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Unidade III ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Profa. Eliana Delchiaro Para começar: como a criança aprende a ler e escrever? Nos últimos anos, apesar do número de estudos e discussões sobre como a criança aprende a ler e escrever e das contribuições de teóricos na educaçãoescrever e das contribuições de teóricos na educação, alguns professores ainda acreditam nos velhos métodos tradicionais para alfabetizar. Nesse sentido, reafirmamos que as concepções de criança, conhecimento e aprendizagem que o professor t d t i áti d ó i d ttem determinam sua prática pedagógica docente. Conteúdo da Unidade IIIConteúdo da Unidade III Metodologias da alfabetização. Consciência fonológica – mais exemplos. Práticas do ensino do SEA (Sistema de Escrita Alfabética). Sugestões de atividades para alfabetizar letrando. O conhecimento preexistente e o letramentoO conhecimento preexistente e o letramento Quando as crianças começam a alfabetização, chegam à sala de aula com um repertório de conhecimentos prévios habilidades crenças e conceitos que vão influenciarprévios, habilidades, crenças e conceitos que vão influenciar significativamente a sua percepção sobre o meio ambiente, a forma como se organizam e a maneira de interpretar as informações. Por sua vez, o repertório prévio interfere na capacidade d i d l b i i l blda criança de lembrar, raciocinar, resolver problemas e adquirir novos conhecimentos. E o que dizem as pesquisasE o que dizem as pesquisas Verificou-se que as diferentes oportunidades socioculturais exercem influência no ritmo de apropriação do SEA. Ao lado disso, dados de pesquisa revelam diferenças de ritmo na apropriação da escrita, especialmente por parte das crianças do meio popular, tendo em vista as poucascrianças do meio popular, tendo em vista as poucas oportunidades que estas têm com a cultura letrada. Para tanto, há que se acreditar no trabalho pedagógico docente, com o emprego de jogos de palavras e situações de reflexão de textos da produção oral, conforme constatou a pesquisa de Vieira Souza e Morais (2011) ser possível umpesquisa de Vieira, Souza e Morais (2011) ser possível um bom avanço dessas crianças. O conhecimento preexistente e o letramentoO conhecimento preexistente e o letramento Mesmo os bebês são aprendizes ativos que trazem de casa um ponto de vista da configuração da aprendizagem. O mundo que o bebê percebe não é uma “confusãoO mundo que o bebê percebe não é uma “confusão, um crescente zumbido” (JAMES, 1890), onde todos os estímulos são igualmente importantes. O cérebro infantil dá prioridade a algumas formas de informação: a linguagem, os conceitos básicos dos ú i d d fí i i t d inúmeros, as propriedades físicas e o movimento de animar os objetos inanimados (todos os seus brinquedos e utensílios próximos). (COBB, 1994; PIAGET, 1952, 1973a,) ( b, 1977, 1978; VYGOTSKY, 1962, 1978) O conhecimento preexistente e o letramentoO conhecimento preexistente e o letramento Uma conclusão lógica da afirmação de que o conhecimento novo deve ser construído a partir do conhecimento existente é que os professores precisam prestar atenção ao entendimentoque os professores precisam prestar atenção ao entendimento incompleto da criança, assim como para as falsas crenças e as interpretações ingênuas dos conceitos que os alunos trazem de casa a respeito de um determinado assunto. Os professores devem se esforçar para ajudar cada aluno a t i h i t d d i ti d t id iconstruir o conhecimento verdadeiro a partir destas ideias, para que o aluno alcance uma compreensão mais madura. O conhecimento preexistente e o letramentoO conhecimento preexistente e o letramento Há um equívoco comum a respeito do “construtivismo”, de que o conhecimento existente deve ser usado para construir um conhecimento novoconstruir um conhecimento novo. Assim, tem-se a falsa ideia de que os professores nunca devem dizer nada aos alunos diretamente, mas devemdevem dizer nada aos alunos diretamente, mas devem permitir que estes construam o conhecimento por eles mesmos. Esta perspectiva confunde uma teoria da d i ( i ) t i d h i tpedagogia (ensino) com a teoria do conhecimento. Trabalhar de forma construtivista não é negar a história do conhecimento e assumir que todo conhecimento édo conhecimento e assumir que todo conhecimento é construído a partir de conhecimentos prévios individuais, independentemente de como se é ensinado. (COBB, 1994). Implicações para o ensinoImplicações para o ensino Um ensino eficaz com postura crítica é aquele que provoca os alunos a explicitarem o seu conhecimento preexistente do assunto a ser ensinado fornecendo assim oportunidadesdo assunto a ser ensinado, fornecendo, assim, oportunidades para que eles construam um novo conhecimento sobre o que já sabem, ou então desafiem seus preconceitos iniciais. É possível melhorar o ensino e a aprendizagemÉ possível melhorar o ensino e a aprendizagem Perceber como os alunos aprendem também ajuda os professores a irem além das dicotomias de escolha que têm assolado o campo da educaçãotêm assolado o campo da educação. A capacidade dos alunos para fazer a aquisição de conceitos organizadores do pensamento que tornam a educação umorganizadores do pensamento que tornam a educação um conjunto de fatos e de habilidades é reforçada quando eles estão conectados à resolução de problemas significativos ti id d ti t d té ipara as atividades pertinentes a cada matéria. Quando os alunos entendem o porquê das coisas, eles também acabam entendendo como e quando tanto os fatostambém acabam entendendo como e quando tanto os fatos como as habilidades são pertinentes e relevantes. Projetando ambientes para a sala de aulaProjetando ambientes para a sala de aula Apresentam-se algumas diretrizes para ajudar a orientar o projeto e a avaliação de ambientes que podem aperfeiçoar o aprendizadopodem aperfeiçoar o aprendizado. São propostos alguns atributos inter-relacionados de ambientes de aprendizagem que podem servir de pontoambientes de aprendizagem que podem servir de ponto de partida para o seu projeto ou adaptação do ambiente de sala de aula. Tanto as escolas quanto as salas de aula devem ser centradas no aluno. Os professores devem prestar muita atenção no conhecimento habilidades e atitudes que osatenção no conhecimento, habilidades e atitudes que os alunos trazem para a sala de aula. Como contribuir para criar, na sala de aula, um ambiente alfabetizador? Fonte: X_014.jpg. Disponível em: <http://www morguefile com/archive/display/542391>Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/542391> A sala de aula é heterogêneaA sala de aula é heterogênea Fonte: Wonder_Cube_4_.jpg. Disponível em: <http://www morguefile com/archive/ display/220838>Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/ display/220838> A aprendizagem é influenciada, de forma fundamental, pelo contexto em que ela ocorre A abordagem possível é desenvolver normas para a escola e para a sala de aula que apoiem as conexões com o mundo exterior de forma que se crie um núcleo forte de valoresexterior, de forma que se crie um núcleo forte de valores que determinem a aprendizagem. As normas estabelecidas na sala de aula têm um efeitoAs normas estabelecidas na sala de aula têm um efeito profundo na maneira como os alunos resolvem alcançar seus objetivos. Assim, os alunos poderão se ajudar t t l bl i dmutuamente a resolver problemas por meio da construção do conhecimento. A aprendizagem é influenciada, de forma fundamental, pelo contexto em que ela ocorre Os alunos conseguirão com a cooperação na resolução de problemas (EVANS, 1989; NEWSTEAD e EVANS, 1995) e na troca de argumentação (GOLDMAN 1994;HABERMAS 1990;troca de argumentação (GOLDMAN, 1994; HABERMAS, 1990; KUHN, 1991; MOSHMAN, 1995a, 1995b; SALMON e ZEITZ, 1995; YOUNISS e DAMON, 1992) a construção de uma comunidade intelectual que vai melhorar o desenvolvimento cognitivo de cada um. O t l ti l l d l O pouco tempo relativo que os alunos passam na sala de aula cria muitas oportunidades para que os professores preparem sugestões para o seu comportamento na comunidade.g Além da sala de aula, o mundo está cheio de coisas escritas: vamos vê-las! A sala de aula é complexa no que diz respeito à comunicação. Fonte: JGS_MultiLingualWords.jpg. Disponível em: <http://www morguefile com/archive/ display/611839>Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/ display/611839> InteratividadeInteratividade Alguns fatores podem contribuir para melhorar o ensino aprendizagem: a) Considerar os conhecimentos prévios dos alunos. b) Criar ambientes favorecedores da troca, do diálogo e da cooperaçãoe da cooperação. c) Mediar as relações que os alunos estabelecem com a construção de novos saberes.construção de novos saberes. d) Explicitar os “porquês” para que os alunos elucidem suas dúvidas. e) Todas as alternativas propostas contribuem para a melhoria da aprendizagem do aluno. A entrada no primeiro anoA entrada no primeiro ano A entrada para a escola coloca exigências linguísticas e cognitivas que muitas vezes não são compatíveis com os hábitos até então desenvolvidoshábitos até então desenvolvidos. É de conhecimento de todo educador que qualquer informação deve ser compreendida por todos, mas a rotinainformação deve ser compreendida por todos, mas a rotina marca uma ruptura na vida da criança, pois a informação não é compatível com o seu mundo de agora. Quando chega à escola para aprender a ler, a criança sabe que a escrita quer dizer alguma coisa, embora não saiba de que maneira os sinais escritos funcionamnão saiba de que maneira os sinais escritos funcionam para transmitir a mensagem. A entrada no primeiro anoA entrada no primeiro ano Para a criança, a alfabetização constitui o primeiro passo de um longo caminho escolar, que provavelmente terminará na universidade Ela usará a leitura como forma de prazer euniversidade. Ela usará a leitura como forma de prazer e instrumento de comunicação pessoal. O primeiro passo, então, é abrir os olhos para o mundo daO primeiro passo, então, é abrir os olhos para o mundo da palavra escrita, tornar-se atento ao que está escrito na vida cotidiana, perceber os vários usos sociais dessa escrita e l it f t d d l t tque a leitura faz parte do processo de letramento. Metodologias de alfabetizaçãoMetodologias de alfabetização Apesar dos estudos sobre como a criança aprende a ler e a escrever, alguns adultos acreditam que a prática pedagógica deve ser fundamentada em exercícios repetitivos a seremdeve ser fundamentada em exercícios repetitivos a serem aplicados em sala de aula e lições a serem feitas em casa. Muitos pensam que essa repetição contribui para que a criança leia e escreva melhor. Temos crianças que copiam textos, têm a letra desenhada, d d t tid i ifi d Nãmas nada do que escrevem tem sentido ou significado. Não fazem uso da leitura e da escrita habitualmente nem as têm como instrumento de expressão de suas ideias e seus sentimentos, ou como uma forma de comunicação com os outros e de leitura de mundo. Como um professor pode promover uma “boa atividade” na sala de aula? A “boa atividade” é a que promove a aprendizagem da criança, a construção de seu conhecimento. Com certeza, não é aquela aula show, farta em jogos e brincadeiras, da qual o aluno quer participar, mas a que promove a mudança de atitudes, procedimentos epromove a mudança de atitudes, procedimentos e conceitos dos alunos. O professor e a sala de aulaO professor e a sala de aula Fonte: DSC_1708_Aj.jpg. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/ display/221142>p p g p y Características de uma “boa atividade”Características de uma boa atividade Naspolini (2006) aponta que a “boa atividade”, promotora do desenvolvimento do conhecimento do aluno, pode ser significativa produtiva e desafiadorasignificativa, produtiva e desafiadora. Fonte: DSC_1727_Aj.jpg. Disponível em: htt // fil / hi /di l /221137<http://www.morguefile.com/archive/display/221137> Atividade significativaAtividade significativa Para Naspolini (2006, p. 12), a atividade é significativa “quando gera conhecimento útil para a vida do aluno; quando lhe oferece condições de tendo consciência doquando lhe oferece condições de, tendo consciência do conhecimento apropriado, vir a utilizá-lo nas diferentes situações de sua vida”. As pesquisas a respeito do baixo aproveitamento escolar de nossos alunos apontam para uma de suas dificuldades: a de relacionarem o que aprenderam na escola com o seua de relacionarem o que aprenderam na escola com o seu dia a dia. Atividade significativaAtividade significativa Relacionar os textos escritos e aprendidos na escola com a sua necessidade de ler, escrever, ter conhecimento e interpretar o que lê e escreve Cabe a reflexão sobre ase interpretar o que lê e escreve. Cabe a reflexão sobre as atividades aplicadas em sala de aula. Paulo Freire criticou as cartilhas e as comparou às p roupas de tamanho único, que servem para todo mundo e, ao mesmo tempo, para ninguém; as cartilhas estão longe de abordar a realidade vivida por nossos alunos (ARANHA 1989)abordar a realidade vivida por nossos alunos (ARANHA, 1989). Atividade produtivaAtividade produtiva Quando o aluno aprende, constrói o conhecimento e, além de desenvolvê-lo, ele o aperfeiçoa nas atividades cotidianas. Frequentemente os trabalhos escolares são requeridosFrequentemente os trabalhos escolares são requeridos pelos professores sem que os alunos sintam a necessidade de escrever; simplesmente os fazem porque o professor d T i id d ã é d imandou. Torna-se uma atividade que não é produtiva, desvinculada do contexto da criança, uma escrita mecânica. Atividade desafiadoraAtividade desafiadora Atividades que apresentam dificuldades possíveis de serem solucionadas pelo aluno, mas que exigem a sua reflexão análise de hipóteses busca de ações possíveisreflexão, análise de hipóteses, busca de ações possíveis, portanto contribuem para o desenvolvimento de sua capacidade cognitiva. Naspolini (2006) sugere que o professor trabalhe com situações de aprendizagem desafiadoras, provocativas e instigantes que devem ser construídas sobre aspectose instigantes, que devem ser construídas sobre aspectos conhecidos do aluno e que provoquem desafios. Como a escola pode contribuirComo a escola pode contribuir Desde a alfabetização, a escola precisa apresentar variedade de textos e favorecer o contato com a escrita social. É á i i l i l d l t É necessário que a criança leia na sala de aula cartazes, identificações de caixas, latas, listas, embalagens e rótulos de produtos variados.p O contato com diferentes escritas e textos promove na criança o reconhecimento e a distinção do desenho ( i l) d it ( i ) t ib i(sinal) e da escrita (signo), o que contribui para que ela compreenda que se escreve o que se fala. Isso facilita a aprendizagem da grafia das letras e ap g g construção de palavras de forma significativa: na prática, é ler e escrever. Sugestão de atividades significativasSugestão de atividades significativas Adriane Andaló (1996) sugere como atividades significativas de leitura e escrita as seguintes atividades, que objetivam o que denominou de “redes de significado”:que denominou de redes de significado : 1. trabalhar com o nome dos alunos, identificando palavras, sílabas e letras do próprio nomeda criança e de seus p p ç colegas em outras atividades; 2. escrever listas de palavras do mesmo campo lexical, d i i d f t dcomo nomes de animais, nomes de frutas, nomes de brinquedos, compras de supermercado; Sugestão de atividades significativasSugestão de atividades significativas 3. recortar e colar figuras e associá-las com a escrita de letras móveis de plástico; 4 tili l d l l t b tã iú l té4. utilizar, em sala de aula, a letra bastão maiúscula até as crianças estarem alfabetizadas; 5 montar e desmontar palavras;5. montar e desmontar palavras; 6. montar quebra-cabeças com palavras e gravuras; 7 fornecer palavras e pedir às crianças que as representem7. fornecer palavras e pedir às crianças que as representem por meio de desenhos. Propostas para acompanhar o processo de alfabetização Atividades de sondagem: estão relacionadas às atividades de avaliação d d h d l i d t tdo desempenho do aluno; visam detectar o conhecimento que a criança construiu e como esse conhecimento foi construído;; a partir do que foi coletado pelo professor, planejam-se as atividades de ensino e de di ífi laprendizagem novas e específicas ao aluno. Atividades de sondagemAtividades de sondagem Naspolini (2006) destaca alguns pontos das atividades de sondagem: t t t ífi d ti id d t d retratam o momento específico da atividade executada pelo aluno – num certo momento, o aluno apresenta um determinado conhecimento e, em outro momento,, , outro conhecimento; as intervenções do professor favorecem a compreensão d i d t i d h i tde como a criança pensa um determinado conhecimento; possibilitam o registro, em fichas, da produção do aluno e podem fundamentar o planejamento de novas atividadespodem fundamentar o planejamento de novas atividades. Atividades de sondagemAtividades de sondagem As atividades de sondagem e o material utilizado devem ser inéditos, para não estimular a memorização de como se aplica determinado conhecimento pela criançase aplica determinado conhecimento pela criança. A sondagem é feita periodicamente e os resultados devem ser comparados com os resultados da sondagem anterior. Ao analisar os resultados da sondagem, o professor pode agrupar crianças que apresentam determinada dificuldade e planejar atividades diversificadas dedificuldade e planejar atividades diversificadas de ensino e de aprendizagem. As atividades diversificadas são compostas por jogos e variam conforme a evolução do conhecimento dos alunos. InteratividadeInteratividade Como um professor pode promover uma “boa” atividade? a) Com uma aula show, farta em jogos e brincadeiras. b) Criando situações significativas, produtivas e desafiadoras. c) Com muitos exercícios de fixação de conteúdo. d) Com atividades diferentes todos os dias da semana. e) Com a repetição de cópias para treinar a escrita. Atividades de ensino-aprendizagemAtividades de ensino-aprendizagem Segundo Naspolini (2006), são atividades que intervêm nos saberes construídos anteriormente pelo aluno e promovem a aquisição de novos conhecimentos Comopromovem a aquisição de novos conhecimentos. Como exemplo, cita a atividade de correspondência título-texto, em que o professor lê um texto em sala de aula e apresenta á i í lvários títulos: os alunos devem escolher um título adequado à história narrada pela professoranarrada pela professora. Atividades de aplicaçãoAtividades de aplicação São exercícios específicos que visam a aplicação de conhecimentos apreendidos pela criança por meio das atividades de ensino-aprendizagem Naspolini (2006)atividades de ensino-aprendizagem. Naspolini (2006) sugere que devem ser aplicados, preferencialmente, em grupos de alunos. A autora distingue dois períodos ou características das atividades de aplicação: a repetição e a transformação. A ti ã d id f t d h i t d i id A repetição devido ao fato de os conhecimentos adquiridos pelos alunos serem utilizados repetidas vezes e em momentos diferentes das atividades. A transformação se refere ao fato de os exercícios serem mudados, e não seus objetivos, que devem ser a aplicação de determinados conhecimentos aprendidos anteriormente. Atividades de aplicaçãoAtividades de aplicação O exemplo dado por Naspolini (2006) é que a mesma atividade de correspondência texto-título pode ser empregada de diferentes formas como:empregada de diferentes formas, como: corresponder um texto com a escolha de um título, dentre outros;; corresponder um título com a escolha de um texto, dentre outros; corresponder os textos com a escolha dos respectivos títulos, dentre outros. Atividades de avaliaçãoAtividades de avaliação O objetivo das atividades de avaliação é diagnosticar o que o aluno é capaz de realizar sozinho, o que o aluno aprendeu e o que precisa melhorar podendo ter a finalidadeaprendeu e o que precisa melhorar, podendo ter a finalidade qualitativa ou quantitativa, segundo Naspolini (2006). A finalidade qualitativa está ligada ao diagnóstico do q g g conhecimento construído pelo aluno e subsidia o planejamento do professor à medida que este planeja futuras atividades de ensino aprendizagem (sondagem);futuras atividades de ensino-aprendizagem (sondagem); e a finalidade quantitativa está ligada ao diagnóstico e à medição do que o aluno construiu de determinado conteúdo. O trabalho com leituraO trabalho com leitura De acordo com Naspolini (2006), “ler é o processo de construir um significado a partir do texto”. A l it á did h dâ i t A leitura será compreendida se houver concordância entre os conhecimentos prévios do leitor e os elementos textuais. O ato de ler significa compreender o que está escrito com as O ato de ler significa compreender o que está escrito com as letras e o que se quis dizer com as letras; é muito mais do que decodificar os códigos linguísticos. O professorO professor O professor deve ser um facilitador no processo de desenvolvimento das competências leitora e escritora do aluno desde a Educação Infantil Porém será nosdo aluno desde a Educação Infantil. Porém, será nos anos iniciais do Ensino Fundamental que sua prática poderá ser intensificada. Tanto a leitura como a escrita devem ser significativas para o aluno. Assim, precisam relacionar-se com o seu uso cotidiano desvendar conhecimentos que estejam ligados acotidiano, desvendar conhecimentos que estejam ligados a interesses próprios da faixa etária em que se encontram os alunos, possibilitar a resolução de problemas de ordem prática e oferecer possibilidades para que possam, autonomamente, ir além do que lhes é proposto. O trabalho com textosO trabalho com textos A leitura e a escrita não devem se restringir ao trabalho com o livro didático. Em uma sociedade letrada como a nossa o professor precisa trabalhar com os mais variadosnossa, o professor precisa trabalhar com os mais variados tipos de textos, com o objetivo de que a criança construa estruturas cognitivas necessárias à leitura e à escrita de i dtextos variados. Isso não significa que o aluno tenha apenas de identificar ou reconhecer as diferentes modalidades de texto masou reconhecer as diferentes modalidades de texto, mas escrevê-las, utilizá-las mediante suas necessidades. O trabalho com textosO trabalho com textos Com um fim didático, Naspolini (2006) classificou os textos em práticos, informativos ou científicos, literários e extraverbais mas ressaltou que um único texto podeextraverbais, mas ressaltou que um único texto pode pertencer a mais de um grupo dos citados. Fonte: JGS_NewspaperSports.jpg. Disponível em: <http://www morguefile com/archive/display/90211><http://www.morguefile.com/archive/display/90211> Gênero: uso cotidianoGênero: uso cotidiano Textos práticos São textos comuns em nosso dia a dia. Por exemplo: t t d á l t l f h b lcartas, contas de água, luz e telefone, cheques, embalagens de todos os tipos, manuais de aparelhos eletrônicos, listagens, itinerários, ingressos, passagens, carnês, bulasg , , g , p g , , de remédio, cardápios, receitas culinárias, notas fiscais, bilhetes, telegramas. O f d tili d t ti O professor pode utilizar uma data comemorativa, como o Dia dos Pais, e desenvolver uma atividade de confecção de uma carta.ç Textos informativos ou científicosTextos informativos ou científicos A função dos textos informativos é trazer conhecimentos novos aos leitores. Eles são encontrados em jornais, revistas enciclopédias entrevistas tabelas gráficos etcrevistas, enciclopédias, entrevistas, tabelas, gráficos etc. Textos literáriosTextos literários São textos que expressam sentimentos, pensamentos e fantasias do homem na relação com o mundo à sua volta e consigo mesmovolta e consigo mesmo. Textos extraverbaisTextos extraverbais Existem textos escritos não com palavras, mas com outros códigos linguísticos e não linguísticos. Por exemplo, os textos escritos com figuras ilustrações arquiteturaos textos escritos com figuras, ilustrações, arquitetura, histórias em quadrinhos, quadros de arte, músicas, gestos etc. Pensando desta forma, quando vamos ao Museu e lá apreciamos um quadro como o de Tarsila do Amaral, dando como exemplo a obra A Feira estamos diantedando como exemplo a obra A Feira, estamos diante de um texto escrito com figuras e ilustrações que retratam a situação de uma feira, tudo isso dentro de um estilo de pintura próprio da artista. Mas os nossos olhos, ao contemplarem tal quadro, estão fazendo uma leitura da situação que ela tentou retratar.leitura da situação que ela tentou retratar. Outros textosOutros textos Enfoque conteudístico A partir de um texto, questões são formuladas para que os l d d l id i talunos respondam segundo as palavras e ideias expostas no texto. Naspolini (2006) define como o objetivo desse tipo de atividade decodificar a leitura. p Enfoque estruturalista Todos os textos apresentam determinadas estruturasp que os identificam e que são chamadas de superestrutura esquemática: a distribuição e a organização da estrutura interna do textointerna do texto. A gramática na contramãoA gramática na contramão Algumas possibilidades para o trabalho com a produção de textos: t b lh t t it i di id l t trabalhar com textos escritos individualmente, em pequenos grupos ou coletivamente; propor para os alunos a escrita de vários tipos de propor para os alunos a escrita de vários tipos de textos – relatórios, contos, poesias etc.; pedir aos alunos que descrevam fotos e paisagens;p q p g ; solicitar que criem histórias a partir de recortes de gibis, paisagens etc.; orientar os alunos a entrevistarem conhecidos e descreverem como foi a entrevista; i j i d l t sugerir que escrevam jornais da sala, reportagens da escola, entre outros. Sugestão de produção de texto com os alunosSugestão de produção de texto com os alunos Essa é uma atividade que vai além da vida escolar. O aluno a utiliza por toda vida. D fi i Desafios para ensinar: Vale a pena lembrar que leitura e escrita são articulados. Portanto um dos propósitos da escrita é a leituraPortanto, um dos propósitos da escrita é a leitura. 1. Oferecer repertório de textos no gênero a ser escrito. 2 Fazer um planejamento do que vai ser escrito2. Fazer um planejamento do que vai ser escrito. 3. Textualizar. 4 Revisar4. Revisar. (RANA e AUGUSTO, 2011) InteratividadeInteratividade Para que serve uma atividade de avaliação? a) Para diagnosticar o que o aluno é capaz de realizar sozinho. b) Para reprovar um aluno com dificuldade. c) Para testar a capacidade do professor. d) Para deixar a sala no mais absoluto silêncio. e) Para mostrar que quem manda é o professor. Ensino Fundamental de 9 anos: jogo e letramentoEnsino Fundamental de 9 anos: jogo e letramento Sugerimos a leitura do texto Jogo e Letramento: crianças de 6 anos no ensino fundamental, que discute a prática curricular em que se alia o jogo ao processo de letramentocurricular em que se alia o jogo ao processo de letramento no primeiro ano do Ensino Fundamental de 9 anos da Escola de Aplicação da USP. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. PINAZZA, Mônica Appezzato. MORGANA, Rosana de Fátima Cardoso. TOYOFUKI, Kamila Rumi Jogo e letramento: crianças de 6 anos no ensinoRumi. Jogo e letramento: crianças de 6 anos no ensino fundamental. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.37, n.1, 220p. 191-210, jan./abr. 2011. (disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v37n1/v37n1a12.pdf) Ensino Fundamental de 9 anos: jogo e letramentoEnsino Fundamental de 9 anos: jogo e letramento Palavras-chaves do texto: Jogo – Letramento – Ensino fundamental de 9 anos – Políticas públicas – Currículo. 1 A li ã d E i F d t l d 91. Ampliação do Ensino Fundamental de 9 anos e a questão curricular. 2 Escola de aplicação da USP – contexto da pesquisa2. Escola de aplicação da USP – contexto da pesquisa. 3. Atividade, jogo e mediação. Ensino Fundamental de 9 anos: jogo e letramentoEnsino Fundamental de 9 anos: jogo e letramento 4. Brincadeiras imaginárias voltadas para a realidade. 5. Mediações nas práticas curriculares. 6. Avaliação das práticas por crianças, pais e professores. 7. Desalinhos no plano curricular. O jogo e a brincadeira – um caminho para alfabetizar letrando Consciência fonológica e a alfabetização. “Algumas habilidades fonológicas (e não necessariamente fonêmicas) são essenciais para a criança avançar em suas hipóteses sobre o sistema alfabético, no entanto os autores defendem que só a consciência fonológica, por si só, nãodefendem que só a consciência fonológica, por si só, não faz uma criança se tornar alfabética.” (MORAIS, 2012) Consciência fonológicaConsciência fonológica As cantigas de roda, as poesias da tradição oral e os jogos de consciência fonológica ajudam os alunos refletir sobre as palavras suas partes orais e escritasas palavras, suas partes orais e escritas. Antes disso, preste atenção às cenas apresentadas por Morais (2012) e transcritas abaixo:(2012) e transcritas abaixo: Cena 1: Marina com 3 anos e 5 meses “Ge-la-ti-na” Cena 2: Pedro com 1 ano e 9 meses “Tu-ba-rão” / “Já-bu-ti”Cena 2: Pedro com 1 ano e 9 meses Tu ba rão / Já bu ti Consciência fonológicaConsciência fonológica Leque de possibilidades (MORAIS, 2012): 1. computador maior que casa (quatro pedaços d i d )e dois pedaços); 2. identificar entre quatro palavras as que começam de forma parecida – palito morango parede cavalo;de forma parecida – palito, morango, parede, cavalo; 3. falar a palavra “chuveiro”, quando solicitado a dizer uma palavra que termine com a palavra “coqueiro”, explicando p q p q , p que ambas terminam com “/eiro/”; 4. identificar que, no interior da palavra “tucano”, temos t “ ” “t ” “t ”outras: “cano”, “tu”, “tuca”. Consciência fonológicaConsciência fonológica Para o autor em questão, é necessário responder: 1. Quais habilidades de consciência fonológica são á i i t t l lf b ti ?necessárias ou importantes para um aluno se alfabetizar? 2. O aluno já deveria ter desenvolvido essas habilidades para poder iniciar o processo de alfabetização?para poder iniciar o processo de alfabetização? 3. Basta treinar a consciência fonológica e fazermos as crianças memorizarem as letras correspondentes aos ç p segmentos sonoros para termos alunos alfabetizados? Práticas do ensino do SEA (Sistema de Escrita Alfabética) Exemplo do trabalho da professora Marlene, divulgado por Morais (2012) ao explorar a música O pião entrou na roda: O pião entrou na roda,ô pião O pião entrou na roda, ô pião Roda, piãop Bambeia, pião. Sapateia no tijolo, ô pião Sapateia no tijolo, ô piãop j , p Roda, pião Bambeia, pião. Mostrai sua figura, ô piãoMostrai sua figura, ô pião Mostrai sua figura, ô pião Roda, pião Bambeia piãoBambeia, pião. Jogos que desenvolvem a consciência fonológicaJogos que desenvolvem a consciência fonológica Batalha de palavras (jogo que leva refletir sobre o tamanho das palavras). J d i (T i Má i C i ) Jogos de rimas (Trina Mágica e Caça-rimas). Bingo dos sons iniciais e o Dado Sonoro (no caso, a percepção de aliterações nas primeiras sílabasa percepção de aliterações nas primeiras sílabas das palavras cantadas). Palavra dentro de palavra (dentro de “tucano” estáp ( a palavra “cano”). Texto complementarTexto complementar Texto presente no AVA: Contribuições para alfabetizar letrando, de Eliana Chiavone Delchiaro. ResumindoResumindo... Nesta última unidade foi abordado o fato de que quando as crianças começam a alfabetização, elas chegam na sala de aula com um repertório de conhecimentos préviossala de aula com um repertório de conhecimentos prévios, habilidades, crenças e conceitos que vão influenciar significativamente a sua percepção sobre o meio ambiente. Num sentido amplo, o entendimento contemporâneo da aprendizagem é de que são as pessoas que constroem h i t t di t bnovos conhecimentos e entendimentos com base no que já sabem e acreditam, no que já construíram com suas experiências e vivências de mundo. ResumindoResumindo... Falamos também de um equívoco comum a respeito do construtivismo, de que o conhecimento existente deve ser usado para construir um conhecimento novo Assim tem se ausado para construir um conhecimento novo. Assim, tem-se a falsa ideia de que os professores nunca devem dizer nada aos alunos diretamente, mas devem permitir que os alunos construam o conhecimento por si mesmos. Vimos que o construtivismo valoriza a história de mundo que a criança traz Vimos também que a intervenção e moderação dotraz. Vimos também que a intervenção e moderação do professor acontecem no construtivismo. ResumindoResumindo... Propomos que tanto as escolas e as salas de aula devem ser centradas no aluno. Os professores devem prestar muita atenção no conhecimento habilidades e atitudes que osatenção no conhecimento, habilidades e atitudes que os alunos trazem para a sala de aula. Ainda, é possível perceber que a aprendizagem com compreensão é importante para o desenvolvimento de competências, pois torna o aprendizado de novos conhecimentos mais fácil. InteratividadeInteratividade Como diz Vygotsky, o ensino deve ser organizado de forma que a leitura e a escrita se tornem necessárias às crianças. Baseado no que estudamos, responda como o professor de 1° ano deve q , p p atuar na construção da escrita: a) Deverá permitir que a criança faça parte no processo da construção da escrita favorecendo momentos lúdicos e de escrita espontâneada escrita, favorecendo momentos lúdicos e de escrita espontânea, mediando a criança. b) Deverá trabalhar com os livros didáticos e com muitas atividades ) de escrita. c) Apresentar para as crianças o alfabeto e trabalhar primeiramente as vogaisas vogais. d) Proporcionar à criança o contato com os livros didáticos e com o caderno de caligrafia, para desenvolver bons traços. e) Ensinar primeiro a codificação, depois a decodificação, a gramática e, por último, a produção de textos. ATÉ A PRÓXIMA!ATÉ A PRÓXIMA!
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