Empréstimos externos – realizados junto a instituições extrangeiras, regidas por normas de Direito Internacional Público
5 CRÉDITO PÚBLICO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Compete à União a fiscalização das operações de crédito em geral (art. 21, VIII)
A União detém competência privativa para legislar sobre a política de crédito (art. 22, VII)
 Competências do Congresso Nacional
Dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado (art. 48, II da CF)
Dispor sobre o montante da dívida mobiliária federal (art. 48, XIV da CF)
Competências do Senado Federal (art. 52, incisos V a IX)
Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
Fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios (art. 3º da Resolução Nº 40/01 do Senado Federal)
Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal
Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno
Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
6 A DÍVIDA PÚBLICA NA LEI 4.320/1964 
Dívida flutuante (art. 92) compreenderá:
Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida
Os serviços da dívida a pagar (parcelas de amortização e de juros da dívida fundada)
Os depósitos (consignações ou cauções)
Os débitos de tesouraria (ARO – operações de crédito por antecipação de receita)
Dívida fundada (art. 98) compreeende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos (alterado pela LRF)
7 A DÍVIDA PÚBLICA NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
NOVAS DEFINIÇÕES DA DÍVIDA PÚBLICA (art. 29 da LRF)
I - Dívida pública consolidada ou fundada:
Obrigações financeiras assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a 12 (doze) meses,
 bem como as operações de crédito de prazo inferior a 12 meses, cujas receitas tenham constado no orçamento 
e os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos
II - Dívida pública mobiliária:
Representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central, dos Estados e dos Municípios
III - Operação de crédito:
Compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens etc.
IV - Concessão de garantia:
Compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada
V - Refinanciamento da dívida mobiliária:
Emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária
8 LIMITES PARA O ENDIVIDAMENTO PÚBLICO (art. 30 da LRF)
Matéria regulada por Resoluções do Senado Federal
Os limites serão fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação (art. 30, § 3º da LRF)
OBS.: Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração será efetuada ao final de cada quadrimestre (art. 30, § 4º da LRF)
EXTRAPOLAÇÃO E RECONDUÇÃO DA DÍVIDA AOS LIMITES (art. 31 da LRF)
Se a dívida consolidada ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no primeiro.
OBS.: PIB (Produto Interno Bruto) – indicador que mede a produção de um país levando em conta três grupos principais: agropecuária, indústria e serviços.
SANÇÕES (art. 31, § 1º da LRF)
Tendo o ente extrapolado o limite da dívida consolidada, enquanto perdurar o excesso:
Estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária
Promoverá, entre outras medidas, limitação de empenho (art. 9º da LRF)
A Constituição Federal veda (art. 167, III):
Realização de operações de crédito (receitas de capital) que excedam o montante das despesas de capital ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovadas por maioria absoluta. 
A Lei de Responsabilidade (em harmonia com a Constituição Federal)
Impede que operações de crédito (receitas de capital) financiem despesas de custeio (despesas correntes) dos entes (REGRA DE OURO)
Obs: Essa vedação não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União 
A Constituição Federal prevê:
A utilização de título da dívida pública municipal, para pagamento de indenização decorrente de desapropriação de imóvel urbano, que não esteja cumprindo a função social (art. 182, § 4º, III)
Títulos da dívida agrária podem ser utilizados para indenização decorrente de desapropriação de imóvel improdutivo, por interesse social, para fins de reforma agrária (art. 184)
A intervenção da União nos Estados e do Estado em seus Municípios que suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior (arts. 34, V, a e 35, I)OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DE RECEITA – ARO (art. 38 da LRF) 
Exigências para a realização da ARO
Existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica
Observância dos limites e condições fixados pelo Senado
Atendimento do disposto no art. 167, III da CF (veda a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital)
Realização somente a partir do dia 10 de janeiro
Liquidação, com juros e outros encargos, até o dia 10 de dezembro de cada ano
A ARO estará proibida (art. 38, IV da LRF):
A LRF ALTEROU O CONCEITO LEGAL DE DE DÍVIDA PÚBLICA ASSINALADO NA LEI 4.320/64
ESTABELECEU UMA SÉRIE DE REGRAS RESTRITIVAS PARA O ENDIVIDAMENTO PÚBLICO
A dívida consolidada não poderá exceder (RN nº 40/01 do Senado):
No caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 vezes a RCL
No caso dos Municípios: 1,2 vezes a RCL
Este prazo será SUSPENSO, em caso de calamidade pública, estado de sítio e estado de defesa, e DUPLICADO, em caso de crescimento negativo da economia (Taxa do PIB < 1%) por período igual ou superior a quatro trimestres (art. 65 e 66 da LRF).
Se vencido o prazo, o ente não tiver conseguido voltar aos limites legais, enquanto perdurar o excesso) ficará impedido de receber TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS da União ou do Estado, excetuando-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social (art. 31, § 2º da LRF).
A ARO DESTINA-SE A ATENDER INSUFICIÊNCIA DE CAIXA DURANTE O EXERCÍCIO FINANCEIRO
Enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada
No último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal
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