Buscar

FUNDAMENTOS DE PATOLOGIA CLÍNICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS 
DA PATOLOGIA CLÍNICA
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
FUNDAMENTOS DA PATOLOGIA CLÍNICA 
•••• O Curso – visa fornecer todos os subsídios e todo o conhecimento necessário para habilitar o 
aluno na prática técnica da área de Patologia Clínica. 
•••• O Profissional – atua como Técnico em Patologia Clínica, ou seja, em Laboratório de Análises 
Clínicas, sendo capacitado a exercer atendimento ao público, coleta, manipulação e preparo de 
amostras, e procedimentos técnicos. Essa é uma atividade profissional de suma 
importância na área da saúde, a qual requer alto comprometimento ético e 
responsabilidade do profissional. 
•••• O Laboratório – antigamente pouco explorado pelos médicos. Atualmente, amplamente 
utilizado – detecção de distúrbios orgânicos (doenças), confirmação de diagnóstico clínico, 
prevenção de doenças ou acompanhamento de terapêutica. 
•••• Funções do técnico de patologia clínica: preparo de materiais para coleta de materiais 
biológicos; coleta desses materiais; manipulação, preparo dos materiais colhidos (triagem e 
distribuição), preparo de materiais utilizados em técnicas analíticas (insumos e amostras) e 
realização das técnicas competentes a cada setor laboratorial. 
•••• Setores laboratoriais: recepção, coleta de materiais, triagem e distribuição de materiais, 
setor de lavagem e esterilização de materiais, setores técnicos (Urinálise, Parasitologia, 
Hematologia, Bioquímica, Citologia, Microbiologia, Sorologia - Imunologia, Virologia, Dosagens 
Hormonais, e Biologia Molecular), Supervisão de Resultados e Emissão de Laudos. 
- Recepção: é realizado o cadastro do paciente, cadastro dos exames requeridos pelo 
médico e encaminhamento da requisição de exames para o setor de coleta. 
Freqüentemente o setor de recepção também recebe amostras que eventualmente não 
foram entregues no dia em que foi feita a requisição (amostra de fezes) 
- Coleta de Materiais: é realizada a coleta amostras biológicas como sangue venoso, 
urina, secreção vaginal, esperma, citologia oncótica (Papanicolaou), amostras 
micológicas. Também é realizada parte de alguns exames específicos, como 
coagulograma. No final do atendimento, sempre se realiza a conferência entre o 
material coletado e a requisição. 
- Triagem e Distribuição de materiais: é realizada a conferência do material coletado 
junto à requisição, os materiais são separados por setor, e aqueles que requerem 
preparo pré-analíticos são manipulados. Após a conferência, a separação e o preparo 
pré-analítico, realiza-se a impressão dos mapas de trabalho (contém os dados do 
paciente e os exames a serem realizados). 
- Lavagem e Esterilização de Materiais: executa manobras complementares aos 
setores técnicos e ao setor de coleta de materiais, através da lavagem de materiais 
reutilizáveis (como vidraria) e esterilização de materiais de todos os tipos, descartáveis 
ou não. 
- Setores técnicos: é realizado o processamento da amostra, ou seja, as provas e 
análises técnicas. 
� Urinálise: estuda o sistema excretor através da análise de urina e de seus 
componentes. 
� Parasitologia: estuda o aparelho digestivo, seu funcionamento e detecta a 
presença ou a ausência de parasitasitismo, tudo através das fezes. 
� Hematologia: estuda o sistema sanguíneo, sua morfologia, componentes, seu 
funcionamento e detecta anomalias celulares ou presença de parasitismo. 
� Bioquímica: executa a qualificação e a quantificação de substâncias presentes 
em fluídos como sangue, soro, plasma, urina, líquor, suor, saliva através das 
análises bioquímicas. 
� Citologia: estuda a análise da morfologia celular. Esse tipo de análise 
geralmente é realizada por profissionais especializados em citologia e patologia. 
O técnico de patologia é restrito ao preparo dos materiais a serem analisados 
pelo especialista. 
� Microbiologia: estuda bactérias e fungos, seres causadores de sérias 
patologias, em diversos tecidos. 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
� Sorologia: estuda o soro sanguíneo, dosando e detectando seus componentes 
(Dosagens Hormonais e Imunológicas e - Virologia) 
� Biologia Molecular: estuda, com alto grau de especificidade, sensibilidade e 
exatidão, vários tecidos corpóreos. É o setor laboratorial que definitivamente 
certifica a presença ou ausência das propriedades investigadas. Por requerer 
normas específicas de funcionamento, é um setor que não está presente em 
todos os tipos de laboratório de análises clínicas. 
- Supervisão de Resultados – setor responsável pela averiguação dos resultados 
obtidos pelos setores técnicos. Geralmente essa averiguação é realizada pelo 
profissional Biomédico, ou pelo Biólogo ou Farmacêutico especialista em Análises 
Clínicas. 
- Emissão de Laudos – setor responsável pela impressão (emissão) dos laudos dos 
pacientes. Esses laudos, após serem emitidos, passam pela supervisão do laboratório 
para serem assinados pelo profissional responsável (Biomédico ou especialista). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ética Profissional 
 
 É um conjunto de regras que regulamentam o exercício profissional. O profissional Técnico em 
Patologia Clínica é registrado no Conselho Federal de Farmácia para fins de trabalho junto a órgãos 
públicos, porém, deve sempre estar atento e seguir as normas em comum a todos os profissionais da 
saúde. São tarefas principais e primordiais do profissional Técnico em Patologia Clínica: 
1- Tratar os pacientes / clientes de forma humana, ou seja, com respeito, ética, paciência e 
profissionalismo, independente da origem, sexo, cor, idade, posição social ou aparência do 
paciente / cliente. 
2- Executar sua função com a máxima responsabilidade, atenção e cuidados em geral. “Você 
sempre deve lembrar que de seu trabalho, depende a vida de outra pessoa”. 
3- Trata qualquer tipo de amostra com respeito, como se você estiver manipulando o próprio 
paciente. Afinal, a amostra foi / é parte dele. 
 
Devemos salientar também, que: “O não cumprimento da Ética Profissional pode acarretar 
penalidades graves que vão desde a sua demissão (ou perda do exercício profissional) até 
complicações com a Justiça”. 
RECEPÇÃO 
LAUDOS 
COLETA 
TRIAGEM E DISTRIBUIÇAO 
SETORES TÉCNICOS LAVAGEM 
ESTERILIZAÇÃO 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
INSTRUÇÕES GERAIS PARA O TRABALHO NO LABORATÓRIO 
REGRAS DE SEGURANÇA 
 
1- O laboratório é um lugar de trabalho sério. Trabalhe com atenção, método e calma. 
2- Prepare-se para realizar cada experiência, lendo antes os conceitos referentes ao experimento e a 
seguir, leia o roteiro da experiência. 
3- Respeite rigorosamente as precauções recomendadas. 
4- Consulte seu professor cada vez que notar algo anormal ou imprevisto. 
5- Use um avental apropriado. 
6- Não fume no laboratório. 
7- Faça apenas as experiências indicadas pelo professor. Experiências não autorizadas são proibidas. 
8- Se algum ácido ou qualquer outro produto químico for derramado, lave o local imediatamente com 
bastante água. 
9- Não tocar os produtos químicos com as mãos, a menos que seu professor lhe diga que pode fazê-
lo. 
10- Nunca prove uma droga ou solução. 
11- Para sentir o odor de uma substância, não coloque seu rosto diretamente sobre o recipiente. Em 
vez disso, com sua mão, ,traga um pouco de vapor até o nariz. 
12- Não deixe vidro quente em lugar que possam pegá-lo inadvertidamente. Deixe qualquer peça de 
vidro esfriar durante bastante tempo. Lembre-se de que viro quente tem a mesma aparência do 
vidro frio. 
13- Só deixe sobre a mesa, bico de Bunsenaceso quando estiver sendo utilizado. 
14- Tenha cuidado com reagentes inflamáveis, não os manipule em presença de fogo. 
15- Quando terminar o seu trabalho, feche com cuidado as torneiras de gás, evitando escapamento. 
16- Não trabalhe com material imperfeito. 
17- Observe com atenção as técnicas de aquecimento de líquidos. 
18- Utilize sempre que necessário materiais que possam garantir maior segurança no trabalho, tais 
como: pinça, luvas, óculos etc. 
19- Comunique ao seu professor qualquer acidente, por menor que seja. 
20- Jogue todos os sólidos e pedaços de papel usados num frasco ou cesto para isso destinados. 
Nunca jogue nas pias, fósforos, papel filtro, ou qualquer sólido ainda que ligeiramente solúvel. 
21- Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagente antes de usá-lo. Leia duas vezes para 
Ter certeza de que pegou o frasco certo. Segure o frasco pelo lado que contém o rotulo para evitar 
que o reagente escorra sobre este. 
22- Nunca torne a colocar no frasco um droga não usada. Não coloque objeto algum nos frascos de 
reagentes, exceto o conta-gotas próprio de que alguns eles são providos. 
23- Conserve limpo seu equipamento e sua mesa. Evite derramar líquidos, mas, se o fizer, lave 
imediatamente o local. 
24- Ao término do período de laboratório, lave o material utilizado e deixe-o na ordem em que 
encontrou no início da aula. 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
VIDRARIAS 
 O vidro foi escolhido entre outros materiais em virtude de suas características físico-
químicas muito favoráveis a sua utilização em laboratório, porque além de não apresentar 
porosidades, não permitindo que sujeira fique aderida, também mostra-se inerte a inúmeros 
reagentes, não sendo corroído, ou contaminando a mostra. Apresenta ainda a virtude de sua 
transparência quando desejada ou ainda sua pigmentação, quando se faz necessário a proteção 
da substância dos efeitos da luz. 
 Além destas qualidades, o vidro também apresenta grande estabilidade em sua forma, não 
sofrendo alteração no tamanho, durante sua vida útil e ainda, em algumas espécies, permite seu 
aquecimento. 
Tipos e Classificações 
 Com toda esta variedade de características do elemento vidro, devemos classificar as 
vidrarias utilizadas em laboratório, a fim de evitarmos a utilização inadequada do instrumento. As 
classificações básicas das vidrarias em geral é a seguinte: 
• Resistência ao calor 
- Vidrarias refratárias: quando podemos aquecer o vidro. Geralmente possuem indicações 
como “Pirex”, “Pirobras” ou outras, impressas no vidro. Exs.: balão de fundo chato e de 
fundo redondo, becker, cadinho, cápsula de porcelana, erlenmeyer, tubo de ensaio etc. 
- Vidrarias não refratárias: quando não podemos aquecê-las. Se aquecidas, fatalmente 
se quebram, podendo ocasionar sérios acidentes. Exs.: funis em geral, vidro de relógio, 
bastão de vidro, lâminas, lamínulas etc. 
• Precisão: 
- Vidrarias de precisão: possuem graduação (permite a medida do volume interno de 
líquido), capacidade e temperatura de aferição (quando fabricada, sua capacidade 
volumétrica é medida a exatos 20°C, o que permite a confiabilidade volumétrica quando 
manipulada à esta mesma temperatura). Exs.: proveta graduada, pipeta volumétrica, 
pipeta graduada, bureta, pipeta de Sahli etc. 
- Vidrarias de semi-precisão: apresentam somente o volume aproximado, indicando sua 
margem de erro que pode ser de 10% ou 5%. Ex.: becker, balão volumétrico. 
- Vidrarias de não-precisão: não apresentam escala nem margem de erro. Exs.: balão de 
fundo chato e de fundo redondo, vidro de relógio. 
As vidrarias de precisão nunca devem ser aquecidas, pois perdem sua precisão em virtude 
da dilatação sofrida pelo vidro durante o processo de aquecimento. 
Existem também outras vidrarias amplamente utilizadas em laboratório, que não 
acondicionam volumes de líquidos, as quais são: lâminas, lamínulas, bastão de vidro etc. 
 Seguem alguns desenhos das principais vidrarias e acessórios utilizados em laboratório: 
 
Tubo de 
ensaio 
 
Becker 
 
Erlenmeyer 
 
Balão de fundo chato 
 
Balão de fundo 
redondo 
 
Balão de 
destilação 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
 
Balão 
volumétrico 
 
Kitassato 
Funil de separação 
/ decantação 
 
Funil de Buchner 
 
Funil de haste 
longa 
 
Proveta 
graduada 
 
 Pipeta Pipeta Bureta Condensador 
Graduada volumétrica 
 
 
 Pipeta de Sahli / Thoma Bico de Bunsen 
 
 
Frasco de reagentes Pisseta Placa de Petri 
 
 Vidro de relógio Garra metálica de condensador Anel para funil 
 
 
 Pinça metálica Pinça de madeira Estante para tubos de ensaio 
 
 
 Escovas 
 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
PRINCIPAIS VIDRARIAS E ACESSÓRIOS LABORATORIAIS 
 
- Anel para funil: usado como suporte de funis. 
- Alça de platina: usada basicamente em microbiologia. Pode ser usada para outros fins. 
- Lâmina: usada por vários setores técnicos e para diversos fins. 
- Lamínula: usada por vários setores e para diversos fins. 
- Câmara de Neubauer: usada para contagem global de células vermelhas e brancas; usada em 
sedimentoscopia urinária. 
- Balão de destilação: usado em destilações. Possui saída lateral para condensação de vapores. 
- Balão de fundo chato: usado para aquecimento e armazenamento de líquidos. 
- Balão de fundo redondo: usado para aquecimento de líquidos e reações de desprendimento de 
gases. 
- Balão volumétrico: usado para preparar e diluir soluções. 
- Becker: usado para aquecimento de líquidos, reações de precipitação etc. 
- Bico de Bunsen: usado para aquecimentos de laboratório. 
- Bureta: usada para medidas precisas de líquidos. Usada em análises volumétricas. 
- Capilares: tubos de diâmetro reduzido usados em micropesquisas. São usados também em 
hematologia (hematócrito) e bacteriologia. 
- Condensador: usados para condensar os gases ou vapores na destilação. 
- Dessecador: usado para resfriar substâncias em ausência de umidade. 
- Erlenmeyer: usado para titulações e aquecimento de líquidos. 
- Escovas: usadas para limpeza de tubos de ensaio e outros materiais. 
- Estante para tubos de ensaio: suporte de tubos de ensaio. 
- Frasco de reagentes: usado para o armazenamento de soluções. 
- Funil de Buchner: usado em conjunto com o Kitassato para filtração a vácuo. 
- Funil de haste longa: usado em transferências de líquidos e em filtrações de laboratório. 
- Funil de separação / decantação: usado para separação de líquidos imiscíveis. 
- Garra metálica: usadas em filtrações, sustentação de peças tais como condensador, funil de 
decantação e outros fins. 
- Kitassato: usado para filtração a vácuo. 
- Pinça de madeira: usada para segurar tubos de ensaio durante aquecimentos diretos no bico de 
Bunsen. 
- Pinça de Mohr e Pinça de Hoffman: usadas para impedir ou diminuir fluxos gasosos. 
- Pinça metálica: usada para transporte de cadinhos e outros fins. 
- Pipeta de Pasteur: usada para a transferência de líquidos. 
- Pipeta de Sahli: usada na dosagem de hemoglobina sangüínea. 
- Pipeta de Thoma: usada para medir a quantidade de células sangüíneas. 
- Pipeta de Westergreen: usada na determinação da velocidade de hemossedimentação. 
- Pipeta graduada: usada para medir volumes variáveis de líquidos. 
- Pipeta volumétrica: para medir volumes fixosde líquidos. 
- Pisseta: usada para lavagens, desinfeção, remoção de precipitados e outros fins. 
- Placa de Petri: usada para fins diversos. 
- Proveta graduada: usada para medidas aproximadas de volumes de líquidos. 
- Termômetro: usado para a medida de temperaturas. 
- Tubo cônico: usados em pesquisas bacteriológicas, sedimentoscopia urinária, pesquisas 
parasitológicas e bioquímica. 
- Tubo de Ensaio: usado em reações químicas, principalmente testes de reação. 
- Tubo de Wintrobe: usada na determinação do volume celular sangüíneo – hematócrito. 
- Vidro de relógio: usado para cobrir beckers em evaporações, pesagens e fins diversos. 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
UNIDADES DE MEDIDA 
 
 As três principais grandezas físicas são: massa (medida em gramas), espaço 
(medido em metros) e tempo (medido em horas). Os múltiplos e submúltiplos do padrão 
são indicados por prefixos. Os principais prefixos utilizados são: 
 
Nome Símbolo Fator de multiplicação da unidade 
Tera T 1012 ou 1.000.000.000.000 
Giga G 109 ou 1.000.000.000 
Mega M 106 ou 1.000.000 
Kilo k 103 ou 1.000 
Hecto h 102 ou 100 
Deca da 101 ou 10 
Unidade padrão g, m, h 100 ou 1 
Deci d 10-1 ou 0,1 
Centi c 10-2 ou 0,01 
Mili m 10-3 ou 0,001 
Micro µ 10-6 ou 0,000001 
Nano n 10-9 ou 0,000000001 
Pico p 10-12 ou 0,0000000000001 
Fento f 10-15 ou 0,000000000000001 
 
 
Exercício: 
Converta os valores abaixo: 
a) 0,20 kg em g = 
b) 100 mL em litro = 
c) 200 mg em decagramas = 
d) 50 mL em µL = 
e) 10-3 kg em g = 
f) 5,0.102 mg em cg = 
g) 54 µg em g = 
h) 98 µl em L = 
i) 1000 mL em L = 
j) 100 mg/dL em µg/dL = 
k) 2,45 g/100mL em cg/dL = 
l) 34 g/dL em g/L = 
m) 0,245 g/L em mg/mL = 
n) 98,5 cg/L em mg/L = 
o) 67 g/dL em mg/L = 
p) 34 µg/L em g/dL = 
q) 22 µg/mL em g/L = 
r) 0,00015 kg/ml em g/ dl = 
s) 4,8 mg/10mL em g/L = 
 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
SOLUÇÕES 
 
 O mundo que nos rodeia é constituído por sistemas formados por mais de uma substância: as 
misturas. A água que bebemos e o ar atmosférico são exemplos de sistemas comuns. 
Soluções são misturas de duas ou mais substâncias que apresentam aspecto uniforme. Existem as 
soluções sólidas (latão = Cu + Zn), gasosas (ar atmosférico = N2 + O2 + CO2 etc) e as líquidas (água do 
mar = sais + O2 ; álcool = etanol + água). 
Nos laboratórios e nas indústrias as soluções líquidas são as mais utilizadas. Essas soluções são 
sistemas homogêneos, formados por uma ou mais substâncias dissolvidas (soluto) num líquido (solvente), 
que não formam depósito no fundo do recipiente (corpo de chão). Portanto, SOLUÇÃO = SOLUTO + 
SOLVENTE. 
 
Concentração Comum (C) 
 
 É a relação entre a massa do soluto e o volume da solução. 
 
C = massa do soluto__ C = m_ g/L; g/mL; mg/dL; ... 
 volume da solução V 
 
O rótulo do frasco de reagentes ao lado, nos indica que existe 50 g de NiSO4 
em 1,0 L de solução: 
 
C = m_ = 50 g = C = 50 g/L 
 V 1,0 L 
 
Assim, temos: 50 g de NiSO4  1,0 L de solução 
 25 g de NiSO4  0,50 L de solução 
 
 
Exercícios: 
1- Uma solução foi preparada adicionando-se 40 g de NaOH em água suficiente para produzir 400 mL de 
solução. Calcule a concentração da solução em g/mL e g/L. 
2- (Puccamp – SP) Evapora-se totalmente o solvente de 250 mL de uma solução aquosa de MgCl2 de 
concentração 8,0 g/L. Quantos gramas de MgCl2 são obtidos? 
3- Considere o esquema a seguir, dos qual foram retirados três alíquotas A, B, C, a partir de uma mesma 
solução aquosa. 
 
 
 
 
 
Responda às seguintes questões: 
a) Qual é a massa de soluto existente no 
recipiente A? 
b) Qual é a concentração em g/mL da solução 
contida no recipiente B? 
c) Qual é a concentração em mg/mL da 
solução contida no recipiente C? 
d) Se toda a água presente na solução original, 
após a retirada das três amostras, fosse 
evaporada, qual seria a massa de soluto 
obtida? 
 
 
 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
Concentração Molar (M) 
 
 É a relação entre o número de mols do soluto e o volume da solução em litros. 
 
M = nº de mols do soluto__ M = n _ mol/L ou M 
 volume da solução(L) V(L) 
 
Um mol é a soma das massa moleculares dos elementos que compõem uma 
determinada molécula. 
Exemplo: 
1 mol de NaCl = Massa atômica do Na + Massa atômica do Cl 
1 mol de NaCl = 23,0g + 35,5g 
1 mol de NaCl = 58,5g 
 
 Portanto, pode-se dizer que uma solução de NaCl a 1M, possui 58,5g de NaCl 
(soluto), diluída em 1L de solvente. 
 
 
Exercícios: 
1- Identifique as palavras que preenchem corretamente as lacunas do texto a seguir: 
Uma solução 2,0 molar, ou 2,0 M, de NaOH apresenta _____ mols de soluto para 
cada litro de solução. Assim, em 10 L dessa solução encontramos ____ mols de 
soluto. 
 
2- Observe o frasco ao lado, que contém uma solução aquosa de ácido sulfúrico 
(H2SO4), utilizada em laboratório, e responda às questões a seguir, sabendo que o 
volume da solução contida no frasco é 2,0 L. 
a) Qual é o número de mols do soluto presente nessa 
solução? 
b) Qual é a massa de soluto presente nessa solução? 
c) Qual é o volume dessa solução que contém 0,01 
mol de H2SO4? 
d) Qual é a massa de soluto presente em 500 mL 
dessa solução? 
(dado: massa molar do H2SO4 = 98g) 
 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
Diluição 
 
 No laboratório clínico, é bastante freqüente o emprego de diluições de reagentes e amostras. 
Diluir é acrescentar solvente em uma substância ou solução para a alcançar a concentração desejada. As 
fórmulas mais utilizadas em laboratório clínica para se realizar diluições são: 
 
C . V = C´. V´ M . V = M´. V´ 
 
Muitas vezes, as diluições são expressas como uma parte de solução original em um determinado 
número de partes de volume final. Isso é chamado de coeficiente de diluição. Por exemplo, um 
coeficiente de diluição 1:5, representa uma parte de solução original em um volume final de 5 partes, ou 
seja, 1 parte de solução final + 4 partes de solvente. 
 
Exercícios 
1- A partir de uma solução aquosa de NaOH a 2M, como se deve preparar: 
a) 10 mL a 0,1 M b) 50 mL a 0,2 M c) 300 mL a 1M d) 1000mL a 40g/l 
2- (Fuvest-SP) Se adicionarmos 80 mL de água a 20 mL de uma solução 0,1 molar de hidróxido de 
potássio, obteremos uma solução de concentração molar igual a: 
a) 0,010 b) 0,020 c) 0,025 d) 0,040 e) 0,050 
3- (UFPI) A uma amostra de 100 mL de NaOH de concentração 20g/L foi adicionada água suficiente para 
completar 500 mL. A concentração, em g/L, dessa nova solução é igual a: 
 a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 8 
4- (UFRN) O volume de água, em mL, que deve ser adicionado a 80 mL de solução aquosa 0,1 M de 
uréia, para que a solução resultante seja 0,08 M, deve ser igual a: 
a) 0,8 b) 1 c) 20 d) 80 e)100 
5- Para se realizar determinada análise bioquímica, é necessário o preparo de 1 L de solução tampão. 
Para o preparo dessa solução, deve-se diluir um reagente intitulado reagente A num solvente 
intitulado reagente B, sob um coefiente de diluição de 1:4. Como proceder? 
 
 
Diluição seriada 
 
 Em laboratório clínico, é comum a utilização da diluição seriada, que nada mais é do que uma 
série de diluições sucessivas, a partir de um índice inicial de diluição. O intuito da diluição seriada é a 
obtenção proporcional de concentrações decrescentes de uma solução ou amostra. 
Exemplo: O técnico de laboratório precisa realizar uma diluição seriada de sangue total em solução 
fisiológica, por 6 vezes, com coeficiente de diluição (índice) 1:2, obtendo o volume finalde 0,5mL da 
solução em cada tubo de ensaio. Isso significa que o técnico terá de diluir o sangue 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 
1:32 e 1:64. Para fazer isso, ele fará o seguinte procedimento: 
- Identificar os tubos com o nome do paciente e o coeficiente de diluição 
- Pipetar 0,5 mL de solução fisiológica em cada um dos 6 tubos 
- Deverá pipetar 0,5 mL do sangue total (1:1), no tubo 1:2 e homogeneizar 
- Deverá pipetar 0,5 mL da solução do tubo 1:2 no tubo 1:4 
- Deverá pipetar 0,5 mL da solução do tubo 1:4 no tubo 1:8 
- Deverá pipetar 0,5 mL da solução do tubo 1:8 no tubo 1:16 
- Deverá pipetar 0,5 mL da solução do tubo 1:16 no tubo 1:32 
- Deverá pipetar 0,5 mL da solução do tubo 1:32 no tubo 1:64 
- Deverá retirar 0,5 mL da solução do tubo 1:64 e desprezar, para que todos os tubos permaneçam 
com o mesmo volume final. 
 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
ESPECTROFOTOMETRIA 
 
 
Os métodos fotométricos compreendem os métodos analíticos baseados na medida da 
energia radiante transmitida pelas soluções, emitidas pelas soluções fluorescentes ou, 
transmitidas ou refletidas pelas suspensões. 
A energia radiante é formada de radiações eletromagnéticas com comprimento de onda 
ou freqüência, que cobrem uma extensa faixa que constitui o espectro eletromagnético total. 
 
 Raios 
gama 
Raios X Ultra-
violeta 
Espectro 
visível 
Infra-
vermelho 
Radar TV Rádio 
ANGSTRONS (Å) 1 10 1800 3800 7000 - - - 
NANÔMETROS (nm) - - 180 380 700 - - - 
MICRÔMETROS (µm) - - - - 0,7 - - - 
CENTÍMETROS (cm) - - - - - 0,1 103 106 
 
Regiões espectrais 
- Ultravioleta (UV) = 200 < λ < 380-400 nm 
- Visível (Vis) = 380-400 nm < λ < 700-800 nm 
- Infravermelho (IF) = 800 nm < λ < 3300 nm 
 
Espectro visível – cores 
 
Uma solução se apresenta corada quando absorve radiações cujos comprimentos de 
onda se situam na região visível do espectro. Assim, uma solução, na mistura de todas as 
cores menos a amarela, se apresenta como tal por absorver as radiações do espectro visível 
com exceção daquelas de comprimento de onda correspondentes a porção do amarelo. Em 
outros termos, a coloração de um meio é complementar à da luz absorvente. 
Nem todas as cores são absorvidas igualmente, a cor mais absorvida é a cor 
complementar. 
 
FAIXA DE COMPRIMENTO DE ONDA (λ) COR TRANSMITIDA COR COMPLEMENTAR 
380 a 420 nm Violeta Laranja 
420 a 490 nm Azul Amarelo 
490 a 540 nm Verde Vermelho 
540 a 580 nm Amarelo Azul 
580 a 620 nm Laranja Violeta 
620 a 800 nm Vermelho Verde 
 
 Os instrumentos que utilizam a medida da absorção e energia radiante por soluções e 
que tem maior aplicação em laboratório clínico são: 
1- Colorímetro: aparelhos que se utilizam de filtros compostos para selecionar porções o 
espectro a serem utilizadas como cromadores. 
2- Espectrofotômetros: aparelhos que se utilizam de redes de difração ou prima-filtro na 
seção da porção desejada do espectro com cromadores. 
 
Conceitos: 
- Luz: forma de energia radiante que se propaga através de ondas, cujo comprimento 
determina sua cor. 
- Luz Policromática: luz branca emitida pelo sol ou pelas lâmpadas de incandescência que 
contém todos os comprimentos de onda visíveis. 
- Luz Monocromática: é o resultado da passagem de luz branca por um monocromador, e 
que contém apenas uma faixa de comprimento de onda, sendo caracterizada por 
apresentar cor. 
- Cor: resultado do fenômeno físico a absorção da luz. 
 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
Espectrofotômetro 
 
 O espectrofotômetro é empregado para medir a quantidade de luz que uma amostra 
absorve ou a quantidade de luz que é transmitida através da solução quando se incide luz 
sobre a mesma. O princípio da espectrofotometria é passar um feixe de luz através da amostra 
e medir a intensidade da luz que atinge o detector. Portanto, espectrofotômetros em geral, são 
instrumentos compostos por um conjunto de componentes do seguinte tipo: uma fonte de 
radiação eletromagnética, um conjunto de componentes ópticos que levam esta radiação até a 
amostra, um compartimento de amostra e um ou mais detectores que medem a intensidade 
de radiação emitida. 
 Segue abaixo o esquema de um espectrofotômetro. 
 
a. Luz – Fonte de energia radiante capaz de emitir uma mistura de comprimento de onda 
b. Fenda de entrada 
c. Prisma óptico 
d. Fenda de saída 
b + c + d = Monocromador usado para isolamento da porção desejada do espectro 
e. Porta cubeta – recipiente onde se coloca a cubeta contendo a solução a ser medida 
f. Detector – utilizado para receber a energia radiante transmitida através da solução e 
transformá-la em energia elétrica 
g. Circuito medidor ou Galvanômetro – recebe energia elétrica emitida pelo detector 
apresentando-a ao operador sob uma forma útil de medida. 
 
Tipos de componentes 
- Fontes de Energia Radiante: 
- Lâmpada de tungstênio: utilizada para região UV próximo e visível 
- Lâmpada de deutério: utilizada para a região do UV 
- Lâmpada de xenônio: utilizada para a região do IV 
 
- Monocromadores: 
- Filtros de vidro: transmite faixa ampla de comprimento de onda 
- Prismas: transmite pequena faixa de onda 
- Redes de difração: transmite pequena faixa de comprimento de onda 
 
- Cubetas: 
- Vidro: utilizada para a região do visível 
- Quartzo: usada para a região do UV 
- Plástico: usada para a região do visível e UV 
 
- Detectores: Foto células ou Foto multiplicadores 
 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
Lei de Lambert-Beer 
 
 Quando uma radiação monocromática passa através de uma solução, ,uma parte da 
energia é absorvida pelo meio, enquanto a parte restante é transmitida. Através da 
espectrofotometria, podemos verificar duas grandezas: 
1- Transmitância: quantidade de energia radiante transmitida pela solução. A transmitância 
é dada pela relação entra a intensidade da radiação transmitida (I) e a intensidade da 
radiação incidente (Io), ou seja, T = I/Io. Seu valor varia de zero a 1 (ou 0 a 100%), sendo 
que, quando T=O, toda a luz incidente é absorvida (I=O); quando T=1 toda a luz 
incideente é transmitida (I=o). 
2- Absorbância: quantidade de energia radiante absorvida pela solução. A absorbância ou 
densidade óptica (DO) é diretamente proporcional à concentração da amostra. 
 
 Para se determinar a concentração de uma determinada solução, geralmente utiliza-se 
um Fator de Proporcionalidade (ou Fator de Calibração), o qual é obtido através da relação 
entre a concentração e a absorbância de uma solução padrão de concentração exatamente 
conhecida (no caso de uma análise bioquímica, a solução padrão vem juntamente com o kit 
industrializado comprado, e sua concentração vem impressa no rótulo). 
 
 [padrão] 
Portanto, F = 
 abs. padrão 
 
 Uma vez conhecido o Fator de proporcionalidade, fica fácil se descobrir a concentração 
da solução teste. Basta realizar a seguinte equação: 
 
[solução teste] = F x absorbância da solução teste 
 
Exemplo: Determinação da [Hb] de uma amostra. 
[padrão] = 13,6 g/dL 
abs. padrão = 0,412 
abs. amostra = 0,390 
 
 13,6 [Hb amostra] = 0,390 x 33 
F = = 33 [Hb amostra] = 12,87 g/dL 
 0,412 
 
 
Realização de Análise Bioquímica Manual por Espectrofotometria (Colorimetria) 
 
 Para se realizar qualquer análise colorimétrica manual, utiliza-se, no mínimo, 3 tubos de 
ensaio: 
- Tubo Branco (B): deverá conter apenas o reagente de uso (cromógeno ou reagente de 
cor) utilizado para a reação. Esse tubo tem a finalidade de “zerar” o aparelho, e deve ser o 
primeiro a passar pelo aparelho. 
- Tubo Padrão (P): deverá conter o reagente de uso e o padrão (do kit). A reaçãoque 
ocorrerá entre esses dos reagentes deverá obter um resultado de absorbância e 
concentração conhecidos. Esse tubo serve para se obter um Fator de Calibração, além de 
servir como um meio de se saber se a pipetagem dos reagentes está sendo feita 
corretamente. 
- Tubo Teste (T): deverá conter o reagente de uso e a amostra a ser analisada. A 
absorbância obtida através dessa análise deverá ser multiplicada pelo Fator obtido, afim de 
se obter a concentração final da mesma. 
 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
FOTOMETRIA DE CHAMA 
 
A fotometria de chama é uma técnica da espectroscopia de emissão, baeada no uso da 
chama. A amostra, em forma de uma solução, é nebulizada, em condições controladas, em 
uma chama. O número de elementos excitáveis, depende da temperatura da chama. A chama 
ordinária de ar-gás (ar comprimido seco e gás liquefeito de petróleo – GLP) chega a atingir 
cerca de 1700°C, e é muito utilizada em laboratório de análises clínicas, para a dosagem de 
íons como Na, K, Li e Ca. 
Esses íons emitem radiações intensas, na região do visível, as quais são isoladas com 
filtro ótico ou monocromadores. A intensidade da radiação emitida é diretamente proporcional 
à concentração do elemento emissor. Essa intensidade é medida por uma célula 
fotomultiplicadora associada a um galvanômetro. 
O fotômetro de chama é composto, basicamente, por seis partes: 
- Reguladores de pressão e os medidores de fluxo de gases 
- Nebulizador da solução 
- Combustor para a produção da chama 
- Sistema ótico, comportando filtros óticos ou monocromador 
- Detector fotossensível 
- Galvanômetro 
Segue esquema simplificado do fotômetro de chama: 
a- Amostra (soro); b- Oxidante: ar comprimido seco; c- Combustível (GLP); d- Chama; 
e- Refletor de energia radiante; f- Filtro ou monocromador; g- Fenda de saída; h- 
Detector fotossensível; i - Galvanômetro 
 
Certos cuidados e detalhes devem ser observados para o perfeito funcionamento desse 
sistema, tais como: 
- Acúmulo de sujeira na câmara de mistura, obstruindo a passagem da amostra provocam 
oscilações na medida. 
- Obstrução do cateter, ou capilar, impede a entrada da amostra; 
- Deterioração dos filtros óticos e foto - detetores, causa perda da sensibilidade ou a não 
leitura; 
- Oscilações na rede elétrica ocasionam variações na leitura. 
- Equipamento conectado em tensão inadequada, poderá levar a danos na fonte de 
alimentação. 
- Válvulas de ar e/ou gás travadas, não permitem o correto ajuste da chama. 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
CROMATOGRAFIA 
 
 A cromatografia é um método de permite separar, isolar e quantificar substâncias 
mesmo em misturas muito complexas. Existem várias técnicas cromatográficas que vão das 
mais simples, como a cromatografia de coluna e camada fina, até as mais sofisticadas e 
computadorizadas, como a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). O ponto comum 
entre essas técnicas e que caracteriza o método é o fato de os componentes da mistura, ou 
amostra, serem distribuídos entre duas fases. Uma delas permanece fixa, e por isso é 
chamada de fase estacionária (FE), enquanto outra percola através da FE, sendo então 
chamada de fase móvel (FM). 
- FE: geralmente é um material sólido, podendo ser um papel filtro, ou colunas de vidro, gel 
de agarose, acetato de celulose, gel de poliacrilamida etc. 
- FM: pode ser composta por uma solução líquida (soluções tampão ou diluentes) ou gasosa 
no caso das cromatografias gasosas. 
 
Os componentes da amostra ou mistura a ser estudada se separam segunda sua 
afinidade com a FE ou com a FM. 
Exemplos de cromatografia: 
- Cromatografia em papel: o papel filtro é a FE. Fixa-se a amostra a ser analisada neste 
papel, e coloca-o em contato com a FM líquida, a qual, por capilaridade, é absorvida pelo 
papel, possibilitando a separação das frações da amostra estudada. 
- Eletroforese de proteínas lipídeos ou hemoglobina: permite a separação proteínas 
séricas, frações lipídicas e frações de hemoglobina sanguínea. Num suporte de gel de 
agarose (FE), pipeta-se o volume da amostra a ser analisada. O suporte contendo a 
amostra, é colocado numa câmara de eletroforese, a qual deve conter dois eletrodos (polo 
negativo e positivo) interligados pela FM, que seria uma solução tampão com pH específico 
que permite a formação da corrente elétrica. Essa corrente elétrica permite a separação 
das frações estudadas, fazendo com que elas “corram” pelo gel do suporte de acordo com 
seu peso molecular e carga elétrica. Após a corrida eletroforética, o suporte é corado e 
depois descorado, a fim de possibilitar a visualização de bandas. 
- Cromatografia gasosa: é uma técnica que separa e analisa misturas de substâncias 
voláteis. A amostra é vaporizada e introduzida em um fluxo e gás adequado ou gás de 
arraste (FM). Este fluxo de gás com a amostra vaporizada passa por um tubo contendo a 
FE (coluna cromatográfica), onde ocorre a separação da mistura. As substâncias separadas 
saem da coluna dissolvidas no gás de arraste e passam por um detector que gera um sinal 
elétrico proporcional à quantidade de material eluido. O registro deste sinal em função do 
tempo é o cromatograma, sendo que as substâncias parecem nele como picos com área 
proporcional à sua massa, o que possibilita a análise quantitativa da amostra. 
 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
MICROSCOPIA 
 
Microscópio Óptico 
 
 É o microscópio mais utilizado em laboratórios de análises clínicas. Assim como outros tipos de 
microscópios, o microscópio óptico (MO) é composto pelo sistema mecânico e pelo sistema óptico, os 
quais, em conjunto, permitem a visualização de estruturas invisíveis a olho nu. 
 
Sistema Mecânico 
- Base ou pé = deve ser firme e com grande diâmetro para uma boa estabilidade do aparelho 
- Braço = local por onde o aparelho deverá ser pego para movimentação 
- Tubo ou canhão = é a parte de comunicação entre as oculares e as objetivas 
- Revólver = local onde estão fixadas as lentes objetivas 
- Mesa ou platina = recebe a lâmina que contém o material a ser pesquisado 
- Charriot = permite fazer a variação do campo de pesquisa. Prende a lâmina deslocando-a 
horizontalmente sobre o plano de pesquisa 
- Botão macrométrico = realiza os primeiros ajustes para uma perfeita focalização 
- Botão micrométrico = ressalta detalhes durante a pesquisa 
 
Sistema Óptico 
- Oculares = fazem o aumento da imagem formada pela objetiva. Sua capacidade de aumento pode 
ser de 4x, 10x, 12x e 15x 
- Objetivas = possuem a capacidade de aumentos de 10x, 40x, 45x, 60x. são usadas em quaisquer 
tipos de pesquisa 
- Objetiva de imersão (100x)= é utilizada quando há necessidade de grande precisão na pesquisa 
- Condensador = concentra a luz e projeta um feixe luminoso sobre o objeto de estudo 
- Diafragma = parte constituinte do condensador, a qual permite a regulagem da quantidade de 
luminosidade a ser projetada sobre a amostra 
- Filtro = parte constituinte do condensador, a qual permite melhorar a visualização do objeto 
analisado através da seleção de comprimentos de onda. Geralmente, o filtro pode ser azul, verde ou 
vermelho 
- Fonte luminosa = pode ser própria (lâmpada) ou natural (raios solares convergidos através de um 
espelho) 
 
Obs.: - A imagem proporcionada pelo MO é aumentada, virtual e invertida em relação ao objeto 
examinado 
- Calcula-se o aumento da imagem, multiplicando-se o aumento da ocular pelo aumento da 
objetiva. Ex.: Ocular de 10x e objetiva de 40x = Aumento de 400x 
- Campo microscópico é a área da preparação que se está observando ao MO Quanto maior o 
aumento da imagem, menor é a abrangência do campo 
- Em virtude doúltimo item, sempre se inicia a observação ao MO com uma combinação de 
lentes que proporcione o menor aumento, a fim de se ter uma visão panorâmica da região 
que se quer observar com maior aumento 
 
MANEJO DO MICROSCÓPIO 
1. Acender a lâmpada do sistema de iluminação. 
2. Abrir totalmente o diafragma e colocar o sistema condensador - diafragma na posição mais elevada, 
pois é aquela que permite melhor iluminação. 
3. Movimentar o revólver, colocando em posição a objetiva de menor aumento (4x). 
4. Tomar a lâmina (com ou sem a lamínula) para cima e colocá-la na platina, prendendo-a com os 
grampos. 
5. Movimentar o charriot, fazendo com que o preparado fique em baixo da objetiva. 
6. Com o botão macrométrico, elevar a platina ao máximo, observando que a objetiva não toque na 
lamínula, pois poderá quebrá-la. 
7. Focalizar a preparação para a obtenção de uma imagem nítida, movimentando o botão macrométrico 
e abaixando a platina até que se possa visualizar a imagem. 
8. Aperfeiçoar o foco com o botão micrométrico. 
9. Colocar a região do preparado que se quer ver com maior aumento bem no centro do campo visual 
da lente. 
10. Movimentar o revólver, colocando em posição a objetiva de 10X (aumento médio). 
11. Aperfeiçoar o foco com o botão micrométrico. 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
12. Colocar a objetiva de 40X (maior aumento) em posição e aperfeiçoar o foco com o botão 
micrométrico. 
13. A objetiva de 100x é chamada de imersão. Para utilizá-la, deve-se proceder da seguinte maneira: 
a) Acender a lâmpada do sistema de iluminação 
b) Abrir totalmente o diafragma e colocar o sistema condensador - diafragma na posição mais 
elevada, pois é aquela que permite melhor iluminação 
c) Movimentar o revólver, colocando em posição a objetiva de 100x 
d) Tomar a lâmina (com ou sem a lamínula) para cima e colocá-la na platina, prendendo-a com 
os grampos 
e) Pingar uma gota de óleo de imersão no campo a ser focalizado 
f) Com o botão macrométrico, elevar a platina ao máximo, até que a objetiva de 100x toque a 
superfície do óleo de imersão 
g) Aperfeiçoar o foco com o botão micrométrico 
h) Sempre que terminar a análise, baixar a platina, retirar a lâmina, e limpar a objetiva com 
solução de limpeza (xilol ou éter). A lâmina pode ser limpa com papel, fazendo-se 
movimentos leves e retilíneos. 
 
 
Microscópio de Contraste de Fases 
 
 O estudo microscópio de tecidos vivos é difícil, uma vez que seus 
componentes, com raras exceções, são incolores e transparentes. A velocidade 
com que a luz atravessa um corpo transparente depende da quantidade de 
matéria presente. Como diversas estruturas celulares (núcleo, mitocôndrias, 
grânulos de secreção) têm índices de refração diferentes, o microscópio de 
contraste de fases consegue transformar essas diferenças, através de 
dispositivos específicos, em diferenças de intensidade luminosa. Isso possibilita 
uma melhor visualização dos componentes celulares. 
 
Microscópio Confocal 
 
No microscópio confocal, o preparado é iluminado por um delgado feixe de raios laser 
que varre o corte iluminando ponto por ponto um determinado plano da célula, realizando 
assim, um “corte óptico”. Geralmente, as células são tratadas com substância fluorescentes, as 
quais emitem luz que é captada e tratado por um computador que fornece os sinais para um 
monitor de vídeo. 
 
Microscopia de Florescência 
 
 O material a ser analisado é tratado com corantes específicos fluorescentes. A luz 
utilizada nesse tipo de microscópio é a ultravioleta, a qual permite que somente as partes 
fluorescentes apareçam em campo escuro. Depois da lente objetiva são colocados filtros que 
deixam passar a luz, mas eliminam a radiação ultravioleta, para proteger os olhos do 
observador. 
 
Microscopia Eletrônica 
 
 O microscópio eletrônico tem alta resolução e as imagens obtidas mostram uma riqueza 
de detalhes surpreendente. Ao invés de serem utilizadas ondas de energia luminosa, utiliza-se 
um feixe de elétrons, os quais acabam por formar imagens muito mais nítidas, por não serem 
absorvidos, mas sim desviados pelas estruturas celulares. 
 
Colégio Dr. Clóvis Bevilácqua Técnico em Patologia Clínica 
 
Profª Georgia Winkler 
MODELO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO

Outros materiais