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AD3 Ciencia Política

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1 
 
 
Administração Pública 
AD3- Ciência Política 
 
Em seu Manifesto Comunista, Marx declara que a história da humanidade é definida 
como sendo a história das lutas de classe. Ou seja, sempre existiu uma classe dominante 
e uma classe dominada. 
De acordo com Marx, segundo Ricardo Coelho, o modo de produção resulta da 
combinação das forças produtivas e das relações de produção. As forças produtivas são o 
trabalho humano e os meios de produção, tais como a terra, as máquinas e os 
equipamentos, além das tecnologias empregadas na produção e as relações de produção 
são estabelecidas entre as diferentes classes sociais e envolvem a propriedade sobre os 
fatores de produção e sobre o produto do trabalho e o mando e controle sobre o processo 
de produção. 
Para Marx, segundo Ricardo Coelho, a história conheceu quatro modos de produção 
dominantes: o asiático, o antigo, o feudal e o capitalista. No modo de produção asiático, 
que predominou nas civilizações próximas ao Rio Nilo, no Egito, Rios Tigre e Eufrates 
na Mesopotâmia e Rio Amarelo na China, as relações eram de exploração pela classe 
dominante de tribos e comunidades rurais para a construção de grandes obras, como as 
pirâmides, templos, etc. 
Já no Ocidente, mais precisamente em torno do Mar Egeu e bacia do Mediterrâneo, 
predominou o modo de produção antigo que foi fundado na escravidão onde a classe 
dominada não tinha direito a absolutamente nada. 
Logo em seguida, na Idade Média, na Europa, o modo de produção predominante foi o 
de produção feudal onde a classe dominante era composta pelos nobres e senhores de 
terra e os dominados eram os servos que viviam sobre controle dos senhores das terras 
que se apropriavam de toda produção agrícola produzida pelos servos. 
E finalmente, após o declínio do modo da produção feudal e desenvolvimento da 
economia mercantil, a burguesia passou a ser a classe dominante no novo modo de 
produção: o capitalista. 
No capitalismo, de acordo com Marx, a burguesia, é a proprietária de todos os meios de 
produção e o proletariado, desprovido de toda a propriedade, só tem como sua, a força do 
seu trabalho. 
Todavia, a forma de dominação no capitalismo difere dos regimes anteriores pois, a classe 
dominada não é coagida a trabalhar para a classe dominante, pois vende sua força de 
trabalho de forma voluntária para os burgueses em troca de um salário. Na verdade, é 
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uma dominação mascarada pois, sendo o proletariado desguarnecido de posses, não tem 
outra alternativa a não ser vender sua força de trabalho para sobreviver. 
Durante a evolução dos meios de produção, diante da abertura de novos mercados, a 
simples manufatura sendo insuficiente, fez com que o valor da mão de obra diminuísse. 
De acordo com Marx, em seu Manifesto Comunista, quanto menos o trabalho exige 
habilidade e força, e quanto mais a indústria moderna progride, tanto mais o trabalho de 
homens é suplantado pelo das mulheres e crianças. Sendo assim, as diferenças de idade e 
de sexo não tem mais importância social para a classe operária. Desta forma, cada vez 
mais o proletariado se encontra refém da burguesia. 
Apesar disso, Marx, entende que a burguesia teve um caráter revolucionário ao ter sido 
responsável pelo desenvolvimento do capitalismo e ajudar a libertar o homem das 
condições de dominação existentes anteriormente, além de promover o desenvolvimento 
das forças produtivas humanas. Através do capitalismo a humanidade progrediu 
diminuindo a escassez em que vivia submetida e aumentando a sua riqueza social. 
Porém, chega um momento que a ordem da burguesia não traz mais progresso à 
humanidade massacrando cada vez mais o proletariado, pois, ao desenvolver a indústria 
produz competição entre os operários, os incentivando à se associarem e se unirem 
produzindo uma revolução. Portanto, para Marx, a frase em seu Manifesto: “A burguesia 
produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do proletariado são 
igualmente inevitáveis", significa que a revolução comunista é tão somente culpa do 
comportamento da burguesia e que o comunismo é o desenvolvimento normal da 
humanidade pós-capitalismo.

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