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Resumo História da Educação

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Resumo - História da Educação no Brasil
Idade Média V a XV - Educação dada pela igreja (Patrística - Defesa da fé católica e da conversão dos não cristãos)
(Escolástica - Filosofia Cristã que procura apoiar a fé na razão com muita decoreba e tem como principal nome Thomás de Aquino)
Renascimento XV - Crítica aos valores medievais, Crítica e liberdade preconizadas contra a autoridade, crescente retomada da valorização da cultura greco-romana, enriquecimento da arte e da cultura, ascenção da burguesia, HUMANISMO-preocupação com a compreensão do homem e de seu papel no mundo, em contraposição às explicações teológicas da Idade Média. REALISMO-método de ensino a partir das experiência da realidade dos alunos, relacionados com a vida prática.
Reforma Protestante e Contrarreforma Católica, esta condenando o protestantismo, publicando o Index(relação de livros proibidos) e criando a Companhia de Jesus. 
Companhia de Jesus ( criada por Inácio de Loyola ) - ordem religiosa com atribuição de impedir a propagação do protestantismo e converter pagãos em católicos, defender o Papa, reconverter os cristãos reformados e evangelizar os "povos bárbaros"
Criação dos Colégios para conquista e manutenção de fiéis tanto pelos reformadores protestantes como pelos católicos muito próximas em relação à organização hierariquica; às normas disciplinares; ao reconhecimento de necessidades específicas de crianças e adolescentes; à dependência de autorização dos estados para seu funcionamento; ao diálogo seletivo com o humanismo; a restringir aos filhos de nobres burgueses os ensinos superiores; entre outros.
Educação jesuítica no período colonial brasileiro ( 1549 - 1759 ) 
1549 - 1556 - basicamente focada na catequização, em especial de crianças indígenas, e na adaptação dos jesuítas a essa nova realidade, inclusive quanto à língua tupi, que foi traduzida por eles;
1556 - 1570 - todos os jesuítas tinham acesso às constituições, documentos orientadores dos preceitos educativos da Companhia de Jesus, e uma versão inicial do ratio Studiorum;
1570 - 1599 - à medida que os indígenas do litoral vão sendo dizimados e o modelo colonizador de monocultura, latifúndio e trabalho escravo era estabelecido; diminui o número de casas de bê-á-bá e aumenta, de colégios. Colégios Internos(futuros padres da ordem)e e Externos(filhos dos colonizadores portugueses). Publicado em 1599 o RATIO STUDIORUM
1759 - Marquês de Pombal, que promovia a reorganização da administração de Portugal, expulsou os jesuítas. 
Reformas pombalinas - orientadas pelo pensamento iluminista e por proposições correntes na Europa, que entendiam como função da educação "preparar súditos capazes de identificar e reconhecer como legítimos as leis e os costumes do Estado"
A definição da função do professor:"educar a mocidade na virtude e preservação da união cristã e da sociedade civil" indica que apesar do início de constituição de um estado laico em Portugal, as relações e a cultura religiosa católica ainda o permeavam. 
Até 1772, taxas sobre a produção de alguns produtos, como aguardente, mantinham as aulas. Nesse ano foi criado o subsídio literário para a manutenção do ensino elementar e secundário, o que tornava os professores funcionários públicos, uma vez que não seriam mais pagos diretamente por sua clientela. Raramente as edificações jesuías foram utilizadas: a escola era na casa do professor, e a ele cabia providenciar o material a ser utilizado. AULAS RÉGIAS
Educação não era para a população em geral, partindo o governo do princípio que era "impraticável" montar uma rede escolar que abrangesse todo o território do reino luso e domínios. Nesse caso, haveria súditos os quais a cultura oral seria suficiente; outros que deveriam receber noções básicas de ler, escrever e contar, e ainda, um menor número com acesso aos estudos superiores.
Chegada da Família Real no Brasil ( 1808 ) 
Parte da ação educativa desse período derivou da necessidade de formação de indivíduos para a administração do Reino, no Rio de janeiro. Houve a criação de cátedras e instituições culturais e educacionais, com ênfase no ensino superior. Por outro lado, as iniciativas de escolarização primária foram praticamente nulas, limitadas às escolas de ler e escrever e às aulas régias. Foi utilizado o ensino mútuo, conhecido como método Lancaster que era praticado em Portugal. Um professor com a ajuda de monitores reunidos em um vasto local.
Brasil Império ( 1822 - 1889 ) - 1° Império( 1822 - 1831 ) - Regência ( 1831 - 1840 ) - 2° Império ( 1840 - 1889 )
Assembléia Nacional e Geral Constitinte ( 1823) Partido Liberal Brasileiro agregava comerciantes de centros urbanos e proprietários de províncias. Também tinha em sua composição artesãos, serviçais de serviços autorizados e intelectuais que defendiam o anticolonialismo e o nacionalismo. Partido Português ou Realista agregava militares, comerciantes e burocratas.
Constituição ( 1824 ) estabelece que a instrução primária era gratuíta a todos os cidadãos, mas não garantia a oferta nem indicava de quem seria essa responsabilidade. 
Em 1827 foram estabelecidas diretrizes para a oferta da instrução pública determinando a fundação de Escolas de Primeiras Letras em todo o país utilizando o método de ensino mútuo, regulamentando ordenados e capacitação de professores, criação de "escolas de meninas nas cidades e vilas mais populosas". Como as oligarquias econômicas locais não desejavam alterar as condições de vida da maioria da população, as escolas de primeiras letras raramente foram implantadas e a educação só ocorria nas pedagogias ( escolas primárias) e nas escolas domiciliares em que os estudantes frequentavam a residência de seus professores.
O Governo Regencial transferiu ( 1834 ) a responsabilidade pela administração do ensino primário e secundário para as províncias. Foi nesse período que surgiu ( 1835 ) a 1° Escola Normal do Brasil em Niterói e o Colégio Dom Pedro II ( 1837 ), este para servir de modelo para outras iniciativas a serem desenvolvidas no país. Com a finalidade de " educar a elite intelectual, econômica e religiosa brasileira", seus estatutos "foram organizados com base nos estatutos dos liceus franceses" com plano ENCICLOPÉDICO.
O pessoal docente, quase todo constituído de mestres improvisados, sem nenhuma preparação específica, não melhora sensivelmente com as primeiras escolas normais que se criam no país com organização muito rudimentar.
Seguem as corporações de ofícios com aprendizagem compulsória de crianças e adolescentes, que na sociedade não tinham outra opção, como era o caso dos órfãos e desvalidos.
Em 1879, o ministro Leôncio de Carvalho destaca um decreto que marcou o início do processo de organização da escola pública, e estabelecia orientações como: liberdade de ensino, livre frequência, ensino religioso facultativo, obrigatoriedade do ensino dos 7 aos 14 anos para ambos os sexos, criação do primeiro e segundo graus, com duração de 4 anos, e currículo específico para cada grau, criação de jardins de infância, bibliotecas e museus pedagógicos, criação e apoio do governo a escola de artes e ofícios; normatização para os conteúdos do ensino superior e para a carreira dos professores, entre outros. infelizmente não foi efetivado e muitas iniciativas por ele proposta começaram a ser desenvolvidas a partir do século XX.
Primeira(Velha) República ( 1889 - 1930 ) - 1° Guerra Mundial ( 1915 - 1918 ) - Crise da bolsa de NY 1929
o Estado permanece agroexportador porém com significativa urbanização causada pela industrialização, migração de pessoas do campo para as cidades e da vinda de imigrantes. Ramos têxtil, alimentação, vestuário foram os principais e havia carência na indústria de base(cimento, ferro, aço, máquinas e equipamentos), causando dependência de importações. 
Período de movimentos sociais no campo como Canudos e Contestado e greves nas cidades que fortaleceram a sindicalização e a partir daí começaram a ocorrer discussões sobre a ação do Estado, por meio da regulamentação das relações detrabaho.
Washington Luís insistindo que outro paulista o sucedesse ( Júlio Prestes), rompe com o revezamento com Minas Gerais culminando na Revolução de 1930. Mesmo com a crise de 1929 e a queda brusca no preço do café devido a excepcional safra de 1929 e o governo não concedendo aos benefícios solicitados pelos cafeícultores endividados, Júlio Prestes vence as eleições sobre Getúlio Vargas(apoiado pelos mineiros).
Constituição de 1891 - estabeleceu que à União coube , na prática, o ensino superior e o secundário, e aos estados, o ensino primário e profissional. Houveram debates ácidos, mas a educação se tornou laica e de princípios positivistas ( Reforma Benjamin Constant ) ilustrados na frase de nossa bandeira: "Ordem e Progresso". Estes princípios influenciaram muitos participantes do movimento pela proclamação da República do Brasil, em especial os militares: ideais como contruir um progresso para a história e as instituições do país, de aproximá-lo de um ideal de civilização e de modernidade. A escola era compreendida como instituição fundamental no esforço de moralizar e civilizar a população do país e de estabelecer uma ordem social necessária para o progresso. Criação dos GRUPOS ESCOLARES organizados com o ensino simultâneo, ou seja, o professor lecionava para vários alunos ao mesmo tempo, a partir da criação de séries escolares. Dentre os movimentos sociais da época estava o dos PIONEIROS DA EDUCAÇÃO que propunham uma Pedagogia Nova baseada no escolanovismo contrapondo a Pedagogia Tradicional e propondo uma educação humanista com método de investigação científica. Instituíram o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova em 1932.
Associada a deficiência das precárias iniciativas escolares existentes à época, como formação de professores, os materiais didáticos e o mobiliário escolar, a exigência de construção de edifícios adequados para a instalação dos grupos escolares foi uma preocupação dos governantes, em especial considerando o ideal de escola civilizadora, moralizadora e, portanto, com a função de ensinar bons hábitos. Ou seja, o ambiente escolar deveria refletir os princípios higienistas, eugenistas e civilizatórios em discussão à época. Proposições escolanovistas de "educar para a vida", trazidas por Anísio Teixeira ( diretor da Instrução da Bahia ), após conhecer o sistema escolar e as propostas de John Dewey em viagem aos EUA, de certa forma fomentaram desdobramentos importantes para a educação e a escolarização no Brasil, que ocorreram a partir dos anos 1930.
Segunda República - Varguismo ( 1930 - 1945 ) - 2° Guerra Mundial ( 1939 - 1945 ) "Estado Novo(1937)" 
Aproximação do Estado em relação à Igreja e iniciativas de controle da opinião pública, estabelecidas desde a escola, a imprensa, e a sociedade. Principais ações, de imediato, a centralização do poder político e da economia ( com política de substituir as importações pela produção interna e de estabelecer uma indústria de base), buscando fortalecer o setor cafeeiro, e a aproximação dos trabalhadores, com proposições que constituíram o início do estabelecimento de uma política trabalhista no país, como a criação do Ministério do trabalho, Indústria e Comércio( legislação trabalhista; sistema de seguridade social, que instituía previdência social. A Guerra impedia que muitos produtos industrializados chegassem ao Brasil e ao mesmo tempo estabelecia demandas por aço e petróleo por exemplo.
Aproximação com os EUA caracterizada por significativos empréstimos financeiros, cooperação técnica e importação de cultura. 
Em 1930 é criado o Ministério da Educação e Saúde, a partir do qual o ministro Francisco Campos defendeu a necessidade de desenvolvimento de um sistema de ensino no país. Empreendeu algumas reformas: universitária, do ensino comercial, do ensino secundário.
Francisco Campos cria o Conselho Nacional de Educação(1931), com finalidade de assessorá-lo, porém, em sua composição estavam previstos representantes do ensino superior e do ensino secundário, e nenhum do magistério dos cursos primários e técnicos, indicando a preocupações prioritárias daquele governo.
A permanencia de embates de grupos políticos regionais acirrados, inclusive com a Revolução Constitucionalista(1932), resultou na promulgação de uma nova constituição em 1934 com inspiração liberal( resutado do debate causado pelo Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova amplamente discutido pela sociedade e do movimento conservador, associado ao pensamento católico e ao governo autoritário) acrescentando títulos como: da ordem econômica e social; da família, educação e cultura; e da segurança nacional. 
Constituição de 1934
*Estabelecimento da União como responsável por traçar as diretrizes gerais da educação nacional e os estados responsáveis pela organização e manutenção dos sistemas de ensino
*Gratuidade do ensino primário e necessidade de frequência obrigatória
*Criação de conselhos de educação
*Obrigação do Estado de aplicar recursos em educação - conquista do movimento liberal; por outro lado, o grupo conservador também teve seu espaço, com a orientação do ensino religioso nas escolas públicas primárias - embora de frequência facultativa - e a isenção tributária para estabelecimentos particulares de ensino.
Em 1937 há um golpe justificado por um suposto plano comunista que estaria para ser aplicado no Brasil com a promulgação de uma NOVA CONSTITUIÇÃO (1937), na qual as disposições finais e trasitórias estabeleciam poder centralizado, estado de emergência e suspensão de liberdades civis que o próprio documento garantia. Vargas teve um modo de governar autoritário e paradoxalmente foi deposto em 1945 por iniciatica militar, semelhante àquela que o colocara no poder em 1930.
A educação recebeu leis orgânicas para o ensino secundário e universitário, com destaque para os ensinos técnicos comercial, industrial e agrícola(Leis Orgânicas de Ensino ou Reforma Capanema organizadas pelo INEP - Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos criado pelo ministro Gustavo Capanema). Também foram istituídos os sistemas paraestatais de escolas profissionalizantes: o Senai e o Senac. Persistem ideias higienistas e eugenistas e cívicas que deveriam ser propagadas pelas escolas.
Leis Orgânicas de Ensino ou Reforma Capanema estabeleceu diretrizes que contemplavam princípios enunciados no manifesto de 1932, como a gratuidade, a obrigatoriedade, o planejamento educacional e a previsão de recursos orçamentários dos estados para a implantação do sistema, abrangendo desde construções e aparelhamento escolar até funcionários administrativos, formação de corpo docente e plano de carreira.
Na "era varguista" que a legislação do governo brasileiro constituiu a sua base orgânica, que ainda está presente nas estruturas governamentais conteporâneas. A educação, nos textos das leis, servia a duas funções: preparar os filhos das oligarquias como elites intelectuais e os da classe trabalhadora como reserva de mão de obra. Essas orientações educacionais foram pouco efetivadas, mas as suas concepções continuaram presentes na educação brasileira, utilizada como propostas diferentes tanto pelos governos populistas como pelo Regime Militar.
Terceira República - Período Democrático - O "Populismo" ( 1945 - 1964 )
Após a deposição de Vargas, o General Eurico Gaspar Dutra foi eleito, havendo promulgação de uma NOVA CONSTITUIÇÃO em 1946. Esse governo, considerado legalista, foi muito duro em relação ao comunismo e aos sindicatos, tornando clandestino o Partido Comunista Brasileiro, cassando o mandato de seus membros eleitos e controlando e coagindo o direito à greve.
Vargas volta a presidência em 1950 com uma campanha baseada na defesa da industrialização e na necessidade de ampliar a legislação tabalhista. Buscou apoio em diversos grupos como trabalhadores, forças armadas e industriais. Sua política era desenvolvimentista com investimentos públicos em infraestrutura, como transporte e energia. Com o aumento do custo de vida devido à inflação em 1953 irromperam grandes greves culminandono suicídio do presidente em 1954 e posse de seu vice Café Filho.
Na sequência, Juscelino Kubitcheck ( JK ) foi eleito. Suas ações foram caracterizadas como nacional-desenvolvimentistas, expressão que sintetiza "uma política econômica que procurava combinar Estado, a empresa privada e o capital estrangeiro para promover o desenvolvimento, com ênfase na industrialização. O governo começou com otimismo em relação ao crescimento do país, porém, os custos gerados por metas que exigiam grandes investimentos do governo foram graves, culminando em altas inflacionárias, empréstimos e dívidas externas.
Novas eleições e Jânio Quadros foi eleito presidente ( 1961 ). Devido ao seu modo próprio de governar, sem consultar a base partidária no Congresso, foi conquistando inimigos mesmo entre aqueles que o apoiavam antes, e terminou por renunciar o cargo ( agosto de 1961). De acordo com a Constituição vigente, João Goulart, seu vice, deveria assumir o governo, porém a posse foi suspensa, pois os militares receavam sua associação aos sindicatos e aos comunistas. Após negociações políticas que transformaram o governo brasileiro de presidencialista em parlamentarista, ele tomou posse em setembro do mesmo ano.
O panorama econômico do país nesse momento vinha se constituindo desde os anos 1950, e as Ligas Camponesas, o movimento estudantil, a Igreja Católica e os movimentos operários e sindicatos eram fortes atores sociais; os partidos políticos fragmentavam-se sob novas legendas ou mesmo internamente; e os militares reorganizavam-se e articulavam-se em torno das proposições da Escola Superior de Guerra ( ESG ) - criada em 1949. Entre seus fundadores estavam muitos oficiais que haviam participado da Força Expedicionária Brasileira, na Itália, sob comando dos EUA. Essa ligação com os EUA caracteriza a ESG desde sua idealização. Seu objetivo, conforme lei mencionada, era " desenvolver e consolidar os conhecimentos necessários para o exercício das funções de assessoramento e direção superior e para o planejamento da segurança nacional. Com altas taxas de inflação e queda no PIB, após comícios onde sua imagem ficou associada ao comunismo, tomamos o golpe após a a Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
A CONSTITUIÇÃO de 1946, marcou o momento democrático iniciado no Brasil a partir da deposição de Vargas e refletiu a contradição daquele contexto de Guerra Fria e forte organização e mobilização popular " entre a manutenção das desigualdades e a emergência das massas populares como agente a ser considerado". Ainda a educação, direito de todos, deveria ter suas bases e diretrizes estabelecidas pela União, daí a obrigatoriedade de aplicação mínima de 10% da arrecadação de impostos da União e de 20% para estados, Distrito Federal e municípios, para manutenção e desenvolvimento do ensino.
As grandes mobilizações populares da Terceira República contribuíram para mudar a cultura escolar, assim como criar imaginário sobre escolarização na cultura social, pois:
*ajudou a consolidar a concepção de que educação é um direito social, que requer a mobilização de toda a sociedade;
*estimulou também debates educacionais com todos os segmentos da sociedade e não apenas com os professores;
*constituiu a tradição de movimentos de mobilização popular em prol da alfabetização e que ainda estão em curso em diversas políticas públicas, como o conteporâneo Brasil Alfabetizado.
Ainda neste período(1948), foi elaborada a primeira Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional ( LDBEN ), que, entre diversas propostas, apontava para tratar a educação como bem social, direito de todos, a ser dada no lar e na escola e "inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana". Entre os debates e sua aprovação se passaram 13 anos, permeados por importantes discussões e por avanços e recuos, entre os liberais e os conservadores, marcada por conquistas de ambos os lados, foi aprovada em 1961 com algumas contradições internas.
A LDBEN atribuiu ao MEC ( em 1953 foi criado a partir do desmembramento do Ministério da Educação e Saúde Pública) a responsabilidade de "velar pela observância das leis do ensino e pelo cumprimento das decisões do Conselho Federal de Educação. Estabeleceu a obrigatoriedade do ensino primário a partir de 7 anos e aumentou para 12% a responsabilidade percentual da União; mantendo em 20%, dos estados, Distrito Federal e municípios e prevê subsídios públicos para instituições particulares. Em relação ao currículo, não houve uma orientação única para toda a educação nacional, um importante elemento descentralizador, embora na prática o currículo existente tenha permanecido co a possibiidade de inclusão de disciplinas optativas, sob avaliação prévia do Conselho Federal de Educação. Em 1962 o Conselho Federal de Educação(CFE) aprovou o primeiro Plano Nacional de Educação ( PNE) com algumas metas quantitativas a serem atingidas até 1970.
O sistema de ensino ficou assim organizado:
*educação de grau primário ( pré-primário e primário de 4 anos );
*educação de grau médio ( subdividido em ginasial e colegial, de 4 e 3 anos, respectivamente, e compreendendo o ensino secundário, técnico e o normal);
*ensino de grau superior ( graduação, pós-graduação, especialização, aperfeiçoamento e extensão).
Quarta República - Regime militar ( 1964 - 1985 ) "Estado moderno?"
A base do crescimento econômico foram os grandes investimentos do capital privado internacional com a entrada de multinacionais estadunidenses, europeias e japonesas financiando as montadoras de veículos e outros equipamentos. O capital privado nacional expandiu-se nas áreas de industrias complementares e serviços. Ao estado cabia prover a geração e distribuição de energia, a malha de rodovias, o sistema de telecomunicações assim como renovação o sistema de serviços públicos como educação, saneamento, saúde e transporte coletivo, visando permitir a reprodução e a qualificação em massa da mão de obra correspondendo às necessidades das empresas multinacionais aqui implantadas. A doutrina da ESG dominou todo o período do regime militar brasileiro. O "milagre econômico", período compreendido entre 1969 e 1973, de forte crescimento, derivado de elevados empréstimos, e a crise que o país enfretou a partir dos anos 1980 decorreram de seu grande endividamento e da dependência de recursos externos, como o petróleo. A partir de 1974, houve um período de abertura política, com muitos avanços e recuos, resultados de tensões internas entre os militares e os movimentos sociais e políticos, que se organizavam e fortaleciam. Em 1982 houve eleições diretas para governadores e as oposições conquistaram cargos importantes. Início da campanha DIRETAS JÁ, mas Emenda Dante de Oliveira não foi aprovada. Em 1885, Tancredo Neves, candidato de oposição foi vitorioso em eleições indiretas sobre Paulo Mauf( candidato dos militares); mas Tancredo morre e seu vice Sarney assume. 
Nova CONSTITUIÇÃO de 1967 foi uma tentativa de atualização da Constituição de 1946 em função das mudanças estabelecidas pelos Atos Institucionais com princípios do regime autoritário, centralizado e repressivo.
A partir das diretrizes da ESG, a educação deveria cumprir papel essencial no progresso do país. Nesse sentido, não podemos ignorar a influência da Teoria do Capital Humano ( relação direta entre qualificação, força de trabalho e crescimento econômico), associada às idéias desenvolvimentistas e às relações econômica, política e técnica com os EUA , como os acordos estabelecidos entre o MEC e o USAID ( United States Agency for International Development) que ocorreram entre 1964 e 1976.
Reforma do Ensino Superior - Tecnicismo conservador, com base em grande quantidade de conteúdo, em memorização e em avaliações padronizadas. 
Reforma do 1° e 2° graus - Reformou o então primário e secundário e estabeleceu a obrigatoriedade do ensino profissionalizante no 2° grau ( com duração de 3 a 4 anos, dependendo da habilitação profissional). Os antigos primário e ginásio se tornaram o 1° grau, com 8séries, obrigatório para crianças de 7 a 14 anos. 
O Conselho Federal de Educação estabeleceu um núcleo comum com disciplinas como Organização Social e Política Brasileira ( OSPB) e Educação Moral e Cívica e uma parte diversificada que deveria ser definida em âmbito regional e aprovada pelos Conselhos e Secretarias Estaduais de Educação.
A precariedade de recursos humanos e materiais para a implantação das habilitações profissionais; a retirada de conteúdos do 2°grau que eram solicitados em vestibulares implicaram no crescimento do número de cursinhos preparatórios e o favorecimento para a expansão da rede privada de ensino, por meio de subsídios públicos.
Quinta República - Nova República ( a partir de 1985 )
Governo Sarney ( 1985 - 1990) a partir da Assembléia Nacional Constituinte, permeada por pressões de diferentes grupos sociais e sindicais, a NOVA CONSTITUIÇÃO foi promulgada em 5 de outubro de 1988. 
Com uma significativa dívida externa Sarney buscou controlar a inflação controlando a economia de forma recessiva com os planos Cruzado ( 1986), Bresser ( 1987) e Verão ( 1989), todos fracassados.
Fernando Collor de Mello se elege em 1989 e lança os planos Collor I e II, que fracassam, resultando no aprofundamento da crise econômica e do Estado, agravando também a crise social. Em 1992, com seu impeachment, sob acusação de corrupção, mediante grande mobilização popular e aprovação do Congresso Nacional, assume Itamar Franco que lança o Plano Real em 1994.
Em 1994 é eleito Fernando Henrique Cardoso com seu governo neoliberal atendendo às proposições recomendadas aos governos latino-americanos pelo Consenso de Washington ( reunião de especialistas em assuntos latino-americanos do FMI, Bird/Banco Mundial, BID, funcionários do governo dos EUA).
Mesmo com o aumento do desemprego e a economia brasileira afetada pela crise mundial desencadeada pela queda das bolsas de valores dos países do sudeste asiático, FHC se reelege em 1998.
Em 2002, Luis Inácio Lula da Silva foi eleito e implementou programas assistenciais, melhorou minimamente a distribuição de renda e valorizou o salário mínimo. Foi reeleito em 2006, dando continuidade ao seu programa e elegendo Dilma Rousseff em 2010.
Educação na nova república
Sarney ocupou-se basicamente de tentativas de reforma da educação superior. No entanto, os movimentos de professores e estudantes ganharam ainda mais força com as reivindicações ao Congresso Nacional Constituinte, nos temas relativos às políticas públicas, aos direitos sociais e, em particular, à educação. Foi expandida a consciência de educação como direito fundamental e cidadania. Como resultado desta grande vitalidade da sociedade civil, a educação foi reconhecida como direito de todos e dever do Estado.
O modelo econômico do Regime militar, mantido por Sarney, dilapidou o Estado e favoreceu a expansão da ideologia neoliberal. Com esta orientação Collor impulsionou os ataques à educação pública e aos demais serviços sociais, acusando-os de serem responsáveis pelo déficit orçamentário do país. Itamar assume após o impeachment com pouco investimento efetivo em políticas públicas.
No governo FHC o governo federal assume mais responsabilidades na educação básica e coordenação das políticas educacionais desse nível. Normatiza a educação nacional com a aprovação da LDBEN de 1996. O CNE aprovou as diversas DCN e DON que regulamentam as diversas etapas e modalidades da educação básica.
Principais mudanças da Lei n°9.934/1996 ( LDBEN)
*critérios mais flexíveis na avaliação do aproveitamento escolar;
*intrumentos para combater a repetência e a defasagem escolar;
*aumento da carga horária, de 667 para 800 horas-aula anuais;
*descentralização e maior autonomia pedagógica;
*determinação de criação dos Parâmentros Curriculares Nacionais ( PCN);
*organização do sistema de ensino em educação básica - composta pela educação infantil, ensino fundamental ( 8 anos) e ensino médio ( 3 anos) - e em ensino superior.
A União aplicará, anualmente, nunca menos de 18%, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 25%, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.
Implantação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério - FUNDEF -, que estabeleceu um Piso Salarial Profissional Nacional ( PSPN) para os professores das redes públicas e uma nova forma redistributiva das verbas públicas.
Instituição do Sistema de Avaliação da Educação Básica ( Saeb ): implantou diversos intrumentos como o ENEM. Foi criticável por haver a proposição de " avaliação das escolas com aplicação de testes em todos os alunos e premiação das escolas com melhores resultados" no item 5 do "Projeto Acorda, Brasil, está na hora da escola!" anunciado no princípio do governo.
Implementação do Programa de bolsa-escola
Ampliação dos programas de manutenção e desenvolvimento da educação ( MDE): como os de distribuição do livro didático, de merenda escolar, de transporte de estudantes - esses programas foram reorganizados e tornaram-se mais eficientes.
Não houve êxito na tentativa de implantar um sistema nacional de Educação Profissional de Nível Técnico ( EPNT), na instituição de um currículo básico nacional através dos PCN e RCN, a formação rápida e em larga escala de professores a partir do curso Normal Superior e dos Institutos Superiores de Educação que efetivamente não responderam a todas as demandas. Além dessas políticas, o governo FhC, em virtude da adoção de política monetarista, não conseguiu ampliar o financiamento da educação e nem melhorar as condições salariais dos professores.
O Governo Lula conseguiu integrar o conjunto de programas e políticas do MEC, resultando em ações como:
*financiamento com o Fundo de Manutenção da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação ( fundeb)
*fortalecimento do Sistema de Avaliação da Educação Básica ( Saeb) e criação de um guia de referência estabelecido no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ( Ideb).
*criação de políticas definidas para todas as modalidades de educação no nível básico:
*adotou várias medidas de estímulo à permanência dos estudantes, como ampliação do Bolsa Família, o ProEja, o ProJovem, o ProUni e as políticas de cotas.
Na educação básica, tem destaque ainda a implantação do ensino fundamental de 9 anos foi a forma encontrada para reduzir a pressão por oferta na educação infantil. Os estudantes que entram mais cedo no ensino fundamental liberam vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil ( CMEI).
O Plano de Desenvolvimento da Educação ( PDE) inclui:
*Programa Brasil Alfabetizado;
*Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação;
*Criação de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia ( IFETs);
*Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais.
O governo federal modificou a LDBEN de 1996 e instituiu políticas para a universalização da educação infantil, a partir dos quatro anos de idade, e do ensino médio ( a universalização dessas etapas está prevista para 2016).

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