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ebook Manual da Reforma Trabalhista

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Prévia do material em texto

Índice
3) Agradecimentos
4) Sobre o autor
5) Sobre o ACAA
6) Introdução
9) Reforma x Justiça do Trabalho: como será?
12) Compliance Trabalhista & Planejamento Trabalhista
14) As Principais Alterações
54) A Medida Provisória 808/17
60) Conclusão
Agradecimento
Esse trabalho só foi possível, primeiramente porque Deus é bom, mas tem dias 
que Ele é melhor ainda e nos dá a chance de fazermos coisas que possam ajudar 
nossos companheiros de caminhada dessa vida.
Me cabe aqui um registro de gratidão especial por toda a equipe do Andre Coelho 
Advogados Associados, incluindo os que já passaram por lá e não estão mais 
conosco. Sem vocês, sem o apoio de vocês, sem a confiança depositada e 
sobretudo a amizade que construímos apesar da luta para nos mantermos de 
forma honesta, ética e totalmente legalizados, o que não é fácil.
Obrigado à equipe ACAA!
O Autor
Somos referência no Direito 
Empresarial/O&G e 
Compliance no Estado do Rio 
de Janeiro em toda a Bacia 
de Campos.
Especialmente nas áreas 
Tributária, Trabalhista, 
Contratual, Compliance
Empresarial e Criminal, 
Licitações e Contratos 
Públicos.
Fale Conosco
www.andrecoelhoadvogados.com.br
contato@andrecoelhoadvogados.com.br
facebook.com/andrecoelhoadvogadosassociados
(22) 2772-1631 e (22) 2141-2747
Introdução
• Queremos deixar claro desde já que, compreendemos que a
reforma trabalhista era necessária para o desenvolvimento
da economia e da própria relação de trabalho no Brasil atual,
diante das mudanças na sociedade e nas relações sociais
desde a edição da CLT em 1943.
• Contudo, a lei 13.467/2017 não expressa, em sua
completude, todas as nuances dessas alterações sociais
ocorridas no Brasil.
• Esse é o assunto principal dentro das empresas atualmente
e será por bastante tempo, até que tudo se acomode e que
os ajustes necessários aconteçam.
6
• Importante ressaltar que a Reforma Trabalhista é uma
realidade e que ela trouxe uma série de mudanças
essenciais para o cotidiano das empresas, e quem não
se preparar adequadamente poderá ter que encarar
problemas futuros.
• Ressaltamos também, além dos impactos do dia a dia
nas relações de trabalho, os de natureza tributária
trazidos pela Reforma Trabalhista. Então, todos
atentos e atualizados ok.
7
Os Impactos da 
Reforma
Observe o infográfico ao 
lado exibido pelo site 
www.g1.com mostrando 
a queda absurda da 
proposição de 
Reclamações Trabalhistas 
imediatamente após a 
entrada em vigor da Lei 
13.467 (Reforma 
Trabalhista).
Reforma Trabalhista x Justiça do Trabalho – como será?
Reforma Trabalhista 
x 
Justiça do Trabalho
• As alterações trazidas pela Reforma Trabalhista tem impactos
relevantes também para os julgados na Justiça do Trabalho.
• Antes mesmo da vigência da lei nova, muito se especulou sobre a
sua não aplicação pelos juízes do trabalho. Evidentemente que isso
não tinha fundamento, como não está tendo até o presente
momento e não terá. O que resta dizer é que a liberdade
interpretativa dos juízes e tribunais não se alteraram e como já
estamos vendo, existe decisão para todo gosto.
• Duas questões se destacam: a) há muito o que se discutir ainda em
termos de doutrina e jurisprudência sobre a nova lei, mas a
aplicação da mesma já está acontecendo em todas as esferas da
Justiça do Trabalho, com interpretações diversificadas sobre alguns
pontos;
10
Reforma Trabalhista 
x 
Justiça do Trabalho
• b) o Brasil era o campeão mundial de Ações Trabalhistas. Somente
em 2015, de acordo com dados do CNJ (Conselho Nacional de
Justiça), foram propostas aproximadamente 4.000.000 de novas
ações, enquanto o 2º lugar, os EUA, teve 200.000 novas ações.
• Fica uma pergunta par reflexão dos leitores: se a lei anterior era tão
boa, porque tantas ações trabalhistas?
• O fato é que a conhecida “indústria das Reclamações Trabalhistas”
sofreu um duro golpe com a Reforma. De agora em diante, as
Reclamações deverão se pautar por uma condição muito mais ética
e realista, sob pena de se pagar caro pela conduta contrária.
11
Compliance Trabalhista & Planejamento Trabalhista
COMPLIANCE TRABALHISTA
&
PLANEJAMENTO TRABALHISTA
• Estar em Compliance é estar em conformidade com a legislação
vigente, com as normas reguladoras, observando os regulamentos
externos e internos da organização e observar de forma constante
os riscos inerentes à atividade realizada.
• O Compliance Trabalhista, é, dessa forma um conjunto de
ferramentas que determinam e direcionam a empresa na direção
da conformidade com esse tema.
• Já o planejamento trabalhista, estabelece as adequações, ajustes e
modificações necessárias para que a empresa possa aproveitar de
forma ética todos os benefícios que a legislação dispõe. É
importante conhecer e utilizar essas duas ferramentas.
13
1- A Prevalência do Negociado sobre o Legislado 
COMO ERA
• Convenções e acordos 
coletivos poderiam prevalecer 
sobre a legislação somente 
nos casos em que trouxesse 
patamar mais elevado ao 
trabalhador. Era comum a 
Justiça do Trabalho anular 
alguns acordos, mesmo que 
isso ferisse a vontade das 
partes que o estabeleceram.
COMO FICOU
• É possível criar acordos e 
convenções coletivas que 
prevaleçam sobre a legislação. 
A nova lei estabeleceu 15 
pontos específicos onde isso 
pode acontecer e 30 onde isso 
não pode acontecer. Trouxe 
segurança jurídica para as 
relações onde os acordos 
acontecem.
2- Férias 
COMO ERA
• Podiam ser divididas em até 
dois períodos, sendo que um 
não poderia ser menor que 10 
dias e havia possibilidade de 
1/3 ser pago em forma de 
abono.
COMO FICOU
• Poderá ser dividida em até três 
períodos, sendo um deles não 
menor que 14 dias e os outros 
dois não menores que 5 dias. É 
possível a conversão de 1/3 
em abono pecuniário, 
inclusive para os trabalhadores 
de tempo parcial, o que 
viabiliza as atividades de 
pequenos negócios 
principalmente.
3- Jornada 12 x 36
COMO ERA
• A jornada prevista pela CLT era 
de 8 horas diárias, com no 
máximo 2 horas extras, exceto 
nos casos previstos em acordo 
coletivos ou convenções 
coletivas de trabalho, apesar 
da jornada no regime 12 x 36 
já ser uma realidade em 
muitas empresas.
COMO FICOU
• A jornada 12 x 36, ou seja, 12 
horas de trabalho com 36 de 
descanso agora está 
regulamentada, podendo ser 
negociada para todas as 
categorias profissionais.
4- Termo de Quitação Anual
COMO ERA
• Não havia previsão legal para 
este instrumento.
COMO FICOU
• É facultado a empregados e 
empregadores, na vigência ou 
não do contrato de trabalho, 
firmar o termo de quitação 
anual de obrigações 
trabalhistas, perante o 
sindicato dos empregados, e 
discriminará todas as parcelas 
das obrigações devidas e 
pagas.
5- Rescisões de Contrato de Trabalho
COMO ERA
• Todas as rescisões de contrato 
de trabalho de mais de um 
ano deveria obrigatoriamente 
ser homologada pelo sindicato 
do empregado ou pelo 
Ministério do Trabalho.
COMO FICOU
• As rescisões deverão ser 
anotadas na CTPS, 
comunicadas aos órgãos 
competentes e quitadas as 
verbas correspondentes, com 
a entrega de valores e 
documentos em 10 dias, 
dispensada a assistência e 
homologação sindical.
6- Teletrabalho
COMO ERA
• Não havia regulamentação 
para essa categoria. Todavia, a 
lei 12.551/11 equiparava os 
efeitos jurídicos da 
subordinação exercida por 
meios telemáticos e 
informatizados, mas nunca 
houve segurança jurídica nessa 
modalidade.
COMO FICOU
• Regulamentou-se a 
modalidade, estabelecendo 
que se trata de todo serviço 
prestado fora das 
dependências do empregador 
com a utilização de 
tecnologias de informação e 
de comunicação.
7- Contribuição SindicalCOMO ERA
• Descontada obrigatoriamente 
do trabalhador sempre no mês 
de março de cada ano, 
independentemente de ser 
filiado, o valor de um dia de 
trabalho.
COMO FICOU
• O trabalhador deverá indicar 
se autoriza ou não o débito da 
contribuição sindical.
8- Banco de Horas
COMO ERA
• Somente permitido mediante 
acordo ou convenção 
coletivos, deveria ser 
compensado em até um ano.
• O limite máximo era de 10 
horas diárias. 
COMO FICOU
• Pode ser realizado por meio de 
acordo individual escrito entre 
empregado e empregador, 
devendo ser compensado 
dentro de seis meses no 
máximo.
• É possível realizar bancos 
anuais por meio de acordo ou 
convenção coletivos.
9- Decisões do TST
COMO ERA
• Era possível que o TST 
(Tribunal Superior do 
Trabalho) editasse súmulas e 
enunciados que criavam 
obrigações não previstas em 
lei.
COMO FICOU
• Não é mais permitido que o 
TST edite normativos, súmulas 
ou outros que crie obrigações 
trabalhistas não previstas em 
lei. Além disso, definiu-se 
maior rigor para a criação ou 
alteração de súmulas, 
proporcionando maior 
segurança jurídica.
10- Multas Trabalhistas
COMO ERA
• A multa pela ausência de 
registro por empregado era de 
um salário mínimo.
COMO FICOU
• Essa multa agora é de 
R$3.000,00 por empregado 
não registrado, e em dobro em 
caso de reincidência.
• Para as micro e pequenas 
empresas a multa é de 
R$800,00 por empregado não 
registrado.
11- Plano de Cargos e Salários
COMO ERA
• O plano de cargos e salários 
deveria ser homologado no 
Ministério do Trabalho e estar 
registrado no contrato de 
trabalho.
COMO FICOU
• Agora poderá ser negociado 
diretamente entre 
empregados e empregadores 
sem a necessidade de 
homologação pelo Ministério 
do Trabalho e sem registro no 
contrato de trabalho, podendo 
ser alterado a qualquer 
tempo.
12- Ultratividade de acordos e convenções
COMO ERA
• O prazo de duração para 
acordos e convenções 
coletivos era de dois anos. 
Todavia, a Súmula 277 do TST 
previa que mesmo após o 
término do prazo, os acordos e 
convenções continuam 
valendo.
COMO FICOU
• O prazo continua de dois anos 
para acordos e convenções 
coletivas, mas ficou 
expressamente proibida a 
ultratividade dos termos, ou 
seja, deverá ser 
obrigatoriamente renovado, 
sob pena de não ter validade.
13- Trabalho Intermitente
COMO ERA
• Não existia previsão legal para 
essa modalidade de contrato 
de trabalho.
COMO FICOU
• O trabalho intermitente 
caracteriza-se pelo recebimento 
por parte do trabalhador pelos 
momentos que efetivamente ele 
estiver prestando serviços, com a 
hora de trabalho não inferior ao 
valor do salário mínimo ou à 
remuneração dos demais 
empregados que exerçam a 
mesma função.
14- Intervalo de Repouso e Alimentação
COMO ERA
• Esse intervalo era de uma hora 
no mínimo nos casos de 
jornada de trabalho superior a 
seis horas.
COMO FICOU
• O intervalo poderá ser 
reduzido para 30 minutos, se 
houver convenção ou acordo 
coletivo para jornadas com 
mais de seis horas de duração.
15- Jornada Parcial
COMO ERA
• A previsão era de no máximo 
25 horas semanais, sem 
possibilidade de horas extras.
COMO FICOU
• A Reforma Trabalhista 
aumentou a carga para até 30 
horas semanais, sem a 
possibilidade de horas extras, 
ou 26 horas semanais com 
possibilidade de até seis horas 
extras.
16- Trabalho Autônomo
COMO ERA
• As características do trabalho 
autônomo não poderiam 
contemplar exclusividade, 
subordinação .
COMO FICOU
• A Reforma Trabalhista prevê a 
possibilidade da contratação 
do autônomo sem 
exclusividade (MP 808), 
cumpridas as formalidades 
legais pelo trabalhador, de 
forma contínua ou não.
17- Preposto
COMO ERA
• A Súmula 337 do TST previa 
expressamente que o 
preposto, obrigatoriamente 
deveria ser empregado da 
empresa reclamada.
COMO FICOU
• Acaba a obrigatoriedade da 
Súmula 337.
18- Pedido de Demissão Negociado
COMO ERA
• Não havia previsão na 
legislação quanto a demissão 
do empregado de comum 
acordo e com pagamento das 
verbas decorrentes da rescisão 
contratual. Todavia, era um 
ato muito utilizado 
informalmente.
COMO FICOU
• Fica permitido a empregados e 
empregadores, de comum 
acordo, extinguirem o contrato 
de trabalho, com o pagamento 
de metade das verbas 
referentes ao aviso prévio 
indenizado e da multa do 
FGTS, sendo devidas, de forma 
integral, as demais verbas.
19- Tempo à disposição
COMO ERA
• Todo o período em que o 
empregado está à disposição 
do empregador era 
considerado como jornada de 
trabalho.
COMO FICOU
• Não será considerado como 
hora extra o período que o 
empregado estiver no seu 
local de trabalho realizando 
atividades particulares ou por 
sua escolha, sem demanda do 
empregador.
20- Terceirizados
COMO ERA
• Era aplicada a lei do Trabalho 
Temporário e a Súmula 331 do 
TST, onde não era permitida a 
contratação de terceirizados 
para a atividade fim da 
empresa.
COMO FICOU
• Fica autorizada a terceirização 
de qualquer atividade, sem 
vínculo empregatício, desde 
que assegurado aos terceiros 
às mesmas condições de 
alimentação, serviços de 
transporte, atendimento 
médico e treinamento 
adequado.
21- Prescrição Intercorrente
COMO ERA
• Não existia prescrição do 
crédito trabalhista nas 
execuções.
COMO FICOU
• Será aplicada a prescrição de 
02 (dois) anos na execução 
trabalhista, contados a partir 
da inércia do exequente em 
prosseguir com o processo.
22- Sucumbência/Justiça Gratuita
COMO ERA
• Não havia previsão quanto aos 
honorários de sucumbência (o 
perdedor da ação paga 
honorários ao ganhador) e a 
justiça gratuita era concedida 
mediante presunção de 
hipossuficiência econômica.
COMO FICOU
• Fica estabelecida a 
sucumbência recíproca para as 
partes (custas processuais, 
perícias e honorários) e será 
necessária a comprovação da 
insuficiência de recursos para 
deferimento da justiça 
gratuita.
23- Grupo Econômico/Responsabilidade Solidária
COMO ERA
• O conceito de grupo 
econômico na Justiça do 
Trabalho é muito amplo e 
interpretado de formas 
diversas em tribunais diversos, 
o que trazia uma enorme 
insegurança jurídica.
COMO FICOU
• Limita a interpretação de 
grupo econômico, definindo-o 
como aquele que é 
demonstrado o interesse 
integrado, a efetiva comunhão 
de interesses e a atuação 
conjunta das empresas 
integrantes.
24- Responsabilidade do Sócio Retirante
COMO ERA
• Aplicava-se a regra exposta no 
Código de Processo Civil nos 
casos de responsabilidade do 
sócio retirante.
COMO FICOU
• Prevê a responsabilidade do 
sócio retirante como 
subsidiária pelas obrigações 
trabalhistas da sociedade, 
relativas ao período em que 
figurou como sócio, somente 
em ações ajuizadas até dois 
anos depois de averbada a 
modificação do contrato.
25- Sucessão Empresarial
COMO ERA
• Havia discussão quanto a 
responsabilidade pelos 
créditos trabalhistas da 
empresa sucessora, em 
virtude de haver em alguns 
contratos cláusulas que 
eximem de tal 
responsabilidade, podendo 
haver ação regressiva.
COMO FICOU
• Ficou regulamentada a 
questão, prevendo que as 
obrigações trabalhistas, 
inclusive as contraídas à época 
em que os empregados 
trabalhavam para a empresa 
sucedida, são de 
responsabilidade exclusiva do 
sucessor.
26- Contagem de Prazos Processuais
COMO ERA
• Os prazos eram contados em 
dias corridos excluindo-se o 
dia do início e incluindo o dia 
do vencimento.
COMO FICOU
• Os prazos serão contados em 
dias úteis, excluindo-se o dia 
do início e incluindo o dia do 
vencimento. Ainda, o Juiz 
poderáprorrogar o prazo 
quando entender necessário 
ou em virtude de força maior.
27- Litigância de Má Fé
COMO ERA
• Aplicava-se de forma 
subsidiária o Código de 
Processo Civil.
COMO FICOU
• Fica regulamentado que a 
Justiça do Trabalho é a 
responsável por aplicar 
penalidades e multas para 
aquele que comete dano 
processual, ou litigância de má 
fé.
28- Exceção de Incompetência Territorial
COMO ERA
• A exceção de incompetência 
era analisada na primeira 
audiência do processo.
COMO FICOU
• A exceção de incompetência 
passará a ser analisada assim 
que apresentada no processo, 
mesmo que isso ocorra antes 
da primeira audiência.
29- Ônus da Prova
COMO ERA
• A prova das alegações 
incumbia à parte que as 
tivesse feito.
COMO FICOU
• Igualou o tratamento às parte 
na produção de provas, a fim 
de conferir garantias para que 
as partes não sejam 
prejudicadas com a inversão 
do ônus, prevendo prazo para 
inversão e impedindo-a 
quando ficar caracterizada a 
impossibilidade de produção 
de provas.
30- Valor das Causas
COMO ERA
• O valor das causas eram 
definidos pela parte sem 
qualquer relação com os 
pedidos do processo, ou seja, 
ele é apenas imputado para 
definição de rito processual.
COMO FICOU
• Os pedidos da ação trabalhista 
deverão ser certos, 
determinados e que tenham o 
valor devidamente indicado e, 
aqueles que não assim 
fizerem, serão julgados 
extintos sem resolução do 
mérito
31- Desistência da Ação Trabalhista
COMO ERA
• Não havia regulamentação 
sobre a desistência das ações 
trabalhistas pelo reclamante, 
sendo aplicada, inclusive a 
jurisprudência em que mesmo 
após a apresentação da defesa 
poderia se desistir da ação.
COMO FICOU
• Regulamentou a desistência da 
ação trabalhista do 
Reclamante, condicionando 
está à anuência do Reclamado, 
que, caso não concorde, terá 
prosseguimento à ação e a 
parte sucumbente arcará com 
as custas processuais e 
honorários.
32- Ausência em Audiências
COMO ERA
• Se o reclamante não 
comparecesse na audiência, a 
ação trabalhista era arquivada, 
e se a reclamada não 
comparecesse, implicava em 
revelia, além de confissão 
quanto a matéria de fato.
COMO FICOU
• Se não houver justificativa plausível 
pelo reclamante, deverá o mesmo 
pagar as custas processuais e, caso 
não comprovado pelo mesmo, não 
poderá distribuir nova ação, uma 
vez que na distribuição desta deverá 
juntar o comprovante de quitação 
das custas. Quanto a reclamada, 
ausente a mesma, mas presente seu 
advogado, defesa e documentos 
serão aceitos.
33- Apresentação de Defesas
COMO ERA
• As defesas eram apresentadas, 
conforme determinação legal, 
em audiência, ou por via oral 
por até 20 minutos.
COMO FICOU
• Modificou a legislação para 
regulamentar a apresentação 
da defesa e documentos pelo 
sistema de processo eletrônico 
(PJE) até a audiência.
34- Desconsideração da Personalidade Jurídica
COMO ERA
• Aplicava-se as regras do 
Código de Processo Civil, 
quando havia incidente de 
desconsideração da 
personalidade jurídica.
COMO FICOU
• A Reforma regulamentou o 
instituto do incidente de 
desconsideração da 
personalidade jurídica.
35- Execução “ex officio”
COMO ERA
• A execução dos créditos 
trabalhistas era iniciado de 
ofício pelo juiz do processo, 
independente se o reclamante 
tivesse advogado ou não.
COMO FICOU
• As execuções deverão ser 
movidas obrigatoriamente 
pela parte interessada, e de 
ofício pelo juiz no caso de não 
haver advogado 
representando o reclamante.
36- Impugnação dos Cálculos
COMO ERA
• Depois de elaborada a conta e 
tornada líquida, era aberto 
prazo sucessivo às partes de 
10 dias para impugnação dos 
cálculos.
COMO FICOU
• O prazo será comum às partes 
de 08 dias para apresentação 
de impugnação aos cálculos 
apresentados.
37- Garantia Judicial
COMO ERA
• Era permitida a garantia da 
execução mediante o depósito 
em dinheiro ou nomeação de 
bens à penhora.
COMO FICOU
• Além da permissão da garantia 
da execução com o depósito 
em dinheiro e nomeação de 
bens à penhora, também será 
permitida a apresentação do 
seguro garantia judicial.
38- Transcendência do Recurso de Revista
COMO ERA
• Previa que o TST examinaria, 
no recurso de revista, se a 
causa oferecesse 
transcendência com relação 
aos reflexos gerais de natureza 
econômica, política, social ou 
jurídica.
COMO FICOU
• Regulamentou a 
transcendência recursal, para 
delimitar os indicadores de 
transcendência econômica, 
política, social e jurídica. 
Ainda, regulamenta os 
recursos que são possíveis de 
acordo com os critérios de 
transcendência observados 
pelo juiz.
39- Depósito Recursal
COMO ERA
• O depósito recursal era 
depositado na conta vinculada 
do FGTS do empregado, 
observando-se as regras 
quanto ao respectivo 
levantamento.
COMO FICOU
• Fica determinado que o 
depósito recursal seja 
realizado em conta vinculada 
do juízo. Entidades sem fim 
lucrativos, 
microempreendedores e 
empresas de pequeno porte 
tem valores diferenciados. O 
depósito pode ser substituído 
por seguro garantia.
MEDIDA PROVISÓRIA 808/17
Medida Provisória 808/17
O que mudou???
• Primeiramente é preciso deixar bem claro que a
Medida Provisória ainda carece de votação pelo
Congresso Nacional e aí poderá ser mantida,
alterada ou anulada. Então, vamos ver quais vão
ser as cenas dos próximos capítulos nesse sentido.
• Por enquanto, as alterações trazidas por ela estão
em vigor e precisarão ser atendidas pelos
operadores do direito, pelas empresas e
empregados e pela Justiça do Trabalho.
55
Medida Provisória 808/17
O que mudou???
56
Após uma avalanche de mudanças em julho, com a Lei 13.467, a edição 
extra do Diário Oficial de 14/11 publicou o texto da aguardada Medida 
Provisória (MP) sobre regras trabalhistas: a MP 808/2017.
Pela MP foram feitas mudanças pontuais, em especial nos institutos 
recém-criados, como o trabalho intermitente, a representação dos 
empregados (comissão de entendimento direto), autônomo exclusivo etc.
Seguem abaixo os oito principais pontos alterados:
Vigência da Reforma Trabalhista x contratos de trabalho vigentes: 
previsão expressa de que as regras da reforma trabalhista aplicam-se 
integralmente aos contratos de trabalho vigentes (mesmo àqueles 
celebrados antes da reforma).
Medida Provisória 808/17
O que mudou???
57
Prorrogação em atividade insalubre: para que ACT/CCT dispense a inspeção 
prévia, foi imposta como condição a observância integral às normas de 
saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas 
regulamentadoras do MTb, facultando-se a contratação de perícia.
Remuneração: diversas alterações no art. 457 da CLT, em especial quanto à 
ajuda de custo (limite de até 50% da remuneração mensal) e aos prêmios 
(no máximo 2 vezes ao ano).
Medida Provisória 808/17
O que mudou???
58
Gestantes e Lactantes em atividades insalubres: aumento da proteção para 
gestantes. Elas serão automaticamente afastadas de atividades insalubres, 
exceto, no caso de insalubridade em grau médio ou mínimo, quando a 
empregada voluntariamente, apresentar atestado médico que autorize sua 
permanência naquelas atividades. Em grau máximo, fica impedida de 
exercer atividades nesses locais. Além disso, extingue o direito à percepção 
do adicional, quando houver o afastamento.
Jornada de 12 por 36 horas: a jornada de 12 horas de trabalho por 36 de 
descanso pode ser estabelecida apenas por meio de convenção coletiva ou 
acordo coletivo de trabalho. O acordo individual por escrito fica restrito aos 
profissionais e empresas do setor de saúde.
Medida Provisória 808/17
O que mudou???59
Trabalho intermitente: feitos diversos ajustes nas regras deste regime, 
incluindo cálculos rescisórios, prazo para pagamento da remuneração, aviso 
prévio, férias, licença-maternidade etc.
Danos morais: ampliação da lista (que tem a pretensão de ser exaustiva) dos 
bens jurídicos expressamente tutelados (art. 223-C) e mudança na base de 
cálculo para as indenizações (passou a ser o teto do RGPS).
Autônomo: proibição da cláusula de exclusividade no contrato de prestação 
de serviços do autônomo, mas não condena a prestação de serviços a 
apenas um tomador de serviços. O autônomo poderá prestar serviços para 
diversos contratantes e poderá recusar a realização de atividades 
demandadas pelo contratante;
Representação dos empregados: deixa claro que a comissão de 
entendimento direito não substitui a função dos sindicatos na defesa dos i
Conclusão
61
A CLT, promulgada em 1º de maio de 1943 por Getúlio Vargas, sofreu ao 
longo de todos esses anos até aqui muitas alterações. Todas elas necessárias 
para acompanhar o desenvolvimento das relações de trabalho e o próprio 
desenvolvimento humano e do Estado Brasileiro.
Algumas delas boas, outras nem tanto, algumas favoráveis, outras 
desfavoráveis tanto para empregadores quanto para empregados. Todavia, é 
preciso ter em mente que não somos servos da lei, ao contrário é ela que 
nos serve, dessa forma toda alteração nasce para servir aos cidadãos, pelo 
menos é esse o espírito das leis.
Conclusão
62
As alterações trazidas pela Reforma Trabalhista – Lei 12.467/17 – modificam 
substancialmente as relações de trabalho no Brasil e inauguram uma nova 
era devido ao seu extenso e complexo conteúdo.
Entendemos que todos os envolvidos – empregados, empregadores, 
operadores do direito, justiça do trabalho, sindicatos e outros – vão passar 
esse ano de 2018 e talvez os próximos anos também, discutindo essas 
alterações, por isso a necessidade de um estudo aprofundado para que as 
adequações se moldem o quanto antes para mitigar os riscos para todas as 
partes.
Conclusão
63
Esperamos com toda sinceridade que esse singelo trabalho possa colaborar 
de alguma forma com os seus estudos, com as pesquisas que serão 
necessárias no dia a dia de empresas, seus departamentos de pessoal e 
recursos humanos.
Ficamos à disposição nos contatos apresentados no início desse trabalho 
para trocarmos informações, sugestões e tirarmos dúvidas, caso elas 
aconteçam.
Muito obrigado por compartilhar a leitura e seu tempo conosco.
Atenciosamente.

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