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APOSTILA DE JURISDIÇÃO E COMPETENCIA PROCESSO PENAL I

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CURSO DE DIREITO
PROCESSO PENAL I
PROFESSOR : RENÉ ALMEIDA
PROCESSO PENAL I
JURISDIÇÃO
Conceito: É a função estatal exercida com exclusividade pelo poder judiciário (em razão da independência e da imparcialidade de seus membros) consistente na aplicação de normas de ordem jurídica a um caso concreto com a consequente solução do litígio.
É o poder atribuído ao juiz de dizer o direito, isto é, o poder conferido ao juiz de julgar. É própria do Poder Judiciário.
PRINCÍPIOS
No âmbito do processo penal, rege-se a jurisdição pelos seguintes princípios:
a) Indeclinabilidade da jurisdição o Juiz não pode recusar a jurisdição, ou seja, tem que decidir.
b) Princípio do juiz natural (também denominado juiz legal, juiz competente ou juiz constitucional). Tem fundamento no art. 5º, XXXVIII e LIII, CF. “LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida”.
c) Investidura: é necessário ser magistrado; só quem estiver legalmente investido como juiz de direito e se encontrar no exercício das respectivas funções pode desempenhar a jurisdição.
d) Inércia: o magistrado depende da iniciativa das partes, não podendo iniciar, ex officio, uma ação judicial. 
e) Improrrogabilidade: salvo em situações excepcionais expressamente previstas, um juiz não pode invadir a competência de outro.
f) Indelegabilidade: este princípio é consequência do juiz natural, impedindo que venha um juiz a delegar sua jurisdição a órgão distinto.
g) Irrecusabilidade (ou inevitabilidade): não podem as partes recusar a atuação de determinado juiz, salvo nos casos de impedimento ou suspeição.
h) Unidade: a jurisdição é uma só, ou seja, exercida com a finalidade de aplicação do direito objetivo ao caso concreto.
i) Correlação ou relatividade: o juiz, ao proferir sentença, deverá observar a exata correspondência entre sua decisão e o pedido incorporado à denuncia e à queixa. 
Características
Três são as características fundamentais que devem estar presentes na jurisdição para que possa cumprir sua finalidade de aplicação do direito objetivo ao caso concreto e, desse modo, obter a justa composição da lide.
1) Órgão adequado: a jurisdição deve ser exercida pelo juiz (juiz de direito, desembargador ou ministro), vale dizer, autoridade integrante do poder Judiciário.
2) Contraditório: seu exercício deve implicar permissão às partes em propugnar seus interesses em igualdade de condições.
3) Procedimento: necessária a estrita observância ao modelo legal previsto em lei, o que corresponde à seqüência de atos previamente determinada para a pratica dos atos que conduzirão o processo à fase da sentença.
Lei processual que modifica a competência: 
	Lei posterior pode modificar a competência? Ex: crime doloso contra a vida praticado por militar contra civil – antigamente era a Justiça Militar, mas depois de da Lei nº. 9.299/1996 passou a ser competente o Tribunal do Júri. Os processos que estavam na 1ª instância foram encaminhados para o Tribunal do Júri, porque a lei tem aplicação imediata. Assim, lei que altera competência tem aplicação imediata (art. 2º, CPP) - Art. 2o  A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior – princípio da aplicação imediata – “tempus regium actum”), aos processos em andamento na 1ª instância. Não viola o princípio do juiz natural porque o Tribunal do Júri já existia e não foi criado para julgar estes delitos. 
	Para a doutrina, lei que altera a competência somente poderia ser aplicada aos crimes cometidos após a sua vigência (Ada P. Grinouver e Tourinho Filho), porém para a jurisprudência, lei que altera a competência tem aplicação imediata aos processos em andamento, salvo se já houvesse sentença relativa ao mérito, hipótese em que o processo deveria seguir na jurisdição em que ela foi prolatada. Aplica-se o art. 2° do CPP. (STF HC 76.510). 
COMPETÊNCIA
Conceito: É a medida e o limite da jurisdição, dentro dos quais o órgão jurisdicional pode conhecer e julgar determinados litígios.
Espécies de Competência
Em razão da matéria “ratione materiae” estabelecida em razão da natureza do crime praticado; (competência absoluta) jurisdição especial (eleitoral, militar, trabalhista) ou à jurisdição comum (federal ou estadual)
Em razão da pessoa “ratione personae” estabelecida em virtude da função exercida pelo agente; (competência absoluta)
 c) Em razão do local “ratione loci” de acordo com o local em que foi praticado ou Competência funcional fixada conforme função que cada órgão jurisdicional exerce no processo.
■ por fase do processo: de acordo com a fase em que o processo estiver um órgão jurisdicional diferente exercerá a competência. Ex: procedimento bifásico do Tribunal do Júri.
■ por objeto do juízo: cada órgão jurisdicional exerce a competência sobre determinadas questões a serem decidias no processo. Ex: no Tribunal do Júri os jurados decidem matéria referente a existência do crime e autoria, enquanto o juiz presidente é responsável pela fixação da pena.
■ por grau de jurisdição: é a chamada competência recursal. 
Alguns autores ainda dividem em competência horizontal (por fase do processo e por objeto do juízo) e vertical (por grau de jurisdição).consumou-se o crime, ou a o local da residência do seu autor. (competência relativa) art. 69.
DIFERENÇA ENTRE COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA: 
	Competência absoluta 
	Competência relativa 
	Regra de interesse público.
	Regra de interesse da parte.
	Improrrogável/ imodificável
	Prorrogável/derrogável
	Nulidade absoluta : 
- pode ser argüida a qualquer momento;
- prejuízo presumido.
	Nulidade relativa:
- deve ser argüida em momento oportuno, sob pena de preclusão;
- o prejuízo deve ser comprovado.
	Pode ser declarado de ofício.
	Pode ser declarado de ofício 
	Competência em razão da matéria, em razão da pessoa e funcional.
	Competência territorial, competência por distribuição e por prevenção
GUIA DE FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA (Grinover, Scarance, Magalhães) 
	Deve-se passar por ele sempre quando se estiver na dúvida quanto à competência.
Competência de jurisdição: qual é a justiça competente? Justiça comum ou especial?
B) Competência originária: o acusado tem foro privilegiado por prerrogativa de função?
C) Competência de foro ou territorial: qual é a Comarca competente? 
	Ex.: informativo 519 STF: cidadão liga do Rio de Janeiro para uma senhora em Santos constrangendo (extorsão mediante seqüestro). De quem seria a competência territorial, Rio de Janeiro ou Santos? Em regra, em processo penal é no local da consumação da infração, onde a vítima foi constrangida (Santos).
D) Competência de juízo: qual é a vara competente?
E) Competência interna ou de juiz: qual é o juiz competente? 
	Ex.: geralmente há um juiz titular e um substituto.
F) Competência recursal: para onde vai o recurso (qual o órgão recursal competente)?
JUSTIÇAS COMPETENTES: 
	Pode-se dividir a Justiça em especial e comum:
A) JUSTIÇA ESPECIAL: dentre a Justiça especial há: 
■ Justiça Militar; 
■ Justiça Eleitoral; 
■ Justiça do Trabalho;
■ Justiça Política ou Extraordinária (Senado). Julgar o presidente e o vice, por crime de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes das Forças Armadas 
B) JUSTIÇA COMUM: subdivide-se em: 
■ Justiça Federal; 
■ Justiça Estadual. 
JUSTIÇA ESPECIAL
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR
Foi estabelecida pelo texto constitucional de 1988, do qual se infere a seguinte divisão: Justiça Militar Estadual e Justiça Militar Federal.
A Justiça Militar Estadual só julga os militares dos estados (polícia militar e corpo de bombeiros), não julgando civis. 
A justiça militar estadual estava na iminência de ser extinta. Mas foi modificadano art. 125, parágrafo 4 da CF, introduzindo-se a competência cível parar julgar ações judiciais contra atos disciplinares.
Ressalta-se que quando a vítima for civil em crime doloso a competência é do júri e que os juízes militares são agora denominados juízes de direito e não mais juízes auditores.
O parágrafo 5 do art. 125 também diz que os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais disciplinares são agora julgados singularmente pelo juiz de direito sem a participação do Conselho. E o Conselho de Justiça agora é presidido pelo juiz de direito, antigamente era presidido pelo oficial mais antigo.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
Observação: Na Justiça Militar dos Estados o órgão de acusação é o Ministério Público Estadual.
Observação: O órgão de segunda instancia na Justiça Militar dos Estados é o TJ, sendo exceções os Estados do RGS, MG, SP, que tem seus Tribunais Militares.
Observação: Justiça Militar Estadual – (não julga civil) – só julga PM’S e Bombeiros Militares.
Observação: Crime praticado por um membro da força nacional (policial militar/bombeiro) de quem é a competência?
Resposta: Justiça Militar. (Súmula 78, STJ). “78. Compete à Justiça Militar processar e julgar policial de corporação estadual, ainda que o delito tenha sido praticado em outra unidade federativa”.
Observação: Crime de abuso de autoridade praticado por militar, quem julga?
Resposta: Abuso de autoridade, tortura, crimes hediondos não são crimes militares, portanto, não são julgados pela justiça militar. (Súmula 172, STJ). “172. Compete à Justiça Comum processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço”.
Observação: (Súmula 75, STJ). “75. Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar o policial militar por crime de promover ou facilitar a fuga de preso de estabelecimento penal”.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR FEDERAL
A justiça Militar da União está prevista no art. 124 caput e julga tanto civis quanto militares. Esta não foi alvo da emenda que alterou a competência da justiça militar estadual.
Observação: Na Justiça Militar da União tem o Ministério Público Militar.
Observação: O órgão de segunda instância na Justiça Militar da União é o STM.
Observação: Justiça Militar Federal – julga membros das forças armadas e civis (exemplo: dano ao patrimônio das forças armadas). 
EX. Soldado do exercito abandona seu posto de serviço e com um fuzil; que portava pratica delito de roubo contra uma padaria. De quem é competência? Com a revogação do art. 9º, II, f pela Lei n. 9.299/96, crime praticado por militar fora do serviço com arma da corporação é da competência da Justiça Comum. Nesse exemplo, o crime de roubo seria julgado pela justiça estadual, enquanto que o crime de abandono de posto seria julgado pela JMU (HC 90279).
 O julgamento de crimes militares, que podem ser:
a) crime propriamente militar: é a infração específica e funcional do militar (somente o militar pode praticar). Ex.: art. 187 do CPM (deserção).
b) crime impropriamente militar: apesar de comum em sua natureza, cuja prática é possível a qualquer cidadão (civil ou militar) passa a ser considerado crime militar porque praticado em uma das condições do art. 9º do CPM. Ex.: pensionista que recebe pensão dos cofres do Exército que morre, os entes próximos deixam de comunicar isso para ficar recebendo essa pensão. Isso é estelionato contra o patrimônio sobre a administração militar (art. 251 c/c art. 9º, III, a do CPM).
Observação: Quem julga homicídio doloso envolvendo Militares em serviço? 
Resposta: Depende.
 Militar contra civil Tribunal do Júri (art. 9º, parágrafo único do CPM);
 Civil que mata PM em serviço Tribunal do Júri;
 Civil que mata militar das forças armadas em serviço Justiça Militar da União (STJ – HC/ 91.003).
 Soldado que mata soldado em serviço se pertence à União, compete a Justiça Militar da União; se militar do Estado, competirá a justiça militar estadual.
 Militar da União que mata militar do Estado para o STM competente será a justiça militar da União. Para o STF e STJ os militares dos Estados são considerados civis e, portanto, a competência será do Tribunal do Júri.
 PM que mata militar das Forças Armadas em serviço Justiça Militar da União.
Se os jurados desclassificarem para homicídio culposo, a competência não é do juiz presidente, mas sim da justiça militar (STF – RHC/80.718).
Observação: (Súmula 06, STJ). “6. Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar delito decorrente de acidente de trânsito envolvendo viatura de Polícia Militar, salvo se autor e vítima forem policiais militares em situação de atividade”. (Súmula cancelada). Se o delito de transito envolve viatura militar em serviço a competência será da justiça militar, seja a vítima militar, seja vítima civil.
SÚMULAS DO STJ
 ■ SÚMULA Nº 53 “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil acusado de prática de crime contra instituições militares estaduais”. Ex. civil rouba um fuzil de um quartel da PM. Se este mesmo civil pratica crime contra instituições militares da União, será julgado pela JMU.
■ SÚMULA Nº 75 “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar o policial militar por crime de promover ou facilitar a fuga de preso de Estabelecimento Penal.
■ SÚMULA Nº 78 – “Compete à justiça Militar processar e julgar policial de corporação estadual, ainda que o delito tenha sido praticado em outra unidade federativa”. Ex. Força Nacional de Segurança.
■ SÚMULA Nº 90 “Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela prática do crime militar, e à Comum pela prática do crime comum simultâneo àquele”. Ex. militar pratica em serviço abuso de autoridade e lesão corporal. O abuso é crime comum será julgado na justiça comum. Já o delito de lesão corporal será julgado na Justiça Militar.
■ SÚMULA Nº 172 “Compete à Justiça Federal processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço”. O abuso de autoridade não é crime militar. Também a tortura não esta prevista no CPM.
■ SÚMULA Nº 47 “Compete à Justiça Militar processar e julgar crime cometido por militar contra civil, com emprego de arma pertencente à corporação, mesmo não estando em serviço”. Ultrapassada devido a Lei 9.299/96.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL
Prevista, primordialmente, na Constituição Federal, nos arts. 118 a 121, destina-se ao processo e julgamento dos crimes eleitorais tipificados na legislação pertinente. Embora se concentre no Código Eleitoral (Lei 4.737/1965) a maior parte dos tipos penais eleitorais, a este é necessário acrescentar as disposições existentes em leis extravagantes, isto é, outras leis que editadas posteriormente introduziram outros comportamentos típicos visando a adaptar a realidade jurídica às necessidades, peculiares e tecnologia existentes em cada momento histórico.
Compete a ela processar e julgar os crimes eleitorais e conexos. 
Questões: 
■ Crime eleitoral conexo a homicídio doloso. De quem é a competência? Há separação de processos. O crime eleitoral é julgado pela Justiça eleitoral, ao passo que o delito de homicídio será julgado pelo Tribunal do Júri.
■ Crime cometido contra juiz eleitoral À competência será da Justiça Federal, pois se trata de um funcionário público federal. (STJ – CC/45.552).
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição (Art. 114, IV, CF).
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
Caso um juiz do trabalho dê voz de prisão a uma pessoa quem será competente para julgar o HC será o TRF.
Um juiz estadual julgando um processo trabalhista que vem a decretar a prisão do depositário infiel Neste caso o HC deverá ser impetrado no TRT.
A Emenda Constitucionalnº. 45/2004 não atribuiu competência criminal genérica a Justiça do Trabalho. (STJ – CC/59.978).
A JT pode julgar um crime, por exemplo, contra a organização do trabalho? O STF entende que não há essa competência. Para o STF, a JT não tem competência criminal genérica para processar e julgar delitos contra a organização do trabalho (ADI 3684).
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA POLÍTICA OU EXTRAORDINÁRIA:
É do Senado Federal, que está no art. 52, I da CRFB/88:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I – processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
Essa competência estabelecida pela Constituição é em sentido estrito.
Logo, o Senado não tem competência criminal, porque teoricamente ele não está julgando um crime, mas sim uma infração político-administrativa.
Se for crime, a competência é do STF.
JUSTIÇA COMUM
JUSTIÇA FEDERAL
Havendo conexão entre crimes estaduais e federais prevalece à competência da Justiça Federal. (Súmula 122, STJ).  
Súmula n. 122 - STJ 
“Compete a Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a, do Código de Processo Penal”.
Homicídio de Policial Militar conexo com crime federal competência do Tribunal do Júri da Justiça Federal.
 Hipóteses do art. 109, IV, CF.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
IV – os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
 Crimes políticos estão previstos na Lei 7.170/83 “Lei de Segurança Nacional”. Para que possa falar em crime político, necessita de dois requisitos: Motivação política, Lesão real ou potencial pelos bens jurídicos tutelados pelo art. 1º, da Lei 7.170/83.
Observação: (Art. 102, II, b, CF). “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: II – julgar, em recurso ordinário: b) o crime político”. (Ou seja, será julgado por um juiz federal, e o ROC vai diretamente para o STF, sendo este livre para julgar questões de fato e de direito).
 Detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas: 
Observação: Correios no caso de exploração direta da atividade pela EBCT a competência é da Justiça Federal. Mas, se o crime for praticado contra uma franquia a competência será da Justiça Estadual. (STJ – HC/39.200).
Observação: (Art. 297, § 4º, CP). “Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. § 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços”. A competência é da Justiça Federal, pois é contra interesse de uma autarquia federal. 
Observação: Fundação Pública federal é espécie de autarquia, portanto, nos crimes praticados contra fundação pública, a competência recairá sobre a Justiça Federal.
Observação: Conselhos têm natureza autárquica e a competência, portanto, é da Justiça Federal. (STJ – CC/61.121).
Observação: Crimes contra a OAB competência da Justiça Federal.
Observação: Crimes praticados contra sociedade de economia mista competência da Justiça Estadual. (Súmula 42, STJ). “42. Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento”.
Observação: Justiça Federal não julga contravenções penais nem atos infracionais, art.109, IV, da CF/88. (se um juiz federal comete uma contravenção será julgado pelo TRF).
  Bens da união e sua competência (art. 20, CF). 
Observação: Se o bem for tombado pela União será competente a Justiça Federal. Se for tombado por um estado-membro competente será a Justiça Estadual. 
Observação: (Súmulas 208 e 209, STJ). “208. Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal”. “209. Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal”. (STJ – RHC/ 14.870).
Observação: Competência no crime de contrabando e descaminho Competente será o Juiz Federal do local da apreensão dos bens (Súmula 151, STJ). “151. A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens”.
Observação: Competência no crime de uso de passaporte falso O crime de uso de passaporte falso se consuma no local de embarque, independente de o policial federal ter percebido ou não a falsificação (súmula 200, STJ). “200. O Juízo Federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou”. (STJ – CC/46.728).
Observação: Crime praticado por ou contra funcionário público federal no exercício das suas funções Competência da Justiça Federal. (Súmula 147, STJ). “147. Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função”. (Se o funcionário público federal em diligência “exercício de suas funções” pára em um posto de gasolina e mata o frentista, não há o que se falar em “exercício de suas funções”).
Observação: (Súmulas 98 e 254, TFR). “98. Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra servidor público federal, no exercício de suas funções e com estas relacionadas”.
 Falsificação “interesse da união” e sua competência: 
Observação: Falsificação de certificado de conclusão de cursos de 1º e 2º graus. (Súmula 31, TFR). “31. Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento de crime de falsificação ou de uso de certificado de conclusão de curso de 1º e 2º graus, desde que não se refira a estabelecimento federal de ensino ou a falsidade não seja de assinatura de funcionário federal”.
Observação: Falsa anotação em carteira de trabalho sem prejuízo para União (Súmula 62, STJ). “62. Compete à Justiça Estadual processar e julgar o crime de falsa anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, atribuído à empresa privada”. (se ocorre prejuízo para União a competência será da Justiça Federal).
Observação: Falsificação e uso relativo a estabelecimento particular (Súmula 104, STJ) “104. Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino”.
Observação: Papel moeda grosseiro (Súmula 73, STJ). “73. A utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual”.
Observação: Falsificação e falso testemunho na Justiça do Trabalho (Súmula 200, TFR e 165, STJ). “200. Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de falsificação ou de uso de documento falso perante a Justiça do Trabalho”. “165. Compete à Justiça Federal processar e julgar crime de falso testemunho cometido no processo trabalhista”.
Observação: Falsificação e determinação da competência a competência será determinada pelo ente responsável pela emissão do documento. Por sua vez, no crime de uso a competência será determinada pelo ente prejudicado pela conduta. (STF – HC/ 85.773); (STF – HC/ 84.533); (STJ – HC/44.701). 
 Observação: Falsificação de carteira de habilitação de Arrais-amador (é atribuição da Marinha do Brasil expedir carteira, razão pela quala competência para o julgamento da falsificação de carteira de Arrais-amador será firmada na Justiça Militar). (STJ – CC/41.960). Para o STF a competência será da Justiça Federal.
 Crimes ambientais “interesse da união” e sua competência: 
Observação: (Súmula 91, STJ) “Compete a Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra a fauna”. (Súmula cancelada). 
Observação: Em regra os julgamentos dos crimes ambientais são de competência da Justiça Estadual.
Observação: Patrimônio nacional não é tão somente de competência da União STF. RE -335.929 (art. 225, § 4º, CF) “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais”. A competência poderá ser dos Estados-membros.
Observação: Um crime ambiental será de competência federal quando o bem for da União. (Ex: Rios que fazem divisa entre Estados; reserva federal).
Observação: Crime ambiental flagrado pelo IBAMA não tem o condão de ser levado para a Justiça Federal. Permanece na Justiça Estadual.
Observação: Crime de extração de recurso minerais será competente a Justiça Federal. Art. 55 da Lei 9.605/98
Observação: “Rádio pirata” – Competência da Justiça Federal (Art. 183, Lei nº. 9.472/97 c/c art. 21, XI, CF). “Art. 21. Compete à União: XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais”. 
“Art. 183. Desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicação: Pena – detenção de dois a quatro anos, aumentada da metade se houver dano a terceiro, e multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais)”.
Execução penal: Cidadão condenado pela JF, recolhido em prisão estadual, qual será o juízo das execuções? Prevalece que a natureza do presídio determina o Juízo das Execuções. Súmula 192 STJ:
192. Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração estadual.
Cuidado: antigamente não existia presídio federal, agora já existe o contrário da Súmula. Neste caso, como o presídio é federal, a competência é da JF.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
V – os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
 Dois requisitos para incidência do inciso V:
■ Previsão criminal em tratado ou convenção internacional;
■ Internacionalidade do resultado relativamente à conduta delituosa.
Observação: Tráfico internacional de drogas (Art. 70, da lei nº. 11.343/2006) Competência da Justiça Federal. Observe que a substância deve ser considerada entorpecente nos dois países (de entrada e saída da droga). Pois, senão, a competência será da justiça estadual (exemplo: do argentino que é flagrado com “tubos de lança-perfume”; holandês que é flagrado no terminal do aeroporto com maconha).
Observação: Tráfico internacional de drogas cometido por militar em avião da FAB Competência da Justiça Federal. Art. 109.V CF. (STF – CC/ 7.087). Se este mesmo avião da FAB sai de São Paulo levando drogas para Salvador, a competência será da Justiça Militar da União – art. 109, IV e IX da CF. 
Observação: Tráfico internacional de pessoas art. 231, CP Competência da Justiça Federal.
 Observação: Crime de pedofilia pela internet Se for um e-mail enviado para outra pessoa residente no Brasil não existe internacionalidade, portanto, será competente a Justiça Estadual. Por outro lado, se for feito um site estará configurado a internacionalidade “está ao acesso de todos na rede mundial”, configurando, portanto, a competência da Justiça Federal.
Competência territorial, pouco importa a localização do provedor, sendo a competência territorial determinada pelo local de onde emanaram as imagens pornográficas. Será competência da justiça federal. Art. 241, a, do ECA.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
VI – os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
Observação: Tráfico internacional de armas art. 18 da Lei, 10.826/03 Competência da Justiça Federal 
Observação: Transferência Internacional de criança ou adolescente para o Exterior art. 239, ECA Competência da Justiça Federal.
Observação: Adulteração de combustíveis, competência da Justiça Estadual Esta prevista no (art. 1º, da Lei nº. 8.176/91 “Crimes Contra a Ordem Econômica”). Competência da Justiça Estadual. (STJ – CC/32.092); (STF – RE/502.915); 
Observação: Crime contra a organização do trabalho.
Esses crimes estão previsto no Código Penal, entre os artigos 197 a 207.
Atentado contra a liberdade de trabalho
Art. 197 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça:
I - a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a trabalhar ou não trabalhar durante certo período ou em determinados dias:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência;
II - a abrir ou fechar o seu estabelecimento de trabalho, ou a participar de parede ou paralisação de atividade econômica:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
Se o crime contra a organização do trabalho lesa direitos meramente individual, a competência será da Justiça Estadual, é o caso do art. 197. Ex. traficantes obrigam comerciantes a fichar suas lojas, devido a morte de seu líder.
 
Detalhe: compete à Justiça Federal julgar os crimes contra a organização do trabalho, quando violados direitos dos trabalhadores considerados coletivamente. Art. 207 do CP.
Aliciamento de trabalhadores de um local para outro do território nacional
Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território nacional.
Ex. Trabalhadores que vão trabalhar na colheita da cana de açúcar.
Súmula n° 115 do TRF. “Compete a Justiça Federal processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho, quando tenham por objeto a organização do trabalho ou direitos dos trabalhadores considerados coletivamente”.
Observação: Redução a condição análoga de Escravo.
Este crime está previsto no art. 149 do CP, fora do capitulo dos crimes contra a organização do trabalho.
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.
Durante muito tempo, prevalecia o entendimento de que esse delito seria de competência da Justiça Estadual. Porém houve uma modificação nessa posição, passando o STF a entender que este delito é crime contra a organização do trabalho, considerados os direitos dos trabalhadores coletivamente, logo a competência é da JUSTIÇA FEDERAL. (STF, RE 398041)
Observação: Crimes contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira. 
Art. 109, VI, “os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por LEI, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeiro”. A competência será da Justiça Federal.
Observação: Crimes contra economia popular – competência da Justiça Estadual (Súmula 498, STJ). “498. Compete à Justiça dos Estados, em ambas as instâncias, o processoe o julgamento dos crimes contra a economia popular”.
Observação: Crime de lavagem de capitais Em regra a competência é da Justiça Estadual. No entanto, será da competência da Justiça Federal quando praticado contra o sistema financeiro ou quando o crime antecedente for da competência da Justiça Federal. (STJ – HC/11.462); (STJ – RHC/11.918).
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
IX – os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
 Navio Somente as embarcações aptas para navegação em alto mar.
Aeronaves (Art. 106, do Código Brasileiro de Aeronáutica) “considera-se aeronave todo aparelho manobrável em vôo que possa sustentar-se e circular em espaço aéreo mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas”. (Observa-se que não há a necessidade de motor, portanto, asa-delta, planador, são aeronaves).
Observação: Aeronave em solo ou no ar – competência da Justiça Federal Pouco importa se encontra-se em solo ou no ar, em ambos os casos a competência será da Justiça Federal (STJ – RHC/86.998 – RE 463.500). 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
XI – a disputa sobre direitos indígenas.
 Crimes contra índio (Súmula 140, STJ). “140. Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure autor ou vítima”.
Observação: Crime praticado atentando aos direitos indígenas – competência da Justiça Federal (exemplo: conflito de terra envolvendo índios e garimpeiros).
Observação: Crime de genocídio praticado contra índios em regra a competência é do Juiz singular Federal, no entanto, se praticado mediante homicídios, o agente deverá responder pelo crime de genocídio em concurso formal impróprio com os delitos de homicídio em continuidade delitiva. Nesse caso os homicídios serão julgados por um tribunal do Júri Federal, que exercerá força atrativa em relação ao crime de genocídio. (STF – RE/351.487).
JUSTIÇA ESTADUAL
Trata-se de competência residual, abarcando tudo aquilo que não for de competência das jurisdição especiais e da jurisdição comum federal. 
II) LUGAR DA INFRAÇÃO
No art. 70 do CPP caput, estabeleceu, como regra, o lugar da consumação da infração para determinação da competência territorial (teoria do resultado). Praticado o crime, cumpre identificar no território de qual comarca ele se consumou.
Nos crimes tentados, será competente o foro em que foi realizado o último ato de execução.
Na ação penal privada, dispõe o art. 73 do CPP que o querelante poderá preferir o foro de domicilio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. Significa dizer que a vitima poderá escolher se inicia a ação no local onde o crime se consumou, ou se prefere o local de domicilio ou residência do réu.
Os §§ 1° e 2° do art. 70 do CPP, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato executório, se, iniciada a execução em território nacional, a infração se consumar no território de outro pais. Quando o último ato de execução for praticado fora do território brasileiro, a competência será do juiz do lugar onde o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
Exemplo: Juninho na fronteira com o Paraguai, mas ainda no Brasil, desfere algumas facadas contra Cabeção que corre e vem a falecer no Paraguai. Nesse caso, o Brasil teria competência para julgar, já que a execução do crime foi praticada no território nacional. No caso, a competência seria da cidade brasileira em que as facadas foram desferida. 
LUGAR DA INFRAÇÃO
De acordo com o § 3° do art. 70 do CPP, a competência será firmada pela prevenção, quando:
Incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições;
Quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições.
Execução e consumação no exterior – a ação deverá ser ajuizada na capital do estado onde por último houver residido o acusado no Brasil ou, se ele nunca houver residido no Brasil, será competente o juízo da capital da República conforme o artigo 88 do CPP.
Crimes cometidos a bordo de navios e aeronaves – caso a embarcação esteja chegando no Brasil, a competência será do lugar onde estiver situado o 1° porto/aeroporto em que ele chegar, art. 89 do CPP.
Caso a embarcação esteja saindo do Brasil, a competência será do local onde estiver situado o último porto/aeroporto do qual ela partiu, art. 90 do CPP.
Observação: havendo dúvida quanto à competência, está será determinada pela prevenção, art. 91 do CPP.
Exemplos:
 ■ Crime de emissão de cheque sem fundo (art. 171,§ 2° VI, do CP). A consumação ocorre quando o banco sacado (aquele cujo endereço consta no cheque emitido) nega-se a efetuar o pagamento. As Súmulas 521 do STF e 244 do STJ dispõe que “o foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade de emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado”. Em suma, competente é o local em que está situado o banco, de forma que, se uma pessoa tem a conta-corrente em São Paulo e faz uma compra no Rio de Janeiro, o foro competente será São Paulo.
 ■ Crime de estelionato comum, cometido mediante falsificação de cheque (art. 171, caput do CP). Nesse caso, o agente emite chegue de terceiro, fazendo-se passar pelo correntista, falsificando a assinatura deste último. Consuma-se no momento da obtenção da vantagem ilícita, ou seja, no local em que o cheque foi passado. Se uma pessoa faz compra em Fortaleza e falsifica o cheque de pessoa cuja conta-corrente é da Bahia, o foro competente é de Fortaleza, local em que o agente recebeu as mercadorias. Súmula 48 do STJ “ Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque”.
■ Crime de extorsão mediante sequestro. A consumação dá-se no momento em que a vitima é sequestrada, ainda que os agentes não consigam receber o resgate que pretendia. Trata-se de crime permanente cuja consumação se alonga no tempo enquanto a vitima não for liberada. Ex. sequestrou em Salvador e o cativeiro foi em Feira de Santana, o crime consumou em Salvador, mais prolongou-se. Nessa hipótese o art. 71 do CPP, qualquer delas é competente por prevenção.
 
■ Crime praticado em local incerto na divisa de duas ou mais comarca. Nesse caso não sabendo o local exato da consumação, mas se tem certeza de que o ilícito ocorreu entre o trajeto de uma para outra cidade. O art. 70 § 3° do CPP, determina que a competência seja por prevenção.
■ Furto via eletrônica: com muita frequência se tem verificado a hipótese de pessoas que subtraem dinheiro de conta corrente alheia por meio da internet ou com cartão bancário clonado. Ex. se a conta fica em Feira de Santana e o dinheiro é transferido e sacado em caixa eletrônico em Salvador? O crime de furto se consuma no momento da subtração, ou seja, no instante em que o dinheiro é tirado da conta bancária da vitima. Nesse caso o foro competente é a cidade de Feira de Santana.
III) DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU
Previsto no art. 72 do CPP, nos crimes de iniciativa pública, o domicilio ou residência do réu funciona com critério subsidiário ou supletivo, ou seja, não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicilio ou residência do réu. 
Assim, a ação só deverá ser ajuizada no local de domicilio ou residência do réu quando o lugar de consumação do crime for totalmente ignorado.
Quando o réu tiver mais de uma residência, ou quando não tiver residência certa, bem como nos casos em que for ignorado o seu paradeiro, a competência será firmada pela regra da prevenção (§§ 1° e 2° do art. 72, CPP).
Já nos casos em que a infração for ação penal privada, o querelante (vitima) poderá optar entre o local de domicilio ou residência do réu e o lugar de consumação do crime (art. 73, CPP). 
Trata-se, assim, de um critérioalternativo, uma vez que, mesmo que seja conhecido o lugar de consumação do crime, o ofendido poderá optar por processar seu agressor no local do domicilio ou residência do réu. 
IV) DISTRIBUIÇÃO
Esse critério costuma ser utilizado quando todos os outros já foram ultrapassados e, mesmo assim, resta mais de um juiz competente para o julgamento. Exemplo, casos em que, na comarca, há mais de uma vara criminal. Em regra, a distribuição é feita aleatoriamente, ou seja, por sorteio eletrônico, salvo se um dos juízes já estiver prevento.
V) PREVENÇÃO
Quando dois ou mais juízes forem igualmente competente para julgar determinada causa, a competência será determinada pela prevenção, isto é, aquele que primeiro tomar conhecimento do processo é que será competente (neste caso, fala-se que ele está prevento). A distribuição de inquérito policial, a decretação de prisão preventiva, a concessão de fiança ou a determinação de qualquer diligencia (exemplo: busca e apreensão), mesmo que antes do inicio do processo, torna o juiz prevento.
Observação: lembre-se de que a decisão de habeas corpus não torna o juiz prevento para conhecer de futura ação penal. Isso significa que ainda que o HC tenha sido concedido pelo juiz da 5ª Vara Criminal, nada impede que a denuncia seja distribuída para a 3ª Vara e o processo comece lá. 
VI) PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
Com efeito, determinadas pessoas, não em razão de suas características pessoais, mas em razão do cargo ou função pública que exercem, possuem, nos termos da lei, foro especial ou por prerrogativa de função. Ou seja, serão processadas já em algum tribunal, e não perante o juiz de primeiro grau. 
Tal prerrogativa existe em função do cargo ou função pública desempenhados e não em razão da pessoa. Consequentemente, caso o agente deixe o cargo (exoneração, aposentadoria etc.), perderá o direito ao foro especial. Chamo atenção para o fato de que a Lei n. 10.628/2002, que deu nova redação ao art. 84 do CPP, foi julgada inconstitucional pelo STF, razão pela qual, hoje, não há qualquer exceção a essa regra. Ainda que o crime se refira a atos administrativos do agente e tenha sido praticado enquanto ele se encontrava no exercício do cargo ou função, não haverá mais direito ao foro especial, caso a pessoa deixe de ocupar o cargo ou função.
a) Supremo Tribunal Federal: nos crimes comuns, será competente para julgar o presidente da República, o vice-presidente da República, os membros do Congresso Nacional (deputados federais e senadores) os ministros do STF, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União (todas essas autoridades, nos crimes de responsabilidade, serão julgadas pelo Senado Federal, art. 52, I, CF/88, com exceção dos deputados federais, que serão julgados pela Câmara dos Deputados), os comandantes do exercito, Marinha e Aeronáutica, ministros do STJ, ministros do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática.
b) Superior Tribunal de Justiça: nos crimes comuns, será competente para julgar os governadores de Estado e do Distrito Federal. Nos crimes comuns e de responsabilidade compete ao STJ julgar os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e dos Tribunais Regionais do Trabalho (os desembargadores federais) os membros dos tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os membros do Mistério Público da União que oficiem perante tribunais.
c) Deputados estaduais e distritais: poderão ser julgados em quatro locais diferentes a depender do tipo de infração cometida: I) Nos crimes de competência estadual, serão julgados pelo Tribunal de Justiça. II) nos crimes de competência federal, serão julgados pelo TRF. III) Nos crimes eleitorais, pelo Tribunal Regional Eleitoral. IV) Nos crimes de responsabilidade, serão julgados pela Assembleia Legislativa do respectivo Estado.
d) Os Prefeitos seguem regra semelhante: nos crimes de competência estadual, serão julgados pelo Tribunal de Justiça (art. 29, X, CF). Nos crimes de competência federal, serão julgados pelo Tribunal Regional Federal. Nos crimes eleitorais, pelo Tribunal Regional Eleitoral. Finalmente, nos crimes de responsabilidade, serão julgados pela Câmara dos Vereadores. 
e) Os juizes de 1ª instância serão julgados pelo Tribunal a que estiverem vinculados (exemplo: Tribunal Regional Federal, Tribunal de Justiça). A única exceção fica por conta dos crimes eleitorais, em que serão julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral. Também os membros dos Ministérios Públicos dos Estados serão julgados pelo Tribunal perante o qual atuarem, salvo nos crimes eleitorais, em que serão julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Observação: o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Tem regra diferente seus promotores de justiça serão julgados pelo Tribunal Regional Federal, ao passo que seus procuradores de justiça serão julgados pelo STJ.
CONEXÃO E CONTINÊNCIA.
Observação: são critérios que não determinam a competência, mas sim alteram.
 
CONEXÃO (art. 76, CPP): (interligação entre duas ou mais infrações)
 
Art. 76. A competência será determinada pela conexão:
I – se, ocorrendo duas ou mais infrações/, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas (intersubjetiva por simultaneidade)/, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar (intersubjetiva por concurso)/, ou por várias pessoas, umas contra as outras (intersubjetiva por reciprocidade);
Conexão Intersubjetiva Envolve vários crimes e várias pessoas obrigatoriamente:
Intersubjetiva por simultaneidade Ocorre quando duas ou mais infrações penais são cometidas, simultaneamente, por duas ou mais pessoas reunidas (normalmente em situações de tumulto). 
Ex: vários torcedores invadem um campo de futebol para agredir o árbitro e depredam também o estádio (02 crimes).
b) Intersubjetiva por concurso Duas ou mais infrações cometidas por duas ou mais pessoas em concurso, embora diversos o tempo e lugar. Ex: quadrilha de sequestradores em que um executa o sequestro, outro planeja a ação, um terceiro vigia o local, outro negocia o resgate etc.).
 
c) Intersubjetiva por reciprocidade quando duas ou mais infrações são cometida por várias pessoas de maneira reciproca, isto é, umas contra as outras. Ex: lesões corporais recíproca, briga entre torcedores fora do estádio. Os fatos são conexos e devem ser reunidos em um mesmo processo.
2) Conexão Objetiva / Lógica / Material 
 
a) Teleológica: Ocorre quando uma infração é cometida com o intuito de garantir a execução de outro. (art. 76, II). 
Ex. matar o segurança para sequestrar o empresário.
b) Consequencial: dá-se quando uma infração é cometida com o fim de assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem de outra infração penal. Ex. ocultar o cadáver após o homicídio, matar a testemunha de um crime, um dos comparsas espanca o outro para ficar com todo o produto do furto.
 
Conexão Instrumental / probatória / processual a prova de um crime influencia na existência de outro. (art. 76, III).
Ex: a prova quanto a origem criminosa ou não de determinada mercadoria (refere-se ao furto) também servirá como prova no delito de receptação.
CONTINÊNCIA
 
É o vinculo que une vários infratores a uma única infração, ou a reunião de várias infrações em um só processo, por decorrerem de conduta única.
duas espécies:
I) Continência por Cumulação Subjetiva: 
ocorre quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração penal (concurso de pessoas. Note que, na conexão por concurso, temos duas ou mais infrações penais cometidas em concurso. Já na continência, existe uma única infração penal sendo praticada em concurso de pessoas. Aqui o vinculo se estabelece entre os agentes e não entre as infrações.
 
Ex. Juninho e Cabeção provocam a morte de seu desafeto, sendo Juninho o autor e Cabeção o participe.
II) Continênciapor Cumulação Objetiva:
 
ocorre quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, comete duas ou mais infrações penais (é o chamado concurso formal de crimes previstos no art. 70, CP). O sujeito pratica uma única conduta, dando causa a dois ou mais resultados.
 
Ex. Juninho querendo causar a morte de Cabeção, e sabendo que este faria uma viagem para o exterior, coloca um explosivo no carro que, além de causar a morte de Cabeção, provoca também a morte de sua família e do motorista. Neste exemplo, temos uma única ação criminosa (colocação do explosivo) e vários crimes (morte de Cabeção, do motorista e da família).
Regras de atração ou Foro Prevalente (efeitos da conexão e da continência)
 
enseja a reunião de processo; um dos juízos exerce força atrativa devendo avocar os processos que corram perante os outros juízos, salvo se já estiverem com sentença definitiva.
Súmula 235 do STJ. “ A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado”.
Justiça Comum X Justiça Especializada = Justiça Especializada;
Justiça Estadual X Justiça Federal = Justiça Federal (Súmula 122 do STF);
Justiça Comum X Júri = Júri, exemplo: caso o crime de homicídio seja conexo com a ocultação de cadáver, ambos serão julgados pelo Tribunal do Júri. Conclui-se então, que o Tribunal do Júri tem competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, bem como aqueles que lhe sejam conexos (ainda que estes últimos não sejam dolosos contra a vida);
Foro Especial X Foro Especial = se duas ou mais autoridades que tenham foro especial cometerem um crime, nos termos da Súmula 704 do STF, ambas serão julgadas pelo foro de maior graduação. Assim, se um deputado federal e um governador, em concurso, forem acusados de cometer uma infração penal, ambos serão julgados pelo STF.
e) Foro especial + “Pessoa Comum” + crime que não seja doloso contra vida: caso uma autoridade que tenha foro especial cometa, em concurso, um crime (que não seja doloso contra a vida) acompanhado de uma pessoa sem foro especial, este será julgado pelo foro competente para julgar a autoridade (atração);
f) Foro especial + “Pessoa Comum” + crime doloso contra vida: caso uma autoridade que tenha foro especial cometa, em concurso, um crime (doloso contra a vida) acompanhado de uma pessoa sem foro especial, a autoridade será julgada pelo seu foro especial enquanto a pessoa comum será julgada pelo Tribunal do Júri (ocorre uma separação de processos).
Exemplo: Se um governador, acompanhado de Juninho (pessoa sem foro especial) cometerem, em concurso, um homicídio, o governador será julgado pelo STJ e Juninho será julgado pelo Tribunal do Júri.
Atenção: a Súmula 721 do STF “a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual”. Sendo assim, se o Secretario de Segurança Pública cometer um homicídio doloso, deverá ser julgado pelo Tribunal do Júri e não pelo Tribunal de Justiça (o foro especial dos secretários de estado decorre das Constituições Estaduais. De acordo com a súmula o Tribunal do Júri tem prevalência nesse caso.
SEPARAÇÃO DE PROCESSOS em quais hipóteses, havendo conexão e continência haverá a separação de processos?
 
Art. 79.  A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar;
II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores.
§ 1º Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se, em relação a algum co-réu, sobrevier o caso previsto no art. 152. (sobrevier doença mental, o processo deverá ficar suspenso até que ele se restabeleça).
 
■ No concurso entre a justiça comum e a militar haverá separação obrigatória de processos.
 
■ Concurso entre a justiça comum e os juizados da infância e adolescência.
 
■ Doença mental superveniente em relação a um dos acusado suspensão do processo para o “doente” e prosseguimento para os demais.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA O CPP trata de conflito de jurisdição ou conflito de competência é o que a maioria da doutrina adota, previsto nos arts. 113 a 117, CPP.
Ocorre quando dois juízes se dizem competente, conflito positivo ou dois juízes se dizem incompetentes, conflito negativo para julgar determinada delito. Ocorre também nos casos de reunião de processos, salvo se um deles já tiver transitado em julgado – 
Súmula 59 do STJ “Não há conflito de competência se já existe sentença com transito em julgado, proferida por um dos juízos conflitantes”.
O referido conflito pode ser requerido pela parte interessada, pelo Ministério Público ou pelos próprios juízes ou tribunais envolvidos mediante oficio.
I)STF (art. 102, CF) – julga conflitos entre o STJ e qualquer tribunal, entre tribunais superiores, entre tribunais superiores e qualquer outro tribunal.
II) STJ (art. 105, CF) – julga os conflitos entre tribunais, ressalvadas as competências do STF, entre tribunal e juiz a ele não vinculado, ou entre juízes vinculados a tribunais diferentes.
III) TSE – julga o conflito entre juízes eleitorais de estados diferentes e entre os TREs.
IV) TRE – é competente para julgar o conflito entre juízes eleitorais do mesmo estado da federação.
V)TRF – é competente para julgar os conflitos entre juízes federais a ele vinculado, bem como o conflito entre juiz federal e juiz estadual no exercício da competência federal – Súmula 03 do STJ “Compete ao Tribunal Regional Federal dirimir conflito de competência verificado, na respectiva região, entre Juiz Federal e Juiz Estadual investido de jurisdição federal”.
VI) TJ – é competente para julgar o conflito entre juízes estaduais a ele vinculados, bem como o conflito entre juiz estadual e juiz militar da justiça local.
Atenção: conflito de atribuições entre dois promotores de justiça será resolvido pelo Procurador-Geral (se for promotores do mesmo Estado);
Se ocorrer conflito de atribuições entre Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual será competente para resolver o STF.

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