Buscar

Caso concreto 4 falta jurisprudência

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS/SC
Distribuição por dependência à execução nº XXX
 PEDRO DE CASTRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº , inscrito no CPF sob o nº , endereço eletrônico , residente e domiciliado a Rua , Florianópolis/SC, CEP: , vem por meio de seu advogado com endereço profissional a Rua , CEP: , propor
EMBARGOS À EXECUÇÃO
 Na forma do artigo 914 do Código de Processo Civil, em razão da execução fundada em título executivo extrajudicial promovida por BANCO QUERO SEU DINHEIRO, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ nº , com sede na cidade do Rio de Janeiro, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I – DOS FATOS
 Pedro de Castro, residente em Florianópolis, em agosto de 2015, assinou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de Janeiro, RJ, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas. Em março de 2016, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2015. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, Pedro quitou a dívida em 03/04/2016 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado. Para seu espanto, há poucos dias, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, Pedro descobriu que o Banco Quero Seu Dinheiro havia ajuizado Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e de Laura, que tramita perante o MM. Juízo da 02ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis. Acreditando tratar-se de um equívoco, Pedro compareceu no dia seguinte ao Cartório da 02ª Vara Cível para consultar os autos do processo, tendo verificado o seguinte: a) O Banco estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o mesmo não possuí qualquer garantia. b) Apesar da nota promissória assinada por Pedro estar vinculada ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda o incluído no polo passivo. c) O Banco requereu a penhora do consultório de Pedro, situado na rua Nóbrega n. 36, sala 801, Centro, Florianópolis, o que foi deferido pelo juiz. Aproveitando a ida de Pedro ao cartório, o Oficial de Justiça o intimou da penhora que incide sobre seu imóvel.
II – DOS FUNDAMENTOS
DA ILEGITIMIDADE DO EMBARGANTE/EXECUTADO. 
 Como se vê da narrativa acima, o embargante não figurou como garantidor do segundo contrato de mútuo.
 Com relação ao primeiro contrato, o embargante, conforme se comprova com o recibo anexo, procedeu ao pagamento integral do saldo remanescente.
 O artigo 917, VI do Código de Processo Civil autoriza que nos embargos à execução seja alegada qualquer matéria que seja lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento.
 Por outro lado, o artigo 337 em seu inciso XI elenca como matéria defensiva em processo de conhecimento a ausência de legitimidade.
 No caso em apreço, que por conta do pagamento realizado pelo embargante que por conta da ausência de garantia do segundo contrato, é evidente a ilegitimidade passiva do executado, ora embargante. 
III – DA ATRIBUIÇÃO DO EFEITO SUSPENSIVO
 O artigo 919, §1º do Código de Processo Civil, determina que o juiz poderá atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos da tutela provisória e desde que a execução esteja garantida.
 Quanto a garantia do juízo, observa-se que foi penhorado o consultório de propriedade do embargante.
 Em relação ao preenchimento dos requisitos da tutela provisória, a documentação que instruiu os embargos evidenciam a probabilidade do direito do embargante, notadamente pelo fato de que o embargante não é nem nunca foi garantidor da dívida objeto da execução.
 O perigo de dano, igualmente, é também evidente já que o prosseguimento dos atos executivos poderá acarretar na alienação em hasta pública do consultório do embargante.
 Ante o exposto, requer a atribuição de efeito suspensivo aos embargos.
IV – DOS PEDIDOS
 Ante o exposto, requer a V. Exa:
A distribuição por dependência aos autos da execução nº XXX;
O recebimento dos embargos com a atribuição de efeito suspensivo;
A intimação do executado para que seja ouvido no prazo do artigo 920, I do Código de Processo Civil;
O acolhimento integral dos embargos para, reconhecendo a ilegitimidade do embargante, julgar extinta a execução;
A condenação do embargado ao pagamento de custas e honorários de sucumbência.
V – DAS PROVAS
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil, notadamente com a prova documental anexa.
VI – DO VALOR DA CAUSA
 Dá-se a causa o valor de 150.000,00 (Cento e cinquenta mil reais).
Nesses termos,
Pede deferimento.
Advogado
OAB/UF nº

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais