Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Padrão TISS A Troca de Informações na Saúde Suplementar (TISS) está atualmente estabelecida pela Resolução Normativa (RN) 305/2012, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), revogadas as RN nº 114/2005 e nº 153/2007, como um padrão obrigatório para as trocas eletrônicas de dados de atenção à saúde dos beneficiários de planos, entre os agentes da Saúde Suplementar. O objetivo é padronizar as ações administrativas, subsidiar as ações de avaliação e acompanhamento econômico, financeiro e assistencial das operadoras de planos privados de assistência à saúde e compor o Registro Eletrônico de Saúde. O Padrão TISS tem por diretriz a interoperabilidade entre os sistemas de informação em saúde preconizados pela ANS e pelo Ministério da Saúde (MS), e, ainda, a redução da assimetria de informações para os beneficiários de planos privados de assistência à saúde. São finalidades do Padrão TISS: I – Padronizar as ações administrativas de verificação, solicitação, autorização, cobrança, demonstrativos de pagamento e recursos de glosas; II – Subsidiar as ações da ANS de avaliação e acompanhamento econômico, financeiro e assistencial das operadoras de planos privados de assistência à saúde; III – Compor o registro eletrônico dos dados de atenção à saúde dos beneficiários de planos privados de assistência à saúde. O Padrão TISS abrange as trocas dos dados de atenção à saúde entre os seguintes agentes da saúde suplementar: I – Operadora de planos privados de assistência à saúde; II – Prestador de serviços de saúde; III – Contratante de plano privado de assistência à saúde familiar/individual, coletivo por adesão e coletivo empresarial; IV – Beneficiário de plano privado de assistência à saúde ou seu responsável legal ou ainda terceiros formalmente autorizados por ele; V - ANS. O Padrão TISS está organizado em cinco componentes: 1) Organizacional O componente organizacional do Padrão TISS estabelece o conjunto de regras operacionais. 2) Conteúdo e estrutura O componente de conteúdo e estrutura do Padrão TISS estabelece a arquitetura dos dados utilizados nas mensagens eletrônicas e no plano de contingência, para coleta e disponibilidade dos dados de atenção à saúde. 3) Representação de Conceitos em Saúde O componente de representação de conceitos em saúde do Padrão TISS estabelece o conjunto de termos para identificar os eventos e itens assistenciais na saúde suplementar, consolidados na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS). 4) Segurança e Privacidade O componente de segurança e privacidade do Padrão TISS estabelece os requisitos de proteção para assegurar o direito individual ao sigilo, à privacidade e à confidencialidade dos dados de atenção à saúde. Tem como base o sigilo profissional e segue a legislação. 5) Comunicação O componente de comunicação do Padrão TISS estabelece os meios e os métodos de comunicação das mensagens eletrônicas definidas no componente de conteúdo e estrutura. Adota a linguagem de marcação de dados Extensible Markup Language (XML). O Padrão TISS abrange as trocas dos dados de atenção à saúde prestada ao beneficiário de plano privado de assistência à saúde gerados na rede de prestadores de serviços de saúde da operadora de planos privados de assistência à saúde. Entende-se como rede de prestadores de serviços de saúde da operadora de planos privados de assistência à saúde: I – Rede de serviços de saúde contratada, referenciada ou credenciada, de forma direta ou indireta; II – Rede própria da operadora, de entidade ou empresa controlada pela operadora, de entidade ou empresa controladora da operadora e profissional assalariado ou cooperado da operadora. O Padrão TISS também abrange a troca dos dados de atenção à saúde, gerados na modalidade reembolso das despesas assistenciais ao beneficiário de plano privado de assistência à saúde, no envio de informação das operadoras de planos privados de assistência à saúde para a ANS. No entanto, o Padrão TISS não abrange o envio de informação do beneficiário de plano privado de assistência à saúde para a operadora privada de assistência à saúde com a finalidade de solicitação de reembolso das despesas assistenciais. O Padrão TISS também não abrange os dados referentes aos eventos de atenção à saúde oriundos de ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS). A troca dos dados do Padrão TISS deverá ser eletrônica e obrigatoriamente na versão vigente. É vedado às operadoras de planos privados de assistência à saúde alterar o Padrão TISS e solicitar dos prestadores de serviços de saúde ou beneficiários o envio em papel do equivalente ao conteúdo trocado via eletrônica no Padrão TISS, com certificado digital emitido por Autoridade Certificadora credenciada junto à Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil). A RN que disciplinou o Padrão TISS também instituiu o seu monitoramento, com base nos dados disponíveis na ANS e nos demais órgãos do MS. Trata-se da pesquisa chamada de Radar TISS. O objetivo desta pesquisa é acompanhar a implantação do Padrão TISS pelas operadoras de planos privados de assistência à saúde e pelos prestadores de serviços de saúde. Além disso, a pesquisa busca orientar novos estudos e planos de ação da ANS e do Comitê de Padronização de Informações em Saúde Suplementar (COPISS). O Radar TISS é elemento integrante do processo de implantação do Padrão TISS. Já o COPISS foi criado pela ANS, através da Diretoria de Desenvolvimento Setorial (DIDES), com os seguintes objetivos: 1. Propor à ANS o aprimoramento do Padrão TISS. 2. Revisar os termos integrantes do componente de representação de conceitos em saúde e analisar as solicitações de inclusões na TUSS. 3. Promover a divulgação e acompanhar a adoção do Padrão TISS. 4. Analisar os sistemas de informação da saúde suplementar, coordenados pela ANS, visando a adequação do Padrão TISS. 5. Promover, fomentar e recomendar estudos relativos à tecnologia de informação e comunicação em saúde. O COPISS é composto por representantes da ANS, do MS, das operadoras de planos privados de assistência à saúde, dos prestadores de serviços de saúde, das instituições de ensino e pesquisa e das entidades representativas de usuários de planos privados de assistência à saúde. Para o desenvolvimento de suas atividades, o COPISS poderá contar com a participação de convidados, escolhidos entre entidades, cientistas e técnicos com conhecimentos na área, e poderá ainda constituir Grupos Técnicos para a elaboração de estudos e pareceres temáticos. A padronização e a troca eletrônica de informações em saúde suplementar trazem inúmeros benefícios, entre os quais: Aprimoram a comunicação entre os atores do setor; Reduzem o uso de papel, agilizando o acesso do beneficiário aos serviços de saúde; Facilitam a obtenção de informações para estudos epidemiológicos e definição de políticas em saúde; Favorecem a realização de análise de custos e benefícios de investimentos na área de saúde; Reduzem custos administrativos; Melhoram a qualidade da assistência à saúde; Possibilitam comparações e análises de desempenho institucional, implicando na otimização de recursos e aumento da qualidade de gestão. Profª Maria Luiza
Compartilhar