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Ação cautelar de busca e apreensão com pedido de liminar (Menor)	
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
... (nome completo) ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portadora da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliada na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., neste ato representada por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO CAUTELAR DE BUSCA E APREENSÃO COM PEDIDO DE LIMINAR, contra ... (nome completo) ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., pelos fatos e motivos que passa a expor.
DOS FATOS E DOS DIREITOS
No dia ... de ... de ..., a requerente casou-se com o requerido, e dessa união nasceu um filho, chamado de ..., com a idade ..., mas por inúmeros motivos ambos resolveram colocar fim ao relacionamento de ... anos, atualmente estão separados de fato (doc. anexado).
Após esta separação, ficou acordado que o filho ficaria provisoriamente com a genitora, porém o pai levou o filho para a cidade de ..., por pura vingança (doc. anexado).
A requerente perdeu o contato com o filho desde o dia ... de ... de ..., conforme boletim de ocorrência anexado. 
Assim, ficou evidente que o pai não cumpriu com as condições firmadas anteriormente. 
No dia ... de ... de ..., o requerido ligou para a requerente dizendo que não entregaria mais a criança, e iria levá-la para a cidade de ... no Estado de ... (doc. anexado).
Ora, Excelência, a criança possui as seguintes características:
–	é loira;
–	dos olhos claros;
–	possui uma pinta na perna esquerda;
–	entre outras. 
Dessa forma, a criança está atualmente localizada na cidade de ... no Estado de ... (doc. anexado).
Na ação em apreço estão presentes os pressupostos exigidos nas medidas cautelares, o fumus boni iuris e o periculum in mora.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
–	que seja deferida liminarmente a presente ação cautelar;
–	que seja determinada a busca e apreensão do menor a favor da requerente, no seguinte endereço: Rua ..., n. ..., Bairro ..., nesta cidade;
–	a intervenção do representante do Ministério Público para atuar no feito, na forma da lei;
–	que o requerido seja citado conforme as exigências legais;
–	a condenação do requerido ao pagamento das custas e honorários advocatícios;
–	a produção de todas as provas admitidas no ordenamento jurídico brasileiro.
Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso) reais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Declaração para fins de suposto pai
Eu, ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portadora da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliada na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., genitora do menor ..., nascido no dia ... de ... de ..., no Hospital ..., conforme certidão de nascimento, declaro par os devidos fins que o Senhor ... ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., é o suposto pai do meu filho.
Por ser verdade o exposto, firmo a presente.
..., ... de ... de ... .
Nome completo e assinatura da genitora do menor
Ação de divórcio consensual (Artigo 226, § 6º da Constituição da República)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portadora da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliada na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., e ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., neste ato representados por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 1.571, inciso IV, do Código Civil, no artigo 226, § 6º, da Constituição da República, e demais dispositivos legais aplicáveis, proporem AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL, pelos fatos e motivos que passam a expor.
DOS FATOS E DOS DIREITOS
Os requerentes foram casados durante 12 (doze) anos, pelo regimento de comunhão ..., conforme certidão de casamento anexada.
Dessa união foi concebido um filho ... que atualmente encontra-se com 10 (dez) anos de idade, conforme certidão de nascimento anexada. 
Os cônjuges encontram-se separados de fato desde o dia ... de ... de ..., pelo motivo de caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida (doc. anexado).
Assim, trazem a comprovação das cláusulas obrigatórias para a decretação do divórcio em tela. 
Os artigos abaixo do Código Civil fundamentam o disposto. 
“Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
I – pela morte de um dos cônjuges;
II – pela nulidade ou anulação do casamento;
III – pela separação judicial;
IV – pelo divórcio.
§ 1º. O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
§ 2º. Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.”
“Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:
I – adultério;
II – tentativa de morte;
III – sevícia ou injúria grave;
IV – abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo;
V – condenação por crime infamante;
VI – conduta desonrosa.
Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum.”
O artigo 226, § 6º da Constituição da República também concede base legal para a presente ação. 
“Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[...]
§ 6º. O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional n. 66, de 2010)”
Em relação aos alimentos ficam acordado que o cônjuge varão pagará a verba alimentar no valor de R$ ... (valor por extenso) reais, para o filho menor.
Os requerentes dispensam-se reciprocamente da pensão de alimentos.
A requerente deseja a guarda do filho menor, pois esta possui plenas condições para conduzi-la (doc. anexado). 
Observa-se que, o casal não possui bens a partilhar (doc. anexado).
A requerente protende voltar a usar o nome de solteira, ... (doc. anexado).
Conclusivamente, ambos, resolveram consensualmente o desejo de divorciarem-se na forma da legislação.
Na nobre decisão da Desembargadora Liselena Schifino Robles Ribeiro, do TJRS, que julgou o processo n. 70051862084, decide que: 
“... apela da sentença (fl.22) que homologou o acordo feito com ..., para decretar o divórcio entre as partes.
Argui,em preliminar, a nulidade da sentença, pela ausência da ausência de ratificação. No mais, alega que a partilha apresentada nas fls. 03-4 é desigual, por ter ficado, apenas, com o reboque a apelada as meações no terreno, na casa, no comércio, nos rendimentos da lancheria, no veículo e toda mobília comercial e residencial. Pede, por isso, o provimento do recurso (fls. 26-9).
A apelada, por sua vez, sustenta que resolveram divorciar-se na forma apresentada na inicial, não podendo, agora, após a homologação judicial, o apelante, refazer a proposição inicial. Assim, requer a manutenção da sentença (fls. 33-5).
Manifesta-se o Ministério Público pelo acolhimento da preliminar, determinando a realização da audiência de ratificação ou, ao menos, o comparecimento das partes aos autos, a fim de ratificarem o desejo de se divorciar e as condições do ajuste. No mérito, opina pelo desprovimento do apelo (fls. 40-3v.).
É o breve relato.
Trata-se de um divórcio direto consensual, tendo a separação de fato sido bem demonstrada pelas partes, demonstrado o desejo de ambos em dissolver a sociedade conjugal, não havendo necessidade da audiência.
As partes estabeleceram todas as cláusulas necessárias visando à proteção da filha incapaz e partilha dos bens, bem como manterá o divorciando o convênio médico para a divorcianda. Não há, pois, nulidade do processo, em face da não realização de audiência de tentativa de conciliação ou ratificação.
Do exposto, com fundamento no art. 782, do CPC de 2015, nego provimento ao recurso.
Intimem-se.
Porto Alegre, 16 de novembro de 2012. 
Des.ª Liselena Schifino Robles Ribeiro,
Relatora.”
O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável ao caso em tela.
“Ementa: Apelação. Direito civil. Família. Ação de divórcio consensual. Audiência para tentativa de reconciliação ou ratificação. Intervenção do Ministério Público. Desnecessidade.
1. Como a audiência de conciliação teria um cunho meramente formal, pois nada havia para conciliar, não se fazia necessária a produção de provas, nem havia qualquer questão juridicamente relevante para ser resolvida, não tendo havido oposição do Ministério Público, a não realização da audiência de conciliação poderia configurar, no máximo, mera irregularidade, mas que não justifica a anulação do processo pela ausência de prejuízo.
2. A irresignação quanto ao acordo firmado deverá ser manejada na via adequada, e não através do presente apelo, carecendo a parte, até mesmo, de interesse recursal.
Recurso desprovido.”
(TJRS – Número do processo: 70051862084. Comarca de São Leopoldo. Relatora: Liselena Schifino Robles Ribeiro. Data de Julgamento: 16/11/2012).
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requerem:
–	que seja julgada procedente a ação de divórcio em tela, com a consequente decretação do divórcio consensual entre o casal;
–	que seja intimado o representante do Ministério Público;
–	que sejam respeitadas todas as exigências legais;
–	que sejam admitidos todos os meios de provas previstas na legislação vigente, tais como: documental, testemunhal, pericial, entre outras.
Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso) reais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Rol de testemunhas:
1. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ...;
2. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ... .
Ação de divórcio litigioso (Artigo 1.571, inciso IV do Código Civil)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portadora da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliada na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., neste ato representada por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 1.571, inciso IV, do Código Civil, no artigo 226, § 6º, da Constituição da República, e demais dispositivos legais aplicáveis, propor AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO, contra ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., pelos fatos e motivos que passa a expor.
DOS FATOS E DOS DIREITOS
O Senhor ... e a Senhora ... foram casados durante 12 (doze) anos, pelo regime ..., conforme certidão de casamento anexada.
Dessa união foi concebido um filho ... que atualmente encontra-se com 10 (dez) anos de idade, conforme certidão de nascimento anexada. 
Os cônjuges encontram-se separados de fato desde o dia ... de ... de ..., pelo motivo de caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida, pois o cônjuge varão abandonou voluntariamente o lar conjugal, durante um ano contínuo (doc. anexado).
Além disso, nos últimos anos o casal passou por inúmeros desentendimentos que geraram um boletim de ocorrência n. ... (doc. anexado).
Os artigos abaixo do Código Civil fundamentam o disposto. 
“Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
I – pela morte de um dos cônjuges;
II – pela nulidade ou anulação do casamento;
III – pela separação judicial;
IV – pelo divórcio.
§ 1º. O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
§ 2º. Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.”
“Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:
I – adultério;
II – tentativa de morte;
III – sevícia ou injúria grave;
IV – abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo;
V – condenação por crime infamante;
VI – conduta desonrosa.
Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum.”
O artigo 226, § 6º, da Constituição da República também concede base legal para a presente ação. 
“Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[...]
§ 6º. O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional n. 66, de 2010)”
No presente caso a genitora do menor objetiva que o genitor do mesmo, arque com os alimentos. Assim, este, deverá pagar a verba alimentar no valor de R$ ... (valor por extenso) reais, para o filho menor.
A requerente deseja a guarda do filho menor, pois esta possui plenas condições para conduzi-la (doc. anexado). 
Os bens deverão ser partilhados na proporção de 50% (cinquenta por cento):
–	uma casa, matrícula n. ..., avaliada no valor de R$ ... (valor por extenso) reais, localizada na Rua ..., n. ..., Bairro ..., nesta cidade (doc. anexado);
–	um carro, avaliado no valor de R$ ... (valor por extenso) reais (doc. anexado).
A requerente protende voltar a usar o nome de solteira, ... (doc. anexado).
Nota-se que, no caso em apreço é impossível a reconciliação entre os cônjuges pelas inúmeras brigas conjugais. 
Dessa forma, deverá ser aplicada a decretação do divórcio em tela. 
Na nobre decisão do Desembargador Sérgio Fernando deVasconcellos Chaves, do TJRS, que julgou o processo n. 70051579373, decide que: 
“Votos
Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves (Relator) 
Estou confirmando a douta sentença hostilizada. 
Com efeito, inicio desacolhendo a prefacial de nulidade. 
Como a ação foi contestada, tendo inclusive sido oferecida a réplica, o fato de ter sido lançada sentença parcial, na própria audiência onde foi tentada a conciliação, decretando o divórcio do casal não constitui irregularidade alguma, pois a questão da dissolução da sociedade conjugal é meramente de direito, sendo que o processo terá curso com a discussão acerca das questões controvertidas. 
No mérito, é rigorosamente vazia a inconformidade do recorrente com a dissolução da sociedade e extinção do vínculo conjugal. 
De fato, é preciso ter em mira que a Emenda Constitucional n. 66 passou a admitir a possibilidade de concessão de divórcio direto para dissolver o casamento, afastando a exigência, no plano constitucional, da prévia separação judicial e do requisito temporal de separação fática. 
Com isso, restando evidenciada a impossibilidade de reconciliação entre as partes, em audiência realizada após a apresentação da contestação, era perfeitamente possível e necessária a imediata decretação do divórcio, com prosseguimento do feito apenas com relação às demais questões controvertidas, que foram regularmente deduzidas nos autos, não se podendo perder de vista, que a res in iudicium deducta é balizada pelos termos da petição inicial e da contestação. Ou seja, o pedido deduzido na peça exordial e os limites opostos na contestação. 
Portanto, não é possível manter hígido um casamento que substancialmente restou esvaziado e um dos cônjuges postula a extinção do vínculo matrimonial, cabendo discutir, apenas, as sequelas jurídicas decorrentes da aventura conjugal frustrada, disciplinando-se os direitos de obrigações de cada um.
De outra banda, descabe cogitar da apreciação de pleito alimentar formulado pelo varão e da manutenção da sua dependência junto ao ipê, quando deduzidos apenas na contestação, pois tais pretensões deveriam ser objeto de reconvenção, e, além disso, nada nos autos atesta a incapacidade do varão para o labor, não se podendo perder de vista que casamento não é emprego e ex-cônjuge não é órgão de previdência, não se justificando pleito alimentar para manter a relação de dependência visando obtenção de benefício previdenciário ou de plano de saúde. 
Isto posto, nego provimento ao recurso. 
Des.ª Liselena Schifino Robles Ribeiro (Revisora) – De acordo com o(a) Relator(a). 
Des.ª Sandra Brisolara Medeiros – De acordo com o(a) Relator(a). 
Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves – Presidente – Apelação Cível n. 70051579373, Comarca de Augusto Pestana: 
“Negaram provimento. Unânime”.” 
O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável ao caso em tela.
“Ementa: Divórcio direto. Cabimento. Não obrigatoriedade do requisito temporal para o divórcio. Alimentos e dependência no plano de saúde. Ausência de reconvenção. Nulidade processual inocorrente. 
1. Contestada a ação e aprazada audiência, inexiste óbice para o decreto do divórcio, tendo curso o processo para a discussão acerca das questões controvertidas. Nulidade inocorrente. 
2. Evidenciada a impossibilidade de reconciliação entre as partes, é cabível a imediata decretação do divórcio, não se exigindo sequer lapso temporal mínimo. Inteligência da Emenda Constitucional n. 66. 
3. Descabe manter hígido um casamento, que substancialmente restou esvaziado, quando um dos cônjuges postula a extinção do vínculo matrimonial, cabendo discutir, apenas, as sequelas jurídicas decorrentes da separação, disciplinando-se os direitos de obrigações de cada um. 
4. Descabe cogitar da apreciação de pleito alimentar formulado pelo varão e da manutenção da sua dependência junto ao IPÊ, quando deduzidos apenas na contestação, pois tais pretensões deveriam ter sido objeto de reconvenção, e, além disso, nada nos autos atesta a incapacidade do varão para o labor, não se podendo perder de vista que casamento não é emprego e ex-cônjuge não é órgão de previdência, não se justificando pleito alimentar para manter a relação de dependência e obtenção de benefício previdenciário ou de plano de saúde. Recurso desprovido.” 
(TJRS – Número do processo: 70051579373. Comarca de Augusto Pestana. Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves. Data de Julgamento: 12.12.2012).
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
–	que seja julgada procedente a ação em debate, com a consequente decretação do divórcio litigioso entre o casal;
–	que seja providenciada a citação do requerido;
–	que seja intimado o representante do Ministério Público;
–	que o requerido seja condenado ao pagamento dos honorários advocatícios e despesas com o processo;
–	que sejam admitidos todos os meios de provas previstas na legislação vigente, tais como: documental, testemunhal, pericial, entre outras.
Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso) reais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Rol de testemunhas:
1. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ...;
2. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ... .
Habeas corpus com pedido de liminar (Fumus boni iuris e o periculum in mora)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEM-
BARGADOR(A) PRESIDENTE(A) DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
Processo n. ...
... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), devidamente inscrito na OAB/MG sob o n. ..., com escritório profissional situado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP. ..., vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição da República, no artigo 647, e seguintes do Código de Processo Penal, e demais dispositivos legais aplicáveis, impetrar HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR, em favor de ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., pelos motivos e fatos a seguir narrados.
DOS FATOS E DOS DIREITOS
O advogado ..., impetra o presente pedido de habeas corpus com pedido de liminar, em favor de ..., conforme o processo n. ..., contra ato cometido pelo juiz monocrático ..., referentes aos autos da ação de execução de alimentos (doc. anexado).
Observa-se que, o paciente encontra-se preso na cadeia ..., desde o dia ... de ... de ... (doc. anexado). 
No dia ... de ... de ... o paciente sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), e foi levado para o Hospital ... (doc. anexado).
Diante disso, o mesmo ficou com sua saúde abalada e foi obrigado a afastar das suas atividades de profissional autônomo (doc. anexado).
Por tais motivos, não conseguiu mais arcar com as despesas do menor, consequentemente, ficou inadimplente com a obrigação alimentar (doc. anexado).
O paciente antes de sofrer tal mudança na sua saúde, pagava rigorosamente as mensalidades da prestação alimentar imposta (doc. anexado).
Além disso, o paciente possui outro filho, oriundo de um relacionamento diverso, consequentemente, arca com mais despesas (doc. anexado).
Conclusivamente, não pode arcar de um só vez com a prestação alimentar imposta, pois o mesmo está desempregado, doente, mas mesmo assim está em busca de um emprego, conforme suaspossibilidades físicas (doc. anexado). 
O paciente é primário e de bons antecedentes, tem residência fixa e uma estrutura familiar exemplar. 
Observa-se que, no caso em tela estão presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora.
Na nobre decisão do Desembargador Jorge Luís Dall’Agnol, do TJRS, no julgamento do processo n. 70051915635, decide que: 
“Votos
Des. Jorge Luís Dall’Agnol (Presidente e Relator) 
A paciente pretende ver modificada decisão na qual restou determinada sua prisão civil. Alega que não tem condições de pagar os alimentos devidos, por ora, porque ficou um período sem conseguir trabalhar diante de problemas de saúde enfrentado. 
Em 17 de janeiro de 2012 foi decretada a prisão civil da devedora, quando apresentou a justificativa, tendo sido suspensa a execução do decreto prisional em 01.03.2012. Após, foi decidido pela manutenção do decreto prisional, em 27.03.2012. 
Exame dos autos demonstra que o processo de execução tramita desde 18.09.2008. De acordo com o demonstrativo de cálculo, datado de 06.06.2012, há débitos de pensão alimentícia desde agosto de 2010 (fl. 69). Também foram comprovados alguns pagamentos parciais efetivados nos meses de novembro e dezembro de 2010 e em fevereiro, junho, julho, agosto, outubro, novembro de 2011 e fevereiro de 2012. 
A executada, por sua vez, comprova a realização de consulta médica em julho de 2011, indicando que há três anos possui fluxo menstrual aumentado (fl. 09), sendo encaminhada para cirurgia ginecológica (fl. 10). Realizada a cirurgia, foi recomendado o afastamento do trabalho na lavoura até 09.02.2012 (fl. 33). 
Ainda, a executada realizou cirurgia de catarata no olho esquerdo em 10.01.2012 (fl. 32). 
Extrai-se da justificativa que a devedora estava com dificuldades de exercer sua atividade laboral na lavoura, ante os problemas de saúde, inclusive ficou impossibilitada de trabalhar no início do ano de 2012. 
Com propriedade, o parecer, da lavra da ilustre Procuradora de Justiça, Dra. Synara Jacques Buttelli, bem analisa a prova colhida no feito, motivo pelo qual adoto suas explanações, como razões de decidir, até para evitar desnecessária repetição.
Deve concedida a ordem, porquanto caracterizado constrangimento ilegal legitimador da impetração.
Com efeito, conforme já decidido por este Tribunal de Justiça quando do julgamento do Agravo de Instrumento ... (posteriormente não conhecido em decorrência da comprovação pelo agravado do não atendimento de pressuposto processual extrínseco de admissibilidade), não se justifica o decreto prisional nas hipóteses em que o não adimplemento da dívida alimentar decorre de fatores externos e justificados.
Nesse sentido, conforme bem fundamentou o Procurador de Justiça com atuação naquele feito, Dr. Roberto Bandeira Pereira, em parecer adotado como razão de decidir (fl. 89), no sentido de que “No presente caso, há notícia de que o decreto prisional havia sido revogado diante da comprovação de quitação de parte da dívida, demonstrando esforço da alimentante em cumprir com sua obrigação. Ainda, destaca-se que a agravante teve êxito na ação revisional de alimentos julgada em junho de 2012, reduzindo o encargo alimentar para 30% do salário mínimo, após iniciada a cobrança, o que denuncia que a verba alimentar, de fato, estava fixada em valor superior às suas condições financeira. 
Outrossim, restou devidamente comprovado nos autos a situação de desemprego vivenciada pela recorrente que, em razão dos graves problemas de saúde, esteve impedida, por longo período, de exercer sua atividade habitual – trabalho na lavoura. Tendo em vista a gravidade do quadro clínico, submeteu-se a duas cirurgias (ginecológica e outra oftalmológica), estando demonstrado nos autos a dificuldade enfrentada para retornar ao mercado de trabalho.
Logo, havendo explicações razoáveis ao inadimplemento, não há por que impor à paciente a prisão civil, tendo em vista o seu caráter eminentemente coercitivo, que se revela injustificado quando manifesta a impossibilidade. Nesse sentido, arrola-se, exemplificativamente, precedente deste Tribunal de Justiça quando do julgamento de caso análogo ao dos autos: 
Habeas corpus. Execução de alimentos. Prisão. Devedor que justificou a impossibilidade de adimplir o valor cobrado. Pagamentos que vinham sendo efetuados integralmente e na forma como avençado na separação até a drástica redução dos rendimentos mensais do paciente. Justificativa que impede a segregação. Ordem concedida. (segredo de justiça) (Habeas Corpus n. 70027900315, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em 18/02/2009). 
Não que a devedora esteja isenta de pagar alimentos aos filhos, mas entendo que, devido a todas as circunstâncias enfrentadas, não há como se exigir que pague a integralidade do débito. 
Assim acolho a justificativa do paciente em relação ao inadimplemento da obrigação alimentar que originou o decreto de prisão datado de 17.01.2012, e revogo tal decreto prisional. 
Nesses termos, concedo a ordem para revogar a decisão que decretou a prisão. 
Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves – De acordo com o(a) Relator(a).
Des.ª Liselena Schifino Robles Ribeiro – De acordo com o(a) Relator(a). 
Des. Jorge Luís Dall’agnol – Presidente – Habeas Corpus n. 70051915635, Comarca de Santa Cruz do Sul: “Concederam. Unânime.” 
O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável aos pedidos do caso em tela.
“Ementa: Habeas corpus. Execução de alimentos. Justificativa. Considerando os problemas de saúde enfrentado pela devedora de alimentos, merece acolhida a justificativa apresentada nos autos da execução de alimentos e suspensa a ordem de prisão.
Ordem de habeas corpus concedida.”
(TJRS – Número do processo: 70051915635. Comarca de Santa Cruz do Sul. Relator: Jorge Luís Dall’Agnol. Data de Julgamento: 12/12/2012).
DOS PEDIDOS
Isto posto, requer que:
–	sejam prestadas as informações de praxe, no prazo legal, espera que haja por bem o ilustre julgador, conceder-lhe a ordem, a fim de colocar em liberdade o paciente, desde já se expedindo o consequente alvará de soltura;
–	seja intimado o Ilustre Representante do Ministério Público;
–	sejam atendidas todas as exigências legais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Ação de medida cautelar de separação de corpos (Artigo 1.562 do Código Civil)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portadora da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliada na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., neste ato representada por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 1.562, do Código Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis, propor AÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS, contra ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., pelos fatos e motivos que passa a expor.
DOS FATOS E DOS DIREITOS
O Senhor ... e a Senhora ... foram casados durante 12 (doze) anos, pelo regime de comunhão ..., conforme certidão de casamento anexada.
Dessa união foi concebido um filho ... que atualmente encontra-se com 10 (dez) anos de idade, conforme certidão de nascimento anexada. 
Porém, o cônjuge varão está com um relacionamento com outra mulher,pois o caso amoroso está saltando aos olhos da sociedade. 
Dessa forma, o requerido infringiu o texto legal do artigo abaixo do Código Civil. 
“Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:
I – fidelidade recíproca;
II – vida em comum, no domicílio conjugal;
III – mútua assistência;
IV – sustento, guarda e educação dos filhos;
V – respeito e consideração mútuos.”
Além do comportamento ameaçador, o requerido agrediu fisicamente a requerente, conforme boletim de ocorrência anexado. 
Por tais motivos, a requerente objetiva a concessão da medida cautelar, pois está insuportável a convivência entre ambos.
O artigo 1.562, do Código Civil fundamenta a presente peça.
“Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.”
No caso em apreço estão presentes os requisitos necessários para a concessão da medida cautelar de separação de corpos.
Na nobre decisão do Desembargador Ricardo Moreira Lins Pastl, do TJRS, que julgou o processo n. 70049417975, decide que: 
“Relatório
Des. Ricardo Moreira Lins Pastl (Relator) 
Trata-se de agravo de instrumento interposto por ..., inconformado com a decisão interlocutória que, nos autos da ação cautelar de separação de corpos movida por ..., decretou a separação e seu afastamento do lar conjugal. 
Aduz, em suma, que à adoção da medida de afastamento do lar é necessário fundado receio de que a integridade física esteja em risco, o que inocorre no caso dos autos, afirmando que os registros de ocorrência policial acostados ao feito são declarações unilaterais, lavrados no mês de maio por orientação da advogada da agravada. 
Assevera inexistir nos autos qualquer indício de agressão ou de ameaças, mencionando que são casados há 14 anos, não havendo qualquer relato de violência contra sua família, como comprovam as declarações dos vizinhos que ora apresenta. 
Refere que se encontra desempregado e que, como bolsista, frequenta curso profissionalizante promovido pelo SENAC para Operador de Computador, assinalando que a manutenção da decisão o obrigará a deixá-lo, pois não possui familiares na cidade, não tendo condições para arcar com os custos do deslocamento, sustentando ser razoável que permaneça na residência pelo menos até 23.07.2012, quando finalizará o curso. 
Postula, assim, a concessão do efeito suspensivo e, ao final, o provimento do recurso (fls. 2/10). 
A suspensividade postulada foi indeferida (fls. 82/83) e, apresentadas as contrarrazões (fls. 86/89), opinou a Procuradoria de Justiça pelo desprovimento do reclamo (fls. 91/92). 
É o relatório.
Votos
Des. Ricardo Moreira Lins Pastl (Relator) 
Eminentes colegas, no caso, como visto, insurge-se o agravante contra a decisão que, por ocasião da audiência realizada em 05.06.2012, determinou o seu afastamento do lar conjugal. 
Ocorre que, consoante manifestei por ocasião do exame do pedido de concessão da suspensividade, embora o afastamento se trate de medida sabidamente drástica, entendo que o magistrado singular atentamente ponderou a situação apresentada, levando em consideração o alto grau de beligerância havida entre o casal, o que impossibilita a coabitação e prejudica o saudável desenvolvimento psicológico do filho menor, dando origem, inclusive, à concessão de medidas protetivas na esfera criminal em favor da virago e do menor (fls. 71/72). 
Assim, prestigiando o contato direto do julgador com as partes, e não se prestando as declarações abonatórias das fls. 75/76 e a alegação de que se encontra desempregado a autorizar sua permanência na residência comum, deve ser mantida a decisão atacada, com o que concorda a ilustre Procuradora de Justiça, Dra. Marisa Lara Adami da Silva, em seu parecer (fls. 91/92). 
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. 
Des. Luiz Felipe Brasil Santos (Presidente) – De acordo com o(a) Relator(a).
Des. Alzir Felippe Schmitz – De acordo com o(a) Relator(a). 
Des. Luiz Felipe Brasil Santos – Presidente – Agravo de Instrumento n. 70049417975, Comarca de São Leopoldo: «Negaram provimento. Unânime.”
O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável ao pedido do requerente dessa peça.
“Ementa: Agravo de instrumento. Ação cautelar de separação de corpos. Afastamento do varão do lar conjugal. Manutenção. Embora medida sabidamente drástica, deve ser mantida a determinação de afastamento do varão do lar conjugal, tendo em vista o alto grau de beligerância havida entre o casal, o que impossibilita a coabitação e prejudica o saudável desenvolvimento psicológico do filho menor, dando origem, inclusive, à concessão de medidas protetivas na esfera criminal. Agravo de instrumento desprovido.”
(TJRS – Número do processo: 70049417975. Comarca de São Leopoldo. Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl. Data de Julgamento: 23/08/2012).
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
–	que Vossa Excelência receba e defira a presente peça;
–	que seja providenciada a citação do requerido;
–	que seja intimado o representante do Ministério Público;
–	que o requerido seja condenado ao pagamento dos honorários advocatícios e despesas com o processo;
–	que sejam admitidos todos os meios de provas previstas na legislação vigente, tais como: documental, testemunhal, pericial, entre outras.
Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso) reais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Rol de testemunhas:
1. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ...;
2. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ... .
Ação negatória de paternidade (Induzimento em erro)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., neste ato representado por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 1.601, caput, do Código Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis, propor AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE, contra ... (nome completo) menor impúbere, representado por sua genitora, ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portadora da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residentes e domiciliados na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., pelos fatos e motivos que passa a expor.
DOS FATOS E DOS DIREITOS
O Senhor ... e a Senhora ... mantiveram um relacionamento durante ... anos (doc. anexado).
O requerente sempre acreditou na companheira, pois esta dizia que era fiel. Porém, após o fim do relacionamento a Senhora ... procurou o requerente e relatou que estava grávida e que o filho era seu (doc. anexado).
Nesse sentido, o requerente providenciou o registro da criança no cartório competente (doc. anexado). 
Ora, Excelência, após alguns meses a genitora da criança informou ao requerente que relacionou com outros homens.
Assim, devido a essa notíciao requerente afastou-se da criança, pois não tinha certeza da paternidade. 
No presente caso ficou evidente que a genitora enganou o requerente.
Por tais motivos, o requerente alega a inexistência de vínculo afetivo com o infante, consequentemente, deverá ser desconstituída a paternidade reconhecida em erro, e que seja providenciada a retificação dos assentos de nascimento.
O artigo 1.601, caput, fundamenta a ação negatória de paternidade em tela. 
“Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.
Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito de prosseguir na ação.”
Nas palavras do nobre Desembargador do TJRS, Alzir Felippe Schmitz, no julgamento do processo n. 70051368116, decide que:
“Votos
Des. Alzir Felippe Schmitz (Relator)
Primeiramente, afasto a preliminar suscitada pelo recorrente, porquanto, inexiste nulidade na sentença.
Neste sentido é o parecer ministerial que, a fim de evitar tautologia, peço vênia para transcrever e agregar seus fundamentos como razões de decidir. Vejamos: 
“(...)
De plano, deve ser afastada a preliminar de sentença extra petita, porquanto que o julgador não deu coisa diversa da pedida, bem como se absteve a julgar nos limites da lide. 
O requerimento de envio de ofício ao empregador do autor, ora apelante, para que restabeleça o desconto em folha dos alimentos devidos, não enseja julgamento extra petita, na medida em que tal questão já foi resolvida em ação própria, transitada em julgado, servindo, apenas, para dar efetividade à decisão. 
Vale dizer, se o juízo a quo confirmou o vínculo paternal entre o apelante e os apelados, e existe decisão determinando o desconto em folha do pensionamento, nada obsta que o juízo, em atenção ao principio da celeridade e do melhor interesse dos infantes, determine a expedição de oficio ao empregador do genitor ratificando tal determinação. (...)” 
Assim, afastada a preliminar, passo ao mérito.
Quanto ao mérito, a questão devolvida à apreciação da Corte diz respeito à ação negatória de paternidade proposta pelo ora apelante, que registrou os apelados como seus filhos, acreditando ser o pai biológico dos meninos, pois mantinha relacionamento com a sua genitora à época da concepção.
Isso porque a ação negatória de paternidade é ação personalíssima daquele que, em razão do tipo de relacionamento que mantém ou manteve com a mãe do filho por ele registrado, foi levado ao reconhecimento da paternidade, porém, em erro.
Nessa esteira, veja-se que o reconhecimento do filho havido fora do casamento é ato irrevogável e, portanto, somente pode ser contestado quando fundado em algum dos vícios de consentimento, tais como, erro, coação, dolo, simulação ou fraude.
Compulsando os autos, constato que assiste razão ao recorrente, porquanto comprovado o induzimento em erro, além de ausente o que se denominou de paternidade socioafetiva, embora a sua irrelevância em questão onde se discute a existência ou não de vínculo biológico.
No que pertine à comprovação do erro, tal restou comprovado quando da realização do exame de DNA, que afastou qualquer possibilidade de vínculo biológico dos meninos com o pai registral. Ademais, os próprios apelados não refutam as alegações de ausência de vínculo afetivo entre as partes, de sorte que nem mesmo se poderia, apesar da sua irrelevância, como já salientado, conferir vínculo socioafetivo entre o demandante e os meninos.
Assim, não podemos manter o recorrente e as crianças vinculados apenas pelo reconhecimento decorrente de induzimento em erro, uma vez que a conduta descrita pela genitora dos meninos na época dos fatos tornou verossimilhante a versão do recorrente, visto que o autor foi procurado e informado da gravidez, sendo induzido a acreditar que os meninos eram seus filhos biológicos.
Em vista disso, se impõe que seja corrigido o erro, para que possam os meninos buscar a sua origem, o que efetivamente vem ao encontro de sua dignidade pessoal.
A verdade biológica, não a ficção da “verdade jurídica”, fará justiça às crianças, que deixarão de ser pária social, devendo ser buscada a fim de que o nome de seu genitor constitua elemento que passará a integrar a sua personalidade.
Por fim, destaco que já houve propositura de ação de investigação de paternidade por um amigo dos pais dos meninos, o que corrobora o entendimento de que a verdade real deve ser buscada, sendo descabida a paternidade registral quando sequer vínculo afetivo restou comprovado.
Ante o exposto, dou provimento ao recurso para julgar procedente a demanda, determinando a desconstituição da paternidade e seus efeitos jurídicos com a consequente retificação dos assentos de nascimento.
O pagamento dos honorários e das custas do processo caberá aos demandados, nos termos da sentença, ficando, no entanto, suspensa a exigibilidade, uma vez que beneficiários da AJG. 
Des. Rui Portanova (Presidente e Revisor) – De acordo com o(a) Relator(a).
Des. Luiz Felipe Brasil Santos – De acordo com o(a) Relator(a). 
Des. Rui Portanova – Presidente – Apelação Cível n. 70051368116, Comarca de Porto Alegre: “Deram provimento ao recurso. Unânime”.” 
O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável ao caso em tela.
“Ementa: Apelação cível. Ação negatória de paternidade. Prova do erro. Irrelevância da denominada paternidade socioafetiva. Comprovado nos autos que o autor registrou os requeridos como seus filhos biológicos, porque induzido em erro pela genitora, e não havendo vínculo de afetividade entre os envolvidos, o que é confirmado pela conduta processual dos demandados, inclusive, comparecendo para o exame de DNA, mas não rebatendo as alegações do recorrente de inexistência de vínculo afetivo, cumpre julgar procedente a ação negatória de paternidade. Deram provimento ao apelo.”
(TJRS – Número do processo: 70051368116. Comarca de Porto Alegre. Relator: Alzir Felippe Schmitz. Data de Julgamento: 13/12/2012).
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
–	que Vossa Excelência receba e defira a presente peça;
–	que seja citado o requerido para, querendo conteste, sob pena de revelia;
–	a condenação das despesas processuais e dos honorários advocatícios; 
–	que sejam admitidos todos os meios de provas previstas na legislação vigente, tais como: documental, testemunhal, pericial, entre outras.
Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso) reais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Rol de testemunhas:
1. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ...;
2. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ... .
Obs.: O Desembargador Alzir Felippe Schmitz (Relator) no presente caso entende que não há falar em negatória de paternidade, mas, sim, em ação anulatória do registro civil.
Recurso de apelação (Ação negatória de paternidade)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
Processo n. ...
... (nome completo), já qualificado no processo em epígrafe, neste ato representado por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 1.009 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015 e demais dispositivos legais aplicáveis, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, por não concordarcom a decisão do Juízo ... .
Nessa seara, requer que Vossa Excelência providencie o remetimento do recurso e de suas razões ao Tribunal de Justiça do Estado de ... .
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Razões de recurso de apelação (Ação negatória de paternidade)
PROCESSO: N. ...
APELANTE(S): ...
APELADO(OS(A)(AS): ...
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
COLENDA CÂMARA
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES
DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA
DOS FATOS E DOS DIREITOS
Trata-se o caso em tela do inconformismo do recorrente, com a decisão explanada nos autos de ação negatória de paternidade movida pelo apelante em desfavor do menor ..., representado por sua genitora ..., fls. ... .
Nota-se que, o apelante e a genitora do infante mantiveram um relacionamento durante ... anos (doc. anexado).
O apelante agindo de boa fé sempre acreditou na companheira, pois esta relatava que era fiel. Porém, após o fim do relacionamento a Senhora ... procurou o recorrente relatando que estava grávida e que o filho era seu (doc. anexado).
No decorrer normal dos fatos o apelante registrou a criança no cartório competente (doc. anexado). 
Ora, Excelência, após alguns meses a genitora da criança relatou que o pai do seu filho era o Senhor ... .
Observe-se que, devido a essa notícia o recorrente afastou-se da criança, pois não tinha certeza da paternidade. 
No enredo desse caso, ficou evidente o descabimento da paternidade registral, pois não existe vínculo afetivo comprovado. 
Por tais motivos, o apelante alega a inexistência de vínculo afetivo com o infante, consequentemente, deverá ser desconstituída a paternidade reconhecida em erro e que seja providenciada a retificação dos assentos de nascimento.
O artigo 1.601, caput, fundamenta a ação negatória de paternidade em tela. 
“Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.
Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito de prosseguir na ação.”
Na nobre decisão do Desembargador Alzir Felippe Schmitz, do TJRS, no julgamento do processo n. 70051368116, decide que:
“Votos
Des. Alzir Felippe Schmitz (Relator)
Primeiramente, afasto a preliminar suscitada pelo recorrente, porquanto, inexiste nulidade na sentença.
Neste sentido é o parecer ministerial que, a fim de evitar tautologia, peço vênia para transcrever e agregar seus fundamentos como razões de decidir. Vejamos: 
“(...)
De plano, deve ser afastada a preliminar de sentença extra petita, porquanto que o julgador não deu coisa diversa da pedida, bem como se absteve a julgar nos limites da lide. 
O requerimento de envio de ofício ao empregador do autor, ora apelante, para que restabeleça o desconto em folha dos alimentos devidos, não enseja julgamento extra petita, na medida em que tal questão já foi resolvida em ação própria, transitada em julgado, servindo, apenas, para dar efetividade à decisão. 
Vale dizer, se o juízo a quo confirmou o vínculo paternal entre o apelante e os apelados, e existe decisão determinando o desconto em folha do pensionamento, nada obsta que o juízo, em atenção ao principio da celeridade e do melhor interesse dos infantes, determine a expedição de oficio ao empregador do genitor ratificando tal determinação. (...)” 
Assim, afastada a preliminar, passo ao mérito.
Quanto ao mérito, a questão devolvida à apreciação da Corte diz respeito à ação negatória de paternidade proposta pelo ora apelante, que registrou os apelados como seus filhos, acreditando ser o pai biológico dos meninos, pois mantinha relacionamento com a sua genitora à época da concepção.
Da leitura das razões expendidas na peça inicial, bem como dos fundamentos da sentença recorrida, entendo que a demanda não configura ação negatória de paternidade, e sim, ação anulatória de registro civil.
Isso porque a ação negatória de paternidade é ação personalíssima daquele que, em razão do tipo de relacionamento que mantém ou manteve com a mãe do filho por ele registrado, foi levado ao reconhecimento da paternidade, porém, em erro.
Nessa esteira, veja-se que o reconhecimento do filho havido fora do casamento é ato irrevogável e, portanto, somente pode ser contestado quando fundado em algum dos vícios de consentimento, tais como, erro, coação, dolo, simulação ou fraude.
Compulsando os autos, constato que assiste razão ao recorrente, porquanto comprovado o induzimento em erro, além de ausente o que se denominou de paternidade socioafetiva, embora a sua irrelevância em questão onde se discute a existência ou não de vínculo biológico.
No que pertine à comprovação do erro, tal restou comprovado quando da realização do exame de DNA, que afastou qualquer possibilidade de vínculo biológico dos meninos com o pai registral. Ademais, os próprios apelados não refutam as alegações de ausência de vínculo afetivo entre as partes, de sorte que nem mesmo se poderia, apesar da sua irrelevância, como já salientado, conferir vínculo socioafetivo entre o demandante e os meninos.
Assim, não podemos manter o recorrente e as crianças vinculados apenas pelo reconhecimento decorrente de induzimento em erro, uma vez que a conduta descrita pela genitora dos meninos na época dos fatos tornou verossimilhante a versão do recorrente, visto que o autor foi procurado e informado da gravidez, sendo induzido a acreditar que os meninos eram seus filhos biológicos.
Em vista disso, se impõe que seja corrigido o erro, para que possam os meninos buscar a sua origem, o que efetivamente vem ao encontro de sua dignidade pessoal.
A verdade biológica, não a ficção da “verdade jurídica”, fará justiça às crianças, que deixarão de ser pária social, devendo ser buscada a fim de que o nome de seu genitor constitua elemento que passará a integrar a sua personalidade.
Por fim, destaco que já houve propositura de ação de investigação de paternidade por um amigo dos pais dos meninos, o que corrobora o entendimento de que a verdade real deve ser buscada, sendo descabida a paternidade registral quando sequer vínculo afetivo restou comprovado.
Ante o exposto, dou provimento ao recurso para julgar procedente a demanda, determinando a desconstituição da paternidade e seus efeitos jurídicos com a consequente retificação dos assentos de nascimento.
O pagamento dos honorários e das custas do processo caberá aos demandados, nos termos da sentença, ficando, no entanto, suspensa a exigibilidade, uma vez que beneficiários da AJG. 
Des. Rui Portanova (Presidente e Revisor) – De acordo com o(a) Relator(a).
Des. Luiz Felipe Brasil Santos – De acordo com o(a) Relator(a). 
Des. Rui Portanova – Presidente – Apelação Cível n. 70051368116, Comarca de Porto Alegre: “Deram provimento ao recurso. Unânime”.” 
O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável ao caso em tela.
“Ementa: Apelação cível. Ação negatória de paternidade. Prova do erro. Irrelevância da denominada paternidade socioafetiva. Comprovado nos autos que o autor registrou os requeridos como seus filhos biológicos, porque induzido em erro pela genitora, e não havendo vínculo de afetividade entre os envolvidos, o que é confirmado pela conduta processual dos demandados, inclusive, comparecendo para o exame de DNA, mas não rebatendo as alegações do recorrente de inexistência de vínculo afetivo, cumpre julgar procedente a ação negatória de paternidade. Deram provimento ao apelo.”
(TJRS – Número do processo: 70051368116. Comarca de Porto Alegre. Relator: Alzir Felippe Schmitz. Data de Julgamento: 13/12/2012).
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer o provimento do recurso para determinar a desconstituição da paternidade e seus efeitos jurídicos com a consequente retificação dos assentos de nascimento.
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Ação de investigação de paternidade cumulada com anulação de registro de nascimento
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
... (nome completo) ..., menor impúbere, nascido no dia ... de ... de ..., no Hospital ..., nesta cidade, representado pela sua genitora, ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portadora da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residentes e domiciliados na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., neste ato representado por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte na Lei n. 8.560, de 29 de dezembro de 1992, no artigo 1.604, do Código Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis, propor AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CUMULADA COM ANULAÇÃO DE REGISTRO DE NASCIMENTO, contra ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., pelos fatos e motivos que passa a expor.
DOS FATOS E DOS DIREITOS
O requerente nasceu em ... de ... de ..., na cidade de .../..., foi registrado no Cartório de Registro de Pessoas Naturais, localizado na cidade de .../..., conforme documento em anexo.
Ora, Excelência, a genitora do requerente teve um relacionamento extraconjugal com o Senhor ..., ora requerido, em consequência deste relacionamento, a genitora ficou grávida (doc. anexado).
Assim, o requerente possui o direito garantido na legislação de saber quem é seu pai biológico. 
O artigo 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) fundamenta a peça em questão. 
“Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.”
Observa-se que, a ação de investigação de paternidade poderá ser ajuizada pelo requerente, independentemente se possuir pai registral ou não.
É cediço que, o requerido convive com o requerente, consequentemente está presente a filiação socioafetiva, conforme documentação anexada. 
Além disso, deverá ser realizado o exame de DNA para provar definitivamente quem é o pai biológico do requerente, pois, este não pode ficar nessa dúvida pelo resto de sua vida.
No dia ... de ... de ... o requerente foi registrado pelo cônjuge da sua genitora, o Senhor ..., conforme certidão de nascimento anexada.
De outro lado, o requerente objetiva a anulação do registro de nascimento, sendo que na confecção do mesmo, surgiu falsidade do registro (doc. anexado). 
O artigo abaixo do Código Civil fundamenta o exposto. 
“Art. 1.604. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro.” 
O Desembargador do TJRS, André Luiz Planella Villarinho, no julgamento do processo n. 70041560087, decide que:
“Votos
Trata-se de apelação interposta por ..., menor representado pelos genitores, nos autos da ação de investigação de paternidade cumulada com anulação de registro de nascimento e alimentos que move em face de ..., contra a sentença de fls. 51-52 que julgou extinto o feito, com base no artigo 485, incisos IV e VI, do CPC de 2015, ante a impossibilidade jurídica do pedido.
Cuida de ação de investigação de paternidade cumulada com ação de anulação de registro civil e alimentos que o menor ... e seu pai registral movem em face do investigado.
Como se vê, se trata de uma ação de investigação de paternidade ajuizada pelo menor, não havendo falar em impossibilidade jurídica do pedido, porque ainda que o autor possua pai registral, tem direito a lhe ser oportunizado provar o alegado vício de consentimento no registro de nascimento, sob pena de efetiva violação aos princípios do contraditório e ampla defesa.
Outrossim, a paternidade socioafetiva não decorre pura e simplesmente do casamento mantido entre o pai registral e a genitora, conforme reconhecido na sentença, devendo ser provada nos autos para fins de reconhecimento na decisão do processo.
Ainda que o pai registral e a genitora do menor sejam casados, há necessidade do exame da paternidade socioafetiva, para a devida aferição da posse do estado de filiação, inclusive para afastar ações com interesses exclusivamente patrimoniais.
E no caso em exame, o menor alega, inclusive, filiação socioafetiva com o réu, o qual, segundo alega, lhe visita e lhe presta alimentos. Ou seja, a filiação socioafetiva, no caso, há que ser perquirida relativamente não só ao pai registral, mas também relativamente ao réu, de modo que se impunha a efetivação de dilação probatória com vista à elucidação de tais questões e do próprio processo.
Assim, a questão é relevante e deve ser desenvolvida para ulterior decisão acerca da convivência familiar havida entre o autor, o pai registral, e o réu, tornando imperiosa a dilação probatória, inclusive com o exame de DNA requerido envolvendo o menor, sua genitora, o pai registral e o réu, o que foi impossibilitado pelo julgamento antecipado do feito. A tese sustentada pelo magistrado é absolutamente procedente, mas depende de prévia instrução do processo para sua caracterização, ou não, de modo que não há do que se falar em impossibilidade jurídica do pedido.
O julgamento antecipado do feito, sem que tenha sido oportunizada a produção de provas às partes, evidencia cerceamento de defesa, sendo que a desconstituição da sentença se impõe.
Por fim, uma vez tendo sido a ação ajuizada com o consentimento do pai registral, o qual integra o pólo ativo da ação, não há necessidade de emenda a petição inicial para que este passe a integrar o pólo passivo da ação, conforme requerido pela ilustre Procuradora de Justiça em seu parecer nos autos. Impõe-se assim o acolhimento do recurso para desconstituir a sentença, a fim de que a ação tenha prosseguimento nos trâmites legais. 
Isto posto, dou provimento à apelação. 
Dr. Roberto Carvalho Fraga (Revisor) – De acordo com o Relator.
Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves (Presidente) – De acordo com o Relator. 
Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves – Presidente – Apelação Cível n. 70041560087, Comarca de Santo Cristo: Deram provimento. Unânime.” 
O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável aos pedidos do requerente dessa peça.
“Ementa: Apelação cível. Ação de investigação de paternidade cumulada com anulação de registro de nascimento. Julgamento antecipado. Cerceamento de defesa. Necessidade de oportunizar produção de prova acerca do vício de consentimento e da paternidade sócioafetiva. Sentença desconstituída.
Em ação de investigação de paternidade, a parte tem direito a produção de provas a respeito do alegado vício de consentimento em seu registro pelo pai registral, assim como sobre alegado vínculo socioafetivo entre o investigante e o investigado. Possibilidade jurídica do pedido. Julgamento antecipado que impede o direito da parte em provar suas alegações, caracteriza cerceamento de defesa. Sentença desconstituída para prosseguimento da ação e dilação probatória. Apelação provida.”
(TJRS – Número do processo: 70041560087. Comarca de Santo Cristo. Relator: André Luiz Planella Villarinho. Data de Julgamento: 24/08/2011).
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
–	que Vossa Excelência receba e defira a presente peça;
–	que seja citado o requerido para, querendo conteste, sob pena de revelia;
–que seja intimado o representante do Ministério Público;
–	que seja realizado o exame de DNA para comprovar a paternidade biológica;
–	que sejam admitidos todos os meios de provas previstas na legislação vigente, tais como: documental, testemunhal, pericial, entre outras.
Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso) reais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Rol de testemunhas:
1. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ...;
2. Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ... .
Recurso de apelação (Ação de anulação de registro civil)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
Processo n. ...
... (nome completo), já qualificado no processo em epígrafe, neste ato representado por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 1.009, e seguintes do Código de Processo Civil de 2015, e demais dispositivos legais aplicáveis, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, por não concordar com a decisão do Juízo ... .
Nessa seara, requer que Vossa Excelência providencie o remetimento do recurso e de suas razões ao Tribunal de Justiça do Estado de ... .
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Razões de recurso de apelação (Ação de anulação de registro civil)
PROCESSO: N. ...
APELANTE(S): ...
APELADO(OS(A)(AS): ...
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
COLENDA CÂMARA
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES
DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA
DOS FATOS E DOS DIREITOS
Trata-se o caso em tela do inconformismo do recorrente, com a decisão explanada nos autos de ação de investigação de paternidade cumulada com anulação de registro de nascimento, fls. ... .
Dessa forma, o juiz monocrático julgou extinto o feito com fundamento no artigo 485, incisos IV e VI, do CPC de 2015, ante a impossibilidade jurídica do pedido, fls. ... .
No presente caso, não ocorreu impossibilidade jurídica do pedido, pois o apelante possui o direito de provar o alegado vício de consentimento no registro de nascimento, sob pena de violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa. 
É importante lembrarmos algumas passagens descritas na inicial, pois a genitora do recorrente teve um relacionamento extraconjugal com o Senhor ..., ora recorrido (doc. anexado).
Em consequência deste relacionamento, a genitora ficou grávida (doc. anexado).
Assim, o recorrente possui o direito garantido na legislação para saber quem é seu pai biológico. 
O artigo 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) fundamenta o recurso em questão. 
“Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.”
É cediço que, o apelante convive com o apelado, consequentemente está presente a filiação socioafetiva, conforme documentação anexada. 
Além disso, deverá ser realizado o exame de DNA para provar definitivamente quem é o pai biológico do apelante. 
No dia ... de ... de ... o recorrente foi registrado pelo recorrido, conforme certidão de nascimento anexada.
De outro lado, o apelante objetiva a anulação do registro de nascimento, sendo que na confecção do mesmo, surgiu falsidade do registro (doc. anexado). 
Assim, o artigo abaixo do Código Civil fundamenta o exposto. 
“Art. 1.604. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro.” 
O Desembargador do TJRS, André Luiz Planella Villarinho, no julgamento do processo n. 70041560087, decide que:
“Votos
Trata-se de apelação interposta por ..., menor representado pelos genitores, nos autos da ação de investigação de paternidade cumulada com anulação de registro de nascimento e alimentos que move em face de ..., contra a sentença de fls. 51-52 que julgou extinto o feito, com base no artigo 485, incisos IV e VI, do CPC de 2015, ante a impossibilidade jurídica do pedido.
Cuida de ação de investigação de paternidade cumulada com ação de anulação de registro civil e alimentos que o menor ... e seu pai registral movem em face do investigado.
Como se vê, se trata de uma ação de investigação de paternidade ajuizada pelo menor, não havendo falar em impossibilidade jurídica do pedido, porque ainda que o autor possua pai registral, tem direito a lhe ser oportunizado provar o alegado vício de consentimento no registro de nascimento, sob pena de efetiva violação aos princípios do contraditório e ampla defesa.
Outrossim, a paternidade socioafetiva não decorre pura e simplesmente do casamento mantido entre o pai registral e a genitora, conforme reconhecido na sentença, devendo ser provada nos autos para fins de reconhecimento na decisão do processo.
Ainda que o pai registral e a genitora do menor sejam casados, há necessidade do exame da paternidade socioafetiva, para a devida aferição da posse do estado de filiação, inclusive para afastar ações com interesses exclusivamente patrimoniais.
E no caso em exame, o menor alega, inclusive, filiação socioafetiva com o réu, o qual, segundo alega, lhe visita e lhe presta alimentos. Ou seja, a filiação socioafetiva, no caso, há que ser perquirida relativamente não só ao pai registral, mas também relativamente ao réu, de modo que se impunha a efetivação de dilação probatória com vista à elucidação de tais questões e do próprio processo.
Assim, a questão é relevante e deve ser desenvolvida para ulterior decisão acerca da convivência familiar havida entre o autor, o pai registral, e o réu, tornando imperiosa a dilação probatória, inclusive com o exame de DNA requerido envolvendo o menor, sua genitora, o pai registral e o réu, o que foi impossibilitado pelo julgamento antecipado do feito. A tese sustentada pelo magistrado é absolutamente procedente, mas depende de prévia instrução do processo para sua caracterização, ou não, de modo que não há do que se falar em impossibilidade jurídica do pedido.
O julgamento antecipado do feito, sem que tenha sido oportunizada a produção de provas às partes, evidencia cerceamento de defesa, sendo que a desconstituição da sentença se impõe.
Por fim, uma vez tendo sido a ação ajuizada com o consentimento do pai registral, o qual integra o pólo ativo da ação, não há necessidade de emenda a petição inicial para que este passe a integrar o pólo passivo da ação, conforme requerido pela ilustre Procuradora de Justiça em seu parecer nos autos. Impõe-se assim o acolhimento do recurso para desconstituir a sentença, a fim de que a ação tenha prosseguimento nos trâmites legais. 
Isto posto, dou provimento à apelação. 
Dr. Roberto Carvalho Fraga (Revisor) – De acordo com o Relator.
Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves (Presidente) – De acordo com o Relator. 
Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves – Presidente – Apelação Cível n. 70041560087, Comarca de Santo Cristo: Deram provimento. Unânime.” 
O entendimento jurisprudencial do TJRS, é favorável aos pedidos do recorrente.
“Ementa: Apelação cível. Ação de investigação de paternidade cumulada com anulação de registro de nascimento. Julgamento antecipado.Cerceamento de defesa. Necessidade de oportunizar produção de prova acerca do vício de consentimento e da paternidade sócioafetiva. Sentença desconstituída.
Em ação de investigação de paternidade, a parte tem direito a produção de provas a respeito do alegado vício de consentimento em seu registro pelo pai registral, assim como sobre alegado vínculo socioafetivo entre o investigante e o investigado. Possibilidade jurídica do pedido. Julgamento antecipado que impede o direito da parte em provar suas alegações, caracteriza cerceamento de defesa. Sentença desconstituída para prosseguimento da ação e dilação probatória. Apelação provida.”
(TJRS – Número do processo: 70041560087. Comarca de Santo Cristo. Relator: André Luiz Planella Villarinho. Data de Julgamento: 24/08/2011).
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer o provimento do recurso para desconstituir a sentença monocrática para prosseguimento da ação conforme os trâmites previstos na legislação.
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome e assinatura do advogado
OAB/... n...
Requerimento para a adoção de crianças (Artigo 50 e seus parágrafos do ECA)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA ... DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
O Senhor ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., e a Senhora ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portadora da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residente e domiciliada na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 50, e seus parágrafos da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA), requererem a INSCRIÇÃO COMO CANDIDATOS À ADOÇÃO DE UMA CRIANÇA, baseado no registro de crianças mantidas nessa Comarca ... em condições de serem adotadas e de outras pessoas interessadas na adoção.
Observa-se que, os interessados satisfazem os requisitos exigidos pelo ordenamento jurídico (doc. anexado).
Diante do exposto, requerem que seja deferida a inscrição, após prévia consulta aos órgãos técnicos do juizado, ouvido o Ministério Público.
Nestes termos,
Pede deferimento.
..., ... de ... de ... .
Nome completo e assinatura do requerente 
(firma reconhecida)
Nome completo e assinatura da requerente 
(firma reconhecida) 
Ação de adoção cumulada com destituição do poder familiar (ECA)
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ...ª VARA DE ... DA COMARCA DE ... DO ESTADO DE ... .
(Dez espaços duplos para despacho)
... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portadora da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., e ... (nome completo), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador da Carteira de Identidade – RG n. ... e do CPF n. ..., residentes e domiciliados na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., neste ato representados por seu advogado infra-assinado, com instrumento de mandato em anexo, com escritório profissional situado na Rua ..., n. ..., Bairro ..., Cidade de ... – ..., CEP: ..., onde recebe intimações e notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com suporte no artigo 39, e seguintes da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, e demais dispositivos legais aplicáveis, proporem AÇÃO DE ADOÇÃO CUMULADA COM DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR, pelos fatos e motivos que passa a expor.
DOS FATOS E DOS DIREITOS
Os requerentes objetivam a adoção do menor ..., nascido no dia ... de ... de ..., conforme certidão de nascimento anexada.
Ora, Excelência, os requerentes possuem plenas condições financeiras e psicológicas para cuidarem do menor (doc. anexado).
Observa-se que, o menor ficou na companhia da avó materna, pois os pais praticaram crime(s) previsto(s) no(s) artigo(s) ... do Código Penal, e consequentemente foram condenados a cumprirem pena de ... (doc. anexado).
Assim, o menor não ficou na companhia dos genitores, pois estes estavam presos, e quando estavam soltos usavam drogas constantemente, tornando a convivência um verdadeiro drama (doc. anexado).
Nota-se que, nos momentos em que estiveram em liberdade, os pais do menor não o procurou para ministrarem o devido apoio e carinho (doc. anexado).
É cediço que, o que está sendo discutido nos palcos jurídicos é o bem estar do menor, pois este é considerado a parte mais frágil na relação atual.
Por tais motivos, a destituição do poder familiar deverá ocorrer de forma a viabilizar a adoção do menor, pois o interesse deste deverá prevalecer.
O artigo 43 do Estatuto da Criança e do Adolescente fundamenta a peça em tela.
“Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos.”
Por tais motivos, a adoção em tela deverá ser deferida a favor dos requerentes e do menor.
Nas palavras do nobre Desembargador do TJRS, Luiz Felipe Brasil Santos, no julgamento do processo n. 70051138535, decide que:
“Votos
Des. Luiz Felipe Brasil Santos (Relator) 
Não prospera a irresignação do recorrente. 
No caso dos autos a destituição do poder familiar ocorreu como forma de viabilizar a adoção, assegurando o que a prova dos autos atesta ser em favor do superior interesse da criança.
Assim, não se está punindo duplamente o recorrente, pois a destituição do poder familiar não decorre de sua condenação criminal, que na realidade acaba não se esgotando no cumprimento da pena, e traz para o condenado o ônus de se afastar da família e perder os vínculos com aqueles a quem ama. 
Enquanto o apelante cumpria sua pena, a vida prosseguiu para sua filha ..., que felizmente não foi privada do amor paterno, pois teve a sorte de encontrar o apelado, companheiro de sua mãe, que a criou como filha desde bebê. 
Há registro, não contestado pelo recorrente, de que nos períodos em que esteve em liberdade, ou com autorização para visitas familiares, jamais procurou a filha, não sendo demasiado afirmar dizer que houve abandono paterno, afetivo e material. 
Isso porque, não bastasse a ausência física do pai biológico, a família dele jamais se aproximou da menina, nem deu qualquer suporte à sua mãe, que, não fosse a ajuda do apelado, teria criado a filha absolutamente sozinha e sem ajuda de quem quer que fosse. 
Em contraponto, a mãe do apelado, embora sem laços de sangue com a menina, faz o papel de verdadeira avó, cuidando de ... enquanto os pais trabalham, e manifesta nos autos seu amor pela neta e seu desejo de que ela carregue o sobrenome da família (fls. 252) 
Os estudos técnicos realizados – estudo social das fls. 207/211 e avaliação psicológica das fls. 250/253 apontam, congruentemente, para o benefício que a adoção representará para menina ..., dando contornos jurídicos à realidade já estabelecida, pois a menina tem ... como pai e não se conforma em não ter o mesmo sobrenome da irmãzinha mais nova, ..., nascida da união do apelado com ..., mãe de ... .
A prova técnica de fato não contemplou o recorrente, mas espelha a realidade da vida de ..., uma criança de 11 anos que por toda a sua vida teve no adotante sua referência paterna, como espelha o cartão/desenho da fl. 68. 
Não fosse essa realidade estabelecida, nada impediria que o apelante viesse a retomar contato com a filha ao sair da prisão e, quem sabe, conseguisse estabelecer algum vínculo com ela. Entretanto, essa hipótese é uma mera conjectura, que não pode se sobrepor ou obstar a concretização e os efeitos jurídicos da realidade familiar vivenciada por esta criança, que tem família,

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