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177Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in al RESUMO Objetivo. Realizar revisão sistemática da literatura sobre as possíveis condutas farmacológicas utilizadas para tratamento da dor do mem- bro fantasma. Método. A estratégia de busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas Cochrane, Pubmed e Lilacs através da consulta de descritores específicos. A busca consistiu de artigos apresentados na íntegra, escritos em inglês ou espanhol, adultos humanos de ambos os sexos, publicados no período de 1990 a 2012. Resultados. Após a aplicação dos critérios de exclusão, foram selecionados 20 artigos. Através da análise, verificou-se que existem possibilidades terapêuticas positivas a curto prazo a serem utilizadas, dentre elas destacam-se os opióides, gabapentina e a quetamina. A morfina (oral e intravenosa) foi eficaz na diminuição da intensidade da dor a curto-prazo. Com ex- ceção da memantina, os antagonistas do receptor NMDA, morfina e a quetamina apresentaram efeitos analgésicos. Entretanto, os resultados obtidos com a gabapentina em termos de alívio da dor não foram sig- nificativos. O direcionamento da eficácia da calcitonina e dextrome- torfano necessitam maiores esclarecimentos. Conclusão. A morfina e a quetamina demonstraram ser eficazes como analgésicos de curta duração. Maiores estudos tornam-se necessários para esclarecer os re- ais benefícios da amitriptilina, o cloridrato de tramadol, memantina e a toxina botulínica. Intervenções em pesquisas com maior número de participantes são importantes, a fim de estabelecer recomendações na prática terapêutica. Unitermos. Amputação, Fármacos, Revisão Sistemática. Citação. Faria SS, Silva PL. Revisão Sistemática sobre tratamento me- dicamentoso para dor no membro fantasma. ABSTRACT Objective. To perform a systematic review of the literature on the possible pharmacological strategies used phantom limb pain. Meth- od. The survey was held in electronic databases, Pubmed and Lilacs Cochrane through consultation by specific MeSH terms. It was for articles submitted in full, written in English or Spanish, adult human, both sexes, published between 1990 and 2012. Results. After the ex- clusion criteria application, 20 studies were selected. Thorough their analysis, it was found that there are positive pharmacological thera- peutic possibilities in the short term to be used, among them include opioids, gabapentin and ketamine. Morphine (oral and intravenous) was effective in decreasing the intensity of the pain in the short term. Excluding memantine, NMDA receptor antagonists, morphine and ketamine showed analgesic effects. However, the results obtained with gabapentin in relation to pain relief were not significant. The targeting of the efficacy of calcitonin, and dextromethorphan requires further studies. Conclusion. Morphine, and ketamine demonstrated to be effective as short analgesics. Further studies are necessary to clarify the real benefits of amitriptyline, tramadol hydrochloride, memantine and botulinum toxin. Interventions in studies with larger numbers of participants are important in order to establish recommendations on therapeutic practice. Keywords. Amputation, Drugs, Systematic Review. Citation. Faria SS, Silva PL. Systematic Review for Drug Treatment in phantom limb pain. Revisão Sistemática sobre Tratamento Medicamentoso para Dor no Membro Fantasma Systematic Review for Drug Treatment in Phantom Limb Pain Sara Socorro Faria1, Pedro Leme Silva2 Endereço para correspondência: Sara Socorro Faria Universidade Federal de Goiás 1° Avenida s/n – Setor Leste Universitário CEP 74605-050,Goiânia-GO, Brasil. Fone/Fax: (62) 3945-4769 E-mail: sarasfaria@gmail.com Original Recebido em: 17/04/13 Aceito em: 16/04/14 Conflito de interesses: não Trabalho realizado no Programa de Mastologia, Universidade Federal de Goiás (UFG) – Goiânia-GO, Brasil. 1.Fisioterapeuta, aluna do Programa de Mastologia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO, Brasil. 2.Fisioterapeuta, Professor Adjunto de Fisiologia, Laboratório de Investigação Pulmonar, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro-RJ, Brasil. doi: 10.4181/RNC.2014.22.02.894.12p Rev Neurocienc 2014;22(2):177-188 Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in al 178 INTRODUÇÃO O Dados recentes indicam que aproximadamen- te 1,5 milhão de pessoas amputadas vivam nos Estados Unidos, dentre as quais se destacam as amputações de membros inferiores1. Da mesma forma que para a sensa- ção fantasma (SF), a taxa de prevalência da dor do mem- bro fantasma (DMbF) para todos os tipos de amputação varia consideravelmente na literatura, situando-se entre 40 e 85%2-4. Os dados epidemiológicos brasileiros sobre a incidência e prevalência da DMbF são desconhecidos. Esta ampla variação pode ser atribuída ao tipo de popu- lação, local de amputação, desenho do estudo e método de avaliação clínica dos indivíduos. Além disso, a falta de critérios claros para a definição de DMbF e diferenças no limite de corte utilizadas para avaliação de dor podem contribuir para a alta variabilidade da prevalência5. Sen- do assim, cabe definir sensação fantasma como qualquer sensação de presença do membro (sendo mais vívida na extremidade distal), em contraste com a dor fantasma, um tipo particular de dor neuropática, geralmente de di- fícil tratamento, originado de uma lesão primária no sis- tema nervoso periférico ou central. Tal experiência varia em intensidade, qualidade, localização, freqüência e pa- drão temporal5,6. Embora as dores no coto e no membro fantasma sejam discutidas como sendo entidades inde- pendentes, dados recentes indicam que elas possam estar relacionadas7. A amputação de um membro induz alterações plásticas nos córtices sensorial e motor primário (S1 e M1, respectivamente)7. Os mecanismos subjacentes à DMbF não são totalmente conhecidos, apesar das diver- sas pesquisas realizadas nesta área. Os resultados obtidos sobre a dor neuropática com modelos animais têm, toda- via, contribuído para um entendimento mais aprofunda- do, evidenciando-se que as lesões nervosas são seguidas por um número de mudanças morfológicas, fisiológicas e químicas, tanto no sistema nervoso central quanto no periférico. A DMbF é uma característica complexa in- fluenciada tanto pela natureza do dano neural quanto por fatores psicossociais e predisposição genética8. A deafe- rentação de um membro leva a formação de neuromas no coto. Estes possuem uma atividade anormal em resposta a estímulos mecânicos, químicos ou atividade espontânea, tornando-se uma fonte de informações aferentes para o corno posterior da medula. Os neuromas na periferia de- monstram atividade evocada espontânea e anormal, que pode ser resultado de um aumento da expressão de canais de sódio9. Nas células do gânglio da raiz dorsal (GRD), ocorrem mudanças similares9. Acredita-se que o aumento da barragem aferente originada por células GRD, assim como os neuromas induzem mudanças a longo prazo em neurônios que se projetam centralmente no corno dorsal da medula espinhal (CDME)10. Embora diversas abordagens medicamentosas te- nham sido propostas para o tratamento do quadro álgico pós-amputação, há falta de eficácia no prognóstico clíni- co de pacientes submetidos à amputação. Sendo assim, o objetivo do presente estudo consiste em verificar a eficá- cia das intervenções farmacológicas (analgésicas e anesté- sicas) no tratamento da dor fantasma de amputados e as- sociar os possíveis fatores relacionados à falta de eficácia. MÉTODO Realizou-se uma revisão sistemática da literatu- ra referente aos estudos de delineamento prospectivos e randomizados, com enfoque populacional e hospitalar. A busca foi realizada em fevereiro de 2013, nas basesde da- dos computadorizadas PubMed, Cochrane Pain, Pallia- tivee Supportive Care Review Group (PaPaS) Trials Re- gister, Cochrane Controlled Trials Register (CENTRAL, The Cochrane Library) e LILACS. Os limites utilizados para a pesquisa bibliográfica foram: publicações em idiomas inglês ou espanhol, hu- manos, ambos os sexos, adultos, pesquisados no período de 1990 a 2012. Foram delimitados os últimos 22 anos, uma vez que a Cochrane Library realizou ampla investi- gação sobre os fatores associados ao desenvolvimento de DMbF, bem como intervenções farmacológicas e anesté- sicas que objetivaram o seu controle álgico, conforme as evidências científicas disponíveis até 201011. Os termos de busca usados para a obtenção dos estudos foram: “neu- ropathic pain” [Mesh terms], “phantom limb pain” [Mesh terms],“residual limb pain” [Mesh terms], “stump pain” [Mesh terms] combinados entre si baseados em operado- res booleanos. Em uma pré-análise da busca, foram en- contrados diversos estudos, entre ensaios randomizados e não-randomizados. Entretanto, o objetivo do estudo foi a comparação de intervenções farmacológicas (analgésicas Rev Neurocienc 2014;22(2):177-188 179Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in ale anestésicas) na DMbF, onde a causalidade pudesse ser evidenciada. Portanto, os estudos não-randomizados fo- ram retirados da busca. Tal estratégia foi utilizada porque diversos estudos que compararam estratégias medicamen- tosas não informavam de forma clara se os pacientes fo- ram submetidos ou não submetidos a uma randomização prévia. Os artigos selecionados foram analisados e sub- metidos aos critérios de inclusão e exclusão ilustrados no Quadro 1. Aqueles selecionados foram submetidos a um roteiro de avaliação que considerou as características do estudo (tipo e desenho da pesquisa, o ano e o local de realização, os grupos e as intervenções utilizados no es- tudo, o seu tempo de duração e métodos de avaliação); participantes (número de participantes, média de idade, objetivos do estudo – dosagem e via de administração do fármaco); principais desfechos clínicos. Vale ressaltar que tal análise segue critérios preconizados pela diretriz PRIS- MA12. RESULTADOS A estratégia de busca localizou 590 publicações. Após a exclusão dos artigos que não eram prospectivos e randomizados, duplicatas, artigos não apresentados na íntegra, e cuja temática não contemplava nossa aborda- gem nesse estudo. Foram selecionados 20 estudos, sendo 18 na base Cochrane e dois na Pubmed (Figura 1). Tais artigos foram analisados de acordo com o ano de publica- ção, intervenções, intervalo de tempo, método de avalia- ção, objetivos e principais resultados (Quadro 2). Sete grupos de medicamentos foram revistos, sen- do eles: antagonistas do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA), antidepressivos, anticonvulsivantes, anesté- sicos, opióides, calcitonina e toxina botulínica (Botox). Observou-se uma ampla heterogeneidade nas interven- ções farmacológicas (com diferentes modos de aplicação – via oral, intravenosa e anestésica; variáveis de admi- nistração – minutos versus semanas), nas análises, efei- tos adversos causados pelos medicamentos e esboços dos estudos. A eficácia a curto e longo prazos das intervenções farmacológicas na DMbF foi observada para as situações clínicas: dor em geral, fatores psicossociais, sono, qualida- de de vida, satisfação. Das sete classes de medicamentos analisadas, os opióides demonstraram relativa eficácia ter- moalgésica em relação à dor. A quetamina e o dextrometorfano mostraram-se importantes no alívio da DMbF, corroborando com os efeitos ineficazes da memantina. Já a amitriptilina, cal- citonina, anestésicos e toxina botulínica apresentaram dados indefinidos com tendência a eficácia analgésica Critérios de Inclusão Estudos randomizados, quase randomizados publicados nas bases de dados PubMed, Cochrane Pain, Pallia- tivee Supportive Care Review Group (PaPaS) TrialsRegister, Cochrane Controlled Trials Register; EMBASE e Lilacs entre 1990 e 2012; Abordar intervenções farmacológicas (analgésicas e/ou anestésicas) objetivando o tratamento das dores do membro fantasma e no coto pós - amputação; Pacientes adultos (idade maior ou igual a 18 anos, independente do sexo); Pacientes submetidos à amputação de membros, independente da etiologia (traumática, vascular, cancerígena, pós-herpética). Critérios de Exclusão Dores no coto ou no membro fantasma avaliadas isoladamente; Intervenções medicamentosas visando o controle álgico de outros tipos de dores neuropáticas ou dor pós- -amputação; Experimentos com animais pós-amputação; Relatos de caso, opinião, revisões e resumos. Quadro 1. Critérios de inclusão e exclusão para revisão da literatura. Rev Neurocienc 2014;22(2):177-188 Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in al 180 apenas a curto prazo. Cabe ressaltar ainda que os resulta- dos foram baseados em amostras pequenas que variaram consideravelmente, assim como careceram de um prazo maior de investigação em termos de alteração na intensi- dade dolorosa, efeitos adversos e duração do acompanha- mento/tratamento. Verificou-se que a quetamina por via venosa, du- rante a fase crônica da dor fantasma alterou a intensidade de dor de forma favorável14,20,23. A morfina (oral e intrave- nosa) foi eficaz na redução da intensidade dolorosa a cur- to prazo, apresentando como principais reações adversas: obstipação intestinal, cansaço, tontura, vertigem, prurido e problemas respiratórios16. Excetuando-se a meman- tina, os antagonistas do receptor N-metil D-aspartato (NMDA)15,18 (quetamina e dextrometorfano) apresenta- ram efeitos analgésicos significativos. A gabapentina não mostrou melhoras nos quesitos função, escore de depressão e ansiedade e qualidade do sono quando avaliados17. Efei- tos adversos como sedação, náuseas, cefaleia, edema peri- férico se fizeram freqüentes, mas toleráveis pelos pacientes. Considerando que os antidepressivos tricíclicos atuam em parte via bloqueio dos canais de sódio, seu me- canismo principal de ação envolve a ativação decrescente das vias inibitórias, através da recaptação de serotonina e noradrenalina. Sendo assim, a amitriptilina utilizada com outros medicamentos mostrou-se mais efetiva no contro- le da dor pós-operatória19. Os estudos referenciados não documentaram o início da DMbF (precoce ou tardio), bem como não des- creveram suas características. Grande parte das pesquisas foi limitada devido à pequena amostra e ao tempo de condução da análise. DISCUSSÃO Fisiopatologia da dor do membro fantasma A fisiopatologia das dores no coto e no membro fantasma após a amputação não é completamente com- preendida; entretanto acredita-se que tanto o mecanismo periférico quanto o central contribua para os quadros de dor4,11. Os mecanismos periféricos incluem atividade neuronal ectópica originária das fibras aferentes em um neuroma e atividade espontânea em neurônios do GRD resultantes da ativação de subtipos de canais de sódio re- sistentes à tetrodotoxina (TTX-R) (ex: PN3/SNS e NaN/ SNS2) que se manifestam em neurônios lesionados11. A reorganização cortical e a sensibilização da medula espi- nhal estão dentre os mecanismos centrais que podem ori- ginar e manter os quadros de dor pós-amputação28. Na região supra-espinhal, acontece reorganização do córtex somatossensorial e têm-se visto que há uma correlação entre a DMbF e a quantidade de reorganiza- ção, embora não esteja claro se esta é um fator causal, uma consequência ou um epifenômeno da dor fantasma3. Um aspecto particularmente importante da dor na lesão nervosa, incluindo a dor pós-amputação é o surgi- mento de fibras nervosas periféricas4. Quando um nervo periférico é lesionado, várias protuberâncias finas (“bro- tos”) começam a crescerda extremidade proximal, isto é, a parte continua conectada ao corpo da célula2. Em con- dições normais, estes “brotos” irão alongar-se para formar conexões com seus alvos periféricos correspondentes2. Isto não é possível após a amputação do membro, e como consequência, os brotos que estão regenerando formarão um emaranhado na extremidade do nervo, conhecido por “neuroma de amputação”2. No nível molecular, as extremidades de axônios atravessadas dentro dos neuro- mas contêm um acúmulo anormal de canais de sódio e moléculas associadas, tais como a anquirina G e a con- tactina, o que aumenta a expressão dos canais funcionais na membrana axonal. Este acúmulo pode desempenhar um papel na hiperexcitabilidade e na descarga espontânea observada dentro dos nervos lesionados, que pode gerar a alodinia, que por sua vez, pode ser explicada por uma transformação fenotípica de grandes fibras-A em fibras nervosas do tipo nociceptivas11. Esta mudança plástica na organização funcional da medula espinhal com a trans- Figura 1. Fluxograma do processo de seleção do estudo. Estudos iden�ficados através da busca eletrônica na base de dados: Pubmed, Cochrane, Lilacs; n = 590. 90 estudos excluídos devidos aos mo�vos abaixo: 1. Relatos de caso, n=45; 2. Revisões, n=37; 3. Comentários e conferências, n=8 127 estudos selecionados 37 estudos selecionados 20 estudos incluídos 463 estudos excluídos por não serem randomizados e duplo-cegos 17 estudos excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão 1. Desenho do estudo, n=10; 2. Qualidade da randomização, n=7 Rev Neurocienc 2014;22(2):177-188 181Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in al Pr in ci pa is R es ul ta do s A in fu sã o de b up iv ac aí na pr op or ci on ou re du çã o da do r, m as n ão a d or fa nt as - m a re fe rid a no m em br o e no c ot o. O b lo qu ei o pe rid ur al pr od uz iu se m el ha nç a no co ns um o de o pi oi de s p ós - am pu ta çã o em a m bo s o s gr up os . A do se m éd ia a dm in ist ra da fo i d e 80 n g/ m l. A m ai or co nc en tr aç ão c on sis tiu d e 15 9 ng /m l, se m e fe ito s co la te ra is sig ni fic at iv os . A m or fin a pr od uz iu a lív io da d or d o m em br o fa nt as - m a no p er ío do a dm in ist ra - do (p <0 ,0 1) e si gn ifi ca nt e- m en te m en or c om pa ra do ao p la ce bo (p =0 ,0 36 ). A m éd ia d a do r a va lia da p el a EV A fo i d e 4. 65 . N ão h ou ve d ife re nç as n a te ra pê ut ic a em pr eg ad a en tre o s g ru po s, se nd o qu e a m ed ic aç ão fo i b em to le - ra da c om p ou co s r el at os d e ef ei to s c ol at er ai s. O bj et iv os d o es tu do D et er m in ar se a in fu sã o co nt ín ua d e cl or id ra to d e bu pi va ca ín a re du z n ec es - sid ad es a na lg és ic as , b em co m o a do r p ós a m pu ta çã o de m em br o in fe rio r. In ve sti ga r a se gu ra nç a e a efi cá ci a da a dm in ist ra çã o de b up iv ac aí na e m or fin a du ra nt e an al ge sia p er id ur al , be m c om o a in te ns id a- de d ol or os a do m em br o fa nt as m a e o co ns um o de op ió id es p ar a al ív io d a do r pó s- am pu ta çã o. Ve rifi ca r a e fic ác ia d a ad m i- ni str aç ão d e M em an tin a no co nt ro le d a do r n eu ro pá tic a. Ve rifi ca r a e fic ác ia d a m or fin a no c on tro le d a do r d o m em br o fa nt as m a; be m c om o su a in te ns id ad e e du ra çã o; e fe ito s c ol at er ai s se cu nd ár io s à m or fin a; al te ra çã o da re or ga ni za çã o co rt ic al p or m ei o da M EG . In ve sti ga r a e fic ác ia e se gu ra nç a da a dm in ist ra çã o or al d e um a do se ú ni ca d e ga ba pe nt in a (2 40 0 m g) n o co nt ro le d a do r d o m em br o fa nt as m a. M ét od o de A va lia çã o Q ue sti on ár io e str u- tu ra do EV A EV A; M c G ill Q ue sti on ár io ; T es te s se ns or ia l e té rm ic o; Al gô m et ro d e pr es sã o. Es ca la s M AL T; E VA ; PE S; Z U N G ; P R SS ; M c G ill EV A; Ín di ce d e Ba rt el ; Es ca la d e An sie da de D ep re ss ão ; SI S M éd ia d a id ad e 68 ,3 a no s G ru po 1 : 7 2, 8 an os ; G ru po 2 : 7 0, 8 an os 51 a no s 50 ,5 8 an os 56 a no s In te rv al o de te m po 19 93 -1 99 4 19 94 -1 99 6 19 97 -1 99 9 12 se m an as 19 99 -2 00 0 In te rv en çõ es 1) In fu sã o de b up i- va ca ín a; 2) P la ce bo (s ol uç ão sa lin a) . 1) B up iv ac aí na – 3 -7 m l/h ; 2) B ol us d e m or fin a – 2- 8 m g (a ju sta da s pa ra c ad a pa ci en te ) 1) M em an tin a in tr av en os a – do se s cr es ce nt es d e 5 m g/ di a – at é 20 m g/ di a; 2) P la ce bo (s ol uç ão sa lin a) 1) S ul fa to d e m or - fin a – 70 m g – 30 0 m g/ di a – 4 se m an as (V O ); 2) P la ce bo . 1) G ab ap en tin a tit ul ad a em 3 00 m g – 24 00 m g – vi a or al ; 2) P la ce bo Po pu la çã o (n ) 21 G ru po 1 : 1 1, b lo qu ei o pe rin eu ra l c om b up iv a- ca ín a; G ru po 2 : 1 0, b lo qu ei o pe rin eu ra l c om so lu çã o sa lin a 0, 9% 60 G ru po 1 : 2 9, b up iv ac aí - na e pi du ra l e m or fin a; G ru po 2 : 3 1, a na lg es ia sis tê m ic a; b up iv ac aí na ep id ur al e m or fin a 15 G ru po 1 : 9 , M em an tin a; G ru po 2 : 6 , Pla ce bo 22 G ru po 1 : 1 1, S ul fa to d e M or fin a; G ru po 2 : 1 1, P la ce bo 14 G ru po 1 : 8 , G ab ap en ti- na ; G ru po 2 : 6 , P la ce bo A ut or , a no , l oc al Pi nz ur e t a l1 3, 1 99 6; Ill in oi s N ik ol aj se n et a l1 4, 19 96 ; D in am ar ca N ik ol aj se n et a l1 5, 20 00 ; D in am ar ca (D an ish P ai n Re se ra ch C en te r) H us e et a l1 6, 2 00 1; Tu bi ng en Bo ne e t a l1 7, 2 00 2; Ir la nd a Q ua dr o 2. P rin cip ai s c ar ac te rís tic as d os es tu do s s ob re in te rv en çõ es m ed ica m en to sa s e m m em br os fa nt as m as . BS S: B rie f S tre ss S ca le ; C ES -D : C en te r E pi de m io lo gi c St ud ie s D ep re ss io n Sc al e; C H AR T: C ra ig H an di ca p As se ss m en t a nd R ep or tin g Te ch ni qu e; E VA : E sc al a V isu al A na ló gi ca ; F IM : F un ct io na l I nd ep en de nc e M ea su re ; H AD S: H os pi ta l A nx ie ty a nd D ep re ss io n Sc al e; I M : i nt ra -m us cu la r; IV : i nt ra -v en os o; M AL T: M un ic h Al co ho lis m T es t; N PS : N et P ro m ot er S co re ; N R S: N um er ic al R at in g Sc al e; P ES : P ai n Ex pe rie nc e Sc al e; P R SS : P ai n Re la te d Se lf St at em en t S ca le ; S IS : S le ep In te rfe re nc e Sc al e; S W LS : S at isf ac tio n w ith L ife S ca le ; V O : V ia o ra l; Z U N G : S el f R at in g D ep re ss io n Sc al e. Rev Neurocienc 2014;22(2):177-188 Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in al 182 Pr in ci pa is R es ul ta do s A do r r es id ua l n o co to fo i r ed uz id a pa ra a m bo s o s g ru po s ( lid oc aí na : p< 0, 05 e M or fin a: p <0 ,0 1) , e n- qu an to a d or d o m em br o fa nt as m a fo i d im in uí da so m en te n o gr up o M or fin a, su ge rin do a ss im p os sív ei s di fe re nç as q ua nt o ao m ec an ism o ne ur ofi sio ló gi co e nt re a d or d o m em br o fa nt as m a e a do r r es id ua l no c ot o. O s e fe ito s a dv er so s f or am si gn i- fic an te s n o gr up o m em an tin a. N ão h ou ve n en hu m b en ef íc io cl ín ic o co m o u so d o an ta go ni sta de N M D A pa ra a d or d o m em br o fa nt as m a. To do s o s p ac ie nt es re la ta ra m a lív io da d or c om o u so d o m ed ic am en to (p =0 ,0 25 ). O ín di ce d e se da çã o fo i sig ni fic at iv am en te m en or n o gr up o de xt ro m et or fa no (p =0 ,0 1) . H ou ve d ife re nç a na m ud an ça d a in te ns id ad e da d or e m a m bo s o s gr up os , c om re du çã o sig ni fic at iv a no g ru po m em an tin a. O im pa ct o da tr an sm iss ão n eu ra l po r m ei o do s a nt ag on ist as N M D A po de re du zir a d or e m lo ng o pr az o. N o es tu do , p or ém m os tro u- se in efi ca z n o tr at am en to d a do r c rô ni - ca , b em c om o na p la sti ci da de n o có rt ic e se ns or ia l p rim ár io (S 1) . O bj et iv os d o es tu do C om pa ra r o s f ei to s d e 2 es qu em as a na lg és ic os (l id o- ca ín a e m or fin a) n o co nt ro le da d or d o m em br o fa nt as m a pó s a m pu ta çã o de m em br o in fe rio r. In ve sti ga r a e fic ác ia e se gu - ra nç a da a dm in ist ra çã o or al de u m a do se d e m em an tin a no c on tro le d a do r d o m em - br o fa nt as m a. Ve rifi ca r o u so d o de xt ro - m et or fa no n o tr at am en to d a do r d o m em br o fa nt as m a co m o bl oq ue ad or d o ca na l de c ál ci o. Ve rifi ca r a e fic iê nc ia d a m em an tin a no c on tro le d a do r f an ta sm a. In ve sti ga r o e fe ito d a m em an tin a (3 0 m g/ di a) n a in te ns id ad e da d or d o m em - br o fa nt as m a, b em c om o a re or ga ni za çã o co rt ic al . M ét od o de Av al ia çã o EV A Es ca la N R S Sc or e de se da çã o; Av al ia çã o do s e fe i- to s a dv er so s a dv in - do s d a m ed ic aç ão es co re d e do r. pr es sã o. Es tim ul aç ão m ag - né tic a tr an sc ra ni a- na (E M G ) EV A: M ag ne to en - ce fa lo gr afi a M éd ia da id ad e 54 a no s G ru po 1 : 6 2 an os ; G ru po 2: 6 1 an os 50 a no s 62 a no s 45 a no s In te rv al o de te m po 19 97 -2 00 1 4 se m an as 20 01 4 se m an as 4 se m an as In te rv en çõ es 1) M or fin a – 0. 2 m g/ kg , 4 0 m in , v ia in tr av en os a; 2) L id oc aí na – 4 m g/ kg , 4 0 m in , v ia in tr av en os a; 3) P la ce bo 1) M em an tin a 30 m g/ di a po r 3 se m a- na s, vi a or al ; 2) P la ce bo . 1) D ex tro m et o- m or fa no – 1 20 m g vi a or al 2) D ex tro m et om or - fa no – 1 80 m g vi a or al ; 3) P la ce bo 1) M em an tin a –3 0 m g/ di a – 3 se m an as ; 2) P la ce bo 1) M em an tin a – 10/ di a – 30 m g/ di a, v ia or al ; 2) P la ce bo Po pu la çã o (n ) 36 G ru po 1 : 1 2, P la ce bo ; G ru po 2 : 1 2, li do ca ín a; G ru po 3 : 1 2, M or fin a. Se qu ên ci a de Q ua dr ad os La tin os 36 G ru po 1 : 1 8, M em an ti- na – 3 0 m g/ di a; G ru po 2: 1 8, P la ce bo 30 G ru po 1 : 1 0, D ex tro - m et om or fa no – 1 20 m g vi a or al ; G ru po 2 : 1 0, D ex tro - m et om or fa no – 1 80 m g vi a or al ; G ru po 3 : P la ce bo 16 G ru po 1 : 8 , M em an tin a; G ru po 2 : 8 , P la ce bo . 8 G ru po 1 : 8 , M em an tin a; G ru po 2 : 8 , P la ce bo . Es tu do e m S eq uê nc ia A ut or , a no , l oc al W u et a l7 , 2 00 2; Ba lti m or e M ai er e t a l1 8, 2 00 3; Al em an ha Ab ra ha m e t a l9 , 2 00 3; Is ra el Sc hw en kr ei s e t a l1 0, 20 03 ; Al em an ha W ie ch e t a l8 , 2 00 4; Itá lia Q ua dr o 2. C on tin ua çã o. BS S: B rie f S tre ss S ca le ; C ES -D : C en te r E pi de m io lo gi c St ud ie s D ep re ss io n Sc al e; C H AR T: C ra ig H an di ca p As se ss m en t a nd R ep or tin g Te ch ni qu e; E VA : E sc al a V isu al A na ló gi ca ; F IM : F un ct io na l I nd ep en de nc e M ea su re ; H AD S: H os pi ta l A nx ie ty a nd D ep re ss io n Sc al e; IM : i nt ra -m us cu la r; IV : i nt ra -v en os o; M AL T: M un ic h Al co ho lis m T es t; N PS : N et P ro m ot er S co re ; N R S: N um er ic al R at in g Sc al e; P ES : P ai n Ex pe rie nc e Sc al e; P R SS : P ai n Re la te d Se lf St at em en t S ca le ; S IS : S le ep In te rfe re nc e Sc al e; S W LS : S at isf ac tio n w ith L ife S ca le ; V O : V ia o ra l; Z U N G : S el f R at in g D ep re ss io n Sc al e. Rev Neurocienc 2014;22(2):177-188 183Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in al Pr in ci pa is R es ul ta do s N ão fo ra m e nc on tr ad as d ife re nç as en tre o s g ru po s p ar a o tr at am en to da s r es pe ct iv as d or es . N ão h ou ve d ife re nç as e nt re o s gr up os q ua nt o à in te ns id ad e da do r. A qu et am in a nã o re du ziu a se ns ib ili da de c en tr al , a in ci dê nc ia e a se ve rid ad e da d or p ós - a m pu - ta çã o. Am bo s o s a na lg és ic os fo ra m ef et iv os (p <0 ,0 1) n o co nt ro le d a do r d o m em br o fa nt as m a e do r no c ot o, p ro po rc io na nd o al ív io do d es co nf or to á lg ic o, se m e fe ito s co la te ra is co m o u so d os m ed ic a- m en to s. A ga ba pe nt in a nã o re du ziu a in te ns id ad e e a in ci dê nc ia d a do r pó s- a m pu ta çã o. A m em an tin a re du ziu a in te ns id a- de d a do r d o m em br o fa nt as m a, as sim c om o pr ev en iu se u de se n- vo lv im en to . N ão fo i o bs er va do ne nh um e fe ito e vi de nt e a lo ng o pr az o. O bj et iv os d o es tu do C om pa ra r o s e fe ito s d a am itr ip til in a e do p la ce bo na e fic ác ia d a do r d o m em br o fa nt as m a e no co to . Ve rifi ca r s e a ad m in is- tr aç ão d a qu et am in a IV m od ifi ca a se ns ib ili da de ce nt ra l a pó s a a m pu ta çã o de m em br o in fe rio r, be m co m o a do r d o m em br o fa nt as m a e do r n o co to . Av al ia r a e fic ác ia d a am itr ip til in a e tr am ad ol no tr at am en to d a do r d o m em br o fa nt as m a. Av al ia r a e fic ác ia d a ga - ba pe nt in a no c on tro le d a do r d o m em br o fa nt as m a. In ve sti ga r s e o tr at am en to pr ec oc e co m m em an tin a at en ua a m em ór ia d a do r fa nt as m a em a m pu ta do s tr au m át ic os M ét od o de Av al ia çã o FI M ; M c G ill Q ue sti on á- rio ; M od ifi ed B rie f P ai n In ve nt or y; C en te r f or Ep id em io lo gi c St ud ie s D e- pr es sio n Sc al e; S at isf ac tio n W ith L ife S ca le ; C na ig H an di ca p As se ss m en t a nd Re po rt in g Te ch ni qu e. M on ofi la m en to s ( Vo n Fr ey ); Q ue sti on ár io e str u- tu ra do EV A; T es te se ns or ia l C ES - D ; C H AR T; E VA ; M c G ill Q ue sti on ár io ; SW LS ; T es te se ns or ia l. EV A M éd ia da id ad e G ru po 1 : 4 4, 4 an os G ru po 2 : 4 5, 3 an os G ru po 1 : 6 8, 7 an os ; G ru po 2 : 6 8, 9 an os G ru po 1 : 3 4 an os ; G ru po 2 : 4 1 an os ; G ru po 3 : 3 7 an os G ru po 1 : 7 0, 8 an os ; G ru po 2 : 6 9, 8 an os G ru po 1 : 3 8 an os ; G ru po 2 : 4 0 an os In te rv al o de te m po In te rv en çõ es 1) A m itr ip til in a 10 m g – 12 5 m g/ di a, vi a or al ; 2) M es ila to d e Be nz ot ro pi na – 0 .5 m g/ di a, 6 se m an as , vi a or al . 1) Q ue ta m in a in tr av en os a (0 .5 m g/ di a) ; 2) P la ce bo 1) 2 5 – 75 m g; 2) 1 00m g – 2x /d ia ; 3) Pl ac eb o 1) G ab ap en tin a gr ad ua da 3 00 m g – 24 00 m g; 2) P la ce bo 1) M em an tin a (1 0 – 30 m g, p or 4 se m an as ); 2) P la ce bo Po pu la çã o (n ) 39 G ru po 1 : 2 0 Am itr ip - til in a, 1 25 m g/ di a G ru po 2 : 1 9, M es ila to d e Be nz o- tro pi na 45 G ru po 1 : 2 2, Q ue ta - m in a in tr av en os a; G ru po 2 : 2 3, S ol uç ão sa lin a 0, 9 % 94 G ru po 1 : 3 0, A m itr ip - til in a – 55 m g/ di a; G ru po 2 : 3 3, T ra m a- do l – 4 48 m g/ di a; G ru po 3 : 3 1, P la ce bo 46 G ru po 1 : 2 3, G ab a- pe nt in a – 18 00 m g/ di a; G ru po 2 : 2 3, P la ce bo 19 G ru po 1 : 1 0, M em an - tin a – 20 /3 0 m g/ di a G ru po 2 : 9 , P la ce bo A ut or , a no , l oc al Ro bi ns on e t a l1 9, 20 04 ; S ea ttl e H ay es e t a l2 0, 2 00 4; N ew ca stl e Sm ith e t a l2 1, 2 00 5; M oç am bi qu e N ik ol aj se ne t a l6 , 20 06 ; D in am ar ca Sc hl ey e t a l2 2, 2 00 6; Tu bi ng en Q ua dr o 2. C on tin ua çã o. BS S: B rie f S tre ss S ca le ; C ES -D : C en te r E pi de m io lo gi c St ud ie s D ep re ss io n Sc al e; C H AR T: C ra ig H an di ca p As se ss m en t a nd R ep or tin g Te ch ni qu e; E VA : E sc al a V isu al A na ló gi ca ; F IM : F un ct io na l I nd ep en de nc e M ea su re ; H AD S: H os pi ta l A nx ie ty a nd D ep re ss io n Sc al e; IM : i nt ra -m us cu la r; IV : i nt ra -v en os o; M AL T: M un ic h Al co ho lis m T es t; N PS : N et P ro m ot er S co re ; N R S: N um er ic al R at in g Sc al e; P ES : P ai n Ex pe rie nc e Sc al e; P R SS : P ai n Re la te d Se lf St at em en t S ca le ; S IS : S le ep In te rfe re nc e Sc al e; S W LS : S at isf ac tio n w ith L ife S ca le ; V O : V ia o ra l; Z U N G : S el f R at in g D ep re ss io n Sc al e. Rev Neurocienc 2014;22(2):177-188 Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in al 184 Q ua dr o 2. C on tin ua çã o. BS S: B rie f S tre ss S ca le ; C ES -D : C en te r E pi de m io lo gi c St ud ie s D ep re ss io n Sc al e; C H AR T: C ra ig H an di ca p As se ss m en t a nd R ep or tin g Te ch ni qu e; E VA : E sc al a V isu al A na ló gi ca ; F IM : F un ct io na l I nd ep en de nc e M ea su re ; H AD S: H os pi ta l A nx ie ty a nd D ep re ss io n Sc al e; IM : i nt ra -m us cu la r; IV : i nt ra -v en os o; M AL T: M un ic h Al co ho lis m T es t; N PS : N et P ro m ot er S co re ; N R S: N um er ic al R at in g Sc al e; P ES : P ai n Ex pe rie nc e Sc al e; P R SS : P ai n Re la te d Se lf St at em en t S ca le ; S IS : S le ep In te rfe re nc e Sc al e; S W LS : S at isf ac tio n w ith L ife S ca le ; V O : V ia o ra l; Z U N G : S el f R at in g D ep re ss io n Sc al e; H : h om em ; M : m ul he r. Pr in ci pa is R es ul ta do s N ão h ou ve d ife re nç as n as a bo rd a- ge ns te ra pê ut ic as e m pr eg ad as p ar a o co nt ro le d a do r. An ál ise s s en so ria is in di ca ra m q ue m ec an ism os p er ifé - ric os sã o de te rm in an te s i m po rt an - te s n a do r d o m em br o fa nt as m a. O bs er vo u- se q ue a q ue ta m in a af et a o pr oc es so d e se ns ib ili za çã o ce nt ra l en vo lv id os n a fis io pa to lo gi a do m em br o fa nt as m a. A m or fin a re du ziu a in te ns id ad e do lo ro sa . N ão h ou ve m el ho ra s n os ní ve is de a tiv id ad e fu nc io na l g lo ba l. H ou ve u m a re du çã o da d or n o co to c om o u so d a qu et am in a, b em co m o na se ns ib ili da de m ec ân ic a. A an al ge sia n o pe río do o pe ra tó rio d im i- nu iu a d or fa nt as m a. A d or n o co to fo i co ns id er ad a le ve p el os a m pu ta do s. O s va lo re s s eg un do o q ue sti on ár io M c G il fo ra m re sp ec tiv am en te : G ru po 1 ) p< 0. 00 1; G ru po 2 ) p =0 .0 03 ; G ru po 3 ) p = 0. 20 8; G ru po 4 ) p =0 .0 01 O s d oi s g ru po s a pr es en ta ra m re du çã o da do r d o m em br o fa nt as m a. A cr ed ita -s e qu e o Bo to x po ss a in ib ir nã o só a s fi br as co lin ér gi ca s n a ju nç ão n eu ro m us cu la r co m o ta m bé m a s fi br as se ns or ia is, pr od uz in do d en er va çã o qu ím ic a ef et iv a e at en ua nd o de sta fo rm a a do r n os am pu ta do s. O bj et iv os d o es tu do Ve rifi ca r s e a co m bi na çã o de qu et am in a e C al ci to ni na , be m c om o qu et am in a e ca lc ito ni na is ol ad am en te sã o efi ca ze s n o tr at am en to d a do r d o m em br o fa nt as m a. In ve sti ga r a e fic ác ia d os op io id es e b lo qu ei o do s ca na is de só di o na d or p ós - am pu ta çã o. Av al ia r o e fe ito d a qu et a- m in a no p ro ce ss am en to se nsor ia l e n o co nt ro le d a do r p ós -a m pu ta çã o In ve sti ga r s e a an es te sia n o pe río do o pe ra tó rio a te nu a o de se nv ol vi m en to d e do r fa nt as m a. Av al ia r s e a ap lic aç ão d e to xi na b ot ul ín ic a é efi ca z no c on tro le d a do r p ós - -a m pu ta çã o. M ét od o de Av al ia çã o EV A; T es te s se ns or ia l e té rm ic o; Al gô m et ro d e pr es - sã o; E sti m ul aç ão el ét ric a N R S Q ue sti on ár io m od ifi ca do d e Sh er m an ; M c G ill Q ue sti on ár io ; N PS ; H AD S EV A: M c G ill Q ue sti on ár io Al gô m et ro d e pr es sã o; E VA . M éd ia da id ad e 57 a no s 63 ,4 a no s G ru po 1 : ( H : 69 a no s; M : 7 3 an os ); G ru po 2 (H : 7 3 an os ; M : 7 8 an os ) In te rv al o de te m po 20 03 - 20 08 20 05 - 20 07 In te rv en çõ es 1) Q ue ta m in a (1 d os e) , in fu sã o in tr av en os a; 2) C al ci to ni na 2 00 U I – in fu sã o IV ; 3) Q ue ta m in a co m bi na da co m c al ci to ni na 4) P la ce bo 1) 7 5 m g de m ex ile tin a gr ad ua da a té 1 20 0 m g; 2) 1 5 m g de m or fin a – 18 0 m g; 3) P la ce bo . 1) In fu sã o de bu pi va ca ín a co m q ue ta m in a; 2) B up iv ac aí na c om so lu çã o sa lin a 1) A ne ste sia e pi du ra l ( 10 -1 5 m l d e bu pi va ca ín a) ; 5 m g/ m l d e fe nt an il; 2 ) An es te sia e pi du ra l c om b up iv ac aí na 2m g/ m l; fe nt an il (4 -8 m l/h ) p or 48 h ; 3 ) F en ta ni l ( 2m l/h ) p ré e pó s- op er at ór io s I V 4 8 h an te s e a pó s a am pu ta çã o; 4 ) F en ta ni l p ré e p ós - -o pe ra tó rio s; 5) M ep er id in a IM (5 0 m g) p ré e p ós -o pe ra tó rio s; co de ín a/ ac ito m in of en o (3 0/ 50 0m g) co m pr im id os . 1) B ot ox 1 m l – in je tá ve l vi a in tr am us cu la r; 2) L id oc aí na e d ep om e- dr ol in je tá ve l Po pu la çã o (n ) 20 G ru po 1 : 2 0, Q ue ta m in a G ru po 2 : 2 0, C al ci to ni na G ru po 3 : 2 0, Q ue ta m in a + C al ci to ni na G ru po 4 : 2 0, Pl ac eb o. Es tu do e m S eq uê nc ia 60 G ru po 1 : 2 0, M ex ile tin a G ru po 2 : 2 0, M or fin a G ru po 3 : 2 0, P la ce bo 53 G ru po 1 : 2 4, B up iv ac aí na ep id ur al e Q ue ta m in a; G ru po 2 : 2 9, B up iv ac aí na ep id ur al e S ol uç ão S al in a 16 5 G ru po 1 : 1 3, B up iv ac aí na e Fe nt an il; G ru po 2 : 1 3, B up iv a- ca ín a 2m g/ m l e F en ta ni l; G ru po 3 : 1 3, F en ta ni l G ru po 4 : 1 3, F en ta ni l G ru po 5 : 1 3, M ep er id in a 14 G ru po 1 : 7 , T ox in a Bo tu lín ic a G ru po 2 : 7 L id oc aí na e D ep om ed ro l A ut or , a no , l oc al Ei ch en be rg er e t a l2 3, 20 08 ; D in am ar ca W u et a l2 4. , 2 00 8; Ba lti m or e W ils on e t a l2 5, 2 00 8; Es có ci a K ar an ik ol as e t a l2 6, 20 11 W u et a l2 7, 2 01 2; W isc on sin Rev Neurocienc 2014;22(2):177-188 185Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in alformação fenotípica das fibras-A pode contribuir para o aparecimento de dor após a lesão nervosa29. Plasticidade cortical Sabe-se que a reorganização cortical após a deafe- rentação não ocorre num estágio único e envolve dife- rentes tipos de neurônios GABAérgicos, redução da ex- pressão de receptores opióides e o aumento da facilitação induzida por inflamação dos receptores glutamatérgicos tipo NMDA. A acetilcolina também pode influenciar a reorganização somatossensorial cortical14. Um modelo multifatorial foi sugerido para explicar as sensações fantasmas: elas dependeriam de experiências oriundas do remapeamento cortical, de inputs periféricos (neuromas), das descargas corolárias a partir de comandos motores para o membro, das memórias somáticas vívidas em relação ao membro original e da imagem corporal geneticamente determinada. A comunicação bilateral do membro fantasma com o intacto pode estar relacionada a alterações em conexões comissurais pré-existentes entre as representações corticais dos dois membros29. O mecanismo central da DMbF é provavelmente baseado na reorganização cortical que acontece como re- sultado da amputação, refletindo a plasticidade do córtex somatossensorial28. Ainda que não se saiba de forma clara se a reorganização cortical é o resultado ou a causa da DMbF, a representação topográfica da extremidade am- putada pode ser assumida pela entrada sensorial de outras áreas do corpo, resultando em remapeamento sensorial. Sua extensão pode estar relacionada com a intensidade da DMbF. Embora seus mecanismos não estejam claros, a potencialização das sinapses a longo prazo intermediadas por receptores NMDA ou a redução dos neurotransmis- sores inibitórios (ex. GABA – ácido gama-aminobutírico) podem estar envolvidas29. Outro possível mecanismo cen- tral de DMbF é a sensibilização de neurônios do CDME intermediada pelo receptor NMDA que resulta em ativi- dade neuronal espontânea, maior resposta à entrada afe- rente e expansão dos campos receptores periféricos22. A entrada periférica proveniente da dor no coto (neuroma e lesão nervosa) pode contribuir potencialmente para a ma- nutenção da dor intermediada centralmente21. Apesar do fato da dor no membro residual (coto) e/ou do membro fantasma possuir diferentes meios subjacentes, as duas entidades podem também ser interdependentes, sendo possível que a atividade periférica continuada da dor no coto possa manter o estado de hiperexcitabilidade central da DMbF25. Tal fato nos faz questionar se o antagonismo do receptor NMDA pode ser avaliado como uma estra- tégia apropriada no tratamento da DMbF crônica, por induzir alterações sinápticas plásticas a nível medular ou cortical. Entretanto, em pacientes com DMbF crônica, tais mudanças neuroplásticas podem já ter acontecido e assim, os antagonistas NMDA perdem sua utilidade24. Utilizando técnicas de neuroimagem foi vistoque a DMbF está associada a modificações persistentes na re- presentação somatotópica de ambos os córtex (SI e M1), uma vez que pode alterar: a excitabilidade córtico-espi- nhal, o centro de gravidade e volume da representação de músculos e reduzir a espessura de M1 no hemisfério contralateral a dor. Nestas regiões do cérebro, os pacien- tes com DMbF crônica adquirida após a amputação de membro superior demonstraram uma “invasão” de zonas de representação adjacentes (como por exemplo, o lábio inferior) na região deaferentada21,22. Comparando-se ao lado que não foi afetado, a representação do lábio e da parte inferior da face deslocou-se em direção ao local an- teriormente pertencente ao membro amputado, exposta por uma ativação cortical aumentada e expandida para a região da face em S1 e dentro de áreas adjacentes. Inte- ressante notar que a quantidade de reorganização corti- cal foi diretamente proporcional à magnitude da DMbF, isto é, quanto mais intensa a dor, maior e mais extenso o remapeamento observado no córtex sensorial e motor, levantando a hipótese de que o fenômeno fantasma não doloroso estaria menos relacionado à plasticidade soma- tomotora. Esta concepção está de acordo com a visão de que a estrutura da substância branca é influenciada pelo uso, um tipo de fenômeno descrito como reorganização oriunda do aumento de aferências (“input increase”). As alterações associadas à dor na organização S1 puderam ser revertidas com analgesia periférica26. Tais resultados estão em consonância com as observações de um estudo conduzido em 1997, nos quais a diminuição na DMbF durante a anestesia local esteve relacionada a uma rever- são das mudanças reorganizacionais. Alguns pacientes foram resistentes ao tratamento. Tal resistência poderia então ser causada por alterações em nível cortical que po- Rev Neurocienc 2014;22(2):177-188 Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in al 186 dem estar relacionadas a mudanças morfológicas27. Entre- tanto, a atual evidência de modificações na reorganização cortical e, simultaneamente, a redução da dor durante o tratamento com opióides deve ser considerada empírica, sendo necessários estudos controlados mais aprofundados para melhor fundamentar esta relação. Abordagens farmacológicas no tratamento da dor do membro fantasma Os mecanismos subjacentes à DMbF não são to- talmente conhecidos, apesar das diversas pesquisas rea- lizadas nesta área. Muitos agentes farmacológicos têm sido utilizados de maneira desenfreada com o intuito de controlar a dor pós-amputação. Analgésicos opióides e anestésicos locais são duas classes que têm sido emprega- dos no tratamento da dor no coto e da DMbF. Estudos recentes indicaram efeito benéfico dos opióides em certos quadros neuropáticos, tais como neuralgia pós-herpética e dores de origem cancerosa4,9. Além disso, anestésicos lo- cais podem diminuir a dor pós-amputação ao ligarem-se aos canais de sódio, atenuando assim a atividade neuronal ectópica periférica27. A importância dos receptores NMDA para a ma- nutenção dos processos da dor têm dado início aos primei- ros estudos (ex: quetamina, memantina) para bloquear o receptor e assim proteger o neurônio da sensibiliza- ção14,15,18,20,23. Entretanto, a hipótese de que os receptores NMDA são essenciais para a indução desta sensibilização central, bem como sua manutenção, ainda é fonte de de- bates. Em modelos experimentais de dor crônica, o uso da quetamina levou a uma redução da hiperalgesia mecânica e térmica e da alodinia. Além disso, sua ação foi benéfica em pacientes que sofriam de dor neuropática crônica18. Como o uso clínico da quetamina é limitado devido seus efeitos colaterais psicotomiméticos, testes clínicos mais aprofundados foram realizados com antagonistas do re- ceptor NMDA não-competitivos menos potentes, porém mais toleráveis, como a memantina combinada com me- dicamentos de outras classes, considerando a tolerância e a viabilidade de aplicação oral15,18. Em todos os estudos que empregaram a memantina não houve nenhum efeito benéfico no controle da dor, alodinia ou hiperalgesia15,18. Em estudo randomizado, controlado por placebo e duplo-cego observou-se o efeito da quetamina com re- lação à dor no coto e à DMbF, aos limites à pressão e potencialização da dor, à curva de resposta a estímulos térmicos e somatório temporal de estímulos de calor em 11 amputados20. Eles receberam um infusão de quetami- na (0,5 mg/kg) ou solução salina durante 45 minutos em duas sessões-teste, com um intervalo de no mínimo 3 dias entre elas. As dores no coto e fantasma foram registradas em intervalos antes, durante e após a infusão utilizando a escala visual analógica (EVA) e o questionário Mc Gill. A quetamina reduziu de maneira significativa a dor fantas- ma e no coto espontâneas, os limites de dor à pressão e a potencialização da dor, mas não surtiu efeito sobre a res- posta aos estímulos térmicos. A quetamina, entretanto, encontra-se disponível apenas na forma injetável e tem seu uso limitado devido aos efeitos colaterais que causa. A morfina via oral (VO) e intravenosa (IV) re- duziram a intensidade dolorosa de maneira significativa em quatro semanas e em 30 minutos, respectivamente16. Corroborando com este achado, uma menor eficácia analgésica para a morfina VO em comparação à IV foi constatada, ainda que os participantes referissem um ín- dice de satisfação melhor quando comparado ao grupo placebo24. Em estudo duplo-cego, incluindo 19 pacientes com DMbF foi analisado o efeito da gabapentina23. A dose de foi titulada em incrementos de 300 mg até a do- sagem máxima de 2400 mg por dia. Após seis semanas de tratamento, notou-se que o fármaco teve melhor de- sempenho que o placebo na redução da DMbF. Foi ad- ministrada gabapentina e placebo durante um período de 6 semanas a 46 amputados de maneira cruzada, com uma dose máxima de 1800 mg17. Não houve diminuição na intensidade dolorosa de maneira significativa, mas os participantes classificaram o período do tratamento como aquele em que sentiram uma maior redução da dor17. Abordagens anestésicas no controle da DMbF Os pacientes que recebem anestesia local resul- tando em bloqueio dos nervos periféricos experimentam uma reversão da reorganização cortical. Estudos prévios que focaram na redução da dor pré-amputação objeti- vando o não aparecimento posterior da DMbF não con- seguiram sustentar tal hipótese. Ao administrar infusão epidural 18 horas antes do procedimento cirúrgico, pes- Rev Neurocienc 2014;22(2):177-188 187Rev Neurocienc 2013;21(v):p-p o ri g in alquisadores dinamarqueses não registraram benefício na prevenção da DMbF28. Embora estes dados sugiram que a infusão epidural pré-operatória de curta duração não previna o aparecimento da DMbF, há a necessidade da realização de testes aleatórios, cegos e controlados para avaliar se uma infusão de longa ação possa ser útil. Os efeitos dos bloqueios perineurais locais e sis- têmicos utilizando opióides na prevenção da DMbF têm sido estudados em pacientes amputados. Entretanto, os efeitos benéficos ainda permanecem inconsistentes. A infusão de anestesia local foi administrada durante um período de três dias após a cirurgia e o cateter perineu- ral foi removido após nove dias26,28. As concentrações de anestésicos locais consistiram de 0,25% de bupivacaína (10 ml/h) e 0,325% de ropivacaína (5 ml/h). Uma com- paração direta dos bloqueios perineural e epidural não demonstrou diferença entre as duas técnicas em relação ao controle pós-operatório da dor, bem como dos efeitos a longo prazo nos pacientes. Verificou-se que após a infusão de 0,5% de ro- pivacaína, a intensidade da DMbF segundo a EVA dimi- nuiu de nove para um. O paciente interrompeu a infusão por sete dias para avaliar assensações dolorosas27. O ca- téter foi retirado em razão do paciente não ter relatado sensação fantasma dolorosa no período de 48 horas da infusão perineural. Com base nos pressupostos mecanis- mos da DMbF e do possível efeito benéfico do bloqueio prolongado das fibras A pela infusão de anestesia local, podemos considerar que o brotamento nervoso anômalo dessas fibras nas lâminas I e II no CDME seja responsável pela ativação patológica de neurônios nociceptivos. Sen- do assim, é provável que ao interromper o mecanismo de feedback no corno posterior da medula espinhal, a infu- são de anestesia local bloqueie a centralização da DMbF e de sintomas a ela relacionadas31. Além disso, pode-se propor a hipótese de que prevenindo a transmissão de entrada nociceptiva das fibras A delta e C por um lon- go período de tempo, torna-se possível evitar o aumento do aquecimento espontâneo das extremidades dos nervos sensoriais que por sua vez podem levar ao desenvolvimen- to da sensibilização central e às mudanças estruturais per- manentes na região sináptica do CDME. CONCLUSÕES Após a análise sistemática de estudos randomiza- dos foi demonstrada que a morfina e a quetamina foram eficazes como analgésicos de curta duração. Por outro lado, apesar da amitriptilina, o cloridrato de tramadol, a memantina e a toxina botulínica tenham apresentado resultados benéficos em determinados ensaios, há neces- sidade tanto de estudos com maior amostra populacional, assim como de melhor qualidade, a fim de estabelecer os seus benefícios. De acordo com as evidências até o pre- sente, ainda não é possível indicar tais intervenções me- dicamentosas. REFERÊNCIAS 1.Chen R, Cohen LG, Hallett M. Nervous system reorganization following injury. Neuroscience 2002;111:761-73. http://dx.doi.org/10.1016/S0306- 4522(02)00025-8 2.Nikolajsen L, Jensen TS. Phantom limb pain. Br J Anaesth 2001;87:107-16. http://dx.doi.org/10.1093/bja/87.1.107 3.Casale R, Alaa L, Mallick M, Ring H. Phantom limb related phenomena and their rehabilitation after lower limb amputation. Eur J Phys Rehabil Med 2009;45:559-66. 4.Nikolajsen L. Postamputation pain: studies on mechanisms. 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