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Sistema Digestório em Peixes Medicina Veterinária 2º Ano – B Lorena Melo Magalhães Mariana de Almeida Viana Samira Adil Ahmad Andradina 2018 Profª. Dra. Renata Alari Chedid Citologia e Histologia Especial Existem diferenças tanto na morfologia quanto nas funções dos órgãos do tubo, retratando a elevada diversidade dos peixes e suas diferentes posições na cadeia trófica. Essas diferenças podem ser relacionadas com o hábito alimentar da espécie, sendo que: Carnívoros: apresentam estômago grande e elástico e intestino curto; Herbívoros: apresentam estômago pequeno e intestino longo; Onívoros: essas generalizações não são adequadas devido à grande variabilidade morfológica encontrada no sistema digestório. SISTEMA DIGESTÓRIO EM PEIXES 01 FUNÇÃO: Recebimento de alimento e armazenamento por um pequeno período. Redução física e redução química. Absorção dos produtos gerados. Eliminação dos dejetos não absorvidos. Aparelho Digestório 02 ORGÃOS Boca e Cavidade bucofaringea; Faringe; Esôfago; Estômago; Intestino e Cecos; Reto Ânus / Cloaca (Chondrichthyes) Glândulas Anexas: Fígado, Vesícula Biliar e Pâncreas Esôfago 03 Fonte: Google 4 Peixe Ósseo - Osteichthyes 04 Leporinus é o gênero com maior número de espécies da família Anostomidae. Peixes migradores Maioria das espécies são onívoras Presença de espécies com grande valor econômico, tais como: Leporinus elongatus (piapara) Leporinus macrocephalus (piauçu) Leporinus obtusidens (piava) Gênero Leporinus 05 Fonte: Renata A. Chedid 6 Leporinus elongatus (piapara) Espécie Onívora Preferência por insetos e plantas encontradas na região marginal do rio. Leporinus macrocephalus (piauçu) Espécie Onívora Preferência diversificada por plantas, pequenos crustáceos, moluscos e insetos. * O de maior porte pode se alimentar de peixes pequenos* Leporinus obtusidens (piau / piava) Espécie Onívora Preferência diversificada com destaques para sementes, insetos aquáticos, crustáceos e moluscos. Gênero Leporinus 06 Boca – cavidade bucofaríngea Pequena língua, ligada ao chão da cavidade e que ajuda nos movimentos respiratórios. L. macrocephalus posição terminal L. elongatus e L. obtusidens posição subterminal CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DO TRATO DIGESTÓRIO As setas indicam o sentido da abertura da fenda bucal. A. Leporinus macrocephalus, boca em posição terminal. B. Leporinus obtusidens, boca em posição subterminal. 07 Fonte: Renata A. Chedid A camada mucosa esofágica apresentou epitélio estratificado pavimentoso, composto principalmente por células epiteliais e células caliciformes. Células Epiteliais: Voltadas para o lúmen esofágico, apresentam microssaliências digitiformes na membrana plasmática apical. Células Caliciformes: Apresentam citoplasma repleto de grânulos de secreção com eletrondensidades diferentes. Grânulos: formam compostos de mucossubstâncias neutras e ácidas em diferentes intensidade. Esôfago 08 A. Vista ventro-lateral da cavidade corpórea de L. macrocephalus. B. Tubo digestivo de L. obtusidens com destaque para o posicionamento dos órgãos. C. Tubo digestivo de L. elongatus após a limpeza da gordura visceral para análise morfométrica do intestino anterior. TUBO DIGESTIVO 09 Fonte: Renata A. Chedid Esôfago – L. obtusidens A. Vista geral do epitélio de revestimento. B. Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso com destaque para as células caliciformes. C. Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso, composto por células epiteliais e células caliciformes. 10 Fonte: Renata A. Chedid Leporinus macrocephalus Esôfago apresenta botões gustativos na região anterior do esôfago. A. Eletromicrografia de varredura da superfície esofágica evidenciando botões gustativos esparsos B. Eletromicrografias de varredura dos botões gustativos com destaque para as microvilosidades 11 Fonte: Renata A. Chedid Fonte: Renata A. Chedid O estômago de L. macrocephalus, L. elongatus e L. obtusidens foi classificado como cecal em formato de “Y”. Dividido em três regiões: Cárdica com luz ampla e pregas longitudinais bem definidas; Fúndica muito distensível e com pregas espessas; Pilórica com pregas longitudinais delgadas. * Epitélio simples colunar com mucossubstâncias apicais neutras. Estômago 12 Epitélio Simples Colunar B. Corte longitudinal da região pilórica do estômago de L. elongatus com destaque para o formato colunar das células epiteliais e lâmina própria. 13 Fonte: Renata A. Chedid B. Eletromicrografia de transmissão com destaque para a região basal da célula epitelial, evidenciando núcleo, mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso. E. Eletromicrografia de transmissão da região apical das células epiteliais, evidenciando os grânulos de secreção eletrondensos, mitocôndrias, interdigitações de membranas e desmossomo. Epitélio de revestimento da região cárdica - Leporinus elongatus 14 Fonte: Renata A. Chedid D. Região basal da célula oxintopéptica, evidenciando núcleo arredondado, mitocôndrias e grânulos elétron lúcidos. Glândulas Gástricas - Células Oxintopépticas 15 Fonte: Renata A. Chedid A. Fotomicrografia de corte transversal da região fúndica com destaque para a divisão em camadas: mucosa, submucosa, muscular circular interna e muscular longitudinal externa. B. Fotomicrografia de corte transversal da região pilórica com destaque para as camadas mucosa, submucosa, muscular circular e muscular longitudinal. Camadas Epiteliais do Estômago 16 R. Fúndica R. Pilórica Fonte: Renata A. Chedid *Notar a camada muscular mais espessa na região pilórica em relação a região fúndica 17 Local onde a digestão é completada e os nutrientes são absorvidos. Segundo critérios histofisiológicos, o intestino pode ser dividido em: anterior, relacionado com a absorção de gorduras médio, responsável pela absorção de macromoléculas proteicas posterior, relacionado com a absorção de água e eletrólitos reto, relacionado com os processos de defecação. Cecos pilóricos (porção anterior do intestino) algumas espécies descritos como evaginações digitiformes da parede intestinal. * Epitélio de revestimento simples colunar, composto principalmente por enterócitos e células caliciformes. * Células de “rodlet” sistema imune dos teleósteos Intestino 17 C. Corte transversal do ceco pilórico de L. elongatus com destaque para os enterócitos. D. Corte transversal do intestino posterior de L. obtusidens com destaque para as células caliciformes entre os enterócitos. 18 Fonte: Renata A. Chedid C. Região apical dos enterócitos do intestino anterior, com destaque para as microvilosidades, junções de membrana, e mitocôndrias. 19 Fonte: Renata A. Chedid A. Intestino anterior, apresentando as microvilosidades mais altas. B. Intestino médio, com microvilosidades de altura intermediária. C. Intestino posterior, com as microvilosidades mais baixas em comparação às demais regiões intestinais. D e E. Marcação para a enzima fosfatase alcalina nas microvilosidades do intestino anterior (setas). Intestinos de Leporinus macrocephalus - microvilosidades dos enterócitos. 20 Fonte: Renata A. Chedid C. Célula “rodlet” em corte transversal com destaque para o núcleo, mitocôndrias e bastonetes. 21 Fonte: Renata A. Chedid Não possuem glândulas salivares Possuem glândulas de muco na cavidade oro-branquial. O pâncreas é geralmente difuso e há ausência de ducto pancreático - as secreções são depositadas no fígado e encaminhadas ao intestino junto com a bile. Fígado Pâncreas Vesícula Biliar Glândulas Anexas 22 Ânus: abertura do sistema digestório para o ambiente externo. Cloaca: espécie de bolsa, onde convergem os dutos finais do sistema digestório, urinário e genital. Cloaca e Ânus 23 PEIXES CARTILAGINOSOS Chondrichthyes 24 25 Tubarões,Raias e Quimeras. Grande parte da sua dieta é composta por presas vivas, embora consumam igualmente cadáveres, quando disponíveis. Peixes Cartilaginosos 25 Fonte: Google A boca é ventral com fileiras de dentes revestidos de esmalte. Os dentes estão implantados na carne e não na mandíbula. A forma dos dentes revela os hábitos alimentares dos animais. Dentes pontiagudos e serrilhados nos tubarões, que os usam para agarrar e cortar. Dentes pequenos e em forma de ladrilho nas raias, que os usam para partir as carapaças e conchas dos moluscos e crustáceos. Boca 26 Fonte: Google Fonte: Google 27 O intestino apresenta válvula em espiral (para aumentar a área de absorção) . O fígado é grande, chegando por vezes a compor 20% do peso do corpo. Intestino e Fígado 27 Fígado Fonte: Google Existem espécies que não apresentam estômago, como em alguns Ciprinídeos. CURIOSIDADES 28 PEIXES ÓSSEOS PEIXESCARTILAGINOSOS Possuiopérculo Possui fenda branquial Combexiganatatória Sembexiga natatória Sistemadigestório terminado em ânus Sistemadigestório terminado em cloaca Esqueleto ósseo Esqueleto cartilaginoso Diferenças entre Osteichthyes e Chondrichthyes A morfologia do tubo digestivo está intimamente relacionada com as características do alimento ingerido, bem como com os hábitos alimentares das espécies. Existem diferenças visíveis entre as espécies de peixes relacionadas aos órgãos do sistema digestório. Para que haja uma produção de alta qualidade com mínimo custo, as características morfofisiológicas tem que ser estudadas e o alimento tem que ser adequado. Conclusão 29 NUTRIAQUA – Nutrição e alimentação de espécies de interesse para a aquicultura brasileira Débora Machado Fracalossi / José Eurico Possebon Cyrino https://www.passeidireto.com/arquivo/30002584/livro-nutriaqua Tese de Conclusão de Curso – Pós Graduação em Aquicultura Renata Alari Chedid https://alsafi.ead.unesp.br/bitstream/handle/11449/143059/chedid_ra_dr_jabo_par.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://alsafi.ead.unesp.br/bitstream/handle/11449/143059/chedid_ra_dr_jabo_int.pdf?sequence=2&isAllowed=y Trabalho Científico ftp://ftp.sp.gov.br/ftppesca/Silva31_1.pdf Referências Bibliográficas 30 Peixes Cartilaginosos Profa. Dra. Virginia S. Uieda http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Zoologia/VirginiaSanchesUieda/3_teoria_2parte.pdf Embrapa - Aspectos Gerais da Fisiologia e Estrutura do Sistema Digestivo dos Peixes Relacionados à Piscicultura Marco Aurélio Rotta https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/811108/1/DOC53.pdf 31 OBRIGADA !!!
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