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TRANSFERÊNCIA DE CALOR II Profa. Mônica F. Naccache h1p://naccache.usuarios.rdc.puc-‐rio.br/Cursos/ Trans_Calor_II.html Sala 153-‐L naccache@puc-‐rio.br 1 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio • Termodinâmica: estuda as interações de energia entre um sistema e a vizinhaça (calor e trabalho). Trata de estados em equilíbrio. Não trata da natureza da interação. • Transferência de calor: estuda os mecanismos de transferência de calor, e relações para o cálculo das taxas de transferência de calor. Exemplos: Projetos de paredes refratárias, calor perdido em equipamentos, trocadores de calor, etc. 2 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Modos de transferência de calor 3 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Condução • Mecanismo: movimentos randômicos translacionais (difusão) de moléculas (fluidos) ou elétrons (sólidos) • Lei de Fourier: fornece a taxa de transferência de calor por condução 4 € q"x fluxo calor por unid .area(W /m2) = −kcondutividade térmica(W /mK ) dT dx gradiente temperatura 1 D: Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Convecção • Mecanismo: difusão + energia transferida pelo movimento macroscópico do fluido (advecção) • Convecção forçada: movimento do fluido é causado por agentes externos (bombas, ven_ladores, etc.) • Convecção natural: movimento do fluido ocorre devido a forças de empuxo, que surgem devido a diferenças de densidade, causadas por diferenças de temperatura • Convecção mista: natural+forçada • Evaporação/Condensação: casos especiais de convecção, onde a energia é transferida na forma de calor latente. 5 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Convecção (cont.) • Lei de Newton de resfriamento: fornece a taxa de transferência de calor por convecção € q"= h(Ts −T∞) h -‐ coeficiente de troca de calor por convecção (W/m2K) Ts -‐ temperatura da superecie T∞ -‐ temperatura do fluido Exemplo: Em convecção natural, har ≈ 10 W/m2K e hágua ≈ 100 W/m2K ⇒ q”água > q”ar (i.e., para um mesmo intervalo de tempo, um corpo na água perde mais calor do que um no ar) Tar=20 0C Tágua=20 0C 6 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Convecção (cont.) • Ordem de grandeza de h (W/m2K): – Convecção natural: gases -‐ 2 a 25 líquidos -‐ 50 a 1000 – Convecção forçada: gases -‐ 25 a 250 líquidos -‐ 50 a 20000 – Convecção com mudança de fase: 2500 a 100000 7 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Radiação • Energia emi_da pela matéria (sólido, líquido ou gás) a temperatura finita. O transporte ocorre por ondas eletromagné_cas. Não é necessário um meio material para a propagação de energia. • Lei de Steffan-‐Boltzman: Fluxo máximo de radiação que pode ser emi_da por uma superecie € q"=σTs4 σ = 5.67x10−8W /m2K 4 → cte Steffan Boltzman A superecie que emite radiação de acordo com esta relação é chamada de corpo negro 8 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Radiação (cont.) • Para uma superecie real: • Radiação incidente: € q"= εσTs4 ε → emissividade 0 ≤ ε ≤1 € q"inc = q"ref +q"trans +q"abs ⇒1= q"refq"inc = ρ−refletividade + q"trans q"inc =τ− transmissividade + q"abs q"inc =α−absortividade 9 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Princípios Fundamentais • Equações de conservação: massa, quan_dade de movimento linear, energia, conservação de massa de espécies químicas • Equações cons_tu_vas: lei de Fourier, lei da viscosidade de Newton, lei de Newton da convecção, lei de Stefan-‐Boltzman 10 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Hipótese de cononuo • Fluido é modelado como sendo infinitamente divisível, sem mudança de suas caracterís_cas • Todas as propriedades materiais (ρ, µ, κ, …) e variáveis (p, v, T, …) são definidas num ponto como o limite da média da grandeza nas flutuações moleculares • Estudo do movimento a nível macroscópico (p. ex.: escoamento em tubos, em volta de corpos, etc … 11 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Consequências da hipótese de cononuo • Mecanismos de transporte: – Transporte associado ao campo de velocidade macroscópico u – Mecanismo de transporte “molecular”: contribuição de superecie nas eqs. momentum e energia. • Na formulação cononua, são necessários modelos para descrever o fluxo de momentum e calor a nível molecular • Incerteza nas condições de contorno 12 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Derivadamaterial ou convectada • Volume material Vm(t): volume arbitrário que contém um certo número de pontos materiais em t=0. Vm(t) se move e se deforma tal que o fluxo de massa através de todos os pontos na sua superecie é zero: • Derivada material ou convectada: € DB Dt = ∂B ∂t + u•∇B € D Dt ρdVVm ( t )∫[ ] = 0 Derivada no tempo da massa total associada a Vm Sm(0), Us=u(x) U(x) n Vm(0) Vm(t) Sm(t) n t expressa a variação com o tempo seguindo uma par5cula material 13 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio • Derivada parcial com relação ao tempo: • Derivada total: € ∂B ∂t ≡ ∂B ∂t $ % & ' ( ) z expressa a variação com o tempo, numa posição fixa € DB Dt = ∂B ∂t + v•∇B expressa a variação com o tempo em relação a um “material” arbitrário 14 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Teorema do Transporte de Reynolds • O teorema do transporte é uma generalização da Regra de Leibnitz para diferenciação de uma integral, 1-‐D, quando ambos integrando e limites de integração variam € D Dt B x( t), t( )dVVm ( t )∫[ ] ≡ δt→0lim 1 δt B t + δt( )dV - B t( )dV Vm ( t )∫Vm ( t+δt )∫[ ] & ' ( ) * + Adicionando e subtraindo o termo: € B t + δt( )dVVm ( t )∫ € D Dt B x( t), t( )dVVm ( t )∫[ ] ≡ δt→0lim 1 δt B t + δt( )dV - B t + δt( )dV Vm ( t )∫Vm ( t+δt )∫[ ] = lim 1 δt B t+δt( )dV Vm( t+δt )−Vm( t )∫[ ] ' ( ) * + , + 1 δt B t + δt( )dV Vm ( t )∫ − B t( )dVVm ( t )∫[ ] ≡ ∂B ∂t dVVm( t )∫ 15 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio € D Dt B x,t( )dVVm ( t )∫[ ] = ∂B ∂t + ∇ • Bu( ) % & ' ( ) * dV Vm ( t )∫ € lim 1 δt B t + δt( )dV Vm ( t+δt )−Vm ( t )∫[ ] % & ' ( ) * = lim 1 δt B t + δt( )u•nδdA Am ( t )∫[ ] % & ' ( ) * = B t( )u•nδdAAm ( t )∫ Usando o teorema da divergêngia, chega-‐se a forma final para o Teorema de Transporte: Caso o volume esteja se movendo a uma velocidade u*, diferente da velocidade do fluido u: € D* Dt* B x,t( )dVV *m ( t )∫[ ] = ∂B ∂t + ∇ • Bu *( )% & ' ( ) * dV V *m ( t )∫ D* Dt* ≡ ∂ ∂t + u * •∇ 16 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Equação de Conservação de Massa • A equação de conservação de massa (con_nuidade) pode ser derivada usando o conceito de volume material e o Teorema de Transporte: € D Dt ρdVVm ( t )∫[ ] = ∂ρ ∂t + ∇ • ρu( ) & ' ( ) * + dV Vm ( t )∫ = 0 € ∂ρ ∂t +∇ • ρu( ) = 0 ou Dρ Dt + ρ∇ • u( ) = 0 € ∇ • (ρu) = ρ ∇ • u + u •∇ ρ 17 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Em coordenadas cartesianas: € ∂ρ ∂t + ∂ ρu( ) ∂x + ∂ ρv( ) ∂y + ∂ ρw( ) ∂z = 0 Em coordenadas cilíndricas: € ∂ρ ∂t + ∂ rρur( ) r ∂r + ∂ ρuθ( ) r ∂θ + ∂ ρuz( ) ∂z = 0 18 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Casos par_culares • Densidade constante (fluido real: ρ=ρ(p,T); fluido incompressível, boa hipótese quando M=|u|/usom<<1) Obs: a validade da equação acima não implica na incompressibilidade do fluido • Regime permanente: € ∇ •u ≡ div u = 0 € ∇ • ρu ≡ div ρu = 0 19 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Taxa de deformação • A taxa de deformação no ponto de interseção de 2 curvas materiais é descrita pela taxa instântanea de variação do comprimento das curvas e pela taxa de variação do ângulo entre elas 20 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Tensor taxa de deformação € Dij = taxas de alongamento na direção da coordenada quando i = j metade da taxa de cisalhamento na direção das coordenadas quando i≠ j # $ % D = 12 ∇v( ) + ∇v( ) T[ ] parte simétrica de ∇v( ) ∇v( ) =D+ W W : tensor vorticidade (parte antissimétrica de ∇v( )) Wij … ½ da soma da taxa de rotação, de acordo com a regra da mão direita, em torno da direção k de elementos materiais instantâneamente alinhados com i e j € w ≡ tr ε •W( ) = εijkWkjei = 1 2 εijk ∂vk ∂z j −εijk ∂v j ∂zk & ' ( ( ) * + + ei = εijk ∂vk ∂z j ei = rot v( )vetor vor_cidade: representação polar de W 21 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio • A direção de w é a do eixo de rotação do fluido • Primeiro Teorema de Cauchy:”O componente do vetor vor_cidade em qualquer direção é a soma das taxas de rotação (no sen_do da regra da mão direita) sobre a direção dos elementos em quaisquer direções perpendiculares a ela e a cada uma outra” • Se podemos escrever € w = 0 esc. irrotacional w ≠ 0 esc. rotacional € v = −∇P⇒ w = 0 pois rot ∇α( ) = 0 sempre 22 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Tensor Taxa de Deformação: € D = 12 ˙ γ 23 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio 24 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Equação de conservação de momentum • Da Segunda Lei de Newton: • Aplicando num volume material de fluido: € taxa variação quantidade movimento linear num corpo em relação a um ref inercial " # $ $ $ % & ' ' ' = soma das forças agindo sobre o corpo " # $ $ $ % & ' ' ' € D Dt ρudVVm ( t )∫[ ] = soma das forças agindo em Vm (t) $ % & ' ( ) 25 Profa. Mônica Naccache PUC-‐RioTipos de força • Forças de corpo: associadas a presença de campos externos (Ex.: força gravitacional). Neste curso só iremos considerar o efeito da força gravitacional. • Forças de contato ou de superecie: forças do material fora de Vm(t) sobre Vm(t) 26 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Segunda Lei de Newton para Vm • Vetor tensão t: força local de superecie por unidade de área • Usando o Teorema do Transporte € D Dt ρudVVm ( t )∫ $ % & ' ( ) taxa variação QML em Vm = ρgdV Vm ( t ) ∫ força gravitacional + tdA Am ( t ) ∫ força agindo sobre a superfície de Vm € ∂ ρu( ) ∂t + ∇ • ρuu( ) − ρg & ' ( ) * + dVVm ( t )∫ = tAm ( t )∫ dA 27 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Tensor das tensões • Seja l a dimensão caracterís_ca de Vm. Quando l →0, a integral de volume vai a zero mais rapidamente do que a integral de área do vetor tensão. Assim, da eq. de momentum aplicada ao tetraedro: € lim l→0 t Am ( t )∫ dA→ 0 Princípio de equilíbrio da tensão € t(n) ΔAn − t(e1) ΔA1 − t(e2) ΔA2 − t(e3) ΔA3 = 0 Logo: 28 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Então: € ΔAi = ΔAn n•ei( ) i =1,2,3 € t(n) − t(e1) n•e1( ) − t(e2) n•e2( ) − t(e3) n•e3( )[ ]ΔAn = 0 No limite l →0: € t(n) = n• e1t(e1)( ) + e2t(e2)( ) + e3t(e3)( )[ ] Tensor das tensões T t(x p ,n) = n•T(x p ) € t Am ( t )∫ dA = n•TAm ( t )∫ dA = ∇ •T( )Vm ( t )∫ dV Então: 29 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Equação de momentum linear • A equação de momentum fica então: € ∂ ρu( ) ∂t + ∇ • ρuu( ) − ρg −∇ •T & ' ( ) * + dVVm ( t )∫ = 0 Como Vm é arbitrário, o integrando tem que ser nulo: € ∂ ρu( ) ∂t +∇ • ρuu( ) = ρg +∇ •T Combinando a eq. acima com a eq. con_nuidade: € ρ ∂ u( ) ∂t + u•∇ u( ) % & ' ( ) * = ρg + ∇ •T Equação de Cauchy 30 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Equação de momento angular • Observando as equações de massa e momentum, vemos que temos mais incógnitas (u, p, T) do que equações • Generalização da Segunda Lei de Newton: € D Dt x × ρu( )dV = soma dos torques agindo sobre VmVm( t )∫ € Taxa de variação de momento angular em Vm 31 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio € D Dt x × ρu( )dV = x × n•T( ) + r[ ]Am ( t )∫ Torque forças superfície Vm( t ) ∫ dA + x × ρg + ρc[ ]Vm ( t )∫ Torque forças corpo dV Hipótese: torques devido a pares de forças nulos (r=0, c=0). Obs: fluidos ferrosos, c≠0. Aplicando o Teo Transporte (lado esquerdo) e o Teo divergência: € x × ∂ ρu( ) ∂t + ∇ • ρuu( ) − ρg −∇ •T ' ( ) * + , + ε T . / 0 1 2 3 dV Vm ( t )∫ = 0 € ε ijk = +1 se (ijk) for permutação par de (123) -1 se (ijk) for permutação ímpar de (123) 0 qualquer outro caso (algum índice igual) # $ % & % Usando a Eq. momentum linear e considerando que Vm é arbitrário, chega-‐se a ε°T=0, e portanto: T=TT, i.e., o tensor das tensões tem que ser simétrico. Obs: se c≠0, ε°T-‐ρc=0, e T não é simétrico. Assim: 32 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Equação de conservação de Energia “A taxa de variação de energia com o tempo, das energias interna e ciné_ca de um corpo, com relação às estrelas fixas é igual a taxa de trabalho das forças que agem sobre ele mais a taxa de transferência de energia para o corpo” € ˙ E at = ˙ E e − ˙ E s + ˙ E g 33 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio • : velocidade local do meio cononuo • ρu: energia interna (representa en. ciné_ca adicional a nível molecular) • Primeira Lei da Termodinâmica € D Dt ρv 2 2 + ρu # $ % & ' ( dVVm ( t )∫ taxa de variação de energia em Vm = Taxa de trabalho feito sobre Vm pelas forças externas * + , - , . / , 0 , + Fluxo de calor através das fronteiras de Vm * + , - , . / , 0 , + Taxa de energia gerada internamente * + , - , . / , 0 , € v 2 = v⋅ v 34 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Equação de conservação de energia na forma diferencial € D Dt ρv 2 2 + ρu # $ % & ' ( dVVm ( t )∫ = t(n) • v[ ]dAAm ( t )∫ + (ρg) • v[ ]dV − q•n[ ]dA + ˙ q dVVm ( t )∫Am ( t )∫Vm ( t )∫ q: vetor fluxo de calor (cruza a superecie de Vm). Posi_vo quando calor é transferido a Vm Usando o Teo Transporte e o Teo Divergência, e igualando o integrando a zero: € ∂ ρe( ) ∂t taxa var. en. + div ρe v( ) fluxo en. por convecção = ˙ q em. gerada − divq fluxo calor cond. + ρ v⋅ g trab. força gravitacional + div Tv( ) trab. forças viscosas e de pressão € e = u + v 2 /2 div Tv( ) = vdivT+ tr Tgradv( ) 35 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio • Balanço de Energia Mecânica: u•(eq. Cauchy) • Balanço de Energia Térmico: subs_tuindo a eq. acima na Eq. conservação energia € ρ 2 Dv 2 Dt = ρg( ) • v+ v• divT( ) € ρ Du Dt variação en. interna por un. vol. = ˙ q geração en. por un. vol. −divq ganho en. por condução −p div v aumento rev. de en. int. por compressão + tr τ∇ v( ) aumento irrev. en. int. por dissipação viscosa € T = −pΙ + τ D ≡ 12 ∇ v+∇ v T( ) ∇ v ≡ 12 ∇ v+∇ v T( ) parte simétrica + 1 2 ∇ v+∇ v T( ) parteanti-simétrica =D+ W D:Tensor taxa de deformação W: Tensor vor_cidade 36 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio • Usando a entalpia específica: h≡u+p/ρ o balanço de energia térmico fica: • Novas incógnitas: u (ou h), q • Relações entre u (ou h) e θ e p podem ser ob_das assumindo o equilíbrio termodinâmico: € ρ Dh Dt = ˙ q − div q + Dp Dt + tr τ∇v( ) € dh = CPdθ + 1 ρ −θ ∂ 1/ ρ( ) ∂θ & ' ( ) * + p , - . / . 0 1 . 2 . dp ⇒ Dh Dt = CP Dθ Dt + 1 ρ −θ ∂ 1/ ρ( ) ∂θ & ' ( ) * + p , - . / . 0 1 . 2 . Dp Dt 37 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Equação de energia em termos da temperatura • A equação de balanço de energia térmico fica (sem o termo de geração): € ρCp Dθ Dt = tr τ∇v( ) dissipação viscosa − div q − ∂ lnv ∂ lnθ ( ) * + , - p Dp Dt trabalho de compressão € ρCv Dθ Dt = tr τ∇v( ) dissipação viscosa − div q − θ ∂p ∂θ v divv trabalho de compressão 38 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Segunda Lei da Termodinâmica • Princípio da desigualdade de entropia € D Dt ρs( )Vm ( t )∫ dV + n•q θAm ( t ) ∫ dA ≥ 0 Usando o Teo Transporte e o Teo Divergência: € ρ Ds Dt + ∇ • q θ % & ' ( ) * ≥ 0 Usando relações termodinâmicas, chega-‐se a: € 1 θ tr τ∇v( ) + p∇ • v( ) − q •∇θ θ 2 ≥ 0 39 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Comentários • A solução de problemas de mecânica dos fluidos é ob_da com a solução das equações de conservação de massa, momento linear e energia • A equação de momento angular e a Segunda Lei aparecem apenas indiretamente, como restrições às equações cons_tu_vas para τ e q • Incógnitas: u (3), τ (9), q (3), θ e p (total:17) • Equações: Conservação de massa (1), momento linear (3), energia (1) e momento angular (reduz as 9 incógnitas τij para 6). • Temos então 14 incógnitas e 5 equações ⇒Equações cons_tu_vas para τ e q 40 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Equações cons_tu_vas • Fluidos (ou outros materiais) tem uma estrutura molecular definida, e não são indivisíveis e homogêneos como quando assumidos como meio cononuo • Equações cons_tu_vas são relações entre T e q (representam processos de transporte molecular) e os campos (macroscópicos) de velocidade e temperatura. Em outras palavras, elas vão fornecer a relação entre a resposta de um material a uma dada solicitação (campo de escoamento/ temperatura) 41 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Princípios que devem ser sa_sfeitos • Determinismo: A tensão em um corpo é determinada pela história do movimento que o corpo descreveu • Ação local: O movimento do material for a de uma vizinhança arbitrariamente pequena em torno de uma parocula não influencia a tensão nesta parocula • Indiferença ao referencial: As descrições do comportamento do material (relações cons_tu_vas) têm que ser indiferentes ao referencial 42 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Equação cons_tu_va para q: Lei de Fourier • A equação foi proposta a par_r da observação de que • A equação sa_sfaz ao princípio de obje_vidade (indiferença ao referencial) • Processo de troca de calor é considerado instantâneo • Fluido é considerado homogêneo • A equação proposta foi validada experimentalmente € q = − K Tensor condutividade térmica, > 0 •∇θ € q = q ∇θ ,derivadas de θ de maior ordem( ) 43 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Lei de Fourier de condução de calor • Para um fluido isotrópico, o fluxo de calor depende da magnitude do gradiente de temperatura e não da sua orientação (K=kI): • A Segunda Lei impõe que k>0 € q = −k∇θ Lei de Fourier 44 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio D: parte simétrica de Equação cons_tu_va para o tensor das tensões -‐ Fluido Newtoniano € T+ pI = τ ∇u, termos de maior ordem de derivadas em u( ) τ: tensão desviadora Considerando que τ sa_sfaz ao princípio de obje_vidade, é simétrico e depende apenas da história do movimento: € τ = τ D( ) € ∇u : 12 ∇u−∇u T( )Ω: parte an_-‐simétrica de € ∇u : 12 ∇u+∇u T( ) 45 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio Equação cons_tu_va para Fluidos Newtonianos • A forma mais geral para Τ é: • A forma linear mais geral para T, consistente com as hipóteses anteriores é: € T = x0Ι + x1D+ x2D⋅ ⋅D xk = xk ΙD ,ΙΙD ,ΙΙΙD( ) € T = −p + λtrD( )I+ 2µD Equação ConsLtuLva para Fluidos Newtonianos 46 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio • Se o fluido for também incompressível: • A equação cons_tu_va é sa_sfeita pela maioria dos gases e líquidos com baixos e moderados pesos moleculares • Observa-‐se que a restrição imposta pelo balanço de momento angular é sa_sfeita por T e q • A Segunda Lei é sa_sfeita se: € trD =∇ • u = 0 T = −pI+ 2µD € λ + 2 3µ # $ % & ' ( viscosidade de bulk ≥ 0 , µ ≥ 0 ,k ≥ 0 47 Profa. Mônica Naccache PUC-‐Rio
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