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Índice 3) Agradecimentos 4) Sobre o autor 5) Sobre o ACAA 6) Introdução 9) Reforma x Justiça do Trabalho: como será? 12) Compliance Trabalhista & Planejamento Trabalhista 14) As Principais Alterações 54) A Medida Provisória 808/17 60) Conclusão Agradecimento Esse trabalho só foi possível, primeiramente porque Deus é bom, mas tem dias que Ele é melhor ainda e nos dá a chance de fazermos coisas que possam ajudar nossos companheiros de caminhada dessa vida. Me cabe aqui um registro de gratidão especial por toda a equipe do Andre Coelho Advogados Associados, incluindo os que já passaram por lá e não estão mais conosco. Sem vocês, sem o apoio de vocês, sem a confiança depositada e sobretudo a amizade que construímos apesar da luta para nos mantermos de forma honesta, ética e totalmente legalizados, o que não é fácil. Obrigado à equipe ACAA! O Autor Somos referência no Direito Empresarial/O&G e Compliance no Estado do Rio de Janeiro em toda a Bacia de Campos. Especialmente nas áreas Tributária, Trabalhista, Contratual, Compliance Empresarial e Criminal, Licitações e Contratos Públicos. Fale Conosco www.andrecoelhoadvogados.com.br contato@andrecoelhoadvogados.com.br facebook.com/andrecoelhoadvogadosassociados (22) 2772-1631 e (22) 2141-2747 Introdução • Queremos deixar claro desde já que, compreendemos que a reforma trabalhista era necessária para o desenvolvimento da economia e da própria relação de trabalho no Brasil atual, diante das mudanças na sociedade e nas relações sociais desde a edição da CLT em 1943. • Contudo, a lei 13.467/2017 não expressa, em sua completude, todas as nuances dessas alterações sociais ocorridas no Brasil. • Esse é o assunto principal dentro das empresas atualmente e será por bastante tempo, até que tudo se acomode e que os ajustes necessários aconteçam. 6 • Importante ressaltar que a Reforma Trabalhista é uma realidade e que ela trouxe uma série de mudanças essenciais para o cotidiano das empresas, e quem não se preparar adequadamente poderá ter que encarar problemas futuros. • Ressaltamos também, além dos impactos do dia a dia nas relações de trabalho, os de natureza tributária trazidos pela Reforma Trabalhista. Então, todos atentos e atualizados ok. 7 Os Impactos da Reforma Observe o infográfico ao lado exibido pelo site www.g1.com mostrando a queda absurda da proposição de Reclamações Trabalhistas imediatamente após a entrada em vigor da Lei 13.467 (Reforma Trabalhista). Reforma Trabalhista x Justiça do Trabalho – como será? Reforma Trabalhista x Justiça do Trabalho • As alterações trazidas pela Reforma Trabalhista tem impactos relevantes também para os julgados na Justiça do Trabalho. • Antes mesmo da vigência da lei nova, muito se especulou sobre a sua não aplicação pelos juízes do trabalho. Evidentemente que isso não tinha fundamento, como não está tendo até o presente momento e não terá. O que resta dizer é que a liberdade interpretativa dos juízes e tribunais não se alteraram e como já estamos vendo, existe decisão para todo gosto. • Duas questões se destacam: a) há muito o que se discutir ainda em termos de doutrina e jurisprudência sobre a nova lei, mas a aplicação da mesma já está acontecendo em todas as esferas da Justiça do Trabalho, com interpretações diversificadas sobre alguns pontos; 10 Reforma Trabalhista x Justiça do Trabalho • b) o Brasil era o campeão mundial de Ações Trabalhistas. Somente em 2015, de acordo com dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), foram propostas aproximadamente 4.000.000 de novas ações, enquanto o 2º lugar, os EUA, teve 200.000 novas ações. • Fica uma pergunta par reflexão dos leitores: se a lei anterior era tão boa, porque tantas ações trabalhistas? • O fato é que a conhecida “indústria das Reclamações Trabalhistas” sofreu um duro golpe com a Reforma. De agora em diante, as Reclamações deverão se pautar por uma condição muito mais ética e realista, sob pena de se pagar caro pela conduta contrária. 11 Compliance Trabalhista & Planejamento Trabalhista COMPLIANCE TRABALHISTA & PLANEJAMENTO TRABALHISTA • Estar em Compliance é estar em conformidade com a legislação vigente, com as normas reguladoras, observando os regulamentos externos e internos da organização e observar de forma constante os riscos inerentes à atividade realizada. • O Compliance Trabalhista, é, dessa forma um conjunto de ferramentas que determinam e direcionam a empresa na direção da conformidade com esse tema. • Já o planejamento trabalhista, estabelece as adequações, ajustes e modificações necessárias para que a empresa possa aproveitar de forma ética todos os benefícios que a legislação dispõe. É importante conhecer e utilizar essas duas ferramentas. 13 1- A Prevalência do Negociado sobre o Legislado COMO ERA • Convenções e acordos coletivos poderiam prevalecer sobre a legislação somente nos casos em que trouxesse patamar mais elevado ao trabalhador. Era comum a Justiça do Trabalho anular alguns acordos, mesmo que isso ferisse a vontade das partes que o estabeleceram. COMO FICOU • É possível criar acordos e convenções coletivas que prevaleçam sobre a legislação. A nova lei estabeleceu 15 pontos específicos onde isso pode acontecer e 30 onde isso não pode acontecer. Trouxe segurança jurídica para as relações onde os acordos acontecem. 2- Férias COMO ERA • Podiam ser divididas em até dois períodos, sendo que um não poderia ser menor que 10 dias e havia possibilidade de 1/3 ser pago em forma de abono. COMO FICOU • Poderá ser dividida em até três períodos, sendo um deles não menor que 14 dias e os outros dois não menores que 5 dias. É possível a conversão de 1/3 em abono pecuniário, inclusive para os trabalhadores de tempo parcial, o que viabiliza as atividades de pequenos negócios principalmente. 3- Jornada 12 x 36 COMO ERA • A jornada prevista pela CLT era de 8 horas diárias, com no máximo 2 horas extras, exceto nos casos previstos em acordo coletivos ou convenções coletivas de trabalho, apesar da jornada no regime 12 x 36 já ser uma realidade em muitas empresas. COMO FICOU • A jornada 12 x 36, ou seja, 12 horas de trabalho com 36 de descanso agora está regulamentada, podendo ser negociada para todas as categorias profissionais. 4- Termo de Quitação Anual COMO ERA • Não havia previsão legal para este instrumento. COMO FICOU • É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de trabalho, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados, e discriminará todas as parcelas das obrigações devidas e pagas. 5- Rescisões de Contrato de Trabalho COMO ERA • Todas as rescisões de contrato de trabalho de mais de um ano deveria obrigatoriamente ser homologada pelo sindicato do empregado ou pelo Ministério do Trabalho. COMO FICOU • As rescisões deverão ser anotadas na CTPS, comunicadas aos órgãos competentes e quitadas as verbas correspondentes, com a entrega de valores e documentos em 10 dias, dispensada a assistência e homologação sindical. 6- Teletrabalho COMO ERA • Não havia regulamentação para essa categoria. Todavia, a lei 12.551/11 equiparava os efeitos jurídicos da subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados, mas nunca houve segurança jurídica nessa modalidade. COMO FICOU • Regulamentou-se a modalidade, estabelecendo que se trata de todo serviço prestado fora das dependências do empregador com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação. 7- Contribuição SindicalCOMO ERA • Descontada obrigatoriamente do trabalhador sempre no mês de março de cada ano, independentemente de ser filiado, o valor de um dia de trabalho. COMO FICOU • O trabalhador deverá indicar se autoriza ou não o débito da contribuição sindical. 8- Banco de Horas COMO ERA • Somente permitido mediante acordo ou convenção coletivos, deveria ser compensado em até um ano. • O limite máximo era de 10 horas diárias. COMO FICOU • Pode ser realizado por meio de acordo individual escrito entre empregado e empregador, devendo ser compensado dentro de seis meses no máximo. • É possível realizar bancos anuais por meio de acordo ou convenção coletivos. 9- Decisões do TST COMO ERA • Era possível que o TST (Tribunal Superior do Trabalho) editasse súmulas e enunciados que criavam obrigações não previstas em lei. COMO FICOU • Não é mais permitido que o TST edite normativos, súmulas ou outros que crie obrigações trabalhistas não previstas em lei. Além disso, definiu-se maior rigor para a criação ou alteração de súmulas, proporcionando maior segurança jurídica. 10- Multas Trabalhistas COMO ERA • A multa pela ausência de registro por empregado era de um salário mínimo. COMO FICOU • Essa multa agora é de R$3.000,00 por empregado não registrado, e em dobro em caso de reincidência. • Para as micro e pequenas empresas a multa é de R$800,00 por empregado não registrado. 11- Plano de Cargos e Salários COMO ERA • O plano de cargos e salários deveria ser homologado no Ministério do Trabalho e estar registrado no contrato de trabalho. COMO FICOU • Agora poderá ser negociado diretamente entre empregados e empregadores sem a necessidade de homologação pelo Ministério do Trabalho e sem registro no contrato de trabalho, podendo ser alterado a qualquer tempo. 12- Ultratividade de acordos e convenções COMO ERA • O prazo de duração para acordos e convenções coletivos era de dois anos. Todavia, a Súmula 277 do TST previa que mesmo após o término do prazo, os acordos e convenções continuam valendo. COMO FICOU • O prazo continua de dois anos para acordos e convenções coletivas, mas ficou expressamente proibida a ultratividade dos termos, ou seja, deverá ser obrigatoriamente renovado, sob pena de não ter validade. 13- Trabalho Intermitente COMO ERA • Não existia previsão legal para essa modalidade de contrato de trabalho. COMO FICOU • O trabalho intermitente caracteriza-se pelo recebimento por parte do trabalhador pelos momentos que efetivamente ele estiver prestando serviços, com a hora de trabalho não inferior ao valor do salário mínimo ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a mesma função. 14- Intervalo de Repouso e Alimentação COMO ERA • Esse intervalo era de uma hora no mínimo nos casos de jornada de trabalho superior a seis horas. COMO FICOU • O intervalo poderá ser reduzido para 30 minutos, se houver convenção ou acordo coletivo para jornadas com mais de seis horas de duração. 15- Jornada Parcial COMO ERA • A previsão era de no máximo 25 horas semanais, sem possibilidade de horas extras. COMO FICOU • A Reforma Trabalhista aumentou a carga para até 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas extras, ou 26 horas semanais com possibilidade de até seis horas extras. 16- Trabalho Autônomo COMO ERA • As características do trabalho autônomo não poderiam contemplar exclusividade, subordinação . COMO FICOU • A Reforma Trabalhista prevê a possibilidade da contratação do autônomo sem exclusividade (MP 808), cumpridas as formalidades legais pelo trabalhador, de forma contínua ou não. 17- Preposto COMO ERA • A Súmula 337 do TST previa expressamente que o preposto, obrigatoriamente deveria ser empregado da empresa reclamada. COMO FICOU • Acaba a obrigatoriedade da Súmula 337. 18- Pedido de Demissão Negociado COMO ERA • Não havia previsão na legislação quanto a demissão do empregado de comum acordo e com pagamento das verbas decorrentes da rescisão contratual. Todavia, era um ato muito utilizado informalmente. COMO FICOU • Fica permitido a empregados e empregadores, de comum acordo, extinguirem o contrato de trabalho, com o pagamento de metade das verbas referentes ao aviso prévio indenizado e da multa do FGTS, sendo devidas, de forma integral, as demais verbas. 19- Tempo à disposição COMO ERA • Todo o período em que o empregado está à disposição do empregador era considerado como jornada de trabalho. COMO FICOU • Não será considerado como hora extra o período que o empregado estiver no seu local de trabalho realizando atividades particulares ou por sua escolha, sem demanda do empregador. 20- Terceirizados COMO ERA • Era aplicada a lei do Trabalho Temporário e a Súmula 331 do TST, onde não era permitida a contratação de terceirizados para a atividade fim da empresa. COMO FICOU • Fica autorizada a terceirização de qualquer atividade, sem vínculo empregatício, desde que assegurado aos terceiros às mesmas condições de alimentação, serviços de transporte, atendimento médico e treinamento adequado. 21- Prescrição Intercorrente COMO ERA • Não existia prescrição do crédito trabalhista nas execuções. COMO FICOU • Será aplicada a prescrição de 02 (dois) anos na execução trabalhista, contados a partir da inércia do exequente em prosseguir com o processo. 22- Sucumbência/Justiça Gratuita COMO ERA • Não havia previsão quanto aos honorários de sucumbência (o perdedor da ação paga honorários ao ganhador) e a justiça gratuita era concedida mediante presunção de hipossuficiência econômica. COMO FICOU • Fica estabelecida a sucumbência recíproca para as partes (custas processuais, perícias e honorários) e será necessária a comprovação da insuficiência de recursos para deferimento da justiça gratuita. 23- Grupo Econômico/Responsabilidade Solidária COMO ERA • O conceito de grupo econômico na Justiça do Trabalho é muito amplo e interpretado de formas diversas em tribunais diversos, o que trazia uma enorme insegurança jurídica. COMO FICOU • Limita a interpretação de grupo econômico, definindo-o como aquele que é demonstrado o interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas integrantes. 24- Responsabilidade do Sócio Retirante COMO ERA • Aplicava-se a regra exposta no Código de Processo Civil nos casos de responsabilidade do sócio retirante. COMO FICOU • Prevê a responsabilidade do sócio retirante como subsidiária pelas obrigações trabalhistas da sociedade, relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato. 25- Sucessão Empresarial COMO ERA • Havia discussão quanto a responsabilidade pelos créditos trabalhistas da empresa sucessora, em virtude de haver em alguns contratos cláusulas que eximem de tal responsabilidade, podendo haver ação regressiva. COMO FICOU • Ficou regulamentada a questão, prevendo que as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade exclusiva do sucessor. 26- Contagem de Prazos Processuais COMO ERA • Os prazos eram contados em dias corridos excluindo-se o dia do início e incluindo o dia do vencimento. COMO FICOU • Os prazos serão contados em dias úteis, excluindo-se o dia do início e incluindo o dia do vencimento. Ainda, o Juiz poderáprorrogar o prazo quando entender necessário ou em virtude de força maior. 27- Litigância de Má Fé COMO ERA • Aplicava-se de forma subsidiária o Código de Processo Civil. COMO FICOU • Fica regulamentado que a Justiça do Trabalho é a responsável por aplicar penalidades e multas para aquele que comete dano processual, ou litigância de má fé. 28- Exceção de Incompetência Territorial COMO ERA • A exceção de incompetência era analisada na primeira audiência do processo. COMO FICOU • A exceção de incompetência passará a ser analisada assim que apresentada no processo, mesmo que isso ocorra antes da primeira audiência. 29- Ônus da Prova COMO ERA • A prova das alegações incumbia à parte que as tivesse feito. COMO FICOU • Igualou o tratamento às parte na produção de provas, a fim de conferir garantias para que as partes não sejam prejudicadas com a inversão do ônus, prevendo prazo para inversão e impedindo-a quando ficar caracterizada a impossibilidade de produção de provas. 30- Valor das Causas COMO ERA • O valor das causas eram definidos pela parte sem qualquer relação com os pedidos do processo, ou seja, ele é apenas imputado para definição de rito processual. COMO FICOU • Os pedidos da ação trabalhista deverão ser certos, determinados e que tenham o valor devidamente indicado e, aqueles que não assim fizerem, serão julgados extintos sem resolução do mérito 31- Desistência da Ação Trabalhista COMO ERA • Não havia regulamentação sobre a desistência das ações trabalhistas pelo reclamante, sendo aplicada, inclusive a jurisprudência em que mesmo após a apresentação da defesa poderia se desistir da ação. COMO FICOU • Regulamentou a desistência da ação trabalhista do Reclamante, condicionando está à anuência do Reclamado, que, caso não concorde, terá prosseguimento à ação e a parte sucumbente arcará com as custas processuais e honorários. 32- Ausência em Audiências COMO ERA • Se o reclamante não comparecesse na audiência, a ação trabalhista era arquivada, e se a reclamada não comparecesse, implicava em revelia, além de confissão quanto a matéria de fato. COMO FICOU • Se não houver justificativa plausível pelo reclamante, deverá o mesmo pagar as custas processuais e, caso não comprovado pelo mesmo, não poderá distribuir nova ação, uma vez que na distribuição desta deverá juntar o comprovante de quitação das custas. Quanto a reclamada, ausente a mesma, mas presente seu advogado, defesa e documentos serão aceitos. 33- Apresentação de Defesas COMO ERA • As defesas eram apresentadas, conforme determinação legal, em audiência, ou por via oral por até 20 minutos. COMO FICOU • Modificou a legislação para regulamentar a apresentação da defesa e documentos pelo sistema de processo eletrônico (PJE) até a audiência. 34- Desconsideração da Personalidade Jurídica COMO ERA • Aplicava-se as regras do Código de Processo Civil, quando havia incidente de desconsideração da personalidade jurídica. COMO FICOU • A Reforma regulamentou o instituto do incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 35- Execução “ex officio” COMO ERA • A execução dos créditos trabalhistas era iniciado de ofício pelo juiz do processo, independente se o reclamante tivesse advogado ou não. COMO FICOU • As execuções deverão ser movidas obrigatoriamente pela parte interessada, e de ofício pelo juiz no caso de não haver advogado representando o reclamante. 36- Impugnação dos Cálculos COMO ERA • Depois de elaborada a conta e tornada líquida, era aberto prazo sucessivo às partes de 10 dias para impugnação dos cálculos. COMO FICOU • O prazo será comum às partes de 08 dias para apresentação de impugnação aos cálculos apresentados. 37- Garantia Judicial COMO ERA • Era permitida a garantia da execução mediante o depósito em dinheiro ou nomeação de bens à penhora. COMO FICOU • Além da permissão da garantia da execução com o depósito em dinheiro e nomeação de bens à penhora, também será permitida a apresentação do seguro garantia judicial. 38- Transcendência do Recurso de Revista COMO ERA • Previa que o TST examinaria, no recurso de revista, se a causa oferecesse transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. COMO FICOU • Regulamentou a transcendência recursal, para delimitar os indicadores de transcendência econômica, política, social e jurídica. Ainda, regulamenta os recursos que são possíveis de acordo com os critérios de transcendência observados pelo juiz. 39- Depósito Recursal COMO ERA • O depósito recursal era depositado na conta vinculada do FGTS do empregado, observando-se as regras quanto ao respectivo levantamento. COMO FICOU • Fica determinado que o depósito recursal seja realizado em conta vinculada do juízo. Entidades sem fim lucrativos, microempreendedores e empresas de pequeno porte tem valores diferenciados. O depósito pode ser substituído por seguro garantia. MEDIDA PROVISÓRIA 808/17 Medida Provisória 808/17 O que mudou??? • Primeiramente é preciso deixar bem claro que a Medida Provisória ainda carece de votação pelo Congresso Nacional e aí poderá ser mantida, alterada ou anulada. Então, vamos ver quais vão ser as cenas dos próximos capítulos nesse sentido. • Por enquanto, as alterações trazidas por ela estão em vigor e precisarão ser atendidas pelos operadores do direito, pelas empresas e empregados e pela Justiça do Trabalho. 55 Medida Provisória 808/17 O que mudou??? 56 Após uma avalanche de mudanças em julho, com a Lei 13.467, a edição extra do Diário Oficial de 14/11 publicou o texto da aguardada Medida Provisória (MP) sobre regras trabalhistas: a MP 808/2017. Pela MP foram feitas mudanças pontuais, em especial nos institutos recém-criados, como o trabalho intermitente, a representação dos empregados (comissão de entendimento direto), autônomo exclusivo etc. Seguem abaixo os oito principais pontos alterados: Vigência da Reforma Trabalhista x contratos de trabalho vigentes: previsão expressa de que as regras da reforma trabalhista aplicam-se integralmente aos contratos de trabalho vigentes (mesmo àqueles celebrados antes da reforma). Medida Provisória 808/17 O que mudou??? 57 Prorrogação em atividade insalubre: para que ACT/CCT dispense a inspeção prévia, foi imposta como condição a observância integral às normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do MTb, facultando-se a contratação de perícia. Remuneração: diversas alterações no art. 457 da CLT, em especial quanto à ajuda de custo (limite de até 50% da remuneração mensal) e aos prêmios (no máximo 2 vezes ao ano). Medida Provisória 808/17 O que mudou??? 58 Gestantes e Lactantes em atividades insalubres: aumento da proteção para gestantes. Elas serão automaticamente afastadas de atividades insalubres, exceto, no caso de insalubridade em grau médio ou mínimo, quando a empregada voluntariamente, apresentar atestado médico que autorize sua permanência naquelas atividades. Em grau máximo, fica impedida de exercer atividades nesses locais. Além disso, extingue o direito à percepção do adicional, quando houver o afastamento. Jornada de 12 por 36 horas: a jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso pode ser estabelecida apenas por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. O acordo individual por escrito fica restrito aos profissionais e empresas do setor de saúde. Medida Provisória 808/17 O que mudou???59 Trabalho intermitente: feitos diversos ajustes nas regras deste regime, incluindo cálculos rescisórios, prazo para pagamento da remuneração, aviso prévio, férias, licença-maternidade etc. Danos morais: ampliação da lista (que tem a pretensão de ser exaustiva) dos bens jurídicos expressamente tutelados (art. 223-C) e mudança na base de cálculo para as indenizações (passou a ser o teto do RGPS). Autônomo: proibição da cláusula de exclusividade no contrato de prestação de serviços do autônomo, mas não condena a prestação de serviços a apenas um tomador de serviços. O autônomo poderá prestar serviços para diversos contratantes e poderá recusar a realização de atividades demandadas pelo contratante; Representação dos empregados: deixa claro que a comissão de entendimento direito não substitui a função dos sindicatos na defesa dos i Conclusão 61 A CLT, promulgada em 1º de maio de 1943 por Getúlio Vargas, sofreu ao longo de todos esses anos até aqui muitas alterações. Todas elas necessárias para acompanhar o desenvolvimento das relações de trabalho e o próprio desenvolvimento humano e do Estado Brasileiro. Algumas delas boas, outras nem tanto, algumas favoráveis, outras desfavoráveis tanto para empregadores quanto para empregados. Todavia, é preciso ter em mente que não somos servos da lei, ao contrário é ela que nos serve, dessa forma toda alteração nasce para servir aos cidadãos, pelo menos é esse o espírito das leis. Conclusão 62 As alterações trazidas pela Reforma Trabalhista – Lei 12.467/17 – modificam substancialmente as relações de trabalho no Brasil e inauguram uma nova era devido ao seu extenso e complexo conteúdo. Entendemos que todos os envolvidos – empregados, empregadores, operadores do direito, justiça do trabalho, sindicatos e outros – vão passar esse ano de 2018 e talvez os próximos anos também, discutindo essas alterações, por isso a necessidade de um estudo aprofundado para que as adequações se moldem o quanto antes para mitigar os riscos para todas as partes. Conclusão 63 Esperamos com toda sinceridade que esse singelo trabalho possa colaborar de alguma forma com os seus estudos, com as pesquisas que serão necessárias no dia a dia de empresas, seus departamentos de pessoal e recursos humanos. Ficamos à disposição nos contatos apresentados no início desse trabalho para trocarmos informações, sugestões e tirarmos dúvidas, caso elas aconteçam. Muito obrigado por compartilhar a leitura e seu tempo conosco. Atenciosamente.
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