Questionário III FEB

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Pergunta 1
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	A República Oligárquica, também conhecida como República Velha, caracterizou-se:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d.
Pelo predomínio político de grupos, geralmente, vinculados a famílias de grandes proprietários de terras e à exportação de café.
	Respostas:
	a.
Pela democratização nas relações sociais, determinadas pela modernidade da nova Constituição, em substituição à Constituição monarquista.
	
	b.
Pelo equilíbrio político entre o setor agrário, apoiado em grupos de jagunços, e o setor urbano, apoiado no poder econômico dos banqueiros e dos exportadores.
	
	c. 
Pela política do café-com-leite, que significou a aliança entre o Presidente da República com os governadores de vários estados.
	
	d.
Pelo predomínio político de grupos, geralmente, vinculados a famílias de grandes proprietários de terras e à exportação de café.
	
	e.
Pelo grande desenvolvimento dos estados do Nordeste, uma vez que o poder dos coronéis era decisivo para a continuidade do café-com-leite.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: a oligarquia cafeeira foi de extrema importância para o surgimento da República Velha e da manutenção do status quo.
	
	
	
Pergunta 2
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	A expansão urbana em São Paulo esteve vinculada aos sucessos ou dificuldades da economia cafeeira. De¬terminante de seu ritmo de crescimento, o café tam¬bém definia o ritmo de vida na cidade: as épocas do ano eram as da safra, da entressafra e da colheita; o comércio era movido pelo café e sofria as consequências de suas cotações; as pessoas, sua so¬brevivência e até sua conduta dependiam dras¬ticamente da sorte do ouro verde.
Dentre as consequências do desenvolvimento da lavoura cafeeira na São Paulo do início do século XX, cita-se:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
A urbanização, a industrialização e a ascensão de São Paulo à posição de metrópole regional, o acúmulo de despossuídos na cidade, fruto da política imigratória e aviltamento dos salários.
	Respostas:
	a.
A promoção da imigração sob rígido controle, evitando-se a formação de um exército reserva com excedentes populacionais europeus.
	
	b.
A urbanização, a industrialização e a ascensão de São Paulo à posição de metrópole regional, o acúmulo de despossuídos na cidade, fruto da política imigratória e aviltamento dos salários.
	
	c.
A manutenção da escravidão como base da mão de obra cafeeira, já que os cafeicultores temiam as revoltas sociais lideradas por trabalhadores eu¬ropeus.
	
	d. 
A ausência de crises no setor cafeeiro, o que permitiu o desenvolvimento contínuo da cidade de São Paulo.
	
	e.
Ruas, vilas e cortiços passavam a ser tratados pelo governo como as questões urbanas e sociais, privilegiando-se a integração sem traumas dos habitantes urbanos.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: B
Comentário: a expansão cafeeira para a região de São Paulo foi importante, porém ensejou a urbanização e a industrialização e com ela o empobrecimento de parte da população.
	
	
	
Pergunta 3
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Antes de 1930, as indústrias existentes surgiram nas “franjas” da economia cafeeira, ou seja, de acordo com as necessidades de atender a um mercado consumidor incipiente, surgido com o processo de imigração e a renda dos trabalhadores ligados ao setor agrário-exportador. A indústria surgiu no Brasil como uma resposta às dificuldades de importar produtos industriais em determinados períodos. Como exemplo, poderíamos citar a Primeira Guerra Mundial e a Grande Depressão dos anos 1930. Nesses momentos, em que se diminuía o valor das exportações, grava-se um protecionismo, que aumentava a rentabilidade da indústria. Assim, passava-se a produzir internamente, com vistas a suprir a falta de importações. A indústria apareceu nos momentos de expansão da economia cafeeira. Segundo ela, nesses momentos ocorria expansão da renda e do mercado consumidor pelo aumento da massa salarial, bem como aumentava a oferta de divisas necessárias à importação de equipamentos industriais para investimentos.
No que se descreveu anteriormente, a indústria surge para atender às necessidades da economia:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Cafeeira.
	Respostas:
	a. 
Cafeeira.
	
	b. 
Algodoeira.
	
	c. 
Açucareira.
	
	d. 
Cacaueira.
	
	e. 
Indigueira.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: como o setor de café apresenta-se como um dos mais importantes do período, as iniciativas de industrialização giravam no entorno da economia cafeeira.
	
	
	
Pergunta 4
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Celso Furtado em “Formação Econômica do Brasil” afirma que “Pela metade do séc. XIX, a força de trabalho da economia brasileira estava basicamente constituída por uma massa de escravos que talvez não alcançasse dois milhões de indivíduos. Qualquer empreendimento que se pretendesse realizar teria de chocar-se com a inelasticidade da oferta de trabalho. O primeiro senso demográfico, realizado em 1872, indica que nesse ano existiam no Brasil aproximadamente 1,5 milhão de escravos. Tendo em conta que o número de escravos, no começo do século, era de algo mais de 1 milhão, e que nos primeiros 50 anos do século XIX se importou muito provavelmente mais de ½ milhão deduz-se que a taxa de mortalidade era superior à de natalidade”.
Com base nesse texto e em seus conhecimentos, avalie as afirmações seguintes.
I. Como solução alternativa para o problema da mão de obra escrava sugeria-se fomentar uma corrente de imigração europeia.
II. O espetáculo do enorme fluxo de população que espontaneamente se dirigia da Europa para os EUA parecia indicar a direção que cabia tomar. E, já antes da independência em 1822 começou, por iniciativa governamental, a instalação de “colônias” de imigrantes europeus.
III. Essas colônias que, nas palavras de Mauá, pesavam com a mão de ferro sobre as finanças do país, vegetavam raquíticas sem contribuir em coisa alguma para alterar os termos do problema da inadequada oferta de mão de obra.
IV. A questão fundamental era aumentar a oferta de força de trabalho disponível para a grande lavoura do café, denominação brasileira da época correspondente à plantation dos ingleses.
É correto apenas o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I, II, III e IV.
	Respostas:
	a. 
I, II e III.
	
	b. 
I e III.
	
	c. 
III e IV.
	
	d. 
I, II, III e IV.
	
	e. 
II, III e IV.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: uma das soluções apresentadas para o problema da mão de obra interna estava na migração europeia, o que favoreceu ainda mais o surgimento de novas colônias, impulsionando os programas de libertação, independência e o favorecimento à economia cafeeira.
	
	
	
Pergunta 5
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Leia as afirmativas:
I. O início da ocupação econômica do território brasileiro é em boa medida uma consequência da pressão política exercida sobre Portugal e Espanha pelas demais nações europeias. Nestas últimas prevalecia o princípio de que espanhóis e portugueses não tinham direito senão àquelas terras que houvessem efetivamente ocupado, rejeitando, peremptoriamente, o Tratado de Tordesilhas.
PORQUE
II. A miragem do ouro que existia no interior das terras do Brasil – a qual não era estranha a pressão crescente dos franceses – pesou seguramente na decisão tomada de realizar um esforço relativamente grande para conservar as terras americanas. Sem dúvida, os recursos de que dispunha Portugal para colocar improdutivamente no Brasil eram limitados e dificilmente teriam sido suficientes para defender as novas terras por muito tempo. A Espanha, cujos recursos eram incomparavelmente superiores, teve que ceder à pressão dos invasores em grande parte das terras que lhe cabiam pelo Tratado de 1494. Para tornar mais efetiva a defesa de seu quinhão, foi-lhe necessário reduzir o perímetro dele.
A respeitodessas asserções, assinale a opção correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
As asserções I e II são verdadeiras e a II é uma justificativa da I.
	Respostas:
	a. 
As asserções I e II são verdadeiras e a II é uma justificativa da I.
	
	b. 
As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
	
	c. 
A asserção I é verdadeira e a II é falsa.
	
	d. 
A asserção I é falsa e a II é verdadeira.
	
	e. 
As asserções I e II são falsas.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: a ocupação do território nacional ocorreu atendendo, indiretamente, a pressão de outras nações europeias e a exploração aurífera fez crescer tal necessidade de ocupação antes que outras nações a fizessem.
	
	
	
Pergunta 6
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Na segunda metade do século XIX, a cafeicultura dinamizou profundamente a economia brasileira ao:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Estimular a diversificação das atividades econômicas internas e a modernização da economia.
	Respostas:
	a. 
Transferir o eixo econômico do país, do litoral nordestino para a região Centro-Sul.
	
	b. 
Liberar capitais que seriam aplicados na instalação de indústrias de base e de energia.
	
	c. 
Abandonar o modelo agroexportador em benefício de um modelo urbano-industrial.
	
	d. 
Incentivar a criação de pequenas propriedades produtoras que utilizavam o trabalho livre.
	
	e. 
Estimular a diversificação das atividades econômicas internas e a modernização da economia.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: E
Comentário: no período apresentado, a cultura do café já desenvolvia atividades acessórias que modernizaram a produção no país.
	
	
	
Pergunta 7
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	O processo de industrialização brasileira, esboçado na Primeira República, caracterizou-se por uma estreita dependência com a economia cafeeira porque:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d.
A política de proteção do preço do café por meio da desvalorização cambial incentivava a economia de substituição de importações.
	Respostas:
	a. 
Os governos republicanos, controlados pela oligarquia do café, estabeleciam medidas de proteção à indústria nacional.
	
	b. 
Atenuava o endividamento do Estado brasileiro com o capitalismo internacional, favorecendo os investimentos públicos.
	
	c. 
A monocultura do café consolidou a exploração da mão de obra escrava, garantindo a formação de capital para a indústria.
	
	d.
A política de proteção do preço do café por meio da desvalorização cambial incentivava a economia de substituição de importações.
	
	e.
A economia do período não dependia do afluxo de capitais internacionais, trabalhando com um grau reduzido de endividamento externo.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: as iniciativas de proteção ao setor cafeeiro ensejou o início da industrialização no Brasil dentro de uma filosofia de substituição de importações.
	
	
	
Pergunta 8
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Sobre a Idade do Ouro e dos Diamantes no Brasil colonial, assinale a alternativa incorreta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d.
A Câmara de São Paulo reivindicou, junto ao rei de Portugal, a liberdade da exploração aurífera a todos os brasileiros e estrangeiros (emboabas).
	Respostas:
	a. 
Uma parte do ouro brasileiro foi consumida em Portugal, em especial nos gastos da Corte de D. João V (1706-1750).
	
	b.
A extração de metais preciosos deu origem à intervenção regulamentadora mais ampla que a Coroa portuguesa realizou no Brasil.
	
	c. 
A arrecadação dos tributos sobre o ouro fundamentou-se no sistema do quinto e da capitação.
	
	d.
A Câmara de São Paulo reivindicou, junto ao rei de Portugal, a liberdade da exploração aurífera a todos os brasileiros e estrangeiros (emboabas).
	
	e.
Na base da sociedade da mineração estavam os escravos, embora milhares de imigrantes portugueses livres fossem incorporados principalmente como faiscadores.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: houve incentivo da Câmara de São Paulo para que o Rei concedesse liberdade na exploração de ouro.
	
	
	
Pergunta 9
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	“Muitas vezes, esta denominação para este período tem sido interpretada ao pé da letra, dando a entender que havia um rodízio automático de presidentes mineiros e paulistas e que estes representavam, respectivamente, os interesses do café paulista e do leite mineiro. Bem, as coisas não eram exatamente assim. De fato, o setor de laticínios era de grande importância na economia de Minas Gerais, mas não era a principal atividade econômica desse estado. Havia também a pecuária de corte e, sobretudo, o café. Como muito bem demonstrou a historiadora mineira Cláudia Viscardi, em minucioso trabalho baseado em dados oficiais: ‘[...] ao longo da Primeira República, o café, isoladamente, representou mais da metade do conjunto das exportações mineiras [...]. Esse fato deixava os cafeicultores em uma posição politicamente confortável, na medida em que a garantia dos preços do café era de interesse, não só dos agentes econômicos a ele ligados, como do próprio estado de Minas’. Portanto, o setor cafeeiro era o mais dinâmico do estado de Minas, sendo responsável direto por quase metade da receita fiscal, além de uma série de impostos indiretos espalhados por toda sua cadeia produtiva. (PONTES, José Alfredo Vidigal. “A política do café com leite: mito ou história?” São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2013. p. 16-17).
A partir desse texto e de seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
O autor demonstra o equívoco existente na historiografia tradicional do que se convencionou chamar-se de “política do café com leite”, resumindo-se em uma mera alternância de presidentes oriundos de Minas Gerais e de São Paulo.
	Respostas:
	a.
A hegemonia do setor cafeeiro na República Velha eliminou a política de valorização dos preços do café no mercado internacional, formalizada pelo Convênio de Taubaté na época do Império.
	
	b.
A alternância de presidentes mineiros e paulistas ao longo da República Velha, todos fazendeiros de café, agravou, consideravelmente, a crise das lavouras tradicionais no Nordeste brasileiro.
	
	c.
A crise de 1929, iniciada com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, no dia 29 de outubro (Quinta-feira Negra), teve repercussões econômicas no Brasil, mas não alterou o quadro político e social do país.
	
	d.
Também conhecida como “República dos Coronéis”, a República Velha foi dominada desde 1889 por representantes do setor cafeeiro, principalmente do Vale do Paraíba fluminense e paulista.
	
	e.
O autor demonstra o equívoco existente na historiografia tradicional do que se convencionou chamar-se de “política do café com leite”, resumindo-se em uma mera alternância de presidentes oriundos de Minas Gerais e de São Paulo.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: E
Comentário: com a leitura do texto é possível perceber a incoerência existente em termos de historiografia no que diz respeito à política do café com leite.
	
	
	
Pergunta 10
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	“É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação da República no Brasil que não cite a afirmação de Aristides Lobo, no ‘Diário Popular de São Paulo’, de que ‘o povo assistiu àquilo bestializado’. Essa versão foi relida pelos enaltecedores da Revolução de 1930, que não descuidaram da forma republicana, mas realçaram a exclusão social, o militarismo e o estrangeirismo da fórmula implantada em 1869, isto porque o Brasil brasileiro teria nascido em 1930.” (MELLO, M. T. C. “A república consentida: cultura democrática e científica no final do Império.” Rio de Janeiro: FGV, 2007 – adaptado).
O texto defende que a consolidação de uma determinada memória sobre a Proclamação da República no Brasil teve, na Revolução de 1930, um deseus momentos mais importantes. Os defensores da Revolução de 1930 procuraram construir uma visão negativa para os eventos de 1889, porque essa era uma maneira de:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Legitimar a ordem política inaugurada com a chegada desse grupo ao poder.
	Respostas:
	a. 
Valorizar as propostas políticas democráticas e liberais vitoriosas.
	
	b. 
Resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas à Monarquia.
	
	c. 
Criticar a política educacional adotada durante a República Velha.
	
	d. 
Legitimar a ordem política inaugurada com a chegada desse grupo ao poder.
	
	e. 
Destacar a ampla participação popular obtida no processo da Proclamação.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: quanto à revolução, a interpretação que se faz como história é a de que havia tentativa de legitimar a ordem política com a chegada de um novo grupo no poder.