Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Polímeros Classificação - aplicações e Propriedades Classificação - aplicação • Plásticos – possuem uma certa rigidez, podem ser moldados por ação do calor e pressão. Polietileno de alta densidade (LDPE), policloreto de vinila (PVC), polipropileno (pp). • Elastômeros - possuem habilidade de serem deformados e retornarem elasticamente. Copolímero de estireno e butadieno (SBR), polissiloxano (borracha de silicone). • Fibras – podem ser estirados na forma de longos filamentos, relação de comprimento e diâmetro de 100:1, possuem grande resistência à ruptura. Poliamida (náilon). • Revestimentos – comercializados em emulsão ou solução. Tintas, vernizes, esmaltes, adesivos – poliacetato de vinila (PVA), resinas acrílicas. • Filmes – polietileno de baixa densidade (LDPE) • Espumas – material expandido; poliuretano (PU) Plásticos – Classificação quanto a Fusibilidade Polímeros Termoplásticos Polímeros Termorrígidos ou Termocurados Propriedades dos polímeros Grau e distribuição da massa molar • Na grande maioria dos polímeros industrilaizados, o peso molecular se encontra entre 104 a 106. Em alguns produtos de origem natural, o peso molecular pode atingir valores muito altos, de 108 ou mais. • Todos os polímeros mostram longos segmentos moleculares de dimensões entre 100 a 1000 Angston, os quais propiciam enlaçamentos, alterando o espaço vazio entre as cadeias. Com a elevação da temperatura, aumentam os movimentos desses segmentos, tornando o material macio. • Os polímeros de baixo peso molecular são denominados de oligômeros, com peso molecular na ordem de 103. Polidispersão Grau e distribuição da cristalinidade Propriedades ópticas Polímeros- sistemas heterogêneos que se apresentam parcialmente cristalino e amorfo. estado amorfo = disposição macromolecular desordenada, macromoléculas enoveladas. – Polímeros transparentes ou translúcidos. estado cristalino = ordenação macromolecular tridimensional (componente de resistência), macromoléculas orientadas - Polímeros opacos. Cristalinidade no raios -X Difratograma 5 10 15 20 25 30 35 Ângulo de difração (2) Difratograma do polietileno de baixa densidade (LDPE) Regiões cristalinas Regiões amorfas Propriedades Mecânicas A elevação da curva, determina a resistência mecânica do polímero medida pela tensão (stress). A deformação (Strain), determina a capacidade de estiramento do material sem ocorrer a ruptura. O ponto final da curva, é o ponto de fratura. Polímero frágil, o qual fratura quando se deforma (curva A). Ex. fibras e plásticos termorrígidos. Polímero plástico ou dúctil, a deformação inicial é elástica, e é seguida por um escoamento e por uma região de deformação plástica (curva B). Ex: plásticos – termoplásticos. Polímero elástico, a curva c é totalmente elástica, ou seja, grandes deformações que Podem ser recuperadas e que são produzidas sob baixos níveis de tensão. Ex: elastômeros. Propriedades Mecânicas - borrachas Para produzir uma borracha capaz de apresentar grandes deformações sem rompimento de ligações nas cadeias principais, devem existir relativamente poucas ligações cruzadas, e essas devem estar bem separadas. Borrachas úteis resultam quando 1 a 5 partes de enxofre são adicionados para 100 partes de borracha. Isso corresponde a aproximadamente uma ligação cruzada a cada 10 a 20 unidades repetidas (meros). A magnitude do módulo de elasticidade é diretamente proporcional à densidade das ligações cruzadas. Callister, pag.394 Curvas Tensão-deformação para a borracha natural vulcanizada e sem vulcanização Efeito da avaliação das Propriedades Mecânicas Propriedades mecânicas Polímero Módulo de elasticidade (GPa) PVC 2,41 – 4,14 Butadieno-acrilonitrila * 0,034 SBR* 0,002-0,010 Epóxi 2,41 PEAD 1,08 PEBD 0,172 Polipropileno 1,14- 1,55 Nylon 6,6 2,76 – 4,83 * elastômeros Propriedades Térmicas As propriedades térmicas nos polímeros são observadas quando a energia térmica, isto é calor, é fornecido ou removido do material. Os polímeros são maus condutores de calor. As modificações observadas nos materiais quando sujeitos a variações de temperatura são de grande importância e incluem as temperaturas de transição vítrea, Tg e da transição de fusão, Tm. Propriedades Térmicas Tg (temperatura de transição vítrea), a partir da qual as regiões amorfas readquirem progressivamente sua mobilidade. O polímero sólido se transforma de um estado rígido em um estado borrachoso. Tm (temperatura de fusão cristalina) a partir da qual ocorre a fusão cristalina da maioria dos cristais. O polímero sólido borrachoso se transforma em um líquido viscoso. Regiões ordenadas se tornam em umestado molecular desordenado. Esquema da Fusão e Solidificação Propriedades Térmicas Propriedades Térmicas e Mecânicas Transformação dos polímeros (Processamento ou conformação) Petróleo Formado por muitos compostos que possuem temperaturas de ebulição diferentes, sendo assim possível separá-los através de um processo conhecido como destilação ou craqueamento. Matéria-prima para produção de plásticos Fração nafta (craqueamento do petróleo) Indústrias Petroquímicas Processamento Etileno polietileno - artefato Etapas 1.aquecimento do material; 2.seguido de conformação mecânica . Tipos de processamento (conformação); moldagem; extrusão; injeção; calandragem; fiação; etc polietileno - resina Processamento – Fundição Temoplásticos – a solidificação ocorre mediante o resfriamento a partir do estado fundido. Termofíxos – o endurecimento é uma consequência do processo de polimerização ou “cura”, que é realizado geralmente a latas temperaturas. com polímeros provenientes de um processo de polimerização por condensação Tanto os termoplásticos como os termofíxos podem ser fundidos. Fundição Etapas a) Carregamento da matéria-prima (pó, flocos (ambos necessitam de pesagem prévia, esferas, tabletes ou pré-formas prensadas a frio para peças mais complexas) - material é depositado sobre a cavidade do molde inferior em uma prensa com aquecimento (elétrico – bons resultados quanto a uniformidade do aquecimento, a vapor – necessitam de altas pressões para obtenção de temperatura da ordem de 180oC, já o a gás, a óleo ou água quente – aplicações limitadas). Processamento – Moldagem Compressão b) Fechamento (compressão) – a prensa é acionada de forma que os moldes incidam suavemente um contra o outro, aumentando progressivamente a pressão exercida sobre o material a ser moldado. A pressão exercida é suficiente para a movimentação do material e preenchimento do molde. c) Abertura do molde – passado o tempo de cura, o molde é aberto pra extração do moldado. d) Desmoldagem – é a extração da peça pronta com ejeção superior ou inferior. Processamento – Moldagem Processamento – Moldagem Desvantagens Peças de desenho complexo; Peças de paredes espessas (resultam com núcleos mal curados ou exigem tempos excessivos na moldagem); Em caso de peças de diferentes espessuras (paredes mais finas podem ser sobrecuradas). Difícil extração de peças, devido a rigidez de algunstermoestáveis após a cura; Processamento – Moldagem Transferência variedade da moldagem por compressão, as matérias-primas sólidas são: • fundidas em uma câmara de transferência aquecida; • o material fundido é injetado no interior de uma câmara do molde; • a pressão é distribuída de maneira mais uniforme sobre todas as superfícies; • Esse processo é usado com polímeros termofixos. Vantagem O material é introduzido já plastificado, assim todos os cantos do molde são preenchidos, oposto de quando se comprime um pó frio; Movimentação do material na câmera e no canal de alimentação assegura a uniformidade da temperatura e elimina as diferenças no estado de cura em regiões de paredes delgadas e espessas; Menores tempos de cura; Menores ciclos de moldagem; Menores custos de ferramental e de manutenção; Moldados de melhor qualidade em peças de geometria complexa. Desvantagem Maior custo ferramental quando se usam moldes integrados; Perdas de material (restos na panela, nos canais de alimentação e distribuição) que não podem ser reaproveitados. Em alguns casos (fenólicos e melamínicos) – apresentam propriedades mecânicas deterioradas. Presença de trincas ao redor de linhas de solda. Processamento – Extrusão Plásticos A moldagem de peças extrusadas, processo contínuo, consiste em passar a massa polimérica moldável por meio de uma matriz com um perfil desejado. Na saída da extrusora, a peça extrusada é resfriada com água e vai solidificando progressivamente. O processo permite a fabricação contínua de tarugos tubos, lâminas, ou filmes. Processamento – Injeção Plásticos O processo de injeção é descontínuo. As máquinas injetoras dispõem de uma câmara cilíndrica preliminar, aquecida dotada de parafuso sem fim, que funciona como plastificador e homogenizador da massa polimérica. Em seguida, a massa é transmitida aos canais de injeção do molde. A refrigeração do material é feita dentro do molde, de forma a permitir a solidificação e a remoção do artefato sem deformação. Processo aplicável a termoplásticos (10 a 30 s) ou termorrígidos. Ex: utensílios domésticos, embalagens industriais, como bombonas, brinquedos, pré-formas para moldagem por sopro. Processamento – Calandragem É um processo empregado na produção em larga escala de materiais termoplásticos. Onde são agregados outros materiais não plásticos como tecidos, metais, isolantes, etc para produção de: • passadeiras • cortinas de PVC • toalhas de mesa; • embalagens de várias camadas com papel, metal e outros. Schematic illustration of calendering. Sheets produced by this process are subsequently used in thermoforming. Processamento – Calandragem Borrachas A composição polimérica moldável passa por rolos superpostos ,sucessivos e interligados. Para a fabricação de termorrígidos, a composição deve ser devidamente ajustada para evitar a pré-vulcanização. Processamento – Fiação Fibras Na fiação, o material a ser fiado é primeiramente aquecido até formar um líquido viscoso. Em seguida, a solução polimérica é passada através de orifícios pequenos e redondos (fiadora); os filamentos formados se solidificam, por resfriamento. Em seguida, os filamentos são enrolados em bobinas para os procedimentos mecânicos subsequentes, tal como o estiramento a frio, para propiciar o alinhamento das macromoléculas, e assim a formação de uma única fibra e o aumento da resistência da fibra. Ex: Fibras de Poliacrilonitrila (PAN) e Acetato de celulose (Cac) 39 Polímeros: vantagens e desvantagens a)Vantagens 1-Materiais leves, mais leves que os metais e cerâmicas: apresentam baixa densidade devido ao espaço grande entre as macromoléculas. Ex:alumínio é 3 vezes e o aço é 8 vezes mais pesado que o PE. CD gira a uma velocidade entre 200 a 500 rotações/s (para girar o disco rapidamente e continue pequeno, é importante que o CD seja leve. 2-Facilidade no processamento: temperatura no plástico se situa na faixa da 25oC a 400oC, com isso o consumo de energia é pequeno em relação aos metais, como o aço cuja temperatura de processamento é de 1400oC. Propriedades Térmicas Polímero Tg (oC) Tm (oC) PC* 150 - PVC* 81 273 PS* 100 - PEAD** -120 135 PEBD** -20 120 PMMA* 105 - PP** 4-12 165-175 PET* 70-74 250-270 * Material predominantemente amorfo, cristalinidade menor que 20%. ** Material predominantemente cristalino, cristalinidade maior que 50%. 40 3-Facilidade na obtenção de propriedades otimizadas: a temperatura mais baixa permite a introdução de diversos tipos de aditivos. • Os corantes (permitem uma notável variação de cor do material sem pintura adicional); • Cargas de reforço (fibras de vidro, boro, carbono ou aramidas ou poliamidas aromáticas – fibras elevam a estabilidade e a rigidez); • Aditivos inorgânicos (talco, caolim, mica – agem nas propriedades mecânicas, elevam o módulo de elasticidade e a resistência à compressão e tornam o plástico mais barato); • Plastificantes (ex: alguns ésteres e ceras, podem alterar o comportamento mecânico de plásticos rígidos para um estado similar aos elastômeros). 41 4-Baixa condutividade térmica, elétrica e acústica: praticamente não apresentam elétrons livres (responsáveis pelo transporte de calor energia nos metais), logo são isolantes. A condutividade térmica é cerca de 100 vezes menor que nos metais, logo também são isolantes térmicos, principalmente na forma de espumas. Os polímeros condutores também podem ser utilizados como músculos artificiais e podem se estender ou contrair, dependendo do potencial elétrico aplicado. Um dos polímeros mais utilizados como músculo artificial é a PAN; fibras deste polímero, no estado sólido, se contraem ou se expande em função do pH do meio externo ou do potencial aplicado. Os resultados mostram que este polímero é mais forte do que o músculo humano. 5-Resistentes a muitos produtos químicos: não são suscetíveis à corrosão quanto os metais; são resistentes à água, resistentes a óleos. Isto é devido ás ligações químicas presentes nos polímeros (covalentes e de Van der Walls). Nos metais as ligações envolvidas são as metálicas. 6-Resistência ao impacto: melhores que o vidro com as mesmas propriedades óticas; PC (200 x mais resistente que o vidro) 7-Versatilidade: podem substituir materiais tradicionais como a madeira, os metais, ligas, fibras naturais e outros materiais, mas também podem ser usados em combinação com eles (ex: plástico e metal, usado na fabricação de volantes de automóveis). 42 8-Reciclagem 8.1-Novos produtos ou materiais: Ex:baldes, cabides, garrafas de água sanitária, acessórios para automóveis. PET: garrafas de detergentes, fabricação de cordas, fios de costura, carpetes, etc Caso a reutilização não seja possível, pode-se queimar vários tipos de plásticos para obtenção de energia, exceto, no caso do PVC e PTFE, pois os gases resultantes da queima são venenosos. 8.2 - Obtenção do monômero. Despolimerização: A pirólise do PS conduz à formação do estireno; o seu isolamento é conseguido recorrendo a destilação simples. É um método utilizado na reutilização de materiais de grande consumo, como por exemplo os copos de plástico descartáveis. Ao sujeitar copos descartáveis de poliestireno (branco e transparente) a um processo de pirólise (temperatura ≈ 290ºC), associado a uma montagem de destilação simples, foi possível obter dois líquidos transparentes de cheiro intenso, um incolor (m=0.68g; T=110ºC a754 mmHg) e outro amarelado (m=0.79g; T=120ºC a 754 mmHg), respectivamente. Da análise por Espectroscopia de Infravermelho (discos de NaCl) foi confirmada a presença de estireno nos copos de plástico pirolisados, por comparação com um espectro padrão. O processo de pirólise mostrou ser eficaz na recuperação do monômero original, apresentando o mesmo uma pureza aceitável. 43 Desvantagens 1-Elevado tempo de decomposição dos materiais; 2-Dificuldade de separação dos diferentes materiais; 3-Odor ruim devido a etapa de síntese do polímero (desaconselhável o uso como embalagem para produtos alimentícios ou farmacêuticos); 4-Material de embalagem de alimentos. Prazo de validade reduzido quando o produto é condicionado em garrafas PET; 5-Problemas ambientais decorrentes pelo descarte pós consumo sem critério.
Compartilhar