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Conversores Digital-Analógico (CDA ou DAC) e Analógico-Digital (CAD ou ADC) Importância do estudo dos Conversores Analógicos/Digitais (ADC) e Digitais/Analógicos (DAC): - A comunicação de dados através de sinais digitais é mais eficiente do que a comunicação por sinais analógicos: maior imunidade a ruídos e, portanto, maior robustez e maior confiabilidade. - O processamento de sinais digitais também é realizado de forma mais eficiente do que o processamento de sinais analógicos: microprocessadores. Introdução A D D A Amplif. Processamento Digital Da mesma forma que é impraticável a aquisição do sinal a todo instante de sua evolução, também o é a conversão para digital do sinal adquirido com uma resolução infinita, uma vez que isto implicaria em um número digital de largura da palavra infinita. Significa que, para que possamos armazenar e processar o número convertido para digital com um número de bits praticável (digamos, 8, 12 ou 16 bits), deveremos abrir mão da fidelidade da conversão, aceitando um erro (ou ruído) de discretização de amplitude. A cada instante discreto de conversão, o sinal é aproximado (arredondado ou truncado) para o valor permissível mais próximo. O número de valores discretos é dependente do número de bits (largura da palavra) do conversor usado. O conceito de resolução está ligado ao passo de discretização P, dado por: F.D.: faixa dinâmica n: número de bits Para uma mesma faixa dinâmica de conversão, quanto maior a largura da palavra n, menor será o passo P, e portanto melhor será a resolução (menor a incerteza sobre o correto valor). Etapas de conversão AD O procedimento de conversão envolve as etapas de Amostragem, Retenção, Quantificação e Codificação. - x(n): sinal discreto - X(n): sinal quantizado - Interface: conversão série/paralelo e/ou "latching" Codificação Consiste em converter os valores de tensão amostrados para valores correspondentes à escala disponível no conversor A/D. Ex: sinal de vídeo de 0 a 5V com um conversor A/D de 8 bits: - Quantificação = 5/(28) = 0,0195V por nível. - Codificação = cada nível vale 1 unidade binária. Codificação Conversores AD Conversores Analógico-Digital (AD) Converte uma grandeza analógica em uma informação digital que possa ser processada por um circuito lógico, como por exemplo um microprocessador ou um computador. Exemplo de uso: processamento da tensão obtida na saída de um sensor numa máquina industrial ou num dispositivo de controle. Conversor AD O processo de conversão AD é geralmente mais complexo e consome mais tempo do que o processo DA. Símbolo: Conversor AD Como um conversor digital não realiza uma conversão instantânea, o valor analógico de entrada deve necessariamente ser mantido constante durante o período de tempo em que o conversor realiza a conversão (chamado de tempo de conversão). Um circuito de entrada sample and hold executa esta tarefa, geralmente com o uso de um capacitor para armazenar a tensão analógica de entrada, e uma chave eletrônica para desconectar o capacitor da entrada. Vários circuitos integrados ADC incluem internamente um subsistema sample and hold. Conversor AD de Integração simples (rampa simples) Utiliza um contador crescente, um integrador inversor, e um comparador analógico Nesse conversor temos: • Um integrador com constante de tempo de integração RC - sua entrada é uma tensão de referência ‘–VRef’ • Uma chave eletronicamente controlada para zerar o integrador (descarregar o capacitor) – entrada de controle ativa em nível baixo; • Um comparador analógico com saída compatível TTL que compara a tensão desconhecida ‘Vi’ (que se pretende converter para digital) com a saída do integrador; • Um bloco digital, funcionando como uma máquina de estado, que faz o controle do conversor e a interface com o sistema que se utiliza do conversor (cliente), como por exemplo um microprocessador. Funcionamento: Com o conversor inativo, a entrada start (ativa no nível alto) está em "0", e a saída Q do flip-flop também está zerada ("0"), garantindo o fechamento da chave eletronicamente controlada (entrada de controle ativa no nível baixo), mantendo o capacitor de integração descarregado, e inibindo o incremento do contador (count em "0"). A saída do integrador estará também em zero volts, fazendo com que qualquer tensão a ser convertida, Vi, diferente de zero (positiva) mantenha a saída do comparador em "1". Para iniciar uma conversão, aplica-se nível alto em start. No próximo clock Q estará em nível alto, abrindo a chave, permitindo a integração de –VRef (produzindo uma rampa crescente), ao mesmo tempo que libera a contagem no contador (count = "1"). start pode ser levado novamente a "0", mas o flip-flop continua com Q = "1“ devido à realimentação pela porta OU. Quando a rampa ultrapassar o valor em Vi, a saída do comparador irá para "0", congelando a contagem e zerando novamente o flip-flop no próximo clock (Q = "0"). O próprio sinal count serve também como indicativo de fim de conversão, ativo em nível baixo (!EOC) para que o sistema cliente possa saber quando o barramento de saída conterá o valor válido da conversão. O sistema cliente então, à sua conveniência, aplica nível alto em OE para abrir o conjunto de buffers tri-state e ler o conteúdo do contador, que é proporcional ao valor analógico em Vi. Obs.: supõe-se que haja um mecanismo de ‘zeramento’ do contador antes de cada nova conversão. Maior tempo permitido pelo contador, até atingir sua contagem máxima: Máxima tensão atingida pela rampa do integrador correspondendo a Tmax: Obs.: Vmax deverá ser inferior à tensão de saturação do amplificador operacional a fim de manter a linearidade da rampa. O passo de conversão P será a tensão correspondente a um único período de clock (Tclock): O número de clocks (que corresponderá ao valor N da contagem) necessários para atingir Vi será a parte inteira (truncamento) de Vi/P Obs.: O erro de conversão (de discretização) será a parte fracionária (módulo) da divisão Vi/P, podendo portanto variar de 0 a P. Exemplo: Considere um conversor de 8 bits (n = 8), com R = 10 KΩ, C = 25,5nF, Fclock = 1MHz, VRef = 5V, e que Vi possui faixa dinâmica de 0 a 5V. Na conversão de uma tensão Vi = 3,7896V, o resultado seria int(193,2696D) = 193D = C1H = 11000001B. Uma vez de posse deste valor digital, tudo o que poderemos dizer sobre Vi é que seu valor situa-se entre os valores analógicos correspondentes aos valores digitais C1H e C2H (193D e 194D), ou seja, entre 3,7843V e 3,8039V (usando 4 casas decimais). Opcionalmente, para um conversor como este que trunca em vez de arredondar, poderemos adicionar metade do passo P para obter (via programa) um valor correspondente ao arredondamento. Neste exemplo obteríamos 3,7941. Quando o sistema é escasso em recursos, como um pequeno microprocessador ou microcontrolador em uma aplicação dedicada, normalmente trabalha-se diretamente com o valor inteiro (193D = C1H). Conversores AD de Rampa em Escada Requer pouco hardware e é barato. Tempo de conversão depende do valor do sinal de entrada e pode ser muito longo: até 2n períodos de clock para um conversor de n bits. Conversores AD de Rampa em Escada Conversor AD Flash n Vref passo 2 Também chamado de Paralelo, Simultâneo ou com Comparador. Conversor AD Flash Para arredondamento: Ri=R/2 e Rf = 3R/2 Com estes valores, a primeira tomada de comparação é 0,5P, a segunda é 1,5P, e assim por diante, até a última que será (2n -1,5)P. Conversor AD Flash Ex. para n=2: Passo= Vref/4 i = Vref/4R Última tomada: (2n -1,5)P = 2,5P Conversor AD Flash Também chamado de Paralelo, Simultâneo ou com Comparador. É extremamente rápido (operação virtualmente instantânea, limitada pelos atrasos de propagação dos componentes). Saída possui sempre o sinal de entrada (isto porque a conversão é praticamente instantânea); Circuito pode ser excessivamente grande se o número de bits for alto: 2n – 1 comparadores para um conversor de n bits; Precisa de sinal de tensão de referência externa. Conversores DA Conversores Digital-Analógico (DAC) Conversores DA são dispositivos que transformam um número digital binário de entrada em uma variável analógica (tensão ou corrente) de saída, proporcional ao número digital. Conversor DA de Resistências Ponderadas Conversor DA de Resistências Ponderadas Consiste basicamente em um amplificador somador; As tensões somadas são 0 ou Vcc, para os níveis lógicos baixo e alto; Cada tensão é somada de forma ponderada (peso), e tal ponderação é dada pela relação entre os resistores R0 e Ri, onde i representa a entrada; Um conversor de grande número de bits exige resistores com uma faixa de valores muito grande: Conversor de 10 bits terá na entrada LSB um resistor de resistência 512 vezes maior que a do resistor da entrada MSB: difícil de ser implementado com precisão. Tolerância dos resistores. Conversor DA BCD para 2 ou mais Algarismos Conversor DA de Rede R-2R Entrada digital Saída analógica Considerando A1A2A3A4 = 1000, teremos: Conversor DA de Rede R-2R Calculando o resistor equivalente antes a entrada A1 teremos: Analogamente, podemos calcular a tensão de saída para outras entradas: Conversor DA de Rede R-2R Pelo teorema da superposição: Rede R-2R Ex.: Vcc = 7,5 V Conversor DA tipo escada (ladder) Rede R/2R • Não apresenta o problema da necessidade de ampla faixa de valores para os resistores: a diferença é de apenas o dobro do valor; • Uso de Amplificador Operacional melhora o acoplamento entre o conversor e o restante do circuito, além de oferecer um ganho ao sinal. Conversor DA – Rede R/2R Conversor DA – Rede R/2R Onde P é o passo de discretização, que é a menor quantidade que o conversor pode resolver. )248( 16 16842 0123 012300112233 bbbb R V I I b I b I b I bIbIbIbIbI REF out REFREFREFREF out 1 0 1 0 1 0 22 2 e 2 2 n i i i n i i if n REF out n i i i n REF out bPb R RV Vb R V I A corrente em cada resistor 2R é metade daquela no resistor anterior. Corrente que circula no resistor de realimentação depende da ligação das chaves, que são controladas pelos bits de entrada (entrada digital). A corrente total que circula na rede R-2R é constante, independente da posição das chaves! Isso faz com que a dissipação seja constante, o que provoca estabilização de temperatura: grande estabilidade e precisão. Conversor DA – Rede R/2R Conversor DA – Exemplo Computador DAC. . . Amplificador de corrente M I OUT 0-2 mA 0-1000 RPM Simulação 1 – DAC: Simulação 2 – ADC/DAC:
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