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MENINGITE A Meningite é um processo inflamatório que envolve as leptomeninges e o espaço subaracnóideo, no qual está contido o líquido cefalorraquidiano.Pode ser de origem infecciosa e não infecciosa. Atinge as meninges ( dura-mater, aracnóide e pia-mater), espaço subaracnóide, barreira hematoencefálica encéfalo e medula espinhal. As meninges são uma estrutura anatômica delgada composta por 3 camadas ou “membranas” que envolvem o SNC. ● Principais Agentes etiológicos ○ Meningite Purulenta Aguda ■ Neisseria meningitidis ● Cocos Gram- , dispostos aos pares, formando diplococos, capsulados, aeróbios ● 12 sorogrupos ● Os principais envolvidos em doenças no homem são A, B, C, Y e W-135 ● Possui como fatores de Virulência: Cápsula, protease de IgA, Pilli, endotoxina e proteínas de membrana externa ■ Streptococcus pneumoniae ● Cocos Gram +, dispostos aos pares ou em curtas cadeias, anaeróbios facultativos capsulados ● 90 sorogrupos ● Possui como fatores de Virulência: Cápsula, protease de IgA, Pilli, endotoxina e proteínas de membrana externa ■ Haemophilus influenzae ● Cocobacilos Gram -, capsulados, anaeróbios facultativos ● 6 Sorogrupos ● O principal sorotipo envolvido em doença invasiva no homem é o b (Hib) ● Possui como fatores de Virulência: Cápsula e protease de IgA, ○ Meningite Subaguda granulamatosa ■ Micobacterium tuberculosis ■ Cryptococcus neoformans ○ Meningite Vira ou Asséptica ■ Esterovírus ○ Traumatismo ou procedimentos neurológicos invasivos ■ Staphylococcus ( Bastonetes Gram - ) ● Fisiopatologia ○ O pneumococo adere e coloniza a nasofaringe. IgA1 protease protege o pneumococo do anticorpo do hospedeiro ○ Uma vez na corrente sanguínea, a cápsula bacteriana ajuda o pneumococo a evadir-se da opxoinização ○ O pneumococo acessa o líquido cerebroespinal por meio de receptores na superfície endotelial da barreira hematoencefálica. A imunodeficiência local possibilita a replicação bacterianadescontrolada. Os antibióticos agem sobre os produtos bacterianos subcapsulares. ○ ○ A Reação inflamatória do hospedeiro acarreta distúrbios metabólicos, que diminume o PH, acarretando uma vasodilatação, aumentado o volume sanguíneo cerebral, que provoca o aumento da pressão craniana, culminando na herniação cerebral. A reação inflamatória decorrente da invasão também acarreta a diminuição da perfusão cerebral, acarretando um processo de isquemia cerebral. ○ A ruptura da BHE, que acarreta uma hidrocefalia, culminando numa tumefação celular origina o edema encefálico ● Epidemiologia Apesar da Meningite Viral ter maisor incidências, a sua letalidade é muito pequena. Por outro lado a Meningite bacteriana possui incidência alta, contudo menor que a viral. entretanto tem a maior letalidade dentre todas as etiologias. ● Abordagem Clínica ○ A abordagem para suspeita de meningite bacteriana envolve o uso apropriado de exames diagnósticos e intervenções terapêuticas no momento certo. ○ O momento em que os antibióticos são administrados exerce efeito profundo sobre os resultados clínicos. ○ A meta de ação dentro dessa patologia é sempre manter um alto índice de suspeição e não atrasar a instrução do tratamento esperando pela conclusão dos exames diagnósticos. ● Quadro Clínico ○ Síndrome de hipertensão intracraniana, caracterizada por cefaléia intensa, náuseas, vômitos e confusão mental ○ Síndrome toxêmica: febre alta, delirium e mal-estar ○ Síndrome de irritação meníngea: rigidez na nuca, sinal de Brudzinski ○ Há a Tríade a tríade clássica da meningite bacteriana? Qual a sua frequencia? ○ A tríade clássica é composta por : a) Cefaleia: sintoma da Síndrome de Hipertensão Intracraniana b) Febre: elemento da Síndrome Toxêmica c) Rigidez de Nuca: sinal da Síndrome de Irritação Meníngea. Apenas cerca de 45% dos casos de meningite bacteriana é que apresentam em simultâneo todos estes três sinais. Obs: ● Sinal de Kernig: Com o paciente posicionado em decúbito dorsal e com a coxa flexionada em um ângulo reto de 90°, o médico solicita que o paciente tente esticar ou estender a perna contra uma resistência. ● Sinal de Brudzinski: Flexão do pescoço causa flexão involuntária dos joelhos e dos quadris. Um sinal alternativo é a flexão passiva de uma perna causar flexão contralateral na perna oposta ● Sinal de Laségue: ● Diagnóstico laboratorial ○ Liquor ○ Swab de nasofaringe ○ Sangue Nesse contexto de substratos, pode-se fazer exames quimiocitológicos, cultura, hemocultura, bacterioscopia direta com coloração de Gram, PCR em tempo real e teste de aglutinação com látex
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