aconselhaamento e orientação em psicologia

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Faculdade Pitágoras Betim
Aconselhamento e Orientação Em Psicologia
Andreia Verner de Oliveira Felix
Betim
2017
Caso: Carlos
Carlos* tem 42 anos, trabalha como caminhoneiro a 12 anos, casado com Fernanda de 41 anos, tem 2 filhos, uma menina Beatriz de 13 anos e um menino Junior de 19 anos. Calos teve uma vida muito humilde, veio para Minas ainda novo junto com os pais e os 4 irmãos para trabalhar em uma fazenda. Carlos conta que ele é os irmão ajudava os pais onde podia e que aquela situação o deixava muito triste pois mesmo a família trabalhando muito, ainda só tinha o básico, “sabe doutora a vida num era muito ruim não, mamãe trabalha muito na cozinhando e limpando e papai trabalhava no campo, eu sei que eles nós amava e por isso trabalhavam tanto, mas menino pequeno sempre quer as coisas que vê com as outras crianças, ai eu e meus irmão quando via os brinquedos do filho do patrão ficava querendo também, mas que era um tempo bom que não volta mais” (sic). Segundo Carlos eles ficaram muito tempo nessa fazenda, a medida que os filhos iam se formando, passaram a procurar trabalhos fora dessa fazenda. Carlos passou a trabalhar como ajudante de carga e depois de uns anos ele tirou a carteira de motorista, casou teve os filhos, para Carlos até ai estava tudo normal, tudo mudou quando sua mãe morreu de um infarto que teve ao sair para um passeio em família. Carlos conta como foi assustador toda a cena, como ele se sentiu por ter perdido sua mãe, contou de forma chorosa como a vida não parece ser o mesmo como antes, que ele e sua mãe sempre conversava de manhã ates dele ir trabalhar, que ele sente muita falta de passar na casa dos pais e encontrar sua mãe na cozinha, “sabe doutora quando eu saia do trabalho passava na casa da minha mãe, nem que fosse só pra pedir bença e tomar um café”(sic). Carlos diz que não tem mais vontade de trabalhar ou comer, que toda noite, como ele não consegue dormir ele vai no quarto dos filhos e fica olhando eles dormi e fica conferindo se eles estão respirando, que se preocupa muito quando os filhos sai de casa, conta que a filha só sai de casa com ele ou a mãe mas que com o filho já é diferente, o filho trabalha com administração, que gosta de sair ele é muito independente e isso preocupa muito ele que não dorme enquanto o filho não chega, e esse tipo de comportamento também afeta o trabalho de Carlos, que antes sorria muito ria muito mas hoje em dia só se sente triste, quer ficar isolado mais afastado dos outros. Diz que só procurou a Clínica escola porque a esposa esta muito preocupada com ele.
* Todos os nomes usados são fictícios
Analise do caso
Para mim não foi difícil me sintonizar com Carlos, no principio Carlos resistiu um pouco, mas com o passar do tempo, com as minha explicações sobre o espaço, as minhas demostrações de interesse ao que ele falava, ao dizer que ali era um lugar de fala livre, que ele poderia se sentir a vontade, percebi como ele foi relaxando e contando a sua história. A medida que me foi apresentada a sua dor, fui percebendo pontos importantes de ser trabalhado, então eu usava suas falas de forma que eu pudesse ajuda-lo a pensar sobre o que foi dito, por exemplo quando ele me contou que se sentia mal por atrapalhar a vida do filho, pois eles sempre brigavam por Junior sair tanto de casa, o questionei sobre esse sentimento que Carlos tinha e que o impulsionava a querer que o filho cumprisse o seu desejo. Usei algumas da frases de Carlos para responde-lo e assim passei a personalizar o que eu dizia como “ Carlos quando você me conta sobre todos cuidados que tem em relação aos seus filhos, me parece que você tem medo, isso faz sentido para você?”, ao decorrer da terapia Carlos foi percebendo coisas(sentimentos e comportamentos) sobre ele que o impedia de superar a morte de sua mãe e quando chegou nessa parte pude orientar o Carlos sobre pontos muito importantes que o ajudaria a entender esse estado que ele se encontrava. Pude perceber que Carlos esta com muita dificuldade em superar a morte de sua mãe, que o medo da morte o paralisou ao ponto de tentar “controlar” os outros.