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20/04/2018 1 Administração Financeira CURSO: Administração e Ciências Contábeis Bibliografia Base HOJI, M. Administração Financeira, Uma Abordagem Prática. São Paulo: Atlas, 2014; 11ª Edição. GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. Administração Financeira; São Paulo; Saraiva; 2012, 3ª Edição. LEMES J. A. B. et al. Administração Financeira, Princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2004. Prof. José Luís G. Hernandes Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 1 Administração Financeira CURSO: Administração e Ciências Contábeis MARION, J. C. Análise das Demonstrações Financeiras. São Paulo: Atlas, 2009; 7ª. Edição. GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo: Pearson Educacional, 2010; 12ª. Edição. EHRHARDT, M. C.; BRIGHAM, E. F. Administração Financeira: Teoria e prática. São Paulo: Cengage Learning, 2011. MORANTE, A. S.; JORGE, F.T. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2007. SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2ª edição. São Paulo: Pearson, 2013. Prof. José Luís G. Hernandes Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 2 20/04/2018 2 Administração Financeira CURSO: Administração e Ciências Contábeis Bibliografia Virtual/ Periódicos CAMARGO, C. Planejamento Financeiro. IBPEX. ISBN: 8576490706. MEGLIORINI E. E.; VALLIM, M.A. Administração Financeira. Pearson. ISBN: 9788576052067. Revista Brasileira de Finanças http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbfin/index Revista Contabilidade e Finanças - http://www.scielo.br/ Prof. José Luís G. Hernandes Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 3 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 4 EMENTA Esta disciplina trata do planejamento financeiro, o controle e a tomada de decisão, mostrando as atividades realizadas no curto prazo que afetam as Finanças na organização. Em seguida, focam as atividades realizadas no longo prazo apresentando as possibilidades de investimentos e financiamento que o administrador financeiro poderá realizar no mercado de capital e nas instituições financeiras. Mostram os riscos inerentes as atividades tanto de curto prazo, quanto de longo prazo na busca de lucratividade para seus acionistas e stakeholders. 20/04/2018 3 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 5 Objetivos a serem atingidos. OBJETIVOS GERAIS Contribuir para o desenvolvimento das competências requeridas dos alunos, conforme definidas no Projeto Pedagógico do Curso/PPC, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais relacionadas. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 6 Objetivos a serem atingidos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Saber as funções da administração financeira de curto e longo prazo nas organizações, sua utilidade, e os resultados delas esperados. 20/04/2018 4 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 7 Conteúdo Programático: 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira 1.1 – Objetivos e Funções do Administrador Financeiro 1.2 – Ambiente Econômico e Financeiro das Empresas 2 – Decisões de Investimento e Financiamento a Curto e Longo Prazo 2.1 – Decisões de Investimento a Curto e Longo Prazo 2.2 – Investimentos de Capital: Métodos de análise 3 – Planejamento de Caixa 3.1 – Orçamento de Caixa 3.2 – Fluxo de Caixa Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 8 Conteúdo Programático: 4 – Administração de Crédito, Contas a Receber 4.1 – Políticas de crédito/cobrança 4.2 – Garantias 5 - Administração de Estoque 5.1 – Tipos de estoques 5.2 – Custos de estoques: compra/falta 5.3 – Gestão de compras/estoques 20/04/2018 5 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 9 Conteúdo Programático: 6 – Mercado de Capitais 6.1 – Mercado de títulos: Investimento e Financiamento 7 – Risco, Retorno e Hedge 7.1 – Risco e retorno 7.2 – Hedge 8 – Indicadores de Desempenho e Diagnóstico Empresarial 8.1 – Índices de desempenho 8.2 – Índices de diagnóstico Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 10 6 – Mercado de Capitais 20/04/2018 6 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 11 6 – Mercado de Capitais Trataremos a capitalização das empresas por meio do mercado de capitais. Esse mercado abrange o conjunto de transações para transferência de recursos financeiros entre agentes poupadores e investidores, com prazo médio, longo ou indefinido, ou seja, é uma relação financeira constituída por instituições e contratos que permite que poupadores e empresas demandantes de capital de longo prazo realizem suas operações. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 12 A participação nesse mercado permite às organizações a obtenção de recursos a custo competitivo, uma vez que podem captar externamente por meio da emissão de ações ou títulos de dívida, reduzindo, assim, a dependência dos financiamentos de longo prazo de recursos internos ou do endividamento (capital de terceiros). 20/04/2018 7 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 13 O mercado de capitais também contribui para o desenvolvimento econômico do país, porque: Facilita o fluxo de capital dos agentes superavitários para o investimento em indústrias, comércio e serviços. Fornece maior agilidade às negociações para alteração de propriedade ou controle da empresa. Facilita processos de privatização, Amplia a transparência das empresas participantes devido à busca por informações e demonstrações financeiras por parte dos investidores, o que fornece maior credibilidade ao crescimento dessas organizações. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 14 Facilita a entrada e aplicação do capital externo na economia nacional, auxiliando no equilíbrio das contas da balança de pagamento e ampliação do volume de investimentos no país. Permite aos poupadores a aplicação de seus recursos em diferentes empresas ao mesmo tempo, com amplo acesso às informações sobre as companhias e alta liquidez do investimento. Incentiva a formação de poupança interna de longo prazo, promovendo o crescimento autossustentado do país. 20/04/2018 8 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 16 TÍTULOS DO MERCADO DE CAPITAIS As negociações no mercado de capitais são realizadas por meio da emissão, compra e venda de títulos ou papéis chamados de valores mobiliários. Os valores mobiliários são originalmente produtos financeiros de captação de recursos para empresas. A sofisticação dos produtos financeiros levou à criação de outros valores mobiliários que representam a variação de preço, de taxas de juros e de outros elementos dos títulos originais ou ainda o comportamento dos contratos que envolvem a negociação desses papéis. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 23 Resumindo Há dois tipos de ações: preferenciais e ordinárias. As ações ordinárias são aquelas que conferem a seu titular o direito a voto na assembleia de acionistas da empresa. As ações preferenciais normalmente não concedem o direito a voto a seu titular, mas oferecem preferência na distribuição de resultados ou no reembolso do capital em caso de dissolução da companhia. As ações são negociadas em dois mercados distintos, o mercado primário, quando são lançadas da primeira vez (subscrição), e o mercado secundário, quando são vendidas normalmente nas bolsas de valores ou no mercado de balcão. 20/04/2018 9 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 24 7 – Risco, Retorno e Hedge Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP25 Definição de risco Em sua acepção mais simples, risco é a chance de perda financeira. Ativos que apresentam maior chance de perda são considerados mais arriscados do que os que trazem uma chance menor. Em termos mais formais, risco é usado de forma intercambiável com incerteza em referência à variabilidade dos retornos associados a um determinado ativo. 20/04/2018 10 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 26 Definição de risco Uma obrigação do governo de $ 1.000 que garante ao portador $ 5 de juros após 30 dias não representa qualquer risco porque não há variabilidade associada ao retorno. Um investimento de $ 1.000 nas ações ordinárias de uma empresa que, nos mesmos 30 dias, pode render de $ O a $ 10, é de alto risco devido à elevada variabilidade de seu retorno. Quanto mais próximo da certeza estiver o retorno de um ativo, menor sua variabilidade e, em consequência, menor seu risco. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 27 Riscos específicos da empresa Risco operacional A possibilidade de que a empresa não seja capaz de cobrir seus custos operacionais. Seu nível é determinado pela estabilidade das receitas da empresa e pela estrutura de seus custos operacionais (fixos versus variáveis). Risco financeiro A possibilidade de que a empresa não seja capaz de fazer frente a suas obrigações financeiras. Seu nível é determinado pela previsibilidade dos fluxos de caixa operacionais da empresa e por suas obrigações financeiras de custo fixo. 20/04/2018 11 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 28 Riscos específicos do acionista Risco de taxa de juros A possibilidade de que mudanças nas taxas de juros afetem negativamente o valor de um investimento. A maioria dos investimentos perde valor quando a taxa de juros aumenta e ganha valor quando a taxa cai. Risco de Liquidez A possibilidade de que um investimento não possa ser facilmente liquidado a um preço razoável. A liquidez é afetada de modo significativo pela extensão e profundidade do mercado em que um investimento costuma ser negociado. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 29 Riscos específicos do acionista Risco de taxa de juros A possibilidade de que o valor de um investimento caia devido a fatores de mercado que independem do investimento em si (como acontecimentos econômicos, políticos e sociais). De modo geral. quanto mais o valor de um investimento reage ao mercado, maior seu risco; e quanto menos reage, menor o risco. 20/04/2018 12 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 30 Riscos da empresa e do acionista Risco de evento A possibilidade de que algum evento inteiramente imprevisto exerça efeito significativo sobre o valor de uma empresa ou de um investimento específico. Esses acontecimentos raros, como uma ordem governamental para a retirada do mercado de um medicamento popular, costumam afetar grupos pequenos de empresas ou investimentos. Risco de câmbio A exposição dos fluxos de caixa esperados futuros a flutuações da taxa de câmbio. Quanto maior a chance de flutuações indesejadas da taxa de câmbio, maior o risco dos fluxos de caixa, portanto, menor o valor da empresa ou do investimento. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 31 Riscos da empresa e do acionista Risco de poder aquisitivo A possibilidade de que uma mudança nos níveis de preços causada pela inflação ou deflação possa afetar negativamente os fluxos de caixa e o valor da empresa ou investimento. Normalmente, empresas ou investimentos cujos fluxos de caixa se movam de maneira semelhante aos níveis gerais de preços apresentam baixo risco de poder aquisitivo, enquanto aquelas cujos fluxos de caixa não acompanhem os níveis gerais de preço apresentam elevado risco de poder aquisitivo. 20/04/2018 13 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 32 Riscos da empresa e do acionista Risco tributário A possibilidade de que sobrevenham mudanças desfavoráveis na legislação tributária. Empresas e investimentos cujo valor seja sensível a mudanças da legislação tributária são mais arriscados. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 33 Retorno É claro que, se vamos avaliar o risco com base na variabilidade do retorno, precisamos estar certos de que sabemos o que é e como se mede o retorno. Retorno é o ganho ou prejuízo total que se tem com um investimento ao longo de um determinado período de tempo. Costuma ser medido como distribuições de caixa durante o período mais a variação de valor, este, expresso como porcentagem do valor do investimento no início do período. Geralmente se define a expressão de cálculo da taxa de retorno obtida sobre qualquer ativo em qualquer período t. 20/04/2018 14 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 34 Fórmula rt= Ct +Pt- Pt-1 Pt-1 Onde: rt= taxa de retorno efetiva, esperada ou exigida durante o período t. Ct= (fluxo de) caixa recebido a partir do investimento no ativo durante o período de t-1 a t. Pt= preço (valor) do ativo no tempo t. Pt-1= preço (valor) do ativo no tempo t-1. O retorno, rt reflete o efeito combinado do fluxo de caixa, Ct e das variações do valor, Pt – Pt-1, no período t. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 35 Exemplo: Marquinhos é dono da Gameforus, um fliperama de elevado tráfego, e deseja aferir o retorno de duas de suas máquinas, a Conqueror e a Demolition. A Conqueror foi comprada há um ano por $ 20.000 e tem valor atual de mercado de $ 21.500. Durante o ano, gerou $ 800 em receitas após impostos. A Demolition foi comprada há quatro anos; seu valor no ano recém-encerrado caiu de $ 12.000 para $ 11.800. Durante o ano, gerou $ 1.700 em receitas após impostos. Substituindo na Equação, podemos calcular a taxa de retorno anual, r, de cada uma das máquinas. 20/04/2018 15 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 36 Exemplo resolução: Conqueror: rc= 800 + 21.500 – 20.000 = 2.300 = 11,5% 20.000 20.000 Demolition: rd= 1.700 + 11.800 - 12.000 = 1.500 = 12,5% 12.000 12.000 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 37 Caso prático 1: Uma indústria avaliou uma nova máquina, em substituição a existente, que traria um retorno de 12% a. a., a sua máquina atual tem os seguintes detalhes: Preço de aquisição: $250.000, valor de mercado $230.000, no último exercício gerou $1.800 em receitas. Qual decisão você tomaria, adquirir a máquina nova ou manter a atual? 20/04/2018 16 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 38 Caso Prático 2: Uma indústria possui duas linhas de produção para produzir o mesmo produto (Linha1 e Linha 2). Em cada uma das Linhas a empresa possui uma máquina de produção, adquirida em períodos diferentes. A empresa decidiu que irá adquirir uma máquina nova para a produção de um produto novo. Como não existe espaço na fábrica para três linhas, a empresa terá que desativar uma Linha, ou a 1 ou a 2. Para definir qual linha será desativada a empresa precisa calcular o retorno de cada uma destas Linhas. Com base nas informações a seguir calcule os retornos de cada uma destas Linhas e identifique qual Linha você escolheria para desativar: Linha1 – Máquina comprada há sete anos por $ 200.000 e tem valor atual de mercado de $ 210.500. Durante o ano, gerou $ 8000 em receitas após impostos. Linha 2 - Máquina comprada há quatro anos; seu valor no ano recém-encerrado caiu de $ 212.000 para $ 210.000. Durante o ano, gerou $ 7.700 em receitasapós impostos. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 39 Hedge O mercado futuro pode ser utilizado por compradores e vendedores como uma forma de proteção contra as oscilações de preço. Nesse caso, estará sendo feito um hedging, e o tomador de posição que estiver realizando um negócio com esse objetivo será conhecido como hedger. Assim, por exemplo, um produtor rural pode vender seu produto através de um contrato futuro, garantindo o preço de sua mercadoria na data que selecionar. Logo, se o preço cair, ele poderá vender seu produto no mercado que desejar a esse preço inferior, mas receberá os ajustes diários relativos a seu contrato futuro quando fizer a liquidação financeira (poderá também, se quiser, realizar a liquidação física). Se o preço subir, ele fará o mesmo procedimento, só que agora pagará os ajustes. De qualquer forma, ele garantiu um preço futuro que considerava adequado a seu produto e eliminou os efeitos das oscilações de preços em seu negócio. 20/04/2018 17 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 40 8 – Indicadores de Desempenho e Diagnóstico Empresarial CÁLCULO E INTERPRETAÇÃO DE QUOCIENTES CONTÁBEIS E FINANCEIROS A análise de demonstrações financeiras encontra seu ponto mais importante no cálculo e avaliação do significado de quocientes, relacionando principalmente itens e grupos do Balanço e da Demonstração do Resultado Prof. José Luís UNIP 41 20/04/2018 18 Quocientes de liquidez e endividamento Este tópico engloba os relacionamentos entre contas do balanço que refletem uma situação estática de posição de liquidez ou o relacionamento entre fontes diferenciadas de capital. Prof. José Luís UNIP 42 Quocientes de liquidez Este quociente representa o valor de quanto dispomos, imediatamente, para saldar nossas dívidas de curto prazo. Prof. José Luís UNIP 43 Quociente de Liquidez Imediata = Disponibilidades Passivo Circulante 20/04/2018 19 Quocientes de liquidez Esse quociente relaciona de quantos reais dispomos, imediatamente disponíveis e conversíveis em certos prazos em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. É um índice muito divulgado e frequentemente considerado como o melhor indicador da situação de liquidez da empresa. Prof. José Luís UNIP 44 Quociente de Liquidez Corrente = Ativo Circulante Passivo Circulante Quocientes de liquidez Esta é uma variante muito adequada para se avaliar conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques do numerador estamos eliminando uma fonte de incerteza. Prof. José Luís UNIP 45 Quociente de Liquidez Seco = Ativo Circulante – Estoques Passivo Circulante 20/04/2018 20 Quocientes de liquidez Esse quociente serve para detectar a saúde financeira (no que se refere à liquidez) de longo prazo do empreendimento. Prof. José Luís UNIP 46 Quociente de Liquidez Geral = Ativo Circulante+Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante+Exigível a Longo Prazo Quocientes de endividamento (estrutura de capital). Estes quocientes relacionam as várias fontes de fundos entre si, procurando retratar a posição capital próprio com relação ao capital de terceiros. São quocientes de muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa com relação a Capital de Terceiros. Prof. José Luís UNIP 47 20/04/2018 21 Quocientes de endividamento (estrutura de capital). É outra forma de encarar a dependência de recursos de terceiros. Se o quociente, durante vários anos, fosse consistente e acentuadamente maior que 1, denotaria uma dependência exagerada de recursos de terceiros. Prof. José Luís UNIP 48 Quociente de Capitais de Terceiros/Capitais Próprios = Exigível Total Patr. Líquido Quocientes de endividamento (estrutura de capital). Este quociente é um dos mais utilizados para retratar o posicionamento das empresas com relação aos capitais de terceiros. Prof. José Luís UNIP 49 Quociente de Capitais de Terceiros/Capitais Próprios = Exigível Total Patr. Líquido 20/04/2018 22 Quocientes de endividamento (estrutura de capital). Grande parte das empresas Que vão à falência apresenta, durante um período relativamente longo, altos quocientes de Capitais de Terceiros/Capitais Próprios. Isto não significa que uma empresa com um alto quociente necessariamente irá à falência, mas todas ou quase todas as empresas que vão à falência apresentam este sintoma. Prof. José Luís UNIP 50 Quociente de Capitais de Terceiros/Capitais Próprios = Exigível Total Patr. Líquido Quocientes de endividamento (estrutura de capital). Esse quociente pode fornecer algumas indicações sobre como a entidade objeto de análise de crédito está financiando sua expansão (se estiver se expandindo). A expansão deveria ser financiada por endividamento de longo prazo. Prof. José Luís UNIP 51 Quociente de Participação do Exigível a Curto Prazo sobre o Exigível Total = Passivo Circulante Passivo Exigível Total 20/04/2018 23 Quocientes de rotatividade Esses quocientes, que consideramos de alta relevância para análise de crédito, expressam a velocidade com que determinados elementos patrimoniais se renovam durante certo período de tempo. Devido a sua natureza, tais quocientes usualmente apresentam seus resultados em dias, meses ou períodos, fracionados ou múltiplos, de um ano. Prof. José Luís UNIP 52 Rotatividade dos Estoques Esse quociente, bastante popular entre os analistas, procura mensurar quantas vezes se "renovou" o estoque de produtos ou mercadorias por causa das vendas. Prof. José Luís UNIP 53 Rotatividade = Estoque Médio de Produtos X 360 dos Estoques Custo das Vendas 20/04/2018 24 Exemplo: A empresa analisada vendeu os produtos, durante o exercício, com custo de $ 100.000 e manteve um estoque médio de produtos (calculado pela média aritmética de estoque inicial e final ou pelo estoque médio dos 12 balanços mensais) de $ 20.000. Prof. José Luís UNIP 54 Rotatividade = Estoque Médio de Produtos X 360 dos Estoques Custo das Vendas PME = 20.000 x 360 = 72 dias 100.000 Giro de Estoque = 360 = 360/72 = 5 vezes PME Isto significa que o estoque se renovou 5 vezes no ano, ou a cada 2,4 meses, aproximadamente. 12 meses / 5 = 2,4 meses 2,4 meses X 30 dias = 72 dias Prof. José Luís UNIP 55 20/04/2018 25 Exemplo: Uma empresa obteve durante o exercício, um custo de $ 270.000 e manteve um estoque médio de produtos (calculado pela média aritmética de estoque inicial e final ou pelo estoque médio dos 12 balanços mensais) de $ 45.000. Prof. José Luís UNIP 56 Rotatividade = Estoque Médio de Produtos X 360 dos Estoques Custo das Vendas Prazo Médio de Recebimento do Contas a Receber Este quociente indica quantos dias, semanas ou meses a empresa deverá esperar, em média, antes de receber suas vendas a prazo. As vendas médias (somente a parcela a prazo) são calculadas dividindo-se as vendas a prazo por 360, 12 etc., conforme desejemos o resultado expresso em dias, meses etc. Prof. José Luís UNIP 57 Prazo Médio de recebimento de Contas a Receber = (Derivantes de Vendas a Prazo) Duplicatas a Receber Médio Vendas Médias 20/04/2018 26 Exemplo: Para cálculo de 6 meses (180 dias), poderíamosrelacionar, entre outras variantes de cálculo: Prof. José Luís UNIP 58 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Saldo Dupl. A Receber 1.200 1.500 1.400 1.300 1.700 1.900 Vendas a Prazo 1.350 1.500 1.050 1.600 1.800 2.000 Em dias = Duplicatas a Receber Médio x 180 Receita Médias $ 1500 (Saldo Médio de Contas a Receber) = 29 $ 51,67 (Vendas Médias Diárias) Isto significa que a empresa demora, em média, cerca de 29 dias para receber suas vendas a prazo. Prof. José Luís UNIP 59 20/04/2018 27 Caso Prático 1: Prof. José Luís UNIP 60 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Saldo Dupl. A Receber 7.450 8.300 5.270 6.900 4.250 8.200 Vendas a Prazo 7.200 8.000 6.000 5.400 5.600 7.800 Em dias = Duplicatas a Receber Médio x 180 Receita Bruta Caso Prático 2: Prof. José Luís UNIP 61 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Saldo Dupl. A Receber 4.280.000 4.320.000 5.230.000 3.480.000 3.960.000 4.970.000 Vendas a Prazo 4.100.000 4.120.000 5.130.000 3.500.000 3.890.000 4.750.000 Em dias = Duplicatas a Receber Médio x 180 Receita Bruta 20/04/2018 28 Caso Prático 3: Prof. José Luís UNIP 62 Conta Média Mensal no Ano Saldo Duplicatas a Receber 480.000 Vendas a Prazo 800.000 Em dias = Duplicatas a Receber Médio Receita Bruta Caso Prático 4: Prof. José Luís UNIP 63 Conta Média Mensal no Semestre Saldo Duplicatas a Receber 7.330.000 Vendas a Prazo 4.280.000 Em dias = Duplicatas a Receber Médio Receita Bruta 20/04/2018 29 Prazo Médio de Pagamento de Contas a Pagar Valem aqui as mesmas observações feitas para o quociente anterior, no que se refere a expressá-lo em dias, meses etc. Prof. José Luís UNIP 64 Prazo Médio de Pagamento de Contas a Pagar = (Derivantes da Compra de Insumos Básicos a Prazo) Fornecedores Médio__ Compras Médias a Prazo Exemplo: Para cálculo de 6 meses (180 dias), poderíamos relacionar, entre outras variantes de cálculo: Prof. José Luís UNIP 65 Em dias = Fornecedores Médios x 180 Compras Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Saldo Dupl. A Pagar 1.500 1.600 1.800 1.600 1.700 2.000 Compras Médias a Prazo 1.300 1.500 1.100 1.400 1.600 1.800 $ 1700 (Saldo Médio de Contas a Pagar) = 35 dias $ 48,33 (Compras Médias Diárias) 20/04/2018 30 Caso Prático 1: Prof. José Luís UNIP 66 Em dias = Fornecedores Médios x 180 Compras Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Saldo Dupl. A Pagar 348.000 270.000 320.000 290.000 350.000 300.000 Compras Médias a Prazo 330.000 240.000 330.000 300.000 290.000 280.000 Caso Prático 2: Prof. José Luís UNIP 67 Em dias = Fornecedores Médios x 180 Compras Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Saldo Dupl. A Pagar 4.060 5.200 4.900 5.100 4.800 5.000 Compras Médias a Prazo 2.030 4.380 4.800 4.900 4.900 5.000 20/04/2018 31 Caso Prático 3: Resposta Prof. José Luís UNIP 68 Em dias = Fornecedores Médios Compras Conta Média do período Saldo Dupl. A Pagar 15.350 Compras Médias a Prazo 5.030 Representa a outra face da questão. Mais do que analisar os quocientes PMR e PMP isoladamente, é o relacionamento ou comparação entre os dois que vai determinar sua posição favorável ou desfavorável, a este respeito, da empresa. Prof. José Luís UNIP 69 20/04/2018 32 Se uma empresa demora muito mais para receber suas vendas a prazo do que para pagar suas compras a prazo, irá necessitar mais capital de giro adicional para sustentar suas vendas, criando-se um círculo vicioso difícil de romper. Uma das poucas alternativas, no caso, é trabalhar, se for possível, com ampla margem de lucro sobre as vendas e tentar esticar ao máximo os prazos de pagamento adicionalmente a uma política agressiva de cobranças e desconto bancário. Prof. José Luís UNIP 70 A empresa deveria fazer o possível para tornar este quociente inferior a 1 ou, pelo menos, ao redor de 1, a fim de garantir uma posição neutra. Em nosso exemplo: Inferior a 1 = Prof. José Luís UNIP 71 Quociente de Posicionamento Relativo = Prazo Médio de Recebimentos Prazo Médio de Pagamentos Quociente de Posicionamento Relativo = 29___ = 0,83 35 20/04/2018 33 Quocientes de Rentabilidade e Outros Quocientes de Interesse Expressar a rentabilidade em termos absolutos, tem utilidade informativa bastante reduzida. Afirmar que a General Motors teve um lucro de, digamos, 5 milhões de reais em 20X6 e que a empresa Descamisados Ltda. teve um lucro de duzentos mil reais no mesmo período, pode impressionar no sentido de que todo mundo vai perceber que a General Motors é uma empresa muito grande e a outra muito pequena e só; não refletirá, todavia, qual das duas deu maior retorno relativo. Prof. José Luís UNIP 72 MARGEM DE LUCRO SOBRE AS VENDAS Na verdade, este quociente já pode ter sido calculado por ocasião da análise vertical da Demonstração de Resultados. Pode ser entendido de duas formas: Prof. José Luís UNIP 73 Margem Operacional = Lucro Operacional Vendas Líquidas Margem Líquida = Lucro Líquido (DIR) Vendas Líquidas 20/04/2018 34 Prof. José Luís UNIP 74 Caso prático 1 DEMONSTRACAO DE RESULTADOS E M P R E S A S 2014 V 2015 V H RECEITA OPERACIONAL BRUTA 5.060.548 115,2% 6.015.898 115,3% 18,9% - Impostos -505.170 -11,5% -545.058 -10,4% 7,9% - Devoluções -160.738 -3,7% -251.281 -4,8% RECEITA OP. LIQUIDA 4.394.640 100,0% 5.219.559 100,0% 18,8% - C P V -3.178.028 -72,32% -3.642.103 -69,78% 14,6% LUCRO BRUTO 1.216.612 27,68% 1.577.456 30,22% 29,7% Despesas Operacionais - Despesas com Vendas -767.928 -17,47% -986.614 -18,90% 28,5% - Despesas Administrativas/Desenv Tecnol -181.865 -4,14% -231.623 -4,44% 27,4% +/- Despesas/ Receitas Diversas 33.194 0,76% 164.093 3,14% 394,3% RES. ANTES REC./DESP. FINANC. 300.013 6,83% 523.312 10,03% 74,4% - Despesas Financeiras Liquidas -130.349 -2,97% -167.325 -3,21% 28,4% + Receitas Financeiras (inclusa desp financ) 0,00% 0,00% RESULTADO OPERACIONAL 169.664 3,86% 355.987 6,82% 109,8% outros resultados 0 0 P&D, EQUITY, ALIENAÇÃO A P LUCRO LIQUIDO ANTES I.R. 169.664 3,86% 355.987 6,82% 109,8% - Partic. Emp./Adm./Minorit. 0 0 - Imposto de Renda e cs -49.633 -1,13% -113.209 -2,17% 128,1% LUCRO LIQUIDO 120.031 2,73% 242.778 4,65% 102,3% Caso Prático 1: Prof. José Luís UNIP 75 Margem Operacional = Lucro Operacional x 100 Vendas Líquidas Margem Operacional (2014) = ? Margem Operacional (2015) = ? 20/04/2018 35 Caso Prático 2: Prof. José Luís UNIP 76 Margem Líquida = Lucro Líquido (DIR) Vendas Líquidas Margem Líquida (2014) = ? Margem Líquida (2015) = ? GIRO DO ATIVO Este quociente já foi visto como quociente de rotatividade. Aqui ele volta e ganha realce e importância para compor o retorno sobre o investimento. a) Giro de Ativo Operacional = Vendas Líquidas Prof. José Luís UNIP 77 a) Giro do Ativo Operacional = Vendas Líquidas Ativo Operacional Médio b) Giro do Ativo Total = Vendas Líquidas Ativo Total Médio Ativo Operacional = Ativo Total – (Real. L. Prazo + Investimentos) 20/04/2018 36 Prof. José Luís UNIP 78 Caso prático 1 BALANCO PATRIMONIAL R$ mil E M P R E S A VIGOR- consolidado ATIVO 2014 V 2015 V H CIRCULANTE Disponivel 264.175 7,3% 561.67012,3% 112,6% Contas a Receber Clientes 495.597 13,7% 655.977 14,4% 32,4% Estoques 321.030 8,9% 326.835 7,2% 1,8% Impostos a Recuperar (ICMS/IPI) 162.434 4,5% 189.722 4,2% 16,8% 0 0,0% 0 0,0% Outras Contas a Receber 27.491 0,8% 61.091 1,3% 122,2% TOTAL CIRCULANTE 1.270.727 35,1% 1.795.295 39,5% 41,3% NÃO CIRCULANTE Contas a Receber Clientes 0 0,0% 0 0,0% Impostos a Recuperar 93.486 2,6% 99.962 2,2% 6,9% Outros Creditos 27.909 0,8% 37.656 0,8% 34,9% TOTAL REALIZ. LONGO PRAZO 121.395 3,3% 137.618 3,0% 13,4% Investimentos 27.311 0,8% 0 0,0% -100,0% Imobilizado 1.040.511 28,7% 1.191.753 26,2% 14,5% Intangivel 1.164.739 32,1% 1.424.725 31,3% 22,3% TOTAL (Invest. + Imobiliz. + Intang) 2.232.561 61,6% 2.616.478 57,5% 17,2% TOTAL ATIVO 3.624.683 100 4.549.391 100 25,5% GIRO DO ATIVO Caso Prático 1:Giro de Ativo Operacional = Vendas Líquidas Prof. José Luís UNIP 79 a) Giro do Ativo Operacional = Vendas Líquidas Ativo Operacional Médio Ativo Operacional = Ativo Total – (Real. L. Prazo + Investimentos) 20/04/2018 37 GIRO DO ATIVO Caso Prático 2:Giro de Ativo Operacional = Vendas Líquidas Prof. José Luís UNIP 80 b) Giro do Ativo Total = Vendas Líquidas Ativo Total Médio FIM Prof. José Luís UNIP 81 20/04/2018 38 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 82
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