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TAILA AVILA BALADORE ARTIGO CIENTÍFICO: Doença de Legg – Calvé – Perthes São Miguel do Oeste 2017 TAILA AVILA BALADORE ARTIGO CIENTÍFICO: Doença de Legg – Calvé – Perthes Artigo científico desenvolvido sobre a Doença de Legg Calvé Perthes, o qual discorre sobre a patologia e como a fisioterapia atua auxiliando. Professor: William Gustavo Woitchunas São Miguel do Oeste 2017 RESUMO Este presente artigo expõe sobre a doença de Legg – Calvé – Perthes (DLCP), a qual especifica-se por se tratar de necrose avascular da epífise proximal do fêmur, mas que tem sua origem ou etiologia desconhecida. Esta doença acomete o quadril, região medial da coxa, podendo se estender até o joelho. Esta tem mais chance de ser tratada se for diagnosticada precocemente e quanto mais novo o indivíduo for. A fisioterapia é uma das melhores causas de tratar a doença e está presente em várias formas de tratamento, buscando sempre melhorar a qualidade de vida do paciente e tentando tornar suas vidas para o mais próximo de uma pessoa saudável possível. Palavras-chave: Legg – Calvé – Perthes. Doença. Necrose. Fisioterapia. ABSTRACT This article discusses the disease of Legg – Calvé – Perthes (DLCP), which is specified because it is avascular necrosis of the proximal epiphysis of the femur, , but which has its origin or unknown etiology. This disease affects the hip, medial region of the thigh, and can extend to the knee. This is more likely to be treated if it is diagnosed early and the younger the individual is. The physiotherapy is one of the best causes of treating the disease and is present in various forms of treatment, always seeking to improve the patient's quality of life and trying to make their lives as close to a healthy person as possible. Keywords: Legg – Calvé – Perthes. Disease. Necrosis. Physioterapy. INTRODUÇÃO: Há pouco mais de um século, por volta de 1910, a doença de Legg – Calvé – Perthes (DLCP), começou a ser estudada por Arthur Legg, Jacques Calvé e Georg Perthes e chegaram à conclusão de ser uma necrose avascular da epífise proximal do fêmur, porém sua etiologia, até os dias atuais, é uma incógnita, já que não descobriram o que motiva a obstrução sanguínea a qual transita na cabeça femoral (GUARNIERO, 2011; MATOS, 2013). Uma das queixas mais comuns, além da claudicação, é a dor aleatória no quadril, na região da virilha ou na região medial da coxa, podendo se estender para o joelho. Outra característica é a restrita amplitude articular de movimento, pois a abdução, flexão e a rotação interna de quadril têm suas funções prejudicadas. Seu diagnóstico é revelado através de radiografia dos dois planos da pelve lateral e antero-posterior, além de outros exames complementares como a ressonância magnética para se ter um auxílio e uma maior clareza da confirmação da doença (BRECH, 2016; MATOS, 2013; SILVA, 2016). Esta doença é pouco comum, uma vez que acomete 15 a cada 100 mil crianças, em faixa etária de 2 até 16 anos, tendo sua maior incidência em torno dos 6 anos, é mais freqüente em meninos do que meninas, e sua incidência é maior em indivíduos de classe média baixa ( BRECH, 2016; GUARNIERO, 2011). DESENVOLVIMENTO: O tratamento da doença de Legg Calvé Perthes, no geral, consiste em amparar uma melhor morfologia concebível da articulação do quadril para manter uma mobilidade articular e desviar a degeneração precoce, além do alívio da dor. Quanto mais cedo forem tratados os pacientes, maiores são as chances de se obter um melhor prognóstico. E a fisioterapia é uma das maneiras primordiais para auxiliar nesse processo (BRECH, 2016). A terapia depende do grau da severidade da doença em cada indivíduo e se dá basicamente, por exemplo, por mobilização articular realizada por profissionais fisioterapeutas, para a melhora da amplitude de movimento do quadril, diminuindo a carga excessiva na articulação. Além disso, também se utiliza tração para diminuir a dor e o espasmo muscular, repouso e impedimento da extrusão da cabeça do fêmur, recuperando sua forma globular. A cinesioterapia também tem grandes interferências benéficas, ainda mais quando feita prematuramente (MATOS, 2013). A fisioterapia aquática também é uma ótima opção de terapia, pois além de proporcionar um ambiente, na maioria das vezes, chamativo para as crianças, também visa o fortalecimento dos pacientes, e a temperatura morna da água possibilita um melhor ganho de amplitude de movimento. Da mesma forma o treinamento da marcha costuma ser mais produtivo dentro da água, por conta da sua resistência natural. E, posteriormente, este ambiente também ajuda o paciente a resgatar ou adquirir maior confiança em suas práticas funcionais por poder realizar seus exercícios sem receios e com mais liberdade (SILVA, 2013). Mas o melhor tipo de tratamento e terapia vai variar de acordo com cada criança, e este pode se tornar muitas vezes dificultoso ou demorado por depender do acompanhamento clínico, exames e de qual recurso terapêutico que o paciente melhor se adapta e apresenta melhores resultados (GUARNIERO, 2011). DISCUSSÃO: Segundo Matos et al (2013), foram estudados 11 pacientes portadores de DLCP, os quais fizeram cirurgia de osteotomia de Salter e tenotomima de adutores de quadril, e apresentavam comprometimento unilateral, sendo 7 esquerdo e 4 direito, e a estes foi aplicada fisioterapia envolvendo exercícios ativos e passivos que visavam ganho de amplitude de movimento do quadril e fortalecimento dos músculos do quadril e do joelho. Os resultados foram satisfatórios pois houve sucesso em todos os objetivos da terapia, exceto em algumas locomoções específicas do quadril como extensão, adução e abdução não tiveram o resultado desejado apenas pelos exercícios não priorizarem tais movimentos. Inclusive houve também um grande ganho de força nos grupos musculares experimentados. Conforme Felício et al (2005) apud Araújo (2010), em paciente com DLCP foi efetuada artrodiastase do quadril e fisioterapia, com o objetivo de melhorar seus movimentos funcionais dos membros inferiores e reabilitação de sua amplitude de movimento, juntamente com a recuperação da função dos músculos do quadril e do joelho. Este tratamento incluiu alongamento e exercícios isométricos para os músculos do quadril, fortalecimento e atividades de corridas, por exemplo. Os resultados apresentaram notáveis amplitudes de movimento no quadril gradativamente e também efeitos satisfatórios na função muscular do membro afetado. Este estudo demonstrou uma boa sugestão para crianças em recuperação da doença de DLPC sujeitas à instalação do artrodistrator. Consoante Brech et al (2006) apud SILVA (2013), foi realizado um estudo com 20 pessoas portadoras de DLPC, as quais foram tratadas por meio de fisioterapia com a finalidade de avaliar os benefícios de tal terapia, mediante avaliações radiográficas e físicas. Os resultados foram primordiais para ganhos de amplitude de movimento e força muscular do quadril, no entanto não demonstraram modificação no quadro radiográfico. CONCLUSÃO: Diante do exposto é possível afirmar que a fisioterapia é uma forma de tratamento eficaz para a doença de Legg Calvé Perthes ou DLPC, pois através de pesquisas podemos observar que o fortalecimento e a amplitude de movimento dos pacientes realmente melhoram com a terapia. Mas a DLPC é uma doença que precisa de muitos estudos ainda, pois seus tratamentos são pouco específicos e mais conhecimento sobre este assunto ajudaria a encontrar a causa da patologia e também auxiliaria os profissionais a atuarem com mais confiança ao tratar seus pacientes. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Heitor F.C. Efetividade do tratamento fisioterapêutico na doença de Legg-Calvé-Perthes. Catalão – GO, 2010. Disponível em: http://www.portalcatalao.com/painel_clientes/cesuc/painel/arquivos/upload/temp/304ca1c690e29d06964c834081ae69a6.pdf. Acesso em11 nov. 2017 BRECH, Guilherme Carlos et al. Tratamento fisioterapêutico da doença de Legg-Calvé-Perthes: relato de caso. São Paulo, 2016. Disponível em: file:///C:/Users/Cliente%20Especial/Downloads/75624-102675-1-SM.pdf. Acesso em 11 nov. 2017 GUARNIERO, Roberto. Doença de Legg-Calvé-Perthes:100 anos. São Paulo, 2011. Disponível em :http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162011000100001. Acesso em 11 nov. 2017 MATOS, Aerolino Pena et al.Reabilitação física em portadores de Legg-Calvé-Perthes após osteomia de Salter – protocolo de orientação domiciliar. Taubaté – SP, 2013. Disponível em:http://web.a.ebscohost.com/ehost/pdfviewer/pdfviewer?vid=1&sid=371ee44e-3fa0-4729-9e2c-01fafde5a9c3%40sessionmgr4006. Acesso em 11 nov. 2017 SILVA, Leilianne Bomfim de Abreu et al. A importância e os benefícios do tratamento fisioterapêutico em pacientes portadores da doença de Legg-Calvé-Perthes. Buenos Aires, 2013. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd181/tratamento-da-doenca-de-legg-calve-perthes.htm Acesso em 11 nov. 2017 SILVA, Nathalya Rodrigues et al. Abordagem fisioterapêutica na doença de Legg- Calvé-Parthes. Taubaté – SP, 2016. Disponível em: http://www.rescceafi.com.br/vol6/n2/artigo04pags47a55.pdf. Acesso em 11 nov. 2017
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