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aula 7 e 8 . 9 e 10pesquisa e pratica

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Pesquisa e pratica
Aula 8
A Pesquisa como Princípio Formativo
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Entender a importância da pesquisa na formação acadêmica de nível superior;
2. compreender a estrutura da Educação Superior em nosso país;
3. analisar o processo histórico da rede mundial de computadores – a internet;
4. identificar a internet como fonte de pesquisa nas diversas áreas de conhecimento;
5. conhecer os principais sites de pesquisa científica e, em especial, da área da educação.
 -
Introdução: 
Nesta aula, teremos a preocupação...
...de conhecer um pouco sobre...
...o histórico da pós-graduação no Brasil.
Desta forma, é fundamental que você relembre alguns aspectos sobre a história da Universidade no Brasil e assim poder aprofundar seu entendimento sobre a mesma.
Além disso, destacaremos o papel da Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação (ANPEd), cuja entidade foi fundada em 1976 com a finalidade de propiciar a socialização da pesquisa em educação, bem como a elaboração coletiva de projetos que contemplem as necessidades dos pesquisadores desta área.
A partir desses dois aspectos, poderemos aprofundar o nosso olhar sobre a educação e a pesquisa como práticas políticas e sociais na modernidade, bem como procurar compreender o histórico da internet e as possibilidades de pesquisa através da rede mundial de computadores.
Não se esqueça de fazer a leitura do texto indicado para esta aula.
Breve Histórico da Pós-Graduação no Brasil
Década de:
1930 - Formulação da proposta do Estatuto das Universidades Brasileiras tendo por base o modelo europeu implantado no curso de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, na Faculdade Nacional de Filosofia e na Universidade de São Paulo.
1950 - Foram firmados acordos entre o Brasil e os Estados Unidos através de convênios entre escolas e universidades brasileiras e norte-americanas através da prática de intercâmbios de estudantes, professores e pesquisadores.
1960 - Foi criada na Universidade do Brasil a Comissão Coordenadora dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (COPPE), como também, convênio com a Fundação Ford na área de Ciências Físicas e Biológicas. Além disso, são implantados programas de Mestrado e Doutorado em algumas universidades sob duas tendências fortes: a europeia (principalmente na USP) e a norte-americana (UFRJ, ITA e Universidade Federal de Viçosa). Em 1965, no Governo da Ditadura Militar, foi aprovado o Parecer 977 pelo Conselho Federal de Educação.
1970 - Aprofundamento do modelo de pós-graduação baseado nas influências europeia e norte-americana.
1980 - Críticas à estrutura de pós-graduação brasileira e defesa de linhas de pesquisa que atendam aos interesses do país com a definição de programas e currículos que considerem a realidade brasileira.
1990 - Expansão da pós-graduação no Brasil.
Século XXI - Primeira década do século XXI, desenvolvimento de programas voltados para o Mestrado profissional.
- 
ANPEd – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
O processo de desenvolvimento de uma cultura urbano-industrial acabou exigindo outras formas de organização da sociedade civil em torno de questões específicas e de interesses de grupos de pesquisa. 
Desta forma, foi na década de 70, do século passado, que alguns programas de Pós-Graduação da Área de Educação se reuniram e fundaram a ANPEd, no ano de 1976, como uma sociedade civil e sem fins lucrativos.
A Associação admite a presença de sócios institucionais (Programas de Pós-Graduação em Educação) e sócios individuais (professores, pesquisadores e estudantes de pós-graduação em educação).
- 
Enquanto uma entidade política e científica, a ANPED tem por finalidade:
Desenvolvimento e consolidação do ensino de pós-graduação e da pesquisa na área da educação no Brasil. 
Se constituir como um fórum de debates de questões científicas e políticas da área.
Fomentar a produção de trabalhos científicos e acadêmicos na área educacional, proporcionando sua difusão e intercâmbio.
Estimular as atividades de pós-graduação e pesquisa para responder às necessidades concretas do sistema de ensino, das universidades e das comunidades locais e regionais.
Promover a participação das comunidades acadêmicas e científicas na formulação e desenvolvimento da política educacional do país, especialmente no que se refere à pós-graduação.
Valorizar a cultura nacional e contribuir para sua permanente renovação e difusão.
Promover o intercâmbio e a cooperação com associações e entidades congêneres.
 ANPED
 CAXAMBU
A ANPEd promove a sua reunião anual, na cidade Caxambu (MG), congregando os Grupos de Trabalho com a promoção de mesas-redondas, sessões especiais, conferências, debates, minicursos e exposições sobre temas relativos ao campo educacional. Além disso, tem representantes que compõem as Câmaras de Educação Básica e de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.
Suas atividades concentram-se em dois campos:
O Fórum de Coordenadores dos Programas de Pós-Graduação em Educação 
E os Grupos de Trabalho ou GTs temáticos, os quais congregam os pesquisadores de áreas de conhecimento da educação.
Quadrimestralmente, a Associação publica, em co-edição com a Editora Autores Associados, a Revista Brasileira de Educação.
Seus periódicos objetivam a publicação de artigos científicos e o intercâmbio acadêmico no plano nacional e internacional.
Tem como público-alvo: professores, pesquisadores e alunos dos cursos de graduação e pós-graduação das áreas de Ciências Humanas e Sociais.
 
ANPED
Vale ressaltar que o site da ANPEd disponibiliza todos os trabalhos apresentados, por seus associados, desde a 23ª reunião anual que ocorreu em setembro de 2000. Sendo assim, faça uma visita ao site http://www.anped.org.br e conheça os GT’s (Grupos de Trabalho).
Essa pesquisa é fundamental para a sua formação, pois você terá a oportunidade de começar a se familiarizar com a produção científica na área da educação e, por certo, vai se surpreender com as mais variadas discussões temáticas e teórico-metodológicas de questões relativas à nossa área de conhecimento e de prática política e social.
Possivelmente, você poderá estar se perguntando….
A seguir, aprofundaremos essa questão.
Por que estamos nos referindo à prática educacional e à prática da pesquisa como práticas política e social?
Educação e Pesquisa como prática política e social
Em decorrência das mudanças e transformações ocorridas no plano político, econômico e social na Idade Moderna, a burguesia capitalista ao assumir o poder, no século XIX, instituiu o Estado Moderno baseado no Contrato Social entre Estado e Sociedade através de um conjunto de Direitos e Deveres.
É dentro desta nova configuração de poder que se estabelece a “Educação como direito de todos e dever do Estado”. Sendo assim, redefine o papel do professor como sujeito político e social, pois uma das finalidades da prática docente é formar o cidadão do novo modelo de sociedade (sociedade capitalista).
Para tanto, o Estado Moderno teve que criar um Sistema Nacional de Ensino e, consequentemente, políticas educacionais para todos os níveis de Ensino, ou seja, tanto para a Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), como para o Ensino Superior (Graduação e Pós-Graduação).
Por outro lado, é preciso compreender o desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico na sociedade capitalista. A Ciência Moderna ao fazer a junção entre ciência e técnica, possibilitou a aplicação do conhecimento científico no sistema de produção, portanto, se constituiu como conhecimento aplicado, ou seja, como força produtiva.
Por outro lado, é preciso compreender o desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico na sociedade capitalista. A Ciência Moderna ao fazer a junção entre ciência e técnica, possibilitou a aplicação do conhecimento científico no sistema de produção, portanto, se constituiu como conhecimento aplicado, ou seja, como força produtiva.
Além disso,compreendemos que todo conhecimento produzido revela uma determinada forma de compreensão da natureza, do mundo e do homem. Sendo assim, o conhecimento científico não é um conhecimento neutro e objetivo, mas, sim, um saber interessado a partir de determinadas necessidades produzidas por um conjunto de fatores e de relações de poder de um contexto específico.
Da mesma forma que o Estado adotou Políticas Educacionais, elaborou e desenvolveu Políticas de Conhecimento e de Pesquisa, como também, de mecanismos legais que possibilitassem o financiamento e o desenvolvimento da pesquisa científica, inclusive em parceria com setores privados.
Do exposto até o momento, podemos compreender que a prática educacional e de pesquisa se desenvolvem a partir de diretrizes traçadas no aparelho estatal.
Breve histórico da Internet
Boa parte da produção do conhecimento científico e tecnológico no século XX se desenvolveu a partir de pesquisas desenvolvidas na área militar.
- A internet surgiu nos tempos áureos da Guerra Fria. Este período expressa a disputa entre dois projetos distintos de sociedade, ou seja, entre o capitalismo e socialismo. 
Corresponde ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética. Iniciou-se após o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45) e vai até a dissolução da União Soviética em 1991.
- Tal situação levou os EUA, que temia um ataque soviético ao seu país, a investir num modelo de troca e compartilhamento de informação que permitisse a descentralização das informações armazenadas no Pentágono.
- Como o conflito militar entre as duas grandes potências (EUA e União Soviética) não se materializou, nos anos 70, o governo norte-americano permitiu que pesquisadores das universidades de seu país desenvolvessem estudo na área de defesa. A partir daí o sistema foi dividido em dois grupos: MILNET (para localidades militares) e a ARPANET (para as localidades não militares) o que acabou impulsionando as pesquisas na área de ciências da computação.
- Neste contexto, qualquer inovação científica e tecnológica era de interesse das duas grandes potências da época: os Estados Unidos e a União Soviética compreendiam que era necessária uma eficácia dos meios de comunicação.
- Sendo assim, foi criada pela ARPA (Advanced Research Projects Agency) a ARPANET, que operava através de um sistema de chaveamento de pacotes, ou seja, de um sistema de transmissão de dados em rede de computadores.
- A Internet decorre desta lógica, a partir do momento em que jovens da contracultura buscaram a difusão da informação. Sendo assim, foi criado um sistema técnico denominado “Protocolo da Internet”, permitindo que o tráfego de informações fosse encaminhado de uma rede para outra.
Protocolo da Internet
Surge o endereço IP (Internet Protocol) possibilitando a troca de mensagens via internet. Paralelo a esta situação, o governo dos Estados Unidos, através de sua National Science Foundation, fez investimentos significativos na criação de backbones (espinha dorsal), ou seja, de poderosos computadores conectados por linhas com capacidade de dar vazão a grandes fluxos de dados.
No ano de 1991 foi criado, pelo cientista Tim Berners-Lee, a World Wide Web (www) e empresa norte-americana Nescape criou o protocolo HTTPS. Este protocolo possibilitou o envio de dados criptografados para transações comerciais pela internet.
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A década de 90, do século passado, marcou a explosão e a popularização da internet. Só para se ter uma ideia, em 2003 cerca de 600 milhões de pessoas estavam conectadas à rede e, em junho de 2007, este número chegava 1 bilhão e 234 milhões de usuários espalhados pelos quatro cantos do mundo.
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A pesquisa científica na rede mundial de computadores
Uma das primeiras preocupações que se deve ter para realizar uma pesquisa de caráter científico na internet é ter clareza do que e onde pesquisar. Pois, por se tratar de uma rede mundial de computadores, encontramos as mais variadas informações e comunicações, mas nem todas atendem às necessidades de uma pesquisa acadêmica.
Em primeiro lugar, devemos diferenciar os sites informacionais dos sites de instituições que se dedicam às pesquisas científicas nas mais diversas áreas do conhecimento.
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A pesquisa científica na rede mundial de computadores
Para se ter acesso aos diversos sites que disponibilizam os resultados de pesquisas científicas, você poderá fazer um levantamento, através dos Web Sites de Busca, ou seja, aos programas que ficam vinculados à rede de computadores e que têm por finalidade localizar os sites que tratam do tema pesquisado. Entre os sites mais populares da rede encontram-se:
Google – Ao se conectar a um dos sites você deverá digitar uma palavra-chave, o assunto, o nome de uma pessoa ou de uma entidade etc. A partir desta informação inicial, aparece uma relação de sites onde se poderá ter acesso ao conteúdo do que se pesquisa.
Yahoo – Altavista 
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Aula 9
As Diretrizes Curriculares do curso de Pedagogia da UNESA
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Compreender a fundamentação legal do curso de Pedagogia;
2. conhecer e analisar a matriz curricular do curso de Pedagogia da UNESA;
3. refletir sobre os objetivos gerais e específicos do curso de Pedagogia da UNESA.
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Nesta aula, teremos a possibilidade de conhecer princípios legais que fundamentam o curso de Pedagogia em nosso país e que orientam a sua concepção. Além disso, estaremos evidenciando as suas diretrizes curriculares, assim como seus objetivos gerais e específicos.
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A Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional – LDB (Lei 9394/96) e todo o corpo da legislação que dela descende suscitam a discussão das questões ligadas à formação de professores e, subsidiariamente, à formação do pedagogo (a esta, destina-se o artigo 64).
A LDB de 1996 dedica um capítulo ao professor e ao tema da formação docente, o capítulo VI, intitulado “Dos Profissionais da Educação”, que abrange os artigos 61 a 67, nos quais é destacada a importância dada à questão da formação dos profissionais da educação e, com toda a certeza, reflete as preocupações manifestadas pelos diferentes segmentos do sistema educacional du Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:
I – A associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II – Aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.
O Art. 61, ao destacar a relação entre teoria e prática e o aproveitamento da experiência anterior do professor, indica que o curso de formação dos professores deve levar em conta as experiências significativas dos alunos, muitos dos quais já exercem a docência nas escolas, ajudando-os a relacionar a teoria que aprendem em cada disciplina do currículo com as práticas que já possuem ou que irão adquirir ao longo de sua formação inicial.
Vamos conhecer um pouco da LDB?
- As orientações estabelecidas na LDB Foram objeto de maior explicitação nas regulamentações que se seguiram. Uma dessas regulamentações foi feita pelo Decreto n° 3.276/99, que dispôs sobre a formação de professores, em nível superior, para atuar na Educação Básica.
No seu Artigo 5°, determina a elaboração de diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da Educação Básica que, nos anos de 2001 e de 2002, foram definidas pelo Conselho Nacional de Educação. Também o Plano Nacional de Educação, Lei n° 10.172/2001, especialmente em seu item IV – Magistério na Educação Básica, definiu as diretrizes, os objetivos e as metas relativos à formação profissional inicial para docentes da Educação Básica.
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Devemos considerar que a falta de consenso não é in totum ruím. O dissenso garante uma dialética necessária ao engendramento da realidade, sempre viva, mutável, em constante movimento de fluxos e de refluxos.
Aindaque as leis devam ser cumpridas, são passíveis de interpretação e sua aplicação muitas vezes depende de acurados juízos, especialmente, quando se destina a regulamentar o campo rico, complexo e multifacetado que é a educação em um amplo território nacional que acolhe tantos Brasís. 
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Debate sobre as Diretrizes do Curso de Pedagogia
Após longo e amplo debate nacional, foram aprovadas as Diretrizes Nacionais para os cursos de Pedagogia através do Parecer CNE/CP 05/2005, em 13 de dezembro de 2005. Esse parecer foi posteriormente, reexaminado pelo CNE através do Parecer CNE/CP 03/2006, aprovado em 21 de fevereiro de 2006 e, finalmente, em 15 de maio de 2006, as diretrizes foram homologadas pela Resolução CNE/CP 01/2006. Essa aprovação veio ao encontro dos anseios de uma formação mais abrangente para o pedagogo, sem a ênfase em habilitações ou em especializações.
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Agora que já vimos algumas informações sobre as diretrizes, vamos saber um pouco mais sobre finalidade do curso de Pedagogia.
Assim, quanto à finalidade do curso de pedagogia, dispõe o Parecer CNE/CP 05/2005: O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.
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- Planejamento, execução, coordenação, acompanhamento E avaliação de tarefas próprias do setor da Educação;
- Planejamento, execução, coordenação, acompanhamento E avaliação de projetos e exceção, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos e experiências educativas não escolares;
- Produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não escolares.
O referido parecer reafirma o princípio da docência como base na formação do pedagogo. Cabe destacar mais uma vez que essa perspectiva já estava presente em outras versões do Projeto Pedagógico do curso de Pedagogia, que remontam as fases anteriores dessa evolução curricular. 
Saiba mais:
Para maior esclarecimento das concepções que orientam esse princípio, vale destacar parte do Art. 2° da Resolução CNE/CP 01/2006, que institui as Diretrizes Curriculares Nacional do Curso de Pedagogia. 
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O curso de Pedagogia da Estácio: a construção do projeto pedagógico 
O Projeto Pedagógico do curso de Pedagogia é fruto de discussões coletivas e procurou contemplar os aspectos legais e as normas vigentes para a área, na formação de profissionais capazes de pensar, problematizar, decidir, criar, planejar e realizar atividades educacionais em várias instâncias e níveis. Considera-se ainda que todo currículo é fruto de um processo contínuo de construção, baseado na avaliação, na investigação e na prática coletiva, não sendo, portanto, um produto fechado e concluído.
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Processo evolutivo das alterações na matriz curricular
Nesse sentido, pudemos contar com a afetiva participação dos professores, representados pelo NDE, nos discursões de como seria o curso de Pedagogia da IES, com o objetivo de colaborar na sistematização das ideias desse grupo de professores, na elaboração e no acompanhamento do desenvolvimento do PPC do curso. O NDE conta com um corpo docente constituído de 30% de professores com a titulação de mestre e doutores, garantindo que as propostas refletidas pelo coletivo de professores e alunos sejam de fato trabalhadas.
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Ao idealizar e colocar em prática essa dinâmica de trabalho da construção do PPC, pode-se perceber que o projeto do curso não foi reduzido a um simples processo de montar e desmontar a ‘’ grade curricular ‘’, mas revela um processo de criação e de produção de uma nova maneira de pensar, de uma nova cultura, que valoriza o pensamento coletivo do corpo docente da instituição e os torna corresponsáveis pela implementação de uma nova postura inovadora frente ás necessidades que se apresentam a formação de um ‘’ novo’’ e mais dinâmico pedagogo.
Por isso, apesar do curso estar organizado para atender a uma estrutura disciplinar, foram criadas, através de várias disciplinas, dinâmicas de desenvolvimento que favorecem a integração dos conteúdos trabalhados e atendessem aso princípios da interdisciplinaridade.
Assim, através da disciplina Pesquisa e Prática em Educação, serão priorizados os procedimentos relacionais entre teoria/prática de modo a propiciar reflexões de caráter científico/pedagógico e das disciplinas de Estágio Supervisionado, que deverão estabelecer o fortalecimento desta relação entre teoria e prática, no decorrer do curso, se utilizando de uma metodologia dialética para a obtenção de melhores resultados.
 Além dessas disciplinas que possuem um caráter de trasversatilidade e integração, foram pensadas as atividades estruturadas para as que são comuns aos cursos de licenciatura.
Principal objetivo das atividades estruturadas.
O principal objetivo é mobilizar os alunos para a pesquisa, a observação da realidade, o diálogo – com outras formas de expressão da sociedade - de forma possibilitar o enriquecimento das discurssões sobre os conteúdos em desenvolvimento e a favorecer a construção autônoma do conhecimento, de forma a permitir o debate, a assimilação e aquisição de novos conhecimentos e habilidades necessárias à construção de uma sociedade mais justa e mais humana.
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Para que isso ocorra, é recomendado que as disciplinas tenham em foco dois grandes eixos: a compreensão histórica e epístemógica do conhecimento humano e o estimulo a um olhar curioso apoiado em uma busca investigativa crítica e criativa, ou seja, a discussão histórica e epistemológica volta-se, sobretudo, á problematização do conhecer humano em torno de conceitos e relações que são centrais para a pesquisa. São eles: modernidade, conhecimento, educação; diferentes tipos de conhecimento humano; conhecimento cientifico e ciência; ciências humanas e/ou sociais; ciências naturais e/ou exatas; ciência e método cientifico; método e problemas educacionais; pesquisa educacional no Brasil; conceito de universidade etapas de formação acadêmica; pesquisa como práxis, dentre outros.
Pensando assim nas disciplinas PPE (Pesquisa e Prática em Educação) e nas Atividades Estruturadas, a pratica da pesquisa se apoia na adoção de dois eixos principais: a compreensão histórica e epistemológica do conhecimento humano e o estimulo a um olhar curioso para a busca investigativa crítica e criativa. Esses conceitos permitem a articulação com a prática pedagógica, que está em constante movimento.
Através da prática pedagógica que o aluno compreende as complexas e contraditórias relações que se estabelecem na realidade educacional e nos cotidianos escolar e não escolar.
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Vamos conhecer agora os objetivos do curso de pedagogia.
O Curso de Graduação em Pedagogia da Estácio ter por objetivo geral a formação de profissionais preparados para compreender a dinâmica da realidade e responder ás diferenciadas demandas educativas da sociedade contemporânea, atuando em uma complexa gama de atividades: 
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A Matriz Curricular – Princípios da Organização Curricular
A organização dos currículos obedece aos princípios de:
- Flexibilidade;
- Interdisciplinidade;
- Contextualidade;
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Flexibilidade Curricular 
Possibilita a ampliação dos horizontes do conhecimento e o desenvolvimento de uma visão crítica mais abrangente, pois permite ao aluno ir além de seu campo específico de atuação profissional, oferecendo condições de acesso a conhecimentos, habilidades e atitudes formativas em outras áreas profissionais.
A flexibilidade do currículo se caracteriza tanto pela versatilidade quanto pela horizontalidade. A flexibilização vertical prevê diferentes formas de organização do saber, ao longo do período de formação.
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-Aula 10: 
Sobre a Natureza e a Especificidade da Educação
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Entender a natureza e a especificidade da educação;
2. compreender a organização do sistema educacional brasileiro;
3. conhecer os programas e ações no ensino superior do Ministério da Educação e Cultura.
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Natureza e Especificidade da Educação
"Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e, sim, sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado"
(MARX. O dezoito brumário de Luís Bonaparte, p. 01).
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Buscaremos compreender a natureza e a especificidade da educação a partir do materialismo histórico e materialismo dialético de Karl Marx e Frederich Engels.
O materialismo histórico é uma abordagem metodológica que tem como objetos de estudo ou análise a sociedade, a economia e a história. Essa vertente defende que a evolução histórica se dá pelo confronto entre diferente classe sociais decorrentes da “exploração do homem pelo próprio homem” através do modo de organização da produção material e não material da existência.
Um dos princípios que fundamentam tal vertente é a compreensão de que “não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência” (MARX, Karl). Assim, compreende-se que a história está diretamente vinculada ao modo como os homens organizam a produção de sua existência e, portanto, tem sua base fincada nas raízes do mundo material (materialismo). Isso nos permite compreender que os modos de produção são produtos históricos e, portanto, devem ser compreendidos a partir de sua materialidade histórica.
O materialismo dialético defende que as leis do pensamento resultam de uma correspondência com as leis da realidade. Em outras palavras, é compreender que pensamento e realidade se constituem a um só tempo. De acordo com Lefebvre, a dialética “é a ciência que mostra como as contradições podem ser concretamente idênticas, como passam uma na outra, mostrando também porque a razão não deve tomar as contradições, como coisas mortas, petrificadas, mas como coisas vivas, móveis, lutando uma contra em e através de sua luta” (LÓGICA FORMAL/LÓGICA DIALÉTICA,1979, p. 192).
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A hipótese central é de que não existe nada eterno, fixo, pois tudo está em transformação, ou seja, tudo está sujeito ao contexto histórico do dinâmico e da transformação. Além disso, postula a ideia de totalidade como sendo a percepção da realidade social como um todo que está relacionado entre si.
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Após o esclarecimento entre materialismo histórico e materialismo dialético, podemos compreender a natureza, ou seja, a origem da educação a partir desta vertente teórica. Sendo assim, buscaremos compreender, como o ser humano, a relação homem-natureza a partir da seguinte afirmação de Marx:
A vida genérica, tanto do homem como do animal, consiste fisicamente em que o homem (como o animal) vive da natureza inorgânica e quanto mais universal é o homem que o animal tanto mais universal é o âmbito da natureza inorgânica em que vive. Assim como as plantas, os animais, as pedras, o ar, a luz etc. constituem, teoricamente, uma parte da consciência humana, em parte como objetos da ciência natural, em parte como objetos da arte (sua natureza inorgânica espiritual, os meios de subsistência espiritual que ele prepara para o prazer e assimilação) assim também constituem praticamente uma parte da vida e da atividade humana. Fisicamente, o homem vive só desses produtos naturais, apareçam na forma de alimentação, calefação, vestuário, moradia etc.
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O que podemos compreender acerca desse fragmento dos Manuscritos Econômicos e Filosóficos de Marx?
O homem como produto e parte da natureza retorna à mesma por uma necessidade vital, ou seja, a de produzir as condições de sua própria existência enquanto que o animal age por instinto e tem suas condições de vida garantidas gratuitamente pela natureza. Portanto, o animal não tem a necessidade de ter que modificar a natureza para sobreviver.
Para tanto, o homem faz um movimento de retorno à natureza através do trabalho, ou seja, por um ato intencional humano. Isso significa afirmar que o homem antecipa em sua mente a sua ação. Assim, podemos compreender que ao agir sobre a natureza, o homem entra em conflito com ela. Tal conflito produz mudanças e transformações da natureza e, consequentemente, o homem se transforma.
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Acerca do fragmento dos Manuscritos Econômicos e Filosóficos de Marx, podemos compreender a relação do homem com o trabalho.
Através do trabalho, o homem provoca o fenômeno da humanização da natureza e, ao mesmo tempo, da naturalização do homem, ou seja, o espaço natural ao ser transformado (veja como exemplo a cidade construída pelo homem) se constitui como um espaço artificial, pois resulta do ato intencional do homem produzir sua existência, como também a natureza que era algo desconhecido pelo homem passa a ser conhecido por ele (naturalização do homem).
O trabalho, enquanto atividade vital do homem sobre a natureza, possibilita a produção material (bens materiais de consumo durável e não durável) como a produção de bens não materiais (o saber, o conhecimento, a cultura, a história e etc.). Isso nos permite compreender a dimensão dialética (relação de conflito) entre o homem e a natureza e entre os homens, pois o processo de produção dependerá do modo como o homem organiza tal produção.
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O mundo humano (o mundo da cultura) não é algo pronto e acabado, mas está em constante processo de mudanças e transformações decorrentes desse conflito existencial.
-
A essa altura, você poderá estar perguntando:
O que o conceito filosófico de Marx tem a ver com a origem da educação e a especificidade da educação?
Numa perspectiva marxista, podemos compreender que a educação, assim como o trabalho, são fenômenos humanos decorrentes da necessidade de produção da existência humana, ou seja, ao antecipar em sua mente a sua ação e ao agir sobre a natureza através do trabalho, o ser humano vai acumulando experiências e conhecimentos, portanto, produzindo uma cultura e isso o coloca diante da necessidade de transmitir às futuras gerações a mesma (cultura). É dessa necessidade que resulta o ato educativo.
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Se a finalidade da educação é transmitir os conhecimentos e as experiências acumuladas historicamente pela humanidade, podemos perguntar: em que âmbito da produção da existência humana encontra-se a educação?
Segundo Dermeval Saviani:
Encontra-se no âmbito não material (produção e difusão do saber), mas se distingue das demais atividades não materiais, ou seja, o ato da produção e do consumo são concomitantes. Em outras palavras, ao mesmo tempo em que professor produz a sua aula, a mesma é consumida pelo aluno. Contudo, tal

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