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Tipos de Micoses e Suas Características

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06/11/2011 
1 
PRINCIPAIS MICOSES: 
 
SUPERFICIAIS/CUTÂNEAS 
SUBCUTÂNEAS 
SISTÊMICAS 
Existem vários tipos de micoses, dependendo do local afetado e do 
tipo de fungo (micoses superficiais, micoses cutâneas, micoses 
subcutâneas e micoses sistêmicas). 
Você tem alguma pomada 
forte contra fungos???? 
Os fungos causadores de micoses podem ser encontrados no solo, 
plantas e em animais e até mesmo na nossa pele (sem causar 
doença). 
06/11/2011 
2 
1.MICOSES SUPERFICIAIS 
 Pitiriase versicolor................Malassezia furfur 
 Tinea Nigra............................Hortaea wernickii 
 Piedra Branca.......................Trichosporon spp. 
 Piedra Negra..........................Piedraia hortae 
2. MICOSES CUTÂNEAS (DERMATOFITOSES) – secreção de queratinases 
 Dermatófitos..........................Trichophyton –Microsporum - Epidermophyton 
 Candidíase..............................Candida albicans 
3. MICOSES SUBCUTÂNEAS 
 Esporotricose...................................Sporothrix schenckii 
 Cromomicose e Micetomas.............Diversos fungos demáceos 
4.MICOSES SISTÊMICAS 
 Paracoccidioidomicose.........Paracoccidioides brasiliensis 
 Histoplasmose.......................Histoplasma capsulatum 
 Aspergilose............................Aspergillus fumigatus 
 Criptococose..........................Cryptococcus neoformans 
 Candidíase...............................Candida albicans 
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 
 
 
Os fungos se alimentam de queratina (uma proteína responsável 
pela impermeabilização da pele) encontrada na superfície cutânea, 
unhas e cabelos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As micoses superficiais são infecções limitadas às camadas 
superficiais queratinizadas ou semi-queratinizadas da pele, aos 
pêlos e unhas. 
1. MICOSES SUPERFICIAIS 
06/11/2011 
3 
PITIRÍASE VERSICOLOR ("micose de praia” ou “pano branco”) 
Infecção fúngica superficial (tronco, a face, pescoço e couro 
cabeludo). 
 
Fatores: ↑ Temperatura, ↑ umidade, imunodepressão, hiperhidrose 
 
• Adolescente e adultos jovens- Áreas seborréicas do pescoço/tronco 
 
• Crianças: face e região das fraldas; menos descamativas. 
 
• Imunocomprometidos: acometimento do folículo pilo-sebáceo 
(foliculite pitirospórica) 
A Malassezia furfur é uma levedura que depende de 
lipídios para o seu metabolismo. 
 
Não é isolada no meio ambiente, pois vive 
saprofiticamente na pele humana, como comensal. 
1. MICOSES SUPERFICIAIS 
Pitiriase versicolor - Malassezia furfur 
Pitiríase versicolor = alterações na pigmentação cutânea (branco ao marrom), 
em área de maior oleosidade da pele. 
06/11/2011 
4 
TINHA NEGRA (CERATOFITOSE NEGRA): Infecção fúngica 
superficial, assintomática, da camada córnea. 
 
Afeta regiões palmares, ocasionalmente plantares, como máculas 
não escamativas, de coloração que varia do castanho ao negro. 
 
É considerada dermatose rara, sendo mais comum em regiões 
tropicais e subtropicais. 
 
Crianças e mulheres (comum). 
Etiologia: 
Phaeoannellomyces werneckii 
Stenella aracquata 
 
 
1. MICOSES SUPERFICIAIS 
PIEDRA PRETA: (Piedrai hortae) Nódulos ou placas de cor escura 
grudados aos cabelos. Afeta somente o couro cabeludo. 
 
 
 
 
PIEDRA BRANCA: (Trichosporon beigelli) Nódulos de cor branca ou 
clara aderidas aos pêlos (massa de leveduras). 
 
Ocorre em pêlos pubianos, genitais e axilares (raramente couro 
cabeludo), barba e bigode. 
Tricomicose nodosa (piedras) 
1. MICOSES SUPERFICIAIS 
06/11/2011 
5 
 
CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA: Infecção aguda ou crônica da pele, 
unhas e mucosas causada por leveduras do gênero Candida. 
 
Saprófita do TGI, boca, pele, vias respiratórias e pavilhão auricular 
Candida = fungo oportunista 
 
 SAPRÓFITA PATOGÊNICO 
 
 
 ALTERAÇÕES DO HOSPEDEIRO 
(umidade,  imunidade, doenças sistêmicas, desnutrição, antibióticos) 
 
Principais espécies patogênicas: 
C. albicans 
C. glabrata 
C. tropicalis 
C. parapsilosis 
C. kefyr 
C. krusei 
2. MICOSES CUTÂNEAS 
 
Candidíase oral / genital 
Onicomicose / paroníquia / intertrigo 
Candidíase na região das fraldas 
Granuloma glúteo infantil 
Candidíase mucocutânea crônica 
Candidíase sistêmica 
Lesões hiperceratósicas, crostosas 
Crianças com deficiências congênitas do sistema imunológico 
CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA 
06/11/2011 
6 
Candidíase genital Candidíase gastrointestinal 
DERMATOFITOSES: São causadas por fungos denominados 
dermatófitos, que utilizam a queratina como fonte de sobrevivência. 
 
As lesões decorrem da ação do próprio fungo ou de reações de 
sensibilidade ao agente ou a seus produtos. 
 
Estão incluídos os fungos dos 3 gêneros: 
 
Microsporum (a) 
Trichophyton (b) 
Epidermophyton (c) 
 
 
 
 
 
 
 
Podem ser antropofílicos, zoofílicos ou geofílicos. 
(a) (b) (c) 
2. MICOSES CUTÂNEAS 
06/11/2011 
7 
Microsporum Trichophyton Epidermophyton 
Tinha do corpo 
(Tinea corporis) 
Tinha das mãos 
(Tinea manun) 
Tinha da barba 
(Tinea barbae) 
Tinha das unhas 
 (Tinea unguium) 
Tinha da cabeça 
(Tinea capitis) 
Tinha inguinal 
(Tinea cruris) 
Tinha dos pés 
(Tinea pedis) 
DERMATÓFITOS 
Microsporum 
Trichophyton 
Epidermophyton 
2. MICOSES CUTÂNEAS 
06/11/2011 
8 
 TINEA DO CORPO ("impingem") 
 
Lesões em anel de bordas avermelhadas e descamativas (coçam). 
Etiologia: 
 
E. floccosum 
T. rubrum 
M. canis 
2. MICOSES CUTÂNEAS 
TINEA DA CABEÇA OU TINEA CAPITIS: 
 
Freqüente em crianças, forma áreas arredondadas com falhas nos 
cabelos, que se apresentam cortados rente ao couro cabeludo 
nestes locais (tonsurados). É muito contagiosa. 
 
Transmissão: Pessoas, animais, objetos 
 
• Patogenia: Produção de ceratinases 
Topografia da lesão = couro cabeludo 
 
Infância: 6 a 10 anos / adulto: rara (intertriginosas) 
 
Variação geográfica: 
 
Brasil: 
SE/S – M. canis, 
NE – T. Tonsurans 
 
06/11/2011 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Placa cinzenta” 
Infecção Ectothrix = Microsporum spp. 
TINEA DA CABEÇA OU TINEA CAPITIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Múltiplas áreas de alopécia 
Infecção Endothrix =Tricophyton spp. 
TINEA DA CABEÇA OU TINEA CAPITIS 
06/11/2011 
10 
TINEA INTERDIGITAL: Pés e mãos 
 
Causa descamação, maceração (pele esbranquiçada e mole), 
fissuras e coceira entre os dedos. 
 
Localização: 
Freqüente nos pés (uso calçados fechados que retém a umidade) 
Mãos (pessoas que trabalham muito com água e sabão). 
• Etiologia: T. rubrum 
• Clínica: descamação, unilateral,”desidrótico” 
Tinha das mãos 
Tinea dos pés: causa descamação e coceira na planta dos pés que 
sobe pelas laterais para a pele mais fina. 
 
Interdigital (frieiras) 
• T. mentagrophytes 
• T. rubrum 
 
Descamativa 
• T. rubrum 
• E. floccosum 
 
Vesiculosa 
• T. mentagrophytes 
06/11/2011 
11 
 TINEA INGUINAL 
 
“Micose da virilha, jererê” 
 
Forma áreas avermelhadas e descamativas com bordas bem 
limitadas, que se expandem para as coxas e nádegas. 
 
A anatomia da região da virilha = quente e úmida característica desta 
área do corpo. 
 
• Etiologia: 
Dermatófitos 
 
 
Candida albicans 
 
• Clínica: placas eritematosas,bem demarcadas, 
clareamento central 
 
 
T. rubrum 
T. mentagrophytes 
E. floccosum 
A micose de virilha é confundida com alergia ao 
tecido elástico das roupas de baixo ou de banho. 
 
Provocado pela levedura Candida albicans. 
 
Forma área avermelhada, úmida que se expande 
por pontos satélites ao redor da região mais 
afetada e, geralmente, provoca muita coceira. 
 
Manifestações clínicas: A doença se manifesta pela formação de 
manchas avermelhadas, úmidas ou descamativas, geralmente 
acompanhadas de muita coceira. 
 
Atingem a região da virilha, mas 
podem se alastrar até as nádegas e 
o abdomem. 
 TINEA INGUINAL 
INTERTRIGO CANDIDIÁSICO 
06/11/2011 
12 
 
Etiologia 
• T. mentagrophytes 
• T. rubrum 
 
Clínica: Placa assimétrica 
TINHA DA FACE 
Várias formas: descolamento da borda livre da 
unha, espessamento, manchas brancas na 
superfície ou deformação da unha 
Etiologia: T. rubrum, T. mentagrophytes, E. floccosum 
 
Clínica: 4 tipos 
 
 Distal e/ou lateral: (+) freqüente 
 Branca superficial: T. mentagrophytes e T. rubrum (HIV +) 
 Subungueal proximal: T. rubrum (HIV +) 
 Distrófica total: Candida spp. e na fase final dermatófitos 
MICOSE DAS UNHAS (ONICOMICOSE) 
Branca superficial 
Distal e/ou lateral 
Subungueal proximal 
 
Distrófica total 
06/11/2011 
13 
Paroníquia ("unheiro") 
 
Micose que atinge a pele ao redor da unha. 
 
O contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e 
avermelhado. 
 
Altera a formação da unha, que cresce ondulada. 
MICOSE DAS UNHAS (PARONÍQUIA) 
•Seque-se sempre muito bem após o banho (dobras de pele, axilas, virilhas e 
os dedos dos pés). 
•Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo. 
•Evite o contato prolongado com água e sabão. 
•Não use objetos pessoais de outras pessoas. 
•Não ande descalço em pisos constantemente úmidos. 
•Observe a pele e o pêlo de seus animais de estimação (cães e gatos). 
•Evite mexer com a terra sem usar luvas. 
•Use somente o seu material de manicure. 
•Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e 
ventilados. 
•Evite roupas quentes e justas. Evite os tecidos sintéticos, principalmente 
nas roupas de baixo (usar os tecidos leves como o algodão). 
PREVENÇÃO DAS MICOSES SUPERFICIAIS E CUTÂNEAS 
06/11/2011 
14 
3. MICOSES SUBCUTÂNEAS 
Esporotricose.....................................Sporothrix schenckii 
Cromomicose e micetomas.............. Diversos fungos demáceos 
 
4.MICOSES SISTÊMICAS 
Paracoccidioidomicose.........Paracoccidioides brasiliensis 
Histoplasmose.......................Histoplasma capsulatum 
Aspergilose............................Aspergillus fumigatus 
Criptococose..........................Cryptococcus neoformans 
Candidose...............................Candida albicans 
MICOSES SUBCUTÂNEAS: 
 
 Cromomicoses 
 
Micetomas 
 
Lacaziose 
 
Sporotricose 
06/11/2011 
15 
ESPOROTRICOSE – Sporothrix schenckii 
MICOSES SUBCUTÂNEAS 
A esporotricose é uma infecção subaguda ou crônica, produzida 
pelo fungo Sporothrix schenckii. 
 
Afeta o homem, outros mamíferos (ratos, eqüinos, cães, gatos e 
golfinhos) e aves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habitat natural solo (geofílico), plantas e vegetais em decomposição 
(ubiquitário) de locais quentes e úmidos. 
 
Reação intradérmica: Porta de entrada por via direta e indireta. 
06/11/2011 
16 
25 a 30o C = Fase filamentosa 
ou forma micelial (ambiente) 
ESPOROTRICOSE 
O S. schenckii é um fungo DIMÓRFICO 
A forma parasitária, a 37°C = 
Levedura (charutos ovais), 
crescendo em lesões dermo-
epidérmicas, viscerais e ósseas. 
 
Após a inoculação causa infecção cutânea ou subcutânea 
(geralmente localizada) podendo associar-se a comprometimento 
linfático regional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pode-se apresentar sob as formas clínicas: 
Cutâneo-linfática 
Cutâneo-localizada 
Cutâneo-disseminada 
Extracutânea 
Cutâneo-localizada 
Cutâneo-linfática 
ESPOROTRICOSE 
06/11/2011 
17 
Afeta mais os homens localizando-se geralmente 
nos membros superiores e face. 
Cutâneo-disseminada 
Extracutânea 
ESPOROTRICOSE 
Tem sido freqüente em GATOS (envolvimento zoonótico). 
 
No período de 1998 a 2001, no Rio do Janeiro = 178 casos, sendo 
considerada a maior epidemia por transmissão zoonótica no 
mundo. 
 No período de 2002 a 2004 registrados 572 
casos da doença, sendo a transmissão 
zoonótica por gatos domésticos retificadora 
da epidemia iniciada em 1998. 
ESPOROTRICOSE 
06/11/2011 
18 
CONTÁGIO POR INOCULAÇÃO (ESPOROTRICOSE) 
Esporotricose é conhecida como a doença dos manipuladores de 
rosas. 
 
Deve-se tomar precauções ao praticar jardinagem e cultivo de 
rosas (luvas). 
CROMOMICOSES 
Cromomicoses ou cromoblastomicoses = infecções cutâneas e 
sub-cutâneas caracterizadas pela formação de vegetações 
verrucosas multicoloridas grosseiras elevadas (micose crônica). 
 
Se disseminam nas superfícies dorsais dos pés e das pernas 
causadas por fungos demáceos de crescimento lento. 
Cladophialophora spp. 
 
Phialophora verrucosa 
 
Cladosporium carionii 
 
Fonsecaea pedrosoi 
 
Exophiala spp. 
06/11/2011 
19 
 
A cromomicose é uma doença universal (prevalente em zona 
tropical e subtropical), acomete basicamente homens lavradores. 
 
A principal via de contágio se faz através de ferimentos na pele 
por fragmentos de vegetais ou madeira contaminados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A lesão surge 1 a 2 meses após o traumatismo de inoculação, 
iniciando-se por pápula, que depois ulcera e passa a ter aspecto 
de vegetação. A propagação é por contigüidade, ficando 
circunscrita ao membro afetado, porém incapacitando-o. 
O aspecto microscópico da cultura não é o mesmo em todos os 
casos, sofrendo variações na morfologia, fato que leva a 
identificação das espécies. 
 
O tratamento pode ser por eletrocoagulação, exérese cirúrgica, 
amputação, anfotericina B, 5-fluorocitosina, calciferol, cetoconazol ou 
itraconazol. 
06/11/2011 
20 
 
É uma infecção sub cutânea (síndrome clínica crônica por anos), 
caracterizada pelo aumento de volume de uma região ou órgão, com 
a presença ou não de fístulas que drenam um material seroso ou 
seropurulento no qual podem ser encontrados “grãos”. 
 
O Grão é um aglomerado de microrganismos. 
 
A tríade de tumefação, fístulas e grãos é usada no sentido restrito 
para definir o termo micetoma. 
 
Os micetomas são doenças das zonas tropicais e subtropicais que 
predominam em homem adulto lavrador. 
 
O fungo penetra por traumatismo com vegetal (exógena) ou em 
cavidades naturais (endógena). 
 
Os locais preferenciais são membros inferiores, regiões cervicofacial, 
abdominal e torácica. 
MICETOMAS 
Micetoma: aumento do volume do pé 
(Fonte: Fernandes, NC) 
Os micetomas são classificados em dois grupos: 
•Actinomicóticos ou actinomicose provocado por bactérias 
•Maduromicóticos ou maduromicose (fungo verdadeiro fungos ou 
eumicetos). 
Diagnóstico: 
O diagnóstico laboratorial dos micetomas é baseado na observação 
dos grãos, que drenam espontaneamente das lesões, ou que são 
extraídos através de punção ou biopsia. 
MICETOMAS 
06/11/2011 
21 
 
 
 
Micetoma: fístulas na planta por onde são 
eliminados os grãos 
Cladophialophora spp. 
 
Phialophora verrucosa 
 
Cladosporium carionii 
 
Fonsecaea pedrosoiExophiala spp. 
 
Wangiella spp. 
Os mesmos agentes da cromomicose. Elementos das hifas 
dematiáceas podem se observados nos tecidos e grumos de 
leveduras de coloração amarelo-clara (corpúsculo de Medlar). 
MICETOMAS 
 
LACAZIOSE OU LOBOMICOSE (DOENÇA DE JORGE LOBO) 
Doença restrita a países da Central e 
América do Sul (região amazônica) 
 
Afeta membros inferiores, superiores e o 
pavilhão auricular. 
 
Desenvolvimento lento de nódulos cutâneos de tamanho e forma 
variáveis. As lesões crônicas na pele: queloidais, nodulares, 
ulceradas e verrucosas. 
 
Acredita-se que Lacazia loboi (levedura) seja um saprófito do solo ou 
de vegetação. Antes chamado de Loboa loboi. 
 
Um dos habitats de L. loboi também é aquático (ocorre também em 
golfinhos). 
 
Não há tratamento eficaz, e têm sido empregados procedimentos 
cirúrgicos. 
06/11/2011 
22 
4. MICOSES SISTÊMICAS 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
HISTOPLASMOSE 
ASPERGILOSE 
CRIPTOCOCOSE 
CANDIDÍASE 
RESPIRATÓRIAS ENDÊMICAS 
SISTÊMICAS OPORTUNISTAS 
HISTÓRICO: 1908 – LUTZ 
 1953 – FAVA NETTO (Imunologia) 
 1958 – LACAZ - SAMPAIO (Anfotericina B) 
 1971 – Nome da moléstia (Paracoccidioidomicose) 
 
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: 
 MÉXICO →→ ARGENTINA 
 BRASIL > COLÔMBIA > VENEZUELA 
SÃO PAULO >>CASOS 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
06/11/2011 
23 
EPIDEMIOLOGIA 
O agente etiológico da Paracoccidioidomicose (PCM) é o fungo 
Paracoccidioides brasiliensis. 
 
É um fungo dimórfico, conhecido apenas em sua forma assexuada, 
saprobiota do solo. 
 
 
 
 
 
 
Formas de contágio: 
Inalação de conídios 
Ferimentos (inoculação) 
Investigação epidemiológica: isolamento do agente e sorologia 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
Cultivo fase M (bolor) 25C 
Na natureza, o fungo apresenta a forma filamentosa que produz os 
conídios (células infectantes). 
 
 
 
 
 
 
No hospedeiro o fungo se transforma em leveduras (parasitária). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
•As células leveduriformes são arredondadas, com brotamentos 
simples ou múltiplos, de base delgada (roda de leme ou Mickey 
mouse). 
Células leveduriformes (37ºC) 
06/11/2011 
24 
A paracoccidioidomicose (antes conhecida como blastomicose sul-
americana) é uma micose sistêmica autóctone da América Latina 
(Brasil= 80% dos casos). 
 
A PCM acomete principalmente indivíduos: 
 
 Sexo masculino (90%) Mais de 90% dos casos são do sexo 
masculino (Homem/mulher = 15:1). 
 
 Idade entre 30 e 50 anos (rara a incidência abaixo de 14 anos de 
idade). 
 
Sua importância em saúde coletiva está ligada aos custos sociais e 
econômicos: 
 
Ocorre em indivíduos na sua fase mais produtiva de vida 
 
Seqüelas secundárias a esta micose, motivo comum de 
incapacitação para o trabalho. Quando não tratada, geralmente evolui 
para o óbito. 
 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
Endêmica nas populações de zona rural. 
 
A via inalatória é considerada a principal porta de entrada da 
infecção. 
 
A partir de um foco primário pulmonar, ocorre a disseminação 
linfática ou hematogênica para diferentes regiões do organismo, 
inclusive para a mucosa da orofaringe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O pulmão (freqüentemente acometido) dá origem a manifestações 
clínicas de maneira muito insidiosa, compreendendo tosse seca, 
posteriormente produtiva, e dispnéia aos esforços. 
06/11/2011 
25 
Acomete órgãos internos como fígado, baço, nódulos linfáticos, 
além de lesões bucais externas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seu surgimento pode ser decorrente de co-infecções bacterianas 
como Mycobacterium tuberculosis ou outros germes comuns. 
 
O principal aspecto clínico é representado por: 
 
 Adenomegalia difusa superficial e profunda 
 Hepatoesplenomegalia 
 Eventual disfunção de medula óssea 
 Lesões de pele e múltiplas lesões ósteolíticas 
 Febre e emagrecimento 
 
Complicações: 
Icterícia obstrutiva ou até síndrome de compressão de veia cava 
superior (adenomegalia). 
 
Diarréia e hipoproteinemia podem ocorrer por envolvimento de 
vasos linfáticos intestinais com prejuízo da drenagem de linfa e 
decorrente má absorção intestinal. 
06/11/2011 
26 
Classificação das formas clínicas da PCM 
 
Paracoccidioidomicose infecção 
Paracoccidioidomicose doença 
Forma aguda/subaguda 
Forma crônica 
Unifocal 
Multifocal 
Forma residual ou sequelar 
 
A PCM crônica do adulto (freqüente) tem uma evolução de vários 
meses onde predominam: 
 
Adinamia 
Emagrecimento 
Lesões tegumentares 
Linfoadenopatia 
 
A presença de febre é irregular e em geral pouco intensa. 
Na boca, nota-se a estomatite moriforme, sialorréia, sangramento, 
abaulamento dentário e dor. 
 
Lesões de pálato mole e faringe causam dor levando ao 
emagrecimento e à piora do estado geral. 
 
O acometimento da laringe e cordas vocais ocasiona diversos graus 
de disfonia, ou mesmo afonia. 
06/11/2011 
27 
HISTOPLASMOSE 
HISTÓRICO: SAMUEL TAYLOR DARLING – 1905 
 Comum nos EUA 
 Comum nos pacientes com AIDS 
POPULAÇÃO DE RISCO: Tratadores de aves, espeleólogos, 
turistas (cavernas), agentes controladores de zoonoses, prédios 
antigos (demolições), etc. 
O micélio de H. capsulatum (FUNGO DIMÓRFICO) está presente em 
solos úmidos, quentes e ricos em matéria orgânica = fezes de 
pombos e morcegos. 
HISTOPLASMOSE 
O Histoplasma capsulatum cresce em solos úmidos com elevado 
conteúdo de nitrogênio, (pH ácido) como o encontrado em fezes de 
aves e morcegos. 
 
Cavernas, árvores ocas, construções antigas e sótãos, são fontes 
importantes de infecção e, além disso, a própria movimentação do 
solo proporciona o transporte de esporos pelo ar. 
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HISTOPLASMOSE: CONTÁGIO 
Os esporos vão para o ar quando o 
solo contaminado é agitado e então 
inalados. 
 
A histoplasmose não é transmitida 
de pessoa para pessoa. 
Inalação de esporos H. capsulatum 
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Inalação de esporos H. capsulatum 
SINTOMAS DA HISTOPLASMOSE 
 
A maioria das pessoas não tem efeitos aparentes da doença. 
 
Se os sintomas ocorrem dentro de 3 a 17 dias depois da 
exposição, sendo que a média é de 10 dias. 
 
A doença respiratória aguda é caracterizada por sintomas 
respiratórios, sensação geral de estado de doença, febre, dor no 
peito e tosse seca. 
 
Causam lesões buco-faríngeas (lingua e palato) na 
Histoplasmose disseminada. 
A forma disseminada da histoplasmose pode ser 
fatal se não for tratada 
Pulmão Histoplasma capsulatum (leveduras) 
multiplica-se no interior dos macrófagos e a partir 
dos pulmões ganham os linfonodos e depois a 
circulação sistêmica. 
 
Produzem focos inflamatórios em outros órgãos 
como baço e medula óssea. 
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A doença crônica nos pulmões parece com tuberculose e pode 
piorar no curso de meses ou anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RX 
Localização bucal em paciente 
SINTOMAS DA HISTOPLASMOSE 
DIMORFISMO TÉRMICO 
 25ºC 37ºC 
H. capsulatum: parasitismo intracelular como 
levedura (reproduzem-se dentro de macrófagos) 
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MICOSES SISTEMICAS OPORTUNISTAS 
Leveduras do gênero Cryptococcus apresentam uma grande 
cápsula de naturezapolissacarídica, que envolve a parede celular. 
 
A cápsula contém melanina (protege contra lesões oxidativas). 
 
A cápsula é um fator de virulência (aderência e proteção contra 
fagocitose). 
 
 
 
CRIPTOCOCOSE 
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CRIPTOCOCOSE 
Cryptococcus gattii vive em meio ambiente é as 
árvores são a fonte de infecção desse fungo 
(floresta Atlântica). 
Cryptococcus neofomans por sua vez, ocorre 
geralmente em excrementos secos principalmente 
de pombos (ricas em nitrogênio). 
Ambas as espécies Cryptococcus gattii e Cryptococcus neoformans 
são capazes de produzir lacase, que permite a colonização da 
madeira, principalmente em avançado estado de decomposição. 
O primeiro contato com fungo por inalação, produzindo lesão 
pulmonar primária comumente assintomática, com tendência à 
regressão espontânea, deixando lesões residuais. 
 
A disseminação hematogênica depende da capacidade de resposta 
do hospedeiro ou da quantidade de fungos inalados. 
CRIPTOCOCOSE 
 
Sua distribuição geográfica por muito tempo foi considerada 
restrita a regiões tropicais e subtropicais. 
 
Entretanto, foi relatada a ocorrência de Cryptococcus gattii em 
regiões de clima temperado (Vancouver-Canadá). 
Criptococose humana: 
 
C. gattii = doença em indivíduos imunocompetentes 
 
C. neoformans = doença em imunodeprimidos. 
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A interação do hospedeiro com o C. neoformans tem amplo 
aspecto, que varia da simples colonização até formas graves, que 
podem levar ao óbito. 
 
O C. neoformans tem capacidade de produzir infecção em 
hospedeiros imunocompetentes, mas de forma autolimitada e 
subclínica. 
 
Graves em imunodeficientes. 
 
CRIPTOCOCOSE 
Cryptococcus neoformans 
Nos pacientes com AIDS, as micoses sistêmicas merecem atenção 
especial, pois tendem a se disseminar. 
 
O C. neoformans tropismo pelo sistema nervoso central 
(meningoencefalites). 
 
Têm-se detectado importante e progressivo aumento das infecções 
fúngicas sistêmicas, principalmente em pacientes 
imunossuprimidos. 
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ASPERGILOSE 
Aspergillus spp. estão nas vias respiratórias e a infecção depende da 
imunidade do hospedeiro (mais do que da patogenicidade do fungo). 
 
- A aspergilose pode se apresentar como lesões localizadas em 
unhas, pés, canal auditivo, olhos e forma bronco-pulmonar alérgica. 
 
- Infecção secundária (crescente) ocorre em pacientes 
imunocomprometidos: 
 
Tratamento prolongado com antibiótico 
Corticosteróides 
Carcinoma, tuberculose, pacientes neutropênicos 
Lesões de tecidos subcutâneos, da pele ou da córnea. 
 
- Forma disseminada ou cerebral: alta letalidade, geralmente, 
associada a neutropenia ou à doenças debilitantes. 
 
 
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Fungos cosmopolitas e presentes na natureza, sendo encontrados 
em restos orgânicos, no solo, no ar e sobre a superfície de seres 
vivos, etc. 
 
Ocorrência: Distribuição universal. 
 
No homem a doença depende do estado fisiológico geral ou local do 
hospedeiro. 
 
ASPERGILOSE 
As principais espécies patogênicas para os humanos são: 
•Aspergillus fumigatus 
•Aspergillus niger 
•Aspergillus flavus 
• Aspergillus terreus 
 
Agente etiológico: Aspergillus fumigatus (o mais comumente 
isolado) 
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O aspergiloma (bola fúngica) é visualizado como uma massa 
móvel em uma cavidade pré-existente, em geral em um lobo 
superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O diagnóstico baseia-se no quadro clínico, identificação do agente 
nas secreções brônquicas e tecido pulmonar, achados em RX e TC 
(sinal do halo), além de pesquisas sorológicas complementares. 
Massa de micélio 
Candidíases são causadas pela levedura Candida albicans, 
embora outras espécies de Candida (não-albicans) estejam se 
tornando cada vez mais importantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Está associada a AIDS, neoplasias, lúpus eritematoso, 
tuberculose ou terapias com esteróides ou agentes citotóxicos, as 
leveduras podem proliferar e causar auto-infecções. 
 
 
CANDIDÍASE 
A C. albicans existe como normal no trato oral e gastrointestinal, 
na área vulvovaginal, na pele e fezes. 
 
As candidíases atingem principalmente as mucosas, exemplo 
candidíase oral, broncopulmonar, vulvovaginal; candidíase 
mucocutânea crônica, cutânea, ungueal, etc. 
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Em situações de desequilíbrio do hospedeiro, as leveduras 
crescem excessivamente (sem a microbiota normal). 
CANDIDEMIA 
É um problema relacionado ao aumento da população de indivíduos 
com imunidade baixa. 
 
 
Cateter Venoso Central - faz a ponte entre átrio 
direito do coração do paciente e ambiente 
externo (hospitalar animado e inanimado) = 
risco. 
Candida spp. proliferam em soluções glicosadas e formam biofilmes 
em cateter venoso de posição central. 
A candidemia está associada a períodos prolongados de internação 
(> 15 dias), pacientes cateterizados, uso de antibióticos de 3a 
geração. 
 
Aproximadamente 95% das infecções sanguíneas causadas por 
Candida spp. são devidas a dois grupos: 
Candida albicans 
Não-albicans (C. parapsilosis, C. glabrata, C. tropicalis, C. krusei, 
etc.). 
CANDIDEMIA 
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Wey SB et al., 
1989 
Cerca de 20 a 70% dos profissionais de saúde são colonizados 
transitoriamente por Candida spp. em suas mãos. 
CANDIDEMIA 
Candidemia é um quadro infeccioso que hoje representa a 4ª causa 
de infecção hospitalar no país. O Brasil = alto índice de candidemia. 
Nas candidemias as taxas de mortalidade bruta são de 57% e de 
mortalidade atribuída atingem 38%. 
 
Candida spp. está associada às taxas de mortalidade mais elevadas 
do que as observadas com outros patógenos. 
 
CANDIDEMIA 
Condições de risco para candidemia em pacientes 
hospitalizados 
 Uso de antibióticos 
 Quimioterapia 
 Colonização prévia 
 Nutrição parenteral 
 Cirurgia (intestino grosso) 
 Hemodiálise 
 Diabetes mellitus 
 Corticosteróides 
 Câncer 
 Cateter intravascular ou CVC 
 Neutropenia 
 Ventilação mecânica 
 Prematuridade 
 Baixo peso ao nascer

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