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CASOS DE ÉTICA MÉDICA - Resumo

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Paciente 5 meses de idade, sexo feminino, chega a Pronto Socorro (PS) com convulsões generalizadas, atribuídas a um “engasgo”, conforme contaram pai, mãe e avós maternos. Ao realizar exame clínico, pediatra constata hematoma no couro cabeludo e desigualdade entre as pupilas (anisocoria). Para orientar o diagnóstico, solicita tomografia computadorizada que mostra fratura extensa no crânio, hematoma extradural e extensa área de contusão parenquimatosa, com área isquêmica perilesional.
•Nesse momento, desconfia de maus-tratos contra a criança e tenta levantar, junto aos familiares, episódio de espancamento. Inseguros, caem em algumas contradições, mas negam veementemente a hipótese. As contradições talvez tenham sido geradas pelo fato de a criança não ter como cuidador um único parente: parte do dia passava com o pai; parte com a mãe e o restante com uma tia.
•Porém, de todos os presentes, o mais assustado é o próprio pai, dono de temperamento aparentemente irritável – chega a se descontrolar quando o pediatra insinua agressão. “Ele é um excelente pai, dedica-se mais do que eu mesma aos cuidados com a nossa filha. Nunca daria uma palmada sequer” garante a mãe, em opinião compartilhada pelos avós da criança. No entanto, durante a anamnese, a avó relembra haver visto “algumas vezes, manchas roxas no abdome” da neta.
•O quadro gera necessidade de cirurgia, que apesar da gravidade do caso, corre de maneira satisfatória e tem pós-operatório adequado. Apesar das suspeitas levantadas, como há a negativa por parte de toda a família quanto a eventuais maus-tratos – e, portanto, não existe certeza absoluta de que estes aconteceram – médico não sabe se deve dar alta ou denunciar sua suspeita à polícia.
•Afinal, crê: “minha obrigação é tratar de doenças, e não atuar como detetive”, opinião reforçada quando considera as conseqüências traumáticas que uma denúncia pode causar, principalmente se for injusta e infundada.
Sobre o caso, pergunta-se:
–Se não há certeza de violência, é ético denunciar? Trata-se de uma obrigação?
Paciente 5 meses de idade, sexo feminino, chega a Pronto Socorro (PS) com convulsões generalizadas, atribuídas a um “engasgo”, conforme contaram pai, mãe e avós maternos. Ao realizar exame clínico, pediatra constata hematoma no couro cabeludo e desigualdade entre as pupilas (anisocoria). Para orientar o diagnóstico, solicita tomografia computadorizada que mostra fratura extensa no crânio, hematoma extradural e extensa área de contusão parenquimatosa, com área isquêmica perilesional.
•Nesse momento, desconfia de maus-tratos contra a criança e tenta levantar, junto aos familiares, episódio de espancamento. Inseguros, caem em algumas contradições, mas negam veementemente a hipótese. As contradições talvez tenham sido geradas pelo fato de a criança não ter como cuidador um único parente: parte do dia passava com o pai; parte com a mãe e o restante com uma tia.
•Porém, de todos os presentes, o mais assustado é o próprio pai, dono de temperamento aparentemente irritável – chega a se descontrolar quando o pediatra insinua agressão. “Ele é um excelente pai, dedica-se mais do que eu mesma aos cuidados com a nossa filha. Nunca daria uma palmada sequer” garante a mãe, em opinião compartilhada pelos avós da criança. No entanto, durante a anamnese, a avó relembra haver visto “algumas vezes, manchas roxas no abdome” da neta.
•O quadro gera necessidade de cirurgia, que apesar da gravidade do caso, corre de maneira satisfatória e tem pós-operatório adequado. Apesar das suspeitas levantadas, como há a negativa por parte de toda a família quanto a eventuais maus-tratos – e, portanto, não existe certeza absoluta de que estes aconteceram – médico não sabe se deve dar alta ou denunciar sua suspeita à polícia.
•Afinal, crê: “minha obrigação é tratar de doenças, e não atuar como detetive”, opinião reforçada quando considera as conseqüências traumáticas que uma denúncia pode causar, principalmente se for injusta e infundada.
Sobre o caso, pergunta-se:
–Se não há certeza de violência, é ético denunciar? Trata-se de uma obrigação?
Paciente de 15 anos de idade procura serviço especializado em pessoas de sua faixa etária, determinada a iniciar atividade sexual com o namorado de 18 – o primeiro rapaz com quem se relaciona afetivamente.
•Apesar de classificar-se como “um pouco desinformada e distraída”, garante ao médico e à psicóloga do serviço “que é segura o suficiente para tomar suas próprias resoluções” e que, no momento, seu desejo é obter a prescrição de pílulas anticoncepcionais.
•Durante a consulta o médico busca, em vão, vincular os familiares da garota ao atendimento, aconselhando-a a informá-los sobre sua decisão. Em resposta, esta enfatiza que não quer “em hipótese alguma” que os pais fiquem sabendo que pretende iniciar uma vida sexual – já que eles são severos, conservadores, enfim, julga que não “iriam entender”.
Sobre o caso, pergunta-se:
A autonomia do adolescente deve ser sempre respeitada?
O médico pode/deve prescrever anticoncepcionais, de acordo com o pedido da adolescente?
Pode/deve comunicar aos pais o pedido de contracepção?
Paciente, 10 dias de nascimento, sexo masculino, é internado devido a quadro pneumônico com secreção. Além de derivação ventrículo- peritonial e correção de meningomielocele são verificadas múltiplas malformações craniofaciais (lábio leporino, acompanhado por fenda palatina e ausência de globo ocular do lado esquerdo, substituído por uma formação cilíndrica pediculada de cerca de 2 cm, entre outras).
•No ato da internação os médicos constatam, por meio de tomografia que acompanhava a criança, que não se tratava de hidrocefalia como acreditavam e, sim, de hidranencefalia, com presença somente de cerebelo e de tronco cerebral – portanto, quadro muito mais grave e de prognóstico fechado.
Com o objetivo de tratar da pneumonia prescrevem antibióticos, que resultam em melhora do quadro e alta após trinta dias. Na ocasião da alta a mãe – que fez pré-natal e afirmou que desconhecia a possibilidade de malformações no feto – foi orientada sobre como lidar em casa com a sonda nasoenteral, necessária para a nutrição.
No momento da liberação, ela e o marido recebem todas as informações sobre a gravidade do prognóstico. A criança é reinternada com pneumonia por duas vezes, vindo a falecer aos quatro meses de idade.
•Em que situações devem ser instituídos os cuidados paliativos exclusivos em crianças

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