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Tarde ensolarada

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Tarde ensolarada
Narração
Nessa tarde amarelada eu acordei um pouco deprimido, entediado como no dia anterior. Triste, lamentei todos os meus amigos estarem ocupados, sem tempo algum para mim. Ainda em pleno meio dia com os raios de sol me ‘fritando’, resolvi ir ao outro lado da rua conversar com seu Jorge, que é dono da melhor barraquinha de suco do bairro. Descendo cuidadosamente as escadas ouvi minha mãe me chamar, - nem sabia que ela estava em casa, - esqueci minha câmera fotográfica. Após voltar e pegar a máquina, com ela no bolso dirigi-me à portaria. Quando cheguei à recepção um dos condôminos mais loucos veio em minha direção; cantando (gritando alto); sambando e todo suado. Ele estava de calcinha; sutiã; peruca e todo purpurinado. Assustado, arregalei meus olhos e estranhei aquela arrumação. Super alegre e agitado, o maluco me agarrou – ele estava usando o crachá de uma empresa – pelo que ouço falar, tenho quase certeza que nem chegara ao trabalho. Ainda me agarrando e também pulando, aos trancos e barrancos eu fui levado à orla de Copacabana – mas quer saber? Eu estava tão desanimado que já estava começando a gostar daquela baderna.
Ao avistar um gigantesco bloco de carnaval nem pensamos duas vezes, caímos de cara no meio dos foliões. Enfim, aderira toda aquela folia, acho que era exatamente daquilo que eu estava precisando. Em seguida eu lembrei da minha câmera no bolso e peguei, por que não registrar esse momento, pensei.
Ao anoitecer me despedira de toda aquela festa e dos novos conhecidos, pois trabalharia no dia seguinte. Todavia, jamais esquecerei daquele momento tão inesperado e ao mesmo tempo tão necessário contra minha deprê da semana de carnaval.

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