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TGDP - Material atualizado (até 3º bimestre)

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TEORIA GERAL DO DIREITO E DO PROCESSO
PROPEDÊUTICA PROCESSUAL:
- Necessidade: É a falta de alguma coisa.
- Bem: É o elemento capaz de satisfazer uma necessidade do homem.
- Utilidade: É o valor de um bem para satisfazer uma necessidade.
- Interesse: É aquele que está entre a necessidade e um bem capaz de satisfazê-la. Sujeito: Homem. Objeto: Bem. Divide-se em interesse coletivo e interesse individual.
- Conflito intersubjetivo de interesses: Ocorre quando duas ou mais pessoas têm interesse pelo mesmo bem, que só a uma possa satisfazer. 
- PRETENSÃO: É a exigência da subordinação do interesse alheio ao próprio. É querer ter seu interesse satisfeito. (O autor pretende que seu direito seja reconhecido.)
- RESISTÊNCIA: É a defesa à situação de subordinação do interesse próprio ao alheio. É a não sujeição ao interesse de outrem. (O réu resiste porque acredita que o direito pertence a ele.)
- LIDE: É o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida.
Em uma ação, o perdedor da causa deve arcar com os custos do processo (ônus da sucumbência).
FORMAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS:
- Autodefesa ou autotutela:
É o emprego da força bruta ou força material contra o adversário para vencer a sua resistência.
Não garante a justiça, já que prevalece a vitória do mais forte.
Tem como características: Ausência de juiz distinto das partes e imposição da decisão por uma das partes.
NO DIREITO MODERNO: É proibida como forma de resolução de conflitos. Constitui crime fazer justiça “com as próprias mãos”. (Ver art. 345 do CP)
Admitem-se exceções. Por exemplo, o instituto da LEGÍTIMA DEFESA (art. 25 do CP) e o instituto das árvores limítrofes (art. 1283 do CC).
- Autocomposição:
Está presente no art. 269, incisos II, III e V.
Manifesta-se através de atitudes de renúncia ou reconhecimento em favor do adversário.
FORMAS DE AUTOCOMPOSIÇÃO:
Desistência: Renúncia à pretensão (inciso V).
Submissão: Renúncia à resistência oferecida à pretensão (inciso II)
Transação: Concessões recíprocas (inciso III).
- Arbitragem:
Os sujeitos do conflito escolhem uma terceira pessoa que irá decidi-lo, através de contrato.
- Processo:
Instrumento de composição da lide – resolução de conflito segundo a vontade da lei.
NOÇÕES DE DIREITO:
- Direito Objetivo:
É o direito imposto pelo Estado e dirigido a todos, como norma geral de agir. Disciplina a conduta dos indivíduos na sociedade através das leis.
- Direito Subjetivo:
É a faculdade do indivíduo de agir conforme a lei e de invocá-la na defesa de seus legítimos interesses.
- Direito Material ou Substantivo: 
Normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a BENS e UTILIDADES DA VIDA.
- Direito Processual ou Adjetivo:
Disciplina a SOLUÇÃO JURÍDICA dos litígios por meio dos órgãos judiciários. É um instrumento a serviço do Direito Material.
O caráter do Direito Processual é PUBLICISTA (PÚBLICO), em razão de ser disciplinado por normas de DIREITO PÚBLICO e o exercício da função pertencer ao Estado.
Pelo art. 22, inciso I, da CF compete privativamente à União legislar sobre Direito Material e Direito Processual.
- Sanções:
São medidas estabelecidas pelo Direito, como consequência da desobediência da lei.
Sanção penal: Consequência do descumprimento da lei penal – resulta em uma pena.
Sanção civil: Consequência do descumprimento da lei civil – resulta em pagamento reparatório e pagamento satisfativo.
- Relação jurídica:
É o liame jurídico que vincula pessoas e que faz nascer Direitos e Obrigações.
Tem como elementos: O Estado (garante e protege a relação jurídica), a Lei (disciplina a relação jurídica), as pessoas naturais/jurídicas (envolvidas nos Direitos e Obrigações resultantes da relação jurídica) e o bem (objeto da relação jurídica – pode ser material ou imaterial).
- Relação jurídica processual:
É uma relação específica que se forma no processo entre o Estado-juiz, o autor e o reú, em uma reciprocidade de atos processuais.
SUJEITOS: Principais – autor, réu e juiz. Secundários – auxiliares da justiça, advogados, ministério público e testemunhas.
- Teorias:
Linear: Exclui o juiz da relação processual. 		 J
							A-------R
Relação Jurídica Processual Bilateral: Os vínculos se dariam, de um lado, entre autor e juiz, e, de outro, entre juiz e réu. 				 J
							 / \
						 A R
Relação Jurídica Processual Trilateral ou Triangular: Há vínculos ente as partes e o juiz e entre as próprias partes. (Em virtude da possibilidade de ACORDO.)
							 J
							 / \
						 A------R
PRINCÍPIOS ********
Elementos fundamentais da cultura jurídica humana.
- PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DO PROCESSO:
a) LÓGICO: Consiste na escolha dos atos. Forma os mais aptos para descobrirem a verdade e evitar o erro no processo.
b) JURÍDICO: Assegurar igualdade de tratamento aos litigantes no processo, bem como justiça na decisão.
c) POLÍTICO: Deve-se aplicar o MÁXIMO DE GARANTIA SOCIAL, com o MÍNIMO DE SACRIFÍCIO INDIVIDUAL DA LIBERDADE.
d) ECONÔMICO: O processo deve ser acessível a todos os cidadãos, com vistas a seu custo e a sua duração.
- PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL:
INVESTIDURA OU JUIZ NATURAL (*O Dr. Wellington dividiu em dois princípios diferentes, porém são basicamente o mesmo*)
Somente o magistrado é investido de jurisdição, tendo sido criado antes do litígio, e não para julgá-lo. Deve estar regularmente investido na atividade jurisdicional (ser juiz, desembargador ou ministro do STJ) e também deve ser competente para julgar a lide. Também impede a criação de tribunais de exceção (art. 5º, incisos XXXVII e LIII, e art. 92 da CF).
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I- A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
AÇÃO, DEMANDA, INICIATIVA DAS PARTES OU INÉRCIA DA JURISDIÇÃO
O processo não pode ser iniciado pelo juiz. Cabe a quem se sente lesado o direito de provocar o exercício da jurisdição (art. 2º, art. 128 e art. 262 do CPC).
IMPARCIALIDADE DO JUIZ
Significa a equidistância do juiz das partes e seus interesses no processo em que atua. O juiz representa o Estado e sua função é de aplicar a lei ao caso concreto, solucionando o conflito de interesses, por isso deve ser desinteressado da pretensão do autor e da resistência do réu. É uma garantia de justiça no processo (art. 95, parágrafo único e incisos, da CF).
O juiz estará impedido conforme art. 134 do CPC.
O juiz será considerado suspeito conforme art. 135 do CPC.
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício (...);
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público (...);
III - irredutibilidade de subsídio (...).
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
IGUALDADE DAS PARTES OU ISONOMIA PROCESSUAL
Impõe ao juiz tratamento igualitário em relação aos litigantes, correspondendo à prática dos atos processuais. As partes e procurados devem merecer tratamento igualitário, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões (art. 125, inciso I, do CPC).
Encontra exceções, portanto não é absoluto: art. 188 do CPC – Órgãosdo poder público – Ministério Público e Fazenda Pública.
Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.
ACESSO À JUSTIÇA OU INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO 
Quando a pessoa sentir que teve um direito lesado, mesmo que pelo Estado, poderá recorrer ao processo. 
Qualquer que seja a lesão ou ameaça a direito poderá ser levada ao conhecimento do poder judiciário, que terá o poder , o dever e a função de aplicar uma solução para o caso concreto (art. 5º, inciso XXXV da CF).
PUBLICIDADE
As audiências são públicas e qualquer indivíduo pode examinar o processo, o que garante a fiscalização sobre o trabalho do juiz, dos advogados e dos promotores de justiça.
Destina-se às partes e ao público e somente essa última pode ser limitada por interesse público.
A publicidade não pode ser confundida com o sensacionalismo que afronta a dignidade humana. A regra admite exceções e sofre restrições. Cabe ao juiz verificar até que ponto a publicidade é tolerável, tomando as devidas providências quando ela for prejudicial aos trabalhos processuais. 
Artigos:
- 5º, inciso LX, e 93, inciso IX, da CF.
- 155 caput (regra), incisos I, II e parágrafo único (EXCEÇÕES), do CPC.
- 792, parágrafo primeiro, do CPP.
- 770 da CLT.
Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
I - em que o exigir o interesse público;
II - que dizem respeito a casamento, filiação, desquite, separação de corpos, alimentos e guarda de menores.
Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.
IMPULSO OFICIAL
Cabe ao juiz, depois de instaurada a relação processual, movimentar o processo até a conclusão final, velando pela sua rápida solução (art. 125, inciso II, e 262 do CPC).
LEALDADE PROCESSUAL
É consequência da boa-fé no processo. O juiz poderá atuar de ofício contra fraude processual (arts. 16 a 18 do CPC).
LIVRE CONVENCIMENTO OU LIVRE APRECIAÇÃO DA PROVA
O juiz deve apreciar livremente as provas apresentadas pelas partes, de acordo com as regras jurídicas, além de fundamentar a sentença (art. 131 do CPC).
ÔNUS DA PROVA
As partes devem afirmar e provar suas alegações, proporcionando os melhores instrumentos para a apuração da verdade. Assim, o juiz irá decidir conforme o alegado e provado (art. 333 do CPC).
Art. 333. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
PRECLUSÃO OU EVENTUALIDADE
Cada ato processual deve ser exercitado dentro da fase adequada, sob pena de se perder o direito de praticar o respectivo ato processual.
Preclusão é a perda do direito de realizar um ato dentro do processo pelo decurso do tempo.
VERDADE REAL
Princípio predominante no processo penal, porém que deve ser praticado em todos os processos.
Proporciona ao juiz buscar, além do processo, os meios necessário para alcançar a verdade dos fatos, conforme ocorreram na realidade, não se conformando com a verdade formal.
NÃO AUTO-INCRIMINAÇÃO
Ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo, nem pode ser constrangido a confessar a prática de um ato criminoso.
IMPLÍCITO no art. 5º da CF através da conjugação de três princípios:
Ampla defesa (inciso LV)
Presunção da inocência (LVII)
Direito constitucional ao silêncio (LXIII)
É um direito público subjetivo.
IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
O juiz que tenha iniciado a instrução (fase processual em que se produzem as provas) deve ficar obrigado a dar sentença.
Tem exceções nos casos de TRANSFERÊNCIA, PROMOÇÃO OU APOSENTADORIA, em que os processos serão passados a seu sucessor.
(Art. 132 do CPC e art. 399 parágrafo 2º do CPP.)
MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
Significa que o juiz deve explicar sua decisão judicial, em vista garantir às partes a possibilidade de uma impugnação para efeito de reforma, através de recurso.
Tem por OBJETIVOS: mostrar a imparcialidade do juiz, a legalidade e a justiça das decisões.
Está previsto:
Art. 93, inciso IX, CF
Art. 165 combinado com o art. 458 CPC
Art. 381 CPP
Art. 832 CLT
Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem.
PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA
Todos são presumivelmente inocentes até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
Ou seja:
“É preciso uma sentença penal condenatória transitada em julgado para que alguém seja considerado culpado.” (Art. 5º, inciso LVII, CF)
ORALIDADE
Os atos processuais se desenvolvem conforme um sistema predominantemente oral e concentra-se o menor número possível de atos processuais na audiência de instrução e julgamento.
Por isso os atos que compõem a atividade processual devem se realizar em uma ou poucas audiências próximas, para que não desapareça da memória do juiz.
AMPLA DEFESA
O que passa a sofrer em condição de acusado, em processo (judicial ou administrativo) ou em geral, tem o direito de defesa. Ele deve ser ouvido e deve apresentar a sua contrariedade ao pedido. É uma garantia fundamental de justiça (art. 5º, LV, CF)
“FAVOR REI”
No caso de dúvida do juiz, este deve julgar em favor do réu. A dúvida beneficia o réu por falta de provas.
PEREMPTORIEDADE RECURSAL
Os prazos recursais correm em cartório e são contínuos e fatais, não se interrompendo por férias, domingos e feriados.
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO OU RECORRIBILIDADE
A expressão “duplo grau” significa que a decisão proferida pela jurisdição inferior pode ser revista pela jurisdição superior.
Existe a possibilidade de pedir revisão das decisões proferidas por juízes de primeiro grau, encaminhando-se por via de RECURSO aos juízes de segundo grau (tribunais). Recursos: disciplinados no CPC e CPP.
É um meio de evitar falhas e erros, que são inerentes aos julgamentos humanos.
Tem três “””objetivos”””:
Fabilidade humana – sujeito a falhas
Inconformidade da parte
Evitar abusos do juiz
FUNGIBILIDADE RECURSAL
Admite-se um recurso por outro, desde que interposto dentro do prazo legal e de boa-fé, para que a parte não seja prejudicada.
INADMISSIBILIDADE DA PROVA ILÍCITA
Não são admitidas no processo as provas obtidas por meios ilícitos, ou seja, produzidas em contrariedade a uma lei (art. 5º, LVI, CF).
SUCUMBÊNCIA
Consiste na condenação do vencido a pagar as despesas, as custas e os honorários despendidos pelo vencedor da causa (art. 20 CPC).
Advogado atuando em causa própria também arca com o ônus da sucumbência, se vencido.
ÍNTIMA CONVICÇÃO (JÚRI)
A grande diferença:
JUIZ TOGADO = livre convencimento/motivação da sentença
JÚRI = íntima convicção, pois o jurado julga de acordo com sua consciência, sem dar as razões de sua decisão (art. 5º, XXXVIII, CF).
Características:
Plenitude da defesa
Sigilo das votações
Soberania dos veredictos
Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida
São crimes dolosos contra a vida: homicídio, infanticídio, aborto e induzimento/instigação/auxílio ao suicídio.
DEVIDO PROCESSO LEGAL
“Ninguém será privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”, conforme art. 5º, LIV, CF.
É indispensável o desenvolvimento do processo perante juiz competente e imparcial, mediante amplo acesso ao Poder Judiciário e com a preservação do contraditório e da ampla defesa.
Decorrem os princípios:
Isonomia Processual
Juiz Natural
Ação (ou Inércia da Jurisdição)
Contraditório e Ampla Defesa
Inadmissibilidade da Prova Ilícita
Liberdade dos Atos Processuais
Duplo Grau de Jurisdição
Motivação das Decisões Judiciais
LEIS MATERIAIS OU SUBSTANCIAIS
São aquelas que fixamregras de conduta, estabelecendo direitos e obrigações entre pessoas naturais e jurídicas.
LEIS PROCESSUAIS OU INSTRUMENTAIS
São regras operacionais que disciplinam a aplicação das leis materiais, objetivando a solução dos litígios.
LEI PROCESSUAL NO TEMPO: tem dois princípios vigentes.
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE: A lei não retroage, salvo no Direito Penal para beneficiar o réu (art. 5º, inciso XXXVI, CF e art. 6º LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro)
PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE: Exige aplicação imediata da lei processual nova (art. 1211 CPC).
Observações: I) Não se aplica a lei processual nova a processos findos ou exauridos. II) Processos pendentes são atingidos pela lei processual nova, respeitando os efeitos dos atos já praticados na lei processual antiga. III) Processos futuros são completamente regidos pela lei processual nova.
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO: vigora o PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE, devendo o juiz aplicar a lei processual em todo o território nacional (art. 1º CPC).
JURISDIÇÃO
É a função estatal encaminhada à realização dos direitos em última instância. É o poder do Estado, através do Judiciário, de dizer o direito no caso concreto. A atividade jurisdicional é uma manifestação da soberania do Estado e que se desenvolve através do processo.
Competência é a limitação da jurisdição.
ELEMENTOS DA JURISDIÇÃO
DECISÃO
É o poder de conhecer o processo, recolher os elementos de prova e decidir.
COERÇÃO
Ocorre, por exemplo, quando o juiz obriga o vencedor ao cumprimento da decisão e ordena intimação das partes ou testemunhas.
DOCUMENTAÇÃO
Resulta da necessidade de representação por escrito dos atos processuais praticados no processo.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
INDELEGABILIDADE
O juiz não poderá atribuir a outros órgãos ou outras pessoas as funções que são inerentes a seu cargo e foram recebidas do Estado.
As cartas (rogatória, precatória e de ordem) não violam esse princípio.
ADERÊNCIA DA JURISDIÇÃO AO TERRITÓRIO
Os juízes exercem a jurisdição dentro de determinados espaços territoriais estabelecidos pelas leis de organização judiciária estaduais ou pela própria Constituição Federal.
Caso haja necessidade de praticar um ato processual fora da jurisdição, cabe ao juiz solicitar a cooperação de outros juízes, seja por meio de carta precatória ou rogatória.
INAVITABILIDADE
As partes não poderão escolher o juiz que solucionará o litígio e que aplicará a lei no caso concreto.
INDECLINABILIDADE
O juiz não pode deixar de dizer o direito, seja despachando ou sentenciando.
OBS: SÃO PRINCÍPIOS INERENTES À JURISDIÇÃO: JUIZ NATUAL E INÉRCIA DA JURISDIÇÃO.
DIVISÃO DA JURISDIÇÃO
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA
É a verdadeira jurisdição, que tem por objeto a lide. Existe contenda, contestação, oposição e litígio. Os litigantes são chamados de PARTES.
Produz coisa julgada.
Tem por característica a substitutividade, porque o Estado, nas questões de direito controvertido, substitui a atividade dos litigantes e, no lugar deles, passa a dizer o direito.
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA ou administrativa
Não resolve litígios, refere-se apenas a certos negócios ou atos jurídicos que devem ser submetidos ao controle do juiz. Os envolvidos são chamados de INTERESSADOS.
Tem o nome de procedimento de jurisdição voluntária, não de processo.
Não produz coisa julgada, portanto pode ser revista na jurisdição contenciosa. 
AÇÃO
A ação é um direito subjetivo público de pleitear ao poder judiciário uma decisão sobre uma pretensão.
ELEMENTOS
- As partes: correspondem ao autor e o réu, isto é, quem pede e contra quem se pede a prestação jurisdicional.
- O pedido: é o objeto da ação. É o bem jurídico pretendido pelo autor perante o réu.
Pedido imediato: é a espécie de providência jurisdicional solicitada ao Poder Judiciário. Ex: sentenças ou providências.
Pedido mediato: é o bem da vida. É a utilidade que se quer alcançar pela sentença ou providência jurisdicional, sobre um bem material ou imaterial pretendido pelo autor.
- Causa de pedir: é o fundamento jurídico da ação.
* A PETIÇÃO INICIAL, PREVISTA NO ART. 282, É O INSTRUMENTO UTILIZADO PARA PROPOSITURA DE AÇÃO CÍVEL:
CONDIÇÕES DA AÇÃO
São requisitos que a ação deve preencher para que se profira uma decisão de mérito (matéria de fato e de direito de um julgamento).
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO:
Consiste em formular pedido admitido pelo direito objetivo ou que não seja proibido por este. Ex de não possibilidade jurídica: dívida de jogo.
INTERESSE DE AGIR:
É a necessidade que tem alguém de recorrer ao Estado e dele obter proteção para o direito violado ou ameaçado de violação.
A tutela jurisdicional deve ser pleiteada quando houver NECESSIDADE e UTILIDADE. Ex de não interesse de agir: nota promissória ainda não vencida.
LEGITIMIDADE PARA A CAUSA:
É a identidade existente entre a pessoa que pede a providência jurisdicional e o direito indicado como ameaçado ou violado.
Ligado à titularidade do direito de ação e deve verificar-se tanto no polo ativo (autor) como no polo passivo (réu). Ex de não legitimidade: devedor errado/sogra pedir divórcio.
Legitimidade ordinária: ação proposta pelo titular.
Legitimidade extraordinária: proposta para a defesa de um direito alheio, desde que autorizado por lei.
CARÊNCIA DE AÇÃO
Ao verificar a falta de uma das condições da ação, o juiz determinará a EXTINÇÃO do processo, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, declarando o autor carecedor da ação e condenando-o ao ônus da sucumbência.
CLASSIFICAÇÃO
AÇÃO DE CONHECIMENTO
O juiz toma conhecimento do litígio.
São as ações que tendem a provocar um juízo, um julgamento, sobre a situação jurídica afirmada pelo autor.
O juiz: 1- conhece os fatos alegados pelas partes; 2- avalia juridicamente esses fatos à luz das normas a eles aplicáveis; 3- determina as consequências estabelecidas abstratamente pelas normas legais para os fatos reais.
Visa obter do juiz uma SENTENÇA DE MÉRITO.
Ação condenatória: o autor pretende obter do juiz uma sentença de condenação do réu ao cumprimento de uma prestação de dar, de fazer ou não fazer, de abster-se da prática de algum ato ou de desfazer o que por ele foi feito. (Cria o título exclusivo contra o réu.)
Ação declaratória: visa obter do juiz uma sentença declaratória de certeza da existência ou inexistência de um direito ou de uma relação jurídica; ou autenticidade ou falsidade de um documento.
Ação constitutiva: visa obter do juiz a modificação de uma situação jurídica existente, criando uma situação jurídica nova.
AÇÃO DE EXECUÇÃO (providência executiva)
Visa o cumprimento forçado de um direito já reconhecido.
Tem por pressuposto um título judicial ou extrajudicial e, com fundamento nele, o credor requer os atos judiciais necessários contra o devedor.
- Título executivo judicial: sentença condenatória.
- Título executivo extrajudicial: títulos de crédito.
AÇÃO CAUTELAR (providência cautelar)
Visa uma medida urgente e provisória como fim de assegurar os efeitos da ação principal, que pode estar em perigo por eventual demora.
Tem como pressupostos específicos:
- “Periculum in mora”: perigo na demora. É o fundado temor de que, enquanto se espera aquela tutela, ocorra ao direito posto em juízo lesão de difícil reparação.
- “Fumus boni iuris”: fumaça do bom direito. A provável existência do direito para o qual se pede a tutela em via principal; probabilidade de êxito.
Material da Monitoria de TGDP do diurno – 2014 – Monitora: Isabella Branquinho

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