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Protocolo de febre

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Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
INTRODUÇÃO 
A febre é o aumento da temperatura corporal, além da variação diária normal (DINARELLO; PORAT, 2015). Em adultos, 
a febre é característica de infecções, porém pode estar presente em condições não infecciosas, além de doenças 
autoimunes (PORAT; DINARELLO, 2016). Já em crianças, a febre é considerada autolimitada e benigna na maior parte 
dos casos (WARD, 2015). A prescrição farmacêutica para o tratamento de problemas de saúde autolimitados deve ser 
realizada com base nas necessidades de saúde do paciente, nas melhores evidências científicas, em princípios éticos e 
em conformidade com as políticas de saúde vigentes. O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e 
outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica (CONSELHO FEDERAL DE 
FARMÁCIA, 2013a, 2013b) 
 
ACOLHIMENTO DA DEMANDA 
Acolher significa receber bem, dar conforto, escutar e tornar-se responsável pelo atendimento da queixa apresentada 
pelo paciente, ou no mínimo, auxiliá-lo na escolha do melhor itinerário terapêutico. O farmacêutico deve identificar 
situações que requerem intervenção ou necessidade de atendimento rápido do paciente por outro profissional ou serviço. 
No caso de pacientes com febre, o farmacêutico deve reconhecer sinais e sintomas que o paciente apresenta, e 
identificar os casos em que são necessárias condutas com prescrição farmacêutica, orientações ou então 
encaminhamento a outros profissionais de saúde. 
 
ANAMNESE 
 
Definição 
A febre é o aumento anormal da temperatura corporal, ocorrendo em conjunto com o aumento do set point no 
hipotálamo. Em um ambiente com temperatura neutra, o metabolismo produz calor suficiente para manter a temperatura 
central entre 36,5oC a 37,5oC. A variação normal é de 0,5oC, mas pode ser até de 1,0oC em pessoas em recuperação de 
doenças febris, nas quais a variação diária é a mesma, porém a temperatura febril é maior. Em crianças, a variação da 
temperatura é facilmente observada, já os idosos possuem menor habilidade em apresentar febre, mostrando aumento 
modesto da temperatura apenas em casos de infecções severas (DINARELLO; PORAT, 2015). 
 
A temperatura varia de acordo com diversos fatores, incluindo idade, horário do dia (mais alta no período da noite e mais 
baixa no período da manhã), nível de atividade física, ciclo menstrual. No Quadro 1 são mostradas as temperaturas de 
acordo com o local de medição, e é importante ressaltar que durante o curso de uma doença febril a temperatura deve 
ser medida sempre com o mesmo aparelho e no mesmo local. 
 
Quadro 1: Variação da temperatura corporal de acordo com o local de medição. 
Local de medição Intervalo normal de 
temperatura 
Febre 
Retal 36,6o C a 38,0o C > 38,0o C 
Oral 35,5o C a 37,5o C > 37,6o C 
Axilar 34,7o C a 37,3o C > 37,4o C 
Timpânico 35,7o C a 37,7o C > 37,8o C 
Fonte: Adaptado de KRINSKY, 2014 
 
Na prática clínica não se faz necessário uma medida acurada da temperatura corporal, já que na maioria das vezes a 
investigação é feita apenas para evidenciar se existe febre ou não. Na farmácia devemos dispensar maior atenção para 
os valores da temperatura corporal quando houver suspeita de quadros clínicos mais graves (EL-RADHI; BARRY, 2006). 
 
Fatores que agravam o sintoma 
Tentativas de aquecimento: Em estados febris, o corpo diminui a perda de calor gerando vasoconstrição e sensação de 
frio na pele. Nesses momentos, instintivamente o indivíduo busca formas de se aquecer, diminuindo superfícies corporais 
expostas, aumento do número e da capacidade térmica das roupas, busca por ambientes quentes e diminuição da 
atividade. Consequentemente, a temperatura corporal tende a não diminuir facilmente ou ainda aumentar mais 
(DINARELLO; PORAT, 2015). 
Medicamentos: uma série de medicamentos podem causar aumento da temperatura devido a fatores como: alteração do 
mecanismo de termorregulação; reações diretamente ligadas a ação farmacológica do medicamento; reações 
diretamente ligadas a administração do medicamento; reações de hipersensibilidade; reações idiossincráticas (KRINSKY, 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
2014a). No Quadro abaixo é apresentada uma lista de medicamentos que podem causar aumento da temperatura 
corporal. 
 
Quadro 2: Medicamentos que podem aumentar a temperatura corporal 
Anti -nfecciosos Antineoplásicos Cardiovascular Ação no SNC Outros 
Aminoglicosídeos Bleomicina Epinefrina Anfetaminas Alopurinol 
Anfotericina B Clorambucil Hidralazina Barbitúricos Atropina 
Cefalosporinas Citarabina Metildopa Benzatropina Azatioprina 
Clindamicina Daunorrubicina Nifedipino Carbamazepina Cimetidina 
Cloranfenicol Citarabina Procainamida Haloperidol Corticoesteroides 
Imipenem Hidroxiureia Quinidina Litio Folato 
Isoniazida L - Asparaginase Estreptoquinase IMAOs Anestésicos inalatórios 
Macrolideos 6 - Mercaptopurina Nomifensina Interferon 
Mebendazol Procarbazina Fenitoína Iodetos 
Nitrofurantoina Streptozocina Fenotiazinas Metoclopramida 
Ácido para-
aminosalicílico ISRS Propiltiouracil 
Penicilinas Trifluoperazina Prostaglandina E2 
Rifampicina Tioridazina Salicilatos 
Estreptomicina Antidepressivos tricíclicos Tolmetina 
Sulfonamidas Lamotrigina Fenidiona 
Tetraciclinas Oxcarbazepina Ranelato de estrôncio 
Vancomicina 
Dapsona 
Nevirapina 
Telaprevir 
Legenda: SNC: Sistema Nervoso Central; ISRS: Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina; IMAOs: Inibidores da 
Monoaminoxidase. 
FONTE: (HALLORAN; BERNARD, 2004; JOHNSON; CUNHA, 1996; KUMAR; REULER, 1986; MCDONALD; SEXTON, 2015) 
 
Sinais e sintomas associados: diversos sintomas podem ser observados em conjunto com a febre, caracterizando tanto 
problemas de saúde autolimitados quanto condições de maior gravidade, em que encaminhamento medico é necessário. 
Em casos de problemas de saúde autolimitados, os sintomas associados podem ser dor de cabeça, diaforese 
(transpiração excessiva), mal-estar generalizado, calafrios, taquicardia, artralgia, mialgia, irritabilidade e anorexia. 
Sintomas como sudorese, taquicardia e calafrios estão relacionados diretamente ao ajuste de temperatura do corpo 
durante a febre. Já sintomas como mialgias e artralgias estão relacionados com a liberação de pirógenos 
endógenos(KRINSKY, 2014a). 
 
METAS TERAPÊUTICAS 
O tratamento da febre tem por objetivo trazer conforto para o paciente, reduzindo a temperatura corporal e 
consequentemente os sintomas associados à febre. Porém, quando a resolução dos sintomas não é alcançada após 3 
dias de tratamento, o paciente deve ser encaminhado ao serviço de atenção à saúde ou médico para sua devida 
avaliação. 
 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
PLANO DE CUIDADO 
O tratamento da febre não traz alteração no tempo de resolução de infecções bacterianas ou virais, mas deve ser 
iniciado apenas quando suspeitas de qualquer causa forem excluídas, evitando assim que um possível 
diagnóstico seja mascarado. O tratamento da febre visa sempre trazer conforto para o paciente, visto os sintomas 
associados que o aumento da temperatura corporal causa (KRINSKY, 2014a). Inclusive, o tratamento com antitérmicos é 
indicado quando o paciente não apresenta temperaturas muito elevadas, mas já apresenta os sintomas associados, 
como dor de cabeça, diaforese (transpiração excessiva), mal-estar generalizado, calafrios, taquicardia, ou então, quando 
o paciente já tem idade avançada (KRINSKY, 2014a; WARD, 2015). 
 
A partir da análise das informações coletadas, o farmacêutico, excluindo os casos de encaminhamento identificados na 
anamnese farmacêutica, deve proceder à seleção de condutas e elaboração de seu plano de cuidado, de forma 
compartilhada com o paciente, a fim de atender as suas necessidades e problemas de saúde.O plano de cuidado do paciente envolve a seleção de condutas para promover o alívio ou resolução da febre, 
proporcionando bem-estar e manutenção das atividades da vida diária. O plano contém as ações pactuadas entre o 
paciente e o farmacêutico, embasadas nas melhores evidências disponíveis, e de forma coordenada com o restante da 
equipe de saúde envolvida no cuidado. 
 
No atendimento da demanda da febre são possíveis as seguintes condutas (CFF, 2013a, 2013b): 
• Encaminhamento ao médico ou a outro serviço de saúde; 
• Prescrição de terapia não farmacológica; 
• Prescrição de terapia farmacológica; 
• Outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente. 
 
Tratamento não farmacológico 
O tratamento não farmacológico da febre consiste em resfriar o corpo com o objetivo de aumentar a perda de calor e 
consequentemente, diminuir a temperatura corporal. Essa terapia pode ser realizada de diversas formas, como: banhos 
de esponja com água morna, banho, exposição a ventilação e uso de mantas frias (Axelrod 2000; Caruso et al. 1992). 
Além desses métodos, o uso de gelo, enemas frios e uso de álcool pelo corpo não são recomendados, uma vez que 
podem causar sérios eventos adversos (SENZ; GOLDFARB, 1958; STEELE et al., 1970). Estudos mostram que métodos 
de resfriamento do corpo para redução da temperatura são eficazes por curtos períodos de tempo, ou seja, a longo 
prazo, a terapia medicamentosa isolada é mais eficaz do que o resfriamento do corpo isoladamente (ALVES; ALMEIDA; 
ALMEIDA, 2008; WATTS; ROBERTSON; THOMAS, 2003). 
 
Além dessas terapias, é importante adotar condutas como uso de roupas leves, não cobrir o paciente com o intuito de 
diminuir os sintomas da febre, manter a temperatura ambiente em torno de 25,6o C, e ingerir líquidos (KRINSKY, 2014a). 
 
Tratamento farmacológico 
 
Vide ANEXO 1 
 
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 
A febre, na maioria dos casos em crianças ou adultos, é decorrente de infecções virais e relacionadas a problemas de 
saúde autolimitados. Nesses casos, a prescrição farmacêutica de um antitérmico que vai trazer conforto ao paciente e 
minimizar os sintomas associados a ela como mal estar, dor de cabeça e mialgia, é de grande necessidade para melhora 
da qualidade de vida do paciente na decorrência do estado febril (KRINSKY, 2014a; PORAT; DINARELLO, 2016). 
Caso o paciente não apresente melhora ou tenha piora do sintoma, com aparecimento de sinais de alerta ou mais 
sintomas associados, ele deve ser encaminhado ao médico. 
 
 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
FLUXOGRAMA DE TRATAMENTO 
 
Fonte: O autor (2018) 
 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
ENCAMINHAMENTO 
O farmacêutico deve fazer encaminhamento a outros profissionais de saúde ou estabelecimento de saúde sempre que o 
paciente apresentar um dos seguintes sinais de alerta: 
 
Pacientes com <6 meses de idade com temperatura retal ≥ 38°C ou equivalente 
Pacientes com >6 meses de idade com temperatura retal ≥40°C ou equivalente 
Sintomas de infecções que não são autolimitadas 
Risco de hipertermia 
Utilização de oxigênio comprometida (p.ex. DPOC grave, dificuldade respiratória, 
insuficiência cardíaca) 
Sistema imune comprometido (p.ex. HIV, câncer) 
Possível lesão no sistema nervoso central (p.ex. lesão traumática na cabeça, acidente 
vascular encefálico) 
Febre que persiste por mais de três dias com ou sem tratamento 
Crianças que se recusam a ingerir qualquer líquido 
Crianças muito sonolentas, irritáveis ou com dificuldade de acordar 
Crianças com vômitos e que não conseguem manter líquidos ingeridos 
Pacientes com sintomas coerentes com dengue, febre Chikungunya ou infecção por 
Zikavirus 
Pacientes com os seguintes sintomas: 
o - Rash cutâneo 
o - Dificuldade de respirar 
o - Dor de cabeça ou dor forte no pescoço 
o - Convulsões ou confusão mental 
o - Vômitos ou diarreia 
o - Dor forte na barriga, costas 
o - Qualquer outro sintoma que não seja comum e gera preocupação 
Fonte: Adaptado do Guia de prática clínica sinais e sintomas não específicos (MELO et al., 2018); (KRINSKY, 2014a) 
 
 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
REFERÊNCIAS 
 
ALVES, J. G. B.; ALMEIDA, N. D. C. M. DE; ALMEIDA, C. D. C. M. DE. Tepid sponging plus dipyrone versus dipyrone alone for 
reducing body temperature in febrile children. São Paulo medical journal = Revista paulista de medicina, v. 126, n. 2, p. 107–11, 6 
mar. 2008. 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução no 586 de 29 de agosto de 2013. [s.l: s.n.]. 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução no 585 de 29 de agosto de 2013. [s.l: s.n.]. 
DINARELLO, C. A.; PORAT, R. Fever. In: KASPER, D. et al. (Eds.). . Harrison’s Principles of Internal Medicine, 19e. New York, NY: 
McGraw-Hill Education, 2015. 
EL-RADHI, A. S.; BARRY, W. Thermometry in paediatric practice. Archives of disease in childhood, v. 91, n. 4, p. 351–6, abr. 2006. 
HALLORAN, L. L.; BERNARD, D. W. Management of drug-induced hyperthermia. Current opinion in pediatrics, v. 16, n. 2, p. 211–5, 
abr. 2004. 
JOHNSON, D. H.; CUNHA, B. A. Drug fever. Infectious disease clinics of North America, v. 10, n. 1, p. 85–91, mar. 1996. 
KRINSKY, D. L. Handbook of nonprescription drugs: an interactive approach to self-care. 18ed. ed. Washington: [s.n.]. 
KRINSKY, D. L. ET AL. Handbook of nonprescription drugs: an interactive approach to self-care. 18. ed ed. [s.l.] Washington: 
American Pharmacists Association, 2014b. 
KUMAR, K. L.; REULER, J. B. Drug fever. The Western journal of medicine, v. 144, n. 6, p. 753–5, jun. 1986. 
MCDONALD, M.; SEXTON, D. J. Drug Fever. p. 1–10, 2015. 
MELO, A. C. DE et al. Guia de Prática Clínica: Sinais e sintomas não específicos - Febre. Brasilia - DF: Conselho Federal de 
Farmácia., 2018. 
PORAT, R.; DINARELLO, C. A. Pathophysiology and treatment of fever in adults. Disponível em: 
<http://www.uptodate.com/contents/pathophysiology-and-treatment-of-fever-in-
adults?source=search_result&search=Phisiopathology+and+treatment+of+fever&selectedTitle=15~150>. Acesso em: 14 nov. 2015. 
SENZ, E. H.; GOLDFARB, D. L. Coma in a child following use of isopropyl alcohol in sponging. The Journal of pediatrics, v. 53, n. 3, 
p. 322–3, set. 1958. 
STEELE, R. W. et al. Evaluation of sponging and of oral antipyretic therapy to reduce fever. The Journal of pediatrics, v. 77, n. 5, p. 
824–9, nov. 1970. 
WARD, M. A. Fever in infants and children: Pathophysiology and management. p. 1–18, 2015. 
WATTS, R.; ROBERTSON, J.; THOMAS, G. Nursing management of fever in children: a systematic review. International journal of 
nursing practice, v. 9, n. 1, p. S1-8, fev. 2003. 
 
 
 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realização: 
 
Coordenação Geral: 
GT de Saúde Pública – Conselho Federal de Farmácia 
 
Concepção Pedagógica: 
Cassyano Januário Correr 
Thais Teles de Souza 
Walleri Christini Torelli Reis 
 
Coordenação Pedagógica: 
Thais Teles de Souza 
Walleri Christini Torelli Reis 
 
Tutoria: 
Alcindo de Souza Reis Junior 
Aline de Fátima Bonetti 
Bruna Aline de Queirós Bagatim 
Cínthia Caldas Rios Soares 
Fernanda Coelho Vilela 
Fernando Henrique Oliveira de Almeida 
Inajara Rotta 
Livia Amaral Alonso Lopes 
Natália Fracaro Lombardi 
Wallace Entringer Bottacin 
 
ANEXO 1 – PROTOCOLO DE FEBRE 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
EVENTOS ADVERSOS 
CONTRAINDICAÇÕES 
SITUAÇÕES 
ESPECIAIS 
POSOLOGIA ORIENTAÇÃO AO PACIENTE FÁRMACO 
• Dermatológicas: Rash 
(3% a 9%) 
• Gastrintestinais: azia 
(3% a 9%), náusea (3% 
a 9%), vómitos (1% a 
3%) 
• Neurológicas: Tonturas 
(3% a 9%), dor de 
cabeça (1% a 3%) 
 
• Hipersensibilidade 
conhecida ao 
ibuprofeno, ao ácido 
acetilsalicílico ou a 
qualquer outro AINEs;• Úlcera gastroduodenal 
ou sangramento ativo; 
• Primeiro trimestre da 
gestação; após a 30a 
semana de gestação. 
• Crianças com menos de 
6 meses de idade 
• Evitar (avaliação 
risco-benefício) em 
pacientes com 
doença renal, asma, 
hipertensão, 
cardiopatia, disfunção 
hepática, distúrbios 
da coagulação ou 
lúpus. 
• Risco C – não utilizar 
na gestação, exceto 
sob supervisão 
médica. 
ADULTOS (acima de 
12 anos) 
• 200-400 mg em 
intervalos de 4-6h 
 
CRIANÇAS (6 meses a 
12 anos) 
• 5 a 10 mg / kg 
 em intervalos de 6 a 8 
horas 
 
• O intervalo mínimo para administração do 
comprimido ou cápsula não deve ser 
inferior a 4h 
• Não ultrapassar a dose máxima de 1.200 
mg/dia 
• Não tomar por mais de 10 dias a não ser 
que seja indicado por um médico 
• Pacientes com história cardíaca têm um 
risco aumentado para eventos 
cardiovasculares adversos trombóticos. 
Aconselhe paciente para relatar sinais / 
sintomas de infarto do miocárdio ou 
acidente vascular cerebral. 
• Instruir os pacientes a relatar sinais / 
sintomas de eventos gastrintestinais 
graves, como sangramentos (sangue 
aparente nas fezes, ou fezes 
enegrecidas) ou dor abdominal intensa. 
Os doentes idosos e debilitados podem 
ter um risco aumentado para este evento 
adverso. 
Ibuprofeno 
• Gastrointestinal: úlcera 
gastrintestinal 
• Hematológicas: 
Sangramento 
• Hipersensibilidade ao 
AAS ou outros AINEs 
• Casos de asma, rinite e 
pólipos nasais. 
• O uso de aspirina em 
adolescentes deve ser 
evitado, em especial 
se na vigência de 
ADULTOS E 
• 500-1000 mg em 
intervalos de 4-8h (não 
exceder 4g/dia) 
• Não ultrapassar dose máxima de 4g/dia. 
• Instruir paciente para relatar sangramento 
anormal ou excessivo. 
• Aconselhe doente a relatar sintomas de 
Ácido 
acetilsalicílic
o (AAS ou 
aspirina) 
ANEXO 1 – PROTOCOLO DE FEBRE 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
• Otológicas: zumbido 
• Respiratórias: 
broncoespasmo 
• Outros: angioedema, 
síndrome de Reye 
 
doença viral, devido 
ao risco de síndrome 
de Reye - nessa 
população, preferir 
alternativas 
terapêuticas. 
• Risco C – não utilizar 
na gestação, exceto 
sob supervisão 
médica. 
CRIANÇAS (acima de 
12 anos) 
• Mesma dose que para 
adultos 
• 40 a 60 mg / kg / dia em 
intervalos de 4 a 6h. 
máximo de 4 g em 24h 
ulceração ou hemorragia gastrointestinal. 
• Os efeitos secundários podem incluir 
dispepsia, agitação, confusão, tonturas, 
dor de cabeça, letargia, síndrome de 
Reye e convulsões. 
• Dermatológicas: Prurido 
(>5%) 
• Gastrintestinais: 
Obstipação (>5%), 
náusea (adultos, 34%), 
vômitos (adultos, 5%) 
• Neurológicas: Dor de 
cabeça (1% a 10%), 
insônia (1% a 7%) 
• Psiquiátricas: Agitação 
(>5%) 
• Respiratórias: A 
atelectasia (>5%) 
 
• Hipersensibilidade ao 
paracetamol 
• Doença hepática 
 
• Devido ao seu efeito 
neutro na pressão 
arterial e função 
cardiovascular como 
um todo, essa 
alternativa deve ser 
preferida em 
pacientes com 
doenças 
cardiovasculares. 
• Risco C – não utilizar 
na gestação, exceto 
sob supervisão 
médica. 
ADULTOS E 
ADOLESCENTES 
• 500-1000 mg em 
intervalos de 4-6h, 
conforme a 
necessidade (não 
exceder 4g/dia) 
CRIANÇAS (até 1 ano) 
• 10 a 15 mg / kg / dose 
com intervalos de 4 a 
6 h. Máx 75 mg / kg / 
dia 
CRIANÇAS (até 11 
anos, < 60 kg) 
• 10 a 15 mg / kg / dose 
com intervalos de 4 a 
6 h. Máx 100 mg / kg / 
• Não exceder dose máxima diária de 4g. 
• Instruir paciente que muitas associações 
medicamentosas isentas de prescrição, 
como aquelas para resfriados e dor 
podem conter paracetamol, e que a dose 
diária deve ser observada. 
• Os efeitos secundários podem incluir 
hemorragia gastrointestinal, 
hepatotoxicidade, ou nefrotoxicidade. 
• Evitar uso concomitante de bebidas 
alcoólicas. 
Paracetamol 
ANEXO 1 – PROTOCOLO DE FEBRE 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
dia ou máx 4000 mg / 
dia 
 
 
 
• Cardiovasculares: 
hipotensão 
• Dermatológicas: 
erupção cutânea, rash, 
urticária 
• Gastrintestinais: 
náuseas, vômitos, 
irritação gastrointestinal, 
xerostomia 
• Hematológicas: 
agranulocitose, anemia 
aplastica 
• Neurológicas: 
sonolência, cansaço e 
dor de cabeça 
• 
• Hipersensibilidade a 
dipirona 
• Pacientes com menos 
de 3 anos ou com 
menos de 5 kg 
• Os supositórios só 
podem ser utilizados por 
crianças maiores de 4 
anos com mais de 16 kg 
• Deve ser evitada em 
pacientes 
imunossuprimidos e 
com idiossincrasias 
sanguíneas. 
• Os dados disponíveis 
são inconclusivos ou 
inadequados para 
determinar o risco 
fetal quando 
administrado a 
mulheres grávidas ou 
mulheres em idade 
fértil. 
SUPOSITÓRIOS 
• 1 a 4 supositórios ao 
dia, adultos e crianças 
 
 
ADULTOS 
• 500-1000 mg em 
intervalos de 6-8h 
 
CRIANÇAS 
Solução de 500 mg/mL, 
gotas: 
• 5 a 8 kg (3 a 11 meses): 
Dose única 2 a 5 gotas; 
dose máxima diária 20 
(4 tomadas x 5 gotas) 
• 9 a 15 kg (1 a 3 anos): 
Dose única 3 a 10 
gotas; dose máxima 
diária 40 (4 tomadas x 
10 gotas) 
• Não ultrapassar dose máxima diária – 3-4 
g/dia. 
• Explicar que eventos adversos como 
anemia aplástica e agranulocitose, apesar 
de raros, devem ser monitorados. 
• A dipirona pode provocar pressão baixa, 
que pode ser dependente da dose. Esse 
risco pode ser aumentado se o paciente 
já tiver história de hipotensão, 
desidratação, circulação instável, 
insuficiência respiratória ou febre elevada. 
• Não utilizar mais que 4 supositórios ao dia 
Dipirona 
ANEXO 1 – PROTOCOLO DE FEBRE 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
• 16 a 23 kg (4 a 6 anos): 
Dose única 5 a 15 
gotas; dose máxima 
diária 60 (4 tomadas x 
15 gotas) 
• 24 a 30 kg (7 a 9 anos): 
Dose única 8 a 20 
gotas; dose máxima 
diária 80 (4 tomadas x 
20 gotas) 
• 31 a 45 kg (10 a 12 
anos): Dose única 10 a 
30 gotas; dose máxima 
diária 120 (4 tomadas x 
30 gotas) 
• 46 a 53 kg (13 a 14 
anos): dose única 15 a 
35 gotas; dose máxima 
diária 140 (4 tomadas x 
35 gotas) 
Solução de 50 mg/mL. 
• 5 a 8kg (3 a 11 meses): 
Dose única 1,25 a 2,5; 
dose máxima diária 10 
(4 tomadas x 2,5mL) 
• 9 a 15kg (1 a 3 anos): 
Dose única 2,5 a 5; 
ANEXO 1 – PROTOCOLO DE FEBRE 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
dose máxima diária 20 
(4 tomadas x 5mL) 
• 16 a 23kg (4 a 6 anos): 
Dose única 3,75 a 7,5; 
dose máxima diária 30 
(4 tomadas x 7,5mL) 
• 24 a 30kg (7 a 9 anos): 
Dose única 5 a 10; dose 
máxima diária 40 (4 
tomadas x 10mL) 
• 31 a 45kg (10 a 12 
anos): Dose única 7,5 a 
15; dose máxima diária 
60 (4 tomadas x 15mL) 
• 46 a 53kg (13 a 14 
anos): Dose única 8,75 
a 17,5 Dose máxima 
diária 70 (4 tomadas x 
17,5mL) 
 
Fonte: Adaptado do Guia de prática clínica sinais e sintomas não específicos (MELO et al., 2018); Micromedex (TRUVEN HEALTH ANALITYCS, 2015) 
 
MELO, A. C. DE et al. Guia de Prática Clínica: Sinais e sintomas não específicos - Febre. Brasilia - DF: Conselho Federal de Farmácia., 2018. 
TRUVEN HEALTH ANALITYCS. Micromedex® DrugdexSystem®. 
 
ANEXO 1 – PROTOCOLO DE FEBRE 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço

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