Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal Fluminense – Campus Campos Barbara Paz, Carolina Maciel, Lucas Monteiro, Matheus Quitete HISTORIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO Trabalho realizado para primeira avaliação da disciplina Historia do Pensamento Geográfico, ministrada pelo professor Glauco Bruce, na turma 2017.1 - curso de Bacharelado em Geografia da Universidade Federal Fluminense – Campos dos Goytacazes. Campos dos Goytacazes Junho - 2017 Friedrich Ratzel Geógrafo e etnógrafo, nascido em 30 de agosto em Karlshure na Alemanha, iniciou sua vida profissional como farmacêutico, aos 21 anos passou a estudar ciências naturais sobre a direção de Carlos Zitel, estudando também na universidade de Heidelberg e depois geografia, fazendo doutorado em zoologia. Em 1867 fez uma publicação do ensaio da obra de Darwin. Em 1868 viajou para o sul da França, ofereceu-se para o exército prussiano, na eclosão da guerra Franco-Prussiana, onde posteriormente desenvolveria a ‘’teoria orgânica das nações‘’, interessando-se também sobre as teorias a migração de espécies e com o passar dos anos em viajem pelo sul da Europa, México e Estados Unidos como correspondente do jornal Kolnische Zeitung fez estudos sobre a antropogeografia. A Antropogeografia e a Geografia Política são obras de Friedrich Ratzel, que norteiam o papel do homem ao mundo em que vivem, relacionando a existência da humanidade, isto é perceptivo que a geografia é analisada e conceituada há anos, e de acordo com o geólogo Karl Ritter a geografia é um elo entra a natureza e a humanidade, portanto o texto de Moraes (1990, p.32) relata que ‘’a nossa ciência deve estudar a terra ligada como esta ao homem, e portanto, não pode separar esse estudo da vida humana, tampouco da vida vegetal e animal’’ sendo assim é considerado o fundador da Geografia Humana. Na geografia política, Ratzel questionava o Estado, as relações de fronteiras e de guerras, para ele o progresso ou a decadência de um Estado dependeria da sua capacidade de expansão, isto é, a ampliação do território sobre o seu domínio ou a redução do território dominado, sobre a finalidade de produzir uma sub existência, para a sobrevivência do Estado a medida em que se expande. Acompanhando as manifestações de seu desenvolvimento, sendo assim ‘’[...]Ratzel vai ser um representante típico do intelectual engajado no projeto estatal; sua obra propõe uma legitimação do expansionismo’’. Como o texto de Moraes sugere (1995, p.15-18). Sendo criado a teoria do ‘’espaço vital’’. O espaço vital seria o espaço necessário para a expansão territorial de um povo, no caso, o povo alemão, no qual contribuiu para a unificação da Alemanha após a guerra Franco-Prussiana (Gerd R. Ueberschär. 2011, p.39) ‘’[...]Toda a sociedade, em um determinado grau de desenvolvimento, deve conquistar territórios onde as pessoas são menos desenvolvidas. Um Estado deve ser do tamanho da sua capacidade de organização’’ segundo Ratzel. Apresentando assim soluções para a problemática da unificação te um território muito fragmentado. Ratzel como fundador da Geografia Humana, ‘’Sua obra representou um papel importante no processo de sistematização da geografia moderna. Elas contem a proposta explicita de um estudo geográfico especificamente dedicado a discussão dos problemas humanos’’. Como Moraes demonstra na introdução ao livro de Ratzel organizado por ele (1990, p.7). Tendo assim como principal obra o livro Antropogeografia, fundamentos da aplicação da Geografia à História (1882). ‘’[...]definiu o objeto geográfico como o estudo da influência que as condições naturais exercem sobre a humanidade, ou seja, tais condições naturais “moldaria” o caráter humano, onde este refletiria na sociedade tanto em suas posses como na sua cultura’’. Como o Moraes propôs (1994. p,21). Sendo assim o homem e o meio estão ligados, sendo a natureza a limitar a expansão do homem em seu meio, priorizando um ‘’espaço vital’’ para o progresso, o homem de uma sociedade organizada necessitando de mais recursos, isto é, mais território para o desenvolvimento de mais recursos. Tendo assim que proteger o espaço já conquistado, se unificando e formando um Estado, com culturas e valores variados entre territórios em ascensão ou decadência. Semelhante à luta pela vida, cuja finalidade básica é obter espaço, as lutas dos povos são quase sempre pelo mesmo objetivo. Portanto a Geografia desenvolvida por Ratzel privilegiou o componente humano e abriu várias frentes de estudo, como a ‘’Escola do Determinismo Geográfico’’ também como ‘’Escola Ambientalista’’, valorizou questões relacionadas à História, Ecologia e ao espaço, como: a formação dos territórios, a difusão dos homens no Globo (migrações, colonizações, etc.). A distribuição dos povos e das raças na superfície terrestre, o isolamento e suas consequências e ações. ‘’[...]Objetivo central seria o estudo das influências, que as condições naturais exercem sobre a evolução das sociedades, o chamado determinismo geográfico’’ segundo Moraes (1994, p.7). Contudo se iniciou para uma necessidade de novos territórios, que posteriormente seria criticada por La Blache em contra ponto a seu contexto de Estado Nacional. Segundo Morae (1994, p.7) ‘’Ratzel manteve o caráter empírico da Geografia tradicional, e desenvolveu outra linha de pensamento a Geopolítica, esta como uma forma de calcificar a evolução do Estado Alemão. A partir da unificação do Estado Alemão criou a teoria do “espaço vital”, como forma de justificar a expansão’’. ‘’A Geografia do século XIX foi muito marcada pelo determinismo, com trabalhos desenvolvido princípios metodológicos na qual tornou está ciência explicativa e não mais apenas reduzida á tarefa da descrição. O determinismo geográfico considera a influência exercida pelas condições naturais na vida do ser humano. Um intelectual que se destacou no segundo quartel do século XIX, defendendo esta teoria foi Friedrich Ratzel, com sua teoria Lebensraum (espaço vital).’’ Segundo Lopes Diniz (2009, p.61-62). Paul Vidal de La Blache Historiador e Geógrafo, nascido em 1845, de origem francesa, tendo falecido em 1918 aos 73 anos. Formado pela Escola Normal Superior de Paris, é considerado um dos geógrafos mais importantes e mais estudados por ter sido fundador da geografia francesa moderna e da corrente francesa de geografia humana. Exerceu o magistério na Grécia durante três anos, e após diversas viagens, voltou para França e lecionou na escola Escola Normal pelo período de 21 anos (1877 – 1898). Fundador e editor do mais procurado periódico de Geografia na França, o Annales de Géographie, trabalhou também como professor de geografia na Sorbonne no ano de 1898 até o fim de sua brilhante vida. Vivenciou a 1ª Guerra Mundial e se transformou em um Geógrafo na segunda metade do século XIX, quando a geografia está se institucionalizando, por questões relacionadas com a sociologia do conhecimento, viu que o ramo da geografia estava crescendo e entrando na disputa por privilégios, poder e recursos. Não foi somente ele que se rendeu aos encantos da geografia nesta mesma época, no final do século XIX e início do século XX, muitos historiadores, geólogos, sociólogos e antropólogos migraram pro campo de estudo da geografia, percebemos assim o grande embate entre as áreas da geografia, história e sociologia. Vidal teve um papel fundamental, junto com outros geógrafos, na institucionalização da geografia nas faculdades e no ensino básico, com a desculpa que a geografia com a ajuda de outras disciplinas como línguas e história ajudariam fortemente na formação de uma nação, dizendo que um discurso geográfico fortalece o nacionalismo e que as outras áreas de estudo iriam contribuir cada uma com a sua maneira específica. Um Geógrafo contemporâneo que dizia agir de forma simplificada, como se fosse apenas um geógrafo regional, porém existem muitos autores que criticamesse pensamento de Vidal. Ele influenciou de forma decisiva na geografia e também na história. Tendo como categoria fundamental a Região, Vidal utilizou-a para dizer que Alsácia-Lorena historicamente pertence ao povo francês, pois aquela região carrega uma identidade como um produto das ações do homem e da natureza com a história de um modo de vida francês e não alemão. Discutia de forma sutil e delicada, maneiras de apropriação do território que passem pela cultura, identidade e história, sem deixar claro que o conflito com Ratzel, era um dos elementos que influenciavam na produção da geografia LaBlacheana. Carregando consigo traços naturalista, organicista e românticos, La Blache diz que os geógrafos tinham sua inspiração ao observar uma paisagem, um acontecimento, etc. Tendo uma preocupação com a singularidade de uma região, enfatizando que cada lugar é visto como único. Não se preocupando como uma demarcação explícita como Ratzel (Geógrafo Alemão) e Durkeim (Sociólogo Francês), o pensamento que de Vidal de La Blache tem como elemento diversas correntes nas áreas de filosofia e artes para produzir a sua geografia, que por sua vez, tem como elemento o nacionalismo e a racionalidade usados para tentar conseguir a produção de leis gerais, buscando a relação entre diferentes processos e fenômenos, tendo além de uma descrição, uma análise do que está sendo estudado. Na visão de Possibilísmo de acordo com o historiador Lucien Febvre, vemos que o meio dispõe e o homem utiliza ou não de acordo com a sua cultura, La Blache chama isso de Gênero de vida. Sendo as formas específicas que determina que a relação entre o homem e o meio são responsáveis pela organização de uma sociedade, possibilitando assim o desenvolvimento da mesma. Deixando claro aqui a sua visão naturalista, já que de certo modo os limites do avanço da sociedade é dado pela natureza e não pelo homem. Lucien Febvre produz o conflito entre La Blache e Ratzel, afirmando através da visão de que a evolução da sociedade humana depende do que o homem vai escolher fazer com os recursos que retira da natureza, que a geografia é a geografia Lablacheana que concebe a relação entte sociedade e natureza não como determinação, ms como uma relação de reciprocidade entre o meio e o homem. Paul Vidal de La Blache, tem um ideal de totalidade englobando outras áreas de estudo, tendo uma visão ampla dentro da geografia, vendo tudo como peças de quebra-cabeça que vivem se encaixando. Por conta da importância da região, a geografia francesa pouco conseguiu dar um salto do sistema amplo, pois ia a fundo na singularidade. Dimensionou o conceito de região, dentre outros objetos epistemológicos dos estudos geográficos. Em meio ao seu contexto histórico, as influências do pensamento kantiano assim como do racionalsimo Galileano e Newtoniano. Eliesé Reclus Afirmativa de Reclus: “A geografia é a historia do espaço, enquanto a historia é a geografia do tempo.” Geografo e profissional cidadão, francês, nascido em 1 de março de 1830, seus pais eram protestantes, por influencia dos mesmos ele foi enviado para Alemanha para estudar em uma escola religiosa, o que não deu muito certo, pois ele entrou em conflito com algumas ideias da escola e retornou para casa. Anos mais tarde ele retornou a Alemanha para estudar teologia, o que falhou também pelo motivo de ele ter visto a relação religião e estado e não concordou com as ideias dessas. Em 1851, lutou para impedir que a guarnição apoiasse ao imperador Luís Napoleão, que era o atual imperador da França o que não passou de um golpe de estado. Suas ideias eram sempre voltadas contra o estado, participava ativamente na politica. Reclus viajou muito, conheceu vários países, o que foi crucial em sua formação e visão de mundo. Pensador politico, - tal interesse surgiu após a I guerra mundial - e cientifico, anarquista, positivista. Fez geografia para o classe mais desfavorecida, falava sobre as relações sociais e dominação de classes, o que era totalmente contrario aos geógrafos de seu tempo, suas obras consideram o espaço e tempo. Elas são carregadas de ideias humanistas e solidariedade entre os povos. Seu pensamento era libertário. Deu o nome de geografia social ao seu trabalho. Criticava o dualismo, então muito discutido, geografia humana e física, para Reclus ambos se complementavam e era uma só. Defende a ideia de relação harmônica entre homem e natureza, onde a natureza influencia nas ações do homem. “A ação do homem como modificador das condições naturais, dominando e modificando a natureza.” Essa frase mostra que ele refuta o determinismo geográfico. A partir disso, algumas de suas brilhantes obras serão citadas aqui para demostrar um pouco de sua ideia: A obra nouvelle geographie univerlle. O grande Reclus escreve sobre as classes sociais, o predomínio de umas sobre as outras. Isto tem como consequência a luta de classes. Ele via que a geografia podia dar soluções para os problemas sociais. Esta obra foi, inclusive, exaltada por Emmanuel de Martonne, que diz “... O sucesso da obra de Reclus, devido sem duvida, em grande parte, à forma literária e ao caráter poético de suas descrições, influi sobre a concepção de sua monumental Geographie universelle, cujas edições, em 19 volumes, se sucederam com uma regularidade impressionante; e esta publicação, de valor cientifico inigualável, deve ser considerada como um dos mais poderosos instrumentos de difusão do conhecimento geográfico.” Há ainda, a notória critica sobre o processo de colonização, o grupo dominante se beneficia e oprime o grupo dominado, assim retirando a ideia que até então era vendida de que a colonização era uma benevolência, feita para civilizar o povo e seu território, Reclus mostra que a colonização não passa de uma ato de exploração do povo e território. Nesta obra, ele tem uma visão horizontal de mundo. Tais percepções eram ignoradas por outros geógrafos de seu tempo, como por Friedrich Ratzel e Paul Vidal de La Blache esses diziam que isso era pra ser tratado por sociólogos e historiadores. Pode-se citar também o livro La terra, que aborda os fenômenos físicos, Sem dúvida, isso se deu devido a sua grande sensibilidade às paisagens, manifestada muito cedo, e particularmente às paisagens de montanha, sendo também um notável e infatigável escalador, o que é um ponto comum para muitos geógrafos. Também aponta as ações do homem de maneira critica, suas ações antrópicas, formas de apropriação e expropriação da terra, nesta obra ele tem uma visão vertical da terra, mostrando a correlação entre a geografia física e a historia, fato que também pode ser visto no livro o homem e a terra. Há ainda a obra que ele fez sobre o Brasil, esta Reclus escreve sobre a visão que ele tem do brasil, faz criticas e aponta as formas de relações, disserta sobre a agricultura e como era feita apontando os danos que causava a natureza, aponta também a importância do café para a economia brasileira. Fala como se dar o empobrecimento rural. A dominância estrangeira. E critica ainda a proclamação da republica ele já falava que a republica só mudou formalmente sistema de governo, pois a estrutura do período colonial permanecia. Conclui – se, portanto, que Reclus decifra o mundo com honestidade, não favorece um determinado grupo, uma vez que seu objetivo era fazer analise geográfica da dominação politica e da necessidade de libertação, diferente da geografia feita por outros geográficos identificados com as classes dominantes. Assim, é possível que o leitor tenha uma analise ampla de todos os grupos, não influenciando e exaltando a classe dominante. Dessa forma, por fazer uma contrageopolitica dos povos tutelados em favor da libertação sua obra foi arquivada, se tornou pouco interessante, no entanto, com o nível de relevância e contemporaneidade, atualmente tem sido lida por muitos geográficos e suas ideias recepcionada por muitos. Reclus é um grande precursor da geografia moderna junto com seu amigo Potir Kropotkin o qual pode ser considerado percussorda geografia pós moderna. Por alguns ele é considerado o fundador da geografia histórica. Relações entre os autores Linha cronológica Éliseé Reclus Piotr Kropotkin Friedrich Ratzel Paul Vidal de La Blache 1830 1842 1844 1845 ______|_____________|________________|___________________|_______ Linha do tempo de falecimento Friedrich Ratze Éliseé Reclus Paul Vidal de La Blache Piotr Kropotkin 1904 1905 1918 1921 ______|_____________|_________________|_____________________|____ No século XIX, com a composição da terceira república francesa, dava-se os conflitos contra os interesses alemães. Para MORAES (2005. p.76), “A França foi o país que realizou, de forma mais pura, uma revolução burguesa. Ali os resquícios feudais foram totalmente varridos, a burguesia instalou seu governo, dando ao Estado a feição que mais atendia a seus interesses. A França havia conhecido uma unificação precoce, que já datava de alguns séculos; a centralização do poder restava garantida pela prática da monarquia absoluta. Isto havia propiciado a formação de uma burguesia sólida, com aspirações consolidadas, e com uma ação nacional. Esta classe formulou e comandou uma transformação radical da ordem existente, implantando o domínio total das relações capitalistas. Napoleão Bonaparte completou este processo de desenvolvimento do capitalismo na França, o qual teve seu ponto de ruptura na Revolução Francesa, que varreu do quadro agrário deste país todos os elementos herdados do feudalismo. (...) A revolução francesa foi um movimento popular, comandado pela burguesia, dirigido pelos ideólogos dessa classe.” Como sempre, a geografia de La Blache entra em conflito com a geografia de Ratzel, em toda sua estrutura e desenvolvimento, porém, ambos os autores, buscavam em seus estudos uma justificativa para a obtenção de novas terras realizada pelos impérios no qual viviam. Eles estão em conflito por conta da relação do saber e do poder, sabendo que o saber e o poder são historicamente e espacialmente condicionados, não determinados. Ratzel e La Blache buscavam conexão com outras áreas da ciência natural e humana, como a história e a antropologia, a diferença é que La Blache trabalhava com isso de forma simplista e delicada, já o Ratzel de uma forma mais sistemática e direta, diz que existe elementos em que a geografia não vai tratar, no entanto, é possível a geografia se apropriar de alguns conhecimentos para explicar determinadas coisas. Outros Geógrafos como Reclus e Kropotkin tem conexão com outras áreas também, isso tem relação com o caráter sintético da geografia. Uma das visões da geografia é ela ser vista como uma ciência de síntese entre a sociedade e natureza. Porém, implicava que o geógrafo estivesse sempre em contato aberto com outros campos do conhecimento para poder produzir com sua própria visão. Conclui - se que a geografia é capaz de se abrir com mais facilidade para outras disciplinas, do que outros campos de conhecimento se abrir para geografia. A visão desses últimos é totalmente contraria as transformações feitas pelo capitalismo na França. Reclus e Kropotikin se colocaram contra a estrutura de poder, negaram validade ao estado, adotaram ideias de reformas sociais radicais e defenderam as classes menos favorecidas. La Blache, embora Frances não tinha afinidade com as ideais de Reclus. ANDRADE (1987. p.61 e 62) “Da mesma forma que os geógrafos conservadores ao formularem as suas leis, doutrinas e interpretações defendiam pontos de vista que iam ao encontro das crenças e dos interesses dos seus estados e da classe a que estavam ligados, as dos geógrafos libertários iam de encontro às crenças e aos interesses desta mesma classe. Daí os primeiros haverem ocupado cátedras universitárias e posições de aconselhamento junto aos governantes, enquanto os segundos foram excluídos da vida universitária, exilados, presos e perseguidos. Reclus só se tornou professor da universidade livre de Bruxelas aos 64 anos de idade e Kropotkin não pode aceitar uma cátedra na universidade de Cambridge porque ela lhe foi oferecida com a condição de abandonar a militância politica. Daí também a grande influencia que tiveram os primeiros, com fácil acesso aos meios de comunicação de sua época, ao contrario dos últimos, que encontravam grande dificuldade de apoio da parte de editores para os seus livros, livros que naturalmente não agradavam a maioria dos leitores, pessoas ligadas as classes mais bem aquinhoadas econômica e socialmente.” Esses quatros geógrafos, embora sejam da mesma época (XIX e XX) deram contribuições bem diversas para a geografia, deixando seus legados. Ratzel com a geografia politica, La Blache com o estudo da região, Reclus e Kroptkin, bem diferente da geografia anterior feita por Ratzel e La Blache, deixaram o legado do estudo da cultura e paisagem. REFERÊNCIAS FONSECA, Valdelucio. Vidal de La Blache. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/vidal-de-la-blache/31420/ . Acesso em: 14.maio.2017 GLIBIN, Beatrice. Élisée Reclus, Terra Brasilis (Nova Série). Disponivel em: http://terrabrasilis.revues.org/1924 ; DOI : 10.4000/terrabrasilis.1924. Acesso em: 01.mai.2017 Disponível em: <Biografiayvidas.com/biografia/ratzel.htm>. Acesso em 30 de maio de 2017 <youtube.com/watch=QeGnsaR7aeE>. Acesso em 30 de maio de 2017 <http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geografia/friedrich-ratzel>. Acesso em 30 de maio de 2017 <ebah.com.br/search?q=antropogeografia>. Acesso em 30 de maio de 2017 <webartigos.com/artigos/o-metodo-determinista>. Acesso em 30 de maio de 2017 BIBLIOGRAFIA ANDRADE, Manoel Corrêa. Geografia: Ciência da Sociedade – Uma introdução à análise do pensamento geográfico. São Paulo: Atlas S.A, 1987 ANDRADE, Manoel Corrêa (org.). Elisée Reclus. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Ática, 1985. HAESBAERT, Rogério et al. Vidal, Vidais. Textos de Geografia Humana, Regional e Política. Rio de Janeiro. Bertr KROPOTKIN, Piotr. O que a Geografia deve ser. MORAES, Antônio Carlos Robert. Ratzel. São Paulo: Átila, 1990.
Compartilhar