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A ADOLESCÊNCIA, O JUDICIÁRIO E A SOCIEDADE

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A ADOLESCÊNCIA, O JUDICIÁRIO E A SOCIEDADE
Professora: Márcia Candelaria
“Se não vejo na criança, urna criança, é porque alguém
a violentou antes e o que vejo é o que sobrou de
tudo o que lhe foi tirado.”
Herbert de Souza
Quem é esse tal de adolescente?
FUNDAMENTOS LEGAIS
Em substituição ao antigo e ultrapassado Código de Menores, foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei nº 8.069 /90), como objetivo de direcionar políticas públicas que atendam tanto a criança e ao adolescente em situação de risco social, como aos adolescentes autores de ato infracional, visando a aplicação de medidas de proteção no primeiro caso e socioeducativas no segundo.
O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe sobre a proteção integral da criança e ao adolescente, especificando urna rede de direitos e deveres que devem ser alvo de aplicação dos mecanismos sociais próprios ao estabelecimento da ordem social. Isto inclui as ações na área de saúde e no âmbito do judiciário.
Em 1989, foi proclamada a Convenção Internacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, da qual o Brasil é signatário.
"Recordando que na Declaração Universal dos Direitos Humanos as Nações Unidas proclamaram que a infância tem direito a cuidados e assistência especiais.“
"Convencidos de que a família, como grupo fundamental da sociedade e ambiente natural para o crescimento e o bem-estar de todos os seus membros, e em particular das crianças, deve receber a proteção e assistência necessárias a fim de poder assumir plenamente suas responsabilidades dentro da comunidade.“
"Tendo em conta que, conforme assinalado na Declaração dos Direitos da Criança, 'a criança, em virtude de sua falta de maturidade física e mental, necessita proteção e cuidados especiais, inclusive a devida proteção legal, tanto antes quanto após seu nascimento' .“
"Tomando em devida conta a importância das tradições e os valores culturais de cada povo para a proteção e o desenvolvimento harmonioso da criança.“ 
Cria-se, no âmbito da infância e adolescência, em sua interface com o sistema jurídico, um novo paradigma, ao se estabelecer que a cidadania e o respeito a direitos e deveres não se alcançam com medidas coercitivas e sanções penais, mas, primordialmente, com medidas que carecem da participação de toda a sociedade em todos os segmentos.
Os conselhos tutelares
Previsto no art. 131 do ECA, o Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
O Conselho Tutelar encontra-se em contato direto com a população.
Deve estar em sintonia com o judiciário local.
Trata-se de autoridade pública municipal.
Pode funcionar de maneira interdisciplinar, com advogado, psicólogo, pedagogo, assistente social, administrador, além dos próprios conselheiros.
Os conselhos tutelares
Suas principais atribuições são:
atender crianças que necessitem de proteção, sempre que seus direitos forem ameaçados ou violados¡
atuar junto as instituições de aplicação das medidas socioeducativas;
encaminhar ao Ministério Público a noticia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança e do adolescente.
medidas de proteção
As medidas de proteção encontram-se previstas no ECA, em seu art. 101, e destacam-se:
encaminhamento aos pais;
orientação, apoio e acompanhamento temporários;
matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino;
inclusão em programa comunitário de auxilio a família, a criança e ao adolescente;
requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico;
inclusão em programa de auxilio, orientação e tratamento a dependentes químicos;
abrigo em entidade;
colocação em família substituta.
Medidas socioeducativas
O ECA dispõe em seus arts. 112 e seguintes as medidas que podem ser aplicadas na ocorrência de ato infracional praticado por adolescente, dentre elas:
1 - advertência;
11 - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços a comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional.
Segundo a Resolução nº 113 /2006 do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), os programas de aplicação das medidas socioeducativas devem obedecer aos princípios legislativos básicos e as seguintes diretrizes:
1 - prevalência do conteúdo educativo sobre os sancionários e meramente de contenção:
II - ordenação do atendimento socioeducativo e da sua gestão, a partir do projeto político-pedagógico;
III - construção, monitoramento e avaliação do atendimento socioeducativo, com a participação proativa dos adolescentes socioeducandos;
IV – disciplina como meio para a realização do processo socioeducativo;
V - respeito a diversidade étnica/racial, de gênero, orientação sexual e localização geográfica como eixo do processo socioeducativo;
VI - participação proativa da família e da comunidade no processo socioeducativo.
A Criança E O ADOLESCENTE
A adolescência inicia-se, segundo a legislação (ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 2°), aos 12 anos. A lei deve determinar de modo específico e objetivo este marco.
Ótica biopsicológica, os parâmetros não são determinados de acordo com urna data específica, mas de acordo com mudanças psicológicas e fisiológicas variáveis que ocorrem em torno dessa idade.
Os adolescentes vivem o drama da transição e precisam de apoios sólidos.
Aos poucos, a personalidade e o comportamento do jovem indicam as transformações, por exemplo, com impulsos sexuais e agressivos, até então, adormecidos. O sentimento de pertencer ou não a um grupo, a exclusão do mundo dos adultos e a inadequação ao universo infantil levam a pessoa, nessa fase, a experimentar sentimentos típicos.
A Criança E O ADOLESCENTE
Um poder, muitas vezes, apenas fantasiado, que, em geral, leva a um sentimento de oposição em relação aos adultos, em especial, àqueles revestidos de autoridade, como pais e professores.
Bowlby (1982, p. 11) afirma que nada ajuda mais urna criança do que poder expressar francamente, de modo direto e espontâneo, seus sentimentos de hostilidade e ciúme; e que não existe tarefa parental mais válida do que aceitar com serenidade expressões de devoção filial, tais como detesto você, mamãe, ou papai, você é um bruto.
binômio subjetividade e responsabilidade.
Inconsequência dos atos.
Perspectiva de duração infinita do estado de coisas presente.
A responsabilidade, saliente-se, é um atributo típico do estágio operatório-formal piagetiano, o qual se estrutura durante o período compreendido entre os 12 anos, aproximadamente, e o início da idade adulta; 
Os Quatros Períodos de Piaget: 
1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos) 
2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos) 
3º período: Operações concretas (7 ,11 ou 12 anos)
4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)
Quando se trata, pois, de crime praticado por adolescente, diversos aspectos devem ser considerados, ao se atribuir a pena e a responsabilidade.
Para a psicanálise, ser inocentado pode não ser a me1hor saída para quem comete um ato infracional ou um crime (seja criança ou adulto), havendo sentimento de culpa.
E necessário perceber a maturidade do acusado. Os adolescentes não amadurecem da mesma forma e no mesmo tempo.
O COMPORTAMENTO QUE SE DISTANCIA DO SOCIAL
O adolescente busca diferenciar-se do adulto e, em sua luta por adquirir uma identidade, elege as vezes caminhos distorcidos, como a toxicomania, a liberdade sexual exibicionista, os cabelos compridos ou outras formas de protesto contra os enganos e as armadilhas da sociedade adulta.
O crime como um continuum: a adolescência não é o reduto causal da criminalidade.
Erick Erikson: importância do desenvolvimento saudável da autonomia e da iniciativa durante os anos precedentes
Falhas nessas etapas do desenvolvimento resultarão em um adolescente propenso a reduzido exercício da crítica a respeito do que lhe venha a ser oferecido nosnovos ambientes que frequentará; se essa situação associar-se a fragilidade de valores, o adolescente enfrentará dificuldades para realizar as melhores escolhas.
O COMPORTAMENTO QUE SE DISTANCIA DO SOCIAL
Quando o indivíduo abandona a escola; possui um relacionamento familiar precário, inexistente ou francamente pernicioso; desfruta de um relacionamento social absolutamente contraproducente, que o induz a comportamentos desviantes.
A ociosidade agrava a situação: sem estudo e/ ou trabalho, a pessoa busca uma forma de preencher o tempo - em geral, inadequada. Caso se decida pela rua, significa iniciar o curso de formação para o crime, comprovável estágio no pior dos infernos: a droga.
"o crime é a ponta final de um continuum de desordem“.
Criminalização de pessoas
Discriminação segundo o status do autor do ato infracional.
Corre-se o risco de criminalizar pessoas, por meio de um processo de marcação como delinquente para alguns em vez de outros, embora todos tenham praticado atas semelhantes.
A criminalização de pessoas acontece em detrimento da criminalização de condutas
(conjunto de atos dirigidos no sentido de converter urna conduta lícita em ilícita, através da lei penal).
Paralela ou concomitantemente, confunde-se nos mesmos jovens e crianças a vitimização.
A violência doméstica, sua principal expressão, que se apresenta como física, sexual ou psicológica, pode deixar marcas indeléveis, ser fatal, ou ainda levar a consequências negativas do ponto de vista psicológico a partir da negligencia e rejeição afetivas, com reflexos na autoestima e no desempenho social do indivíduo.
Síndrome de Silverman (síndrome da criança maltratada) - 80°/o têm idade inferior aos três anos e 40°/o menos de seis meses.
Ciclo de violência.
Histórico da delinquência
modificação substancial da atenção e da percepção de estímulos.
alteração dos esquemas de pensamento.
identificação de novos modelos.
reformulação dos valores.

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